24 de dezembro de 2014

Ho-ho-ho


12 de dezembro de 2014

Investigações por dá cá aquela palha

Hoje, andou a circular entre os círculos do Facebook que frequento, uma notícia da edição online do jornal Sol, cujo título é "Dormir com os pais faz mal à saúde".

Leiam a notícia: aqui.

Resumindo: uns senhores doutores holandeses, com base num estudo de 6 mil e qualquer coisa indivíduos concluíram que as crianças que dormem com os pais têm maior tendência para desenvolver problemas asmáticos.

MAS (adoro um bom "mas"), na notícia - no 2.º parágrafo, para quem não foi além da abertura - diz o seguinte - e agora faço copy-paste:
"A investigação não explica de que forma é que esta prática ajuda a desencadear problemas respiratórios, mas o estudo está a ser divulgado por sites de todo o mundo. “São necessários mais estudos para descobrir os factores que provocam o desenvolvimento da asma”, assume Maartje Luijk, um dos médicos envolvidos na investigação."

Hein?

"A investigação não explica (...)". Começa bem. Uma investigação que não explica o seu objecto de estudo merece o meu aplauso. Adoro uma boa fundamentação científica, tal como adoro um bom "mas".
Se calhar, mas, só se calhar, não se apoquentem, senhores doutores, a asma também pode ser provocada, sei lá, por factores ambientais, ou por predisposição genética. Isto sou só eu a atirar ideias para o ar. 

E depois é um parágrafo com informações sobre o estudo, e termina com números da Fundação Portuguesa do Pulmão que atestam que a asma tem relação (quase) directa com outras doenças respiratórias, como rinite. 

Uma notícia com QUATRO míseros parágrafos que andaram a minar alguns grupos do Facebook. Por um lado, algumas mães a opinirem sobre o quão ridículo é o estudo, e os outros que aproveitaram a acha para dizerem o que acham do mau hábito das crianças dormirem na cama dos pais. Ele há de tudo, como na farmácia.

Mais do que se aborrecerem uns com os outros por causa do "co-sleeping" ou "bed-sharing" (sim, são estes os termos para a partilha da cama com o bebé), na minha óptica, deviam eram zangar-se com a malta que atribui bolsas a este tipo de investigação que não investiga puto. 
O que vale é que foram os holandeses... pronto, com aquela cena da legalização das drogas leves e tal... vá, desta vez passa!

Extreme co-sleeping
Imagem retirada daqui

4 de dezembro de 2014

Christmas is lame

Sou uma foleirona no que ao Natal diz respeito. Gosto de ver as ruas enfeitadas, gosto de ir a espaços comerciais e no ar ouvir-se as mesmas músicas de Natal de sempre. Gosto de ver as montras enfeitadas, e as pessoas, mesmo apressadas e stressadas, têm um ar diferente na época do Natal.
Gosto de ouvir o George Michael a cantar o seu "Last Christmas", quando entregou o coração a uma lambisgóia qualquer. Gosto do "Jingle Bell rock" e até gosto da Mariah que, não é nada pobrezinha a pedir, e "All I want for Christmas is you".

Mas, quando se tem um filho, a coisa ganha outra dimensão.

É o fascínio pelas luzes, pelas bolas coloridas, pelas estrelinhas e pelas figuras dos anjinhos, e do Pai Natal. É um não acabar de coisas maravilhosas. Um todo Mundo Novo que se descobre.
É descobrir que não é preciso muito para fazer brilhar os olhos do Henrique.

O Natal não é dar prendas. Isso ele recebe-as durante todo o ano. O Natal passa a ser a curiosidade, o brilho nos olhos, o sorriso no rosto do meu filho.

E é por isso que o Natal vale tanto a pena.
(foleirão ou não!)



21 de novembro de 2014

O meu nome é Henrique e faço tropelias

Eu sabia. Eu sabia. Eu sabia.

Eu sabia que dar os lápis de cor a este mini-gajo era assinar a minha própria sentença. Há poucas horas, estava na cozinha a lavar a loiça.
O Henrique vem ao pé de mim e começa a puxar-me. Sequei as mãos. Deu-me a mão e levou-me para a sala.
Com um dedito espetado, aponta para uma das mesinhas de apoio e solta um "ohhhh", muito surpreendido.

Metade da mesa estava, artisticamente, decorada com uns quantos riscos a verde. O ar do Henrique era uma mistura de "cheguei aqui e isto estava assim, imagina só, mamã!" e "não fui eu, mamã!".

Deve ter sido o vento, filhote, deve ter sido o vento... :)

A prova do crime... :)

18 de novembro de 2014

Este miúdo saiu-me cá um artista

O Henrique e eu descobrimos as maravilhas de uma folha A4 em branco, e de uma caixa de lápis de cor. Ele que se entretém durante um bom bocado a rabiscar, e eu que sossego um bocado.

Tinha uma caixinha de lápis de cor que nos deram na Pizza Hut há uns meses, e agora que o Henrique está mais "crescido", achei que lhos podia dar. Os lápis são pequeninos e ele agarrava neles com alguma dificuldade.

Lembrei-me então que, certamente, alguma marca já teria pensado em fazer lápis para mãos com pouca destreza. Fiz uma pesquisinha, e vi que na Prénatal se vendiam lápis não tóxicos, laváveis e coiso e tal

Comprei uns maxi lápis da Giotto. 


E posso atestar que são mesmo laváveis. Já eliminei diversas "obras primas" das mesas, da cadeira de secretária do pai, do nariz, das mãos... 

Os lápis são super macios, a ponta colorida é de plástico e não é removível, e o próprio lápis não é de madeira susceptível de quebrar e de os pequenitos comerem farpas. E ainda traz uma afiadeira própria, porque se vissem os lápis iam perceber que muitooooo dificilmente iriam encontrar uma adequada. 

Digo-vos: produto aprovado.
Não são propriamente "em conta", mas vale a pena a compra, pelos benefícios que descrevi. 

17 de novembro de 2014

Dia da Mundial Prematuridade


Poucos dias após a Gui não conseguido mais lutar , depois ter nascido apenas com 25 semanas de gestação, assinala-se o Dia Mundial da Prematuridade.

Eu, sou de termo; o Henrique, idem. O meu irmão, não. O meu irmão, há 20 e muitos anos, foi um bebé prematuro. Tinha 4 anos, e não me lembro de muito. Lembro-me de um bebé muito pequeno, e lembro-me de um primito, na altura, ter dito que o gato deles era maior que o bebé...

Das estórias que se contam, a minha mãe não estava à espera que o bebé nascesse naquela altura. Estava previsto para daí a um mês, sensivelmente.
Nasceu com o cordão ao pescoço, com dificuldades em respirar...

Lembro-me de me terem dito que, afinal era um mano, e não uma mana como tinha "chutado" a única ecografia que a minha mãe fez durante a gravidez.
Lembro-me do dia em que veio para casa.
E lembro-me que, a partir daí, me tornei a guardiã daquele bebé.

Sei que ninguém, ou muito poucos, estão preparados para ter um prematuro em casa. Felizmente, que o meu irmão era um daqueles prematuros, ali a roçar o tempo completo; o que, findas as contas, não abalou muito o ritmo já estabelecido lá de casa.

Mas, a todas as Mães de prematuros: a força está ali ao virar da esquina! A vossa e a deles!

14 de novembro de 2014

As sestas

Aqui por casa, as sestas sempre foram um assunto delicado. Se, no início, o Henrique não dormia, depois aprendeu que uma sesta nunca matou ninguém.
Começou por três sestas - de manhã, depois de almoçar e depois do lanche. Depois, lentamente, cortámos a sesta depois do lanche. E agora, também aos poucos estou a tentar eliminar uma sesta, de preferência a da manhã, e fazer com que durma só depois de almoço.
Mas ainda temos dias em que faz duas sestinhas.

Mas, como dizia, o tema sesta sempre foi delicado. Tanto que ele, muitas vezes, continua a combater o sono. Ontem foi um desses dias.

Eu - Henrique, vá, vamos dormir uma sestinha.
Ele - Nhã nhã...
Eu - Henrique, vá... a mamã vai contigo!

Conclusão: aninhámo-nos os dois, deixei-o adormecer, saí de fininho... e ele esteve a dormir quase duas horas.

Entretanto, quando acordou, o nosso "diálogo" também foi interessante. Acordou, choramingou um niquinho, e fui ter com ele.

Eu - Olá filhote. Queres dormir mais um bocadinho? (vi que ele ainda não tinha aberto bem os olhos...)
Ele - Timmm
Eu - Ou queres iogurte?

Conclusão: à menção de comida, levantou-se em três tempos. Tanto sono, tanto sono e é isto!

13 de novembro de 2014

Como entreter um bebé crescido num dia de chuva?

Às vezes... aliás, muitas vezes, torna-se difícil entreter o miúdo em casa, sem ser com a televisão. O pirulito não se distrai, durante muito tempo, com os brinquedos, e uma pessoa - quer queira, quer não - cai no facilitismo do Canal Panda ou do Disney Junior.
No Verão, íamos passear até ao parque e lá encontrava outras crianças... o sarilho era trazê-lo de volta para casa, mas e agora no Inverno?!
Deixo-o brincar com todos os brinquedos dele, dou-lhe folhinhas para fazer "desenhos", brincamos às escondidas, mas nunca é o suficiente, porque ele aborrece-se facilmente de qualquer actividade.

Hoje, peguei em três rolinhos do papel higiénico, numa caixa de lápis de cera (que ainda não vão para as mãos do pequenitates, porque: 1.º partem-se com enorme facilidade e 2.º ele mete tudo na boca... já estou a imaginar o que daqui ia resultar) e desenhei umas caras nos rolos, peguei num pedaço de papel de alumínio e fi-la em bola.

E tcharannn: uma mini-equipa de futebol.


Ele adorou. Especialmente, a bola. Às duas por três, já a bola estava no chão e ele a tentar pontapeá-la.

Algo que também o entusiasmou - lá está, quando se cansou dos bonecos-rolos - foi pintar uns desenhos que imprimi da net. Dei-lhe uma caixa de lápis de cor, e dois bonecos do Donald e do Mickey e foi um descanso durante algum tempo. Não chateou, não pediu televisão, não fez disparates... mas não o consigo "enganar" todos os dias desta maneira.


E agora vem a questão: como fazem vocês para entreter crianças com 20 meses, em dias de chuva?

10 de novembro de 2014

Leituras infantis - quero sugestões!

A Senhora Rata Migalha, criação de Beatrix Potter
Em casa dos meus pais, sempre houve livros. Recordo-me de ver as estantes da sala cheias. Acho que foi o facto de ver a minha mãe a ler (muito!) que me fez ser também uma leitora ávida. Curiosamente, com o meu irmão, o mesmo não aconteceu. Não pela "lacuna" de livros "de rapazes", porque a minha mãe fazia questão de lhe comprar livros adequados... a verdade é que nunca esteve muito para aí virado.

Eu, em dias bons, sou capaz de ler um livro em pouco mais de 24 horas. Com o Henrique, é mais complicado, e passam-se semanas em que não pego num.

Mas é este frenesim que quero passar ao Henrique. E desde cedo, ainda durante a gravidez, comprei livros para ele. E, na dúvida, compramos mais um livro. Temos os mais baratinhos, comprados nos chineses, a uso; alguns, já divididos em dois, ou com capas já a desfazerem-se. E temos os outros, a Beatrix Potter e afins, numa estante, e são a leitura da noite.

Mas, dou por mim, a ler, repetidamente, as mesmas histórias da Senhora Rata Migalha, ou do Pinguim Henrique e do Coelho Tambor. Passo os olhos nas livrarias, e no meio do caos, só encontro livros, ou demasiado bebés, ou demasiado crescidos, com frases longas que o iriam aborrecer.

Alguém tem sugestões de uns livrinhos supimpas para refrescar as estantes do meu anãozinho?

9 de novembro de 2014

Dicionário do Henrique... ou a Crónica do "Deixem-me que eu falo quando me apetecer"

O Henrique ainda não fala. Palra que se desunha, "conversa" com os pequenitates da idade dele, mais novos e mais velhos, diz "mã-mã-mã", "papa" (meaning: comida), diz "nããã" e "tim" e pouco mais.

"Sabe" como diz a vaca e o pato... ando a ensinar-lhe como diz o lobo e o ratinho... ri-se quando faço o "miau" do gatinho e ignora o cão.
Fala que fala, ao telefone, e só diz "olá" ao Pocoyo.

Mas... recentemente, saiu-se com um "Pan Pan" e a novidade deste fim-de-semana é o "Mica". Os mais desatentos iriam pensar que se trata de mais uns sons próprios desta idade, mas Mãe é Mãe e percebo perfeitamente o que me quer dizer.

Pan Pan = Panda

Mica = Mickey

Para mais informações, dirijam-se ao guichet, preencham o formulário que a gerência dará resposta em tempo útil. Muito obrigada pela atenção!

[diz a médica de família para o estimularmos (check)... dizem os livros dos especialistas para não falarmos à bebé para o habituarmos à linguagem (check). SENHORES, nós fazemos isso tudo, o gajo é que não quer falar... nã me moiam! ;) ]



19 de outubro de 2014

Instinto de Mãe (ou uma crónica aberta a todos os - futuros - pais)

Imagem retirada daqui
Isto do instinto é uma coisa engraçada. Primeiramente, ouvimos falar do instinto em relação aos animais: o instinto de sobrevivência, o instinto animal...

Depois, mais tarde (muito mais tarde), quando somos mães, ouvimos falar do instinto maternal. Dizem os especialistas que isto do "instinto maternal" é aquilo que faz de nós "aptas" a ser Mães. Que ou se nasce com ele, ou não se nasce. Que traduz a sensibilidade ou a aspereza face ao mundo dos bebés.

Mal sabemos que estamos grávidas, ele desperta. Como um relógio suíço. Ou como o Big Ben - que nunca falhou.
Aliás, mesmo que não saibamos que estamos grávidas, há aquele "feeling", aquela sensação estranha que nos "diz" para ter cuidado, para abrir os olhos, que algo de diferente se passa... (no meu caso, foi o sono... mal sabia o meu corpinho aquilo que me esperava!).

Depois, durante os 9 meses (ou menos, em alguns casos)... é o dar uma carícia na barriga, é o falar com a barriga como se ela nos pudesse responder; é o empregar de um carinho inexplicável nas mais pequenas coisas.
E o bebé nasce. É o amor extravasado. É um amor para além dos limites do pensado. Já amávamos o bebé, mas agora é real: é um amor com rosto, com pézinhos e mãos, e com uns dedinhos minúsculos. É um amor com pelezinha enrugada, sem dentes e chorão... mas é o mais bonito do Mundo.

(diz que há Mães que olham para as criaturinhas e não ouvem os querubins a cantar salvas, nem sininhos ou violinos... calma... lá chegarão. Deixem o bebé olhar bem dentro dos vossos olhos, deixem-no tocar no vosso corpo, deixem-no mamar e toda uma orquestra sinfónica tocará!)

Durante a gravidez, li muito sobre a arte de ser Mãe. Li muito sobre o desenvolvimento do bebé, sobre as alterações ao nosso corpo. Li muito sobre como dar banho, como agir em caso de doença, como mudar fraldas, como vestir o bebé de acordo com as estações do ano.
Mas não li nada sobre como ser Mãe. O que raio iria fazer? E se o bebé chorasse e eu não soubesse porquê? Como é que ia pegar nele ao colo? E se ele se "desmontasse" nos meus braços? E, principalmente, pensei que estava lixada. Que me tinha metido na maior alhada da minha vida, e que não havia volta a dar.

Mas... ao fim de 19 meses... não é que tem resultado?! Uma Mãe sabe. Sabe quando é hora de mudar a fralda. Sabe distinguir um choro de fome, de um choro de cólicas, de um choro de aborrecimento... uma Mãe, simplesmente, sabe!

Não vou mentir: ter um bebé é assustador. Os (futuros) pais que não se sentirem assustados ou são parvos, ou não têm noção no que se meteram.
É um compromisso para a vida. Não é algo que podem devolver, escrever no livro de reclamações ou enviar cartinhas para a DECO e para a ANACOM. Mas é fantástico... basta sentirem. Basta abrirem o coração e seguirem o instinto (muito mais do que seguirem os milhões de palpites e sugestões que vos derem).

15 de outubro de 2014

Chegou o mau tempo! Ah, pois... e a febre também!

Já lá vão umas semaninhas em que não escrevi nada. O Henrique está a desenvolver-se lindamente, como  qualquer criança saudável e amada. E, hoje, dia 15 de Outubro faz 19 meses! Um crescido!

Estava tudooo a correr bem. O mau tempo chegou, e com ele, as nossas tardes de reclusão. Se "dantes", aproveitava as tardes de sol para ir com ele ao parque, brincar; agora tenho de inventar cenários de brincadeira em casa até à hora de jantar.

Mas, com o mau tempo, chegou também o primeiro stress da estação. O Henrique já esteve constipado. O Henrique já teve febres altas. O Henrique nunca teve manhãs em que acordou bem e que passado uma hora e meia estava com 39 de febre. Agora já teve!

Isto de ser mãe é muito engraçado, sim, mas - e acho que já disse isto - ninguém nos prepara para os ver debilitados.

No fim-de-semana, estava mesmo à porta dos meus pais (em Leiria), quando me apercebi que ele estava quente. A minha mãe desencantou um termómetro e nem o deixei terminar de medir a temperatura, mal vi que estava nos 39 graus.

Despir a criança, meter-lhe um ben-u-ron, e esperar pelo melhor... que chegou um bocadinho depois. Passadas 2 ou 3 horas, o mesmo cenário: febre alta, choro (mesmo muito choro!), só a querer o colo da mãe... liguei para a Saúde 24 que me confirmaram o que já desconfiava que o ben-u-ron que lhe tinha dado já não era eficaz para a idade e peso do Henrique (vejam lá que há mais de 6 meses que não lhe pegava).

Correr para a farmácia e rezar que estivesse aberta, senão tinha ainda de ir para Leiria (que isto de haver sempre farmácias abertas é coisa de gente da cidade!).
Tudo correu pelo melhor. Nova administração de ben-u-ron e o meu anãozinho lá espevitou.

A meio da noite, nova febre... compressas de água tépida, metade de um supositório (para não encharcar o pequenitates de químicos!), lá acalmou e lá consegui, eu também, descansar qualquer coisa.

Resumo: não aproveitei como queria o fim-de-semana, os meus pais, o meu irmão, a minha cunhada e a minha avó não aproveitaram o Henrique como queriam... e ainda leio os especialistas a dizerem que a mulher, após ser mãe, não se deve anular, nem ser dependente do(s) filho(s).

Claro, senhores especialistas, claro... agora vamos experimentar outra vez, mas com a certeza que os bebés (mais pequenos ou mais crescidinhos) não são imprevisíveis... pode ser? Dou-vos mais uma hipótese.

17 de setembro de 2014

Toma lá para não te armares em esperta

E é isto... depois ficamos dentro da maquineta, quietinhos. 
Por norma, sou sempre a 1.ª pessoa a aconselhar NUNCA ir à Internet procurar informações sobre doenças, já diagnosticadas por médicos. Geralmente, o doente não filtra as informações todas dadas pelo especialista, vai à net procurar mais, e o que encontra - e que mais uma vez, não filtra - são os extremos, e começa logo a pensar que vai bater a bota, instantaneamente.

Há uns meses, foi-me dito que teria de fazer uma ressonância magnética pélvica (RM). Os meses passaram, e na semana passada, ligaram-me do Hospital a informar que a RM estava agendada para 16 de Setembro, às 10h.
Aqui a boa da Cristina já tinha as instruções para o procedimento, e cumpriu-as, até que se lembrou de ir procurar como se procedia este exame.

O que encontrei foram coisas macabras.
Estranhas.
Descrições onde eram injectados todos os tipos de gel em tudo quanto era orifício corporal.
Pessoas que entravam em pânico claustrofóbico.
Coisinhas do arco da velha.
"Cruzes, credo...", pensei eu.

Para não panicar de todo, decidi fechar as janelas do Chrome, e tentar esquecer. Mas aquilo não me saía da cabeça. E vai de perguntar a pessoas da área médica como, efectivamente, o procedimento era realizado. Descansaram-me. Que nunca tinham ouvido falar em injecção de gel, absolutamente nenhum. Que a única "pica" era numa veia para introduzir o cateter para o contraste. Que me enfiavam num tubo barulhento.

Mesmo assim, na manhã (ontem, portanto!) só me vinham à mente as descrições tétricas. O meu lado racional estava a levar "quinje a jero!" ao lado imaginativo e sugestivo. Estava sozinha na sala de espera, o exame estava atrasado, em jejum há quase 12 horas... no momento da "pica" para o cateter, deu-me um fanico e ia desmaiando. Foi um "Ai, Jesus!" que só visto.
Conclusão: a enfermeira que estava comigo era uma querida e explicou-me o procedimento. Que era totalmente indolor. Que me iam aplicar o contraste através do cateter que ela própria ia inserir. Que teria de me despir, com excepção da cueca, e vestir uma bata. Que me iam meter dentro de um tubo. Que era muito barulhento, mas que me dariam uns headphones ou tampões para abafar o som.
E assim foi! Com a vantagem dos técnicos que me assistiram também serem uns porreiros.

Depois do dia passado, só pensava: "toma lá, Cristina Maria, para não te armares em esperta!". Façam o que eu digo, não façam o que eu faço: NUNCA procurem na net informações seja sobre procedimentos médicos, doenças, diagnósticos ou medicações... NUNCA, em ocasião alguma. Raramente se encontram os meios-termos, porque, na aflição, não conseguimos filtrar toda a informação que nos chega. Sejam sensatos. Fala quem sabe!

7 de setembro de 2014

Crise de crescimento e de desenvolvimento

A Internet é todo um Mundo. Basta uma pessoa digitar algumas palavras e todo um léxico, um universo de informação surge diante dos nossos olhos.
Repentinamente, e para uma mãe de primeira viagem, a Internet é uma ferramenta super-útil. Não resolve os nossos problemas, mas, quando usada com bom-senso, ajuda-nos a formular as perguntas correctas às pessoas que nos podem ajudar.

O Henrique sempre dormiu mal. Em (praticamente) 18 meses, ainda não dormimos uma noite inteira. Os pais que me dizem que têm filhos "santos"... bem, escusado será dizer que me apetece afogá-los!
Continuando: o Henrique sempre dormiu mal. Teve meia-dúzia de noites em que acordava mais tarde, e nos dava algumas (boas) horas de sono, mas a regra é acordar. Sempre.

De há umas 3 semanas para cá tem sido o CAOS. O Henrique acorda 5/6 vezes por noite. O Henrique dorme 2 horas e uns minutos e acorda. Levanto-me dezenas de vezes, seja para lhe pôr a chucha, seja para o acalmar. Juro pela minha saúde que até já pensei em consultar algum terapeuta do sono.
Na minha santa ignorância, creio que este ritmo de sono até pode ser prejudicial para um bebé como ele. Leio que os bebés com esta idade devem fazer cerca 13 a 15 horas de sono, e penso no meu piolho que nestas últimas semanas teve noites em que dormiu 5/6 horas, e durante o dia mais 2h, perfazendo um total absoluto de 8 horas. Isto não pode ser saudável...

Pois... a Internet... não te disperses, Cristina Maria.

Link atrás de link, atrás de link... blogues de pediatras, blogues de mães, blogues da Santíssima Trindade, e vai-se a ver e eis que descubro um texto sobre as Crises de Crescimento e de Desenvolvimento - e pensava eu que a coisa estabilizava a determinada altura.

"Bebês não se desenvolvem em um ritmo constante, e sim irregular.

No período que imediatamente antecede um salto de desenvolvimento o bebê repentinamente pode se sentir disperso à mudanças nos sistemas perceptivo e cognitivo que não foram adaptadas ainda no organismo.

Então na tentativa de readaptação, o bebê volta à base, ou seja, à mãe, o que reflete-se em períodos de maior carência afetiva, pedem mais colo, e com frequência afetam o sono e apetite.

Depois de algumas semanas essa fase difícil é superada, e o bebê demonstra ter habilidades novas.

Uma Cronologia aproximada dos períodos de crise é:
- 5 semanas / 1 mês
- 8 semanas / quase 2 meses
- 12 semanas / quase 3 meses
- 19 semanas / 4 meses e meio
- 26 semanas / 6 meses
- 30 semanas / 7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
- 46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
- 64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses

Nesse período, é esperado que o bebê:
- Procure ficar mais perto da MÃE, ou seja sua base de tudo, pois é o que ele conhece melhor;
- Fique mais carente, precisando de colo, segurança e orientação maternal de perto;
- Coma mal e durma pior;
- Pode pedir para mamar com mais frequência;
- Comece a fazer coisas que não fazia antes da crise tal como rir, sentar, engatinhar, interagir...
- Demonstre felicidade com o final da crise e superação do desenvolvimento adquirido.

Essa fase difícil passa, e tudo volta a normalidade, na mesma naturalidade que iniciou.
Então, durante as crises, é só ter um pouco de paciência, carinho, cumplicidade... que logo logo passa..."


(retirado do site brasileiro Guia do Bebê)

Para terminar que a história já vai longa, é ASSUSTADOR ler algumas coisas que por aí pululam: ataques de raiva, "adolescência" dos bebés, predisposição para depressão and so on... parei por aí, porque quero que o Henrique tenha uma mãe mentalmente sã, e que o ajude - o melhor que puder - a ultrapassar esta etapa de crescimento. 

25 de agosto de 2014

As primeiras férias

"Aiiiii, mas que bem que se está no campo...!!!"
As últimas férias - dignas desse nome - que eu e o meu excelso homem tivemos, foi no ano de 2012. Eu estava grávida há cinco minutos (não literalmente "cinco minutos", mas há pouquinho tempo), e tivemos uns diazinhos no Algarve. Enjoadinha como uma pescada, sem puder beber sequer uma sangria fresca... passámos uns dias a relaxar e a conhecer um pouco mais do território algarvio.

No ano passado, apesar da luz verde para irmos à praia com o mini-Henrique, não arriscámos e não houve férias para ninguém.

Este ano, rumámos a Sul. Arrumámos as malas e durante 5 dias, tudo o que queríamos era sol, praia e piscina. E assim foi. Mas... como iria o Henrique reagir? Uma coisa é passarmos um fim-de-semana nos avós de Leiria, ou duas noites, ou irmos dar um giro até Almeirim e também passarmos uma ou duas noites - outra coisa completamente diferente é estarmos fora 4 noites, num apartamento diferente, com pessoas diferentes e uma rotina diferente.
E a piscina? E a praia, com o mar ali tão perto?

Esteve mais rabugentito à noite, e choramingava mais do que o costume, mas, no geral, correu tudo bem. Lá está, estranhou um pouco a cama, mas o acordar "n" vezes durante a noite, para mim, já é hábito.
Adorou a piscina, adorou a liberdade de andar descalço e só de calções (praticamente) o dia todo, as outras crianças que lhe davam atenção e que brincavam com ele, adorou a praia e encher-se de areia até ao tutano, dormir à beira-mar e na beira da piscina... enfim, era rapazinho para se habituar àquela vida!

Agora... voltámos ao nosso mundinho, ao nosso bairro, ao nosso apartamento, à nossa rotina. Fim das férias fora.

11 de agosto de 2014

Fraldas


Uma comentadora "lembrou-me" que, realmente, não tinha dado a minha opinião sobre as fraldas extra-finas do Lidl, da marca Toujours - com tecnologia DryLock (que rondam os 5 euros).


O facto de serem tão fininhas assustou-me um bocadinho, confesso. E fiquei algo receosa em lhas colocar à noite, com medo de ter uma surpresa. Uma surpresa do género daquelas que envolvem ter de mudar lençóis de cama a meio da madrugada.

A verdade é que as fraldas comportaram-se melhor comigo do que eu com elas. Ao serem fininhas não criam aquele "enchumaço" das fraldas de outras marcas quando já estão saturadas de xixi.
Em 35 fraldas, julgo que houve uma fuga de xixi e outra do "number two!", por estarem, aí reconheço, mal colocadas.

(com quase 1 ano e meio, o Henrique ainda não está habituado ao processo de tirar e pôr fraldas e esperneia imenso, o que, às vezes, dá mau resultado)

À noite, também se comportaram lindamente. Sou fã confessa das Dodot Activity (pacote púrpura), mas não desgostei destas.

No cômputo geral, recomendo estas. Tem uma muito boa relação qualidade / preço. Mas ainda assim, quem estiver de pé atrás, aconselho a usar estas durante o dia, quando é necessário trocar o bebé mais vezes, e deixar as "melhorzitas" para a noite.

(na mesma altura, tinha comprado numa promoção umas Dodot Activity Extra, tamanho 4+, e o Henrique usava - e continua a usar - essas à noite)

E hoje, voltei à carga: voltei a comprar um pacote destas, até porque para levar para as férias - daqui a uns dias - são bem mais práticas, exactamente por serem extra-finas e levezinhas, e ocupam pouquíssimo volume.
Outra grande vantagem é irem até aos 18 kg... o Henrique é um esticadinho, que engorda a uma velocidade "caracol" e, pelas minhas contas, mais rapidamente entra na faculdade do que chega aos 18 kg.

22 de julho de 2014

Joelhos: as primeiras vítimas

Marcas de "guerra" no joelho esquerdo
O Henrique decidiu começar a andar sozinho há relativamente pouco tempo.
De passinhos, agarrado a tudo, passou a andar sozinho num estalar de dedos. "Andar" é talvez uma expressão exagerada... correr... ou voar... são talvez mais correctas.

Fomos passar uns dias a Fazendas de Almeirim. Aproveitar a tranquilidade ribatejana, numa casa que lá temos, com um páteozinho e uma horta.
O Henrique achou tudo um máximo, especialmente todos os metros que podia correr em linha recta. Era vê-lo a meter mudanças desde a ponta da sala até à rua.

Obviamente, as quedas foram mais que muitas. E o resultado final foi ter esfolado os dois joelhos.  E uma bochecha (como raios alguém consegue esfolar a bochecha? COMO?).

Lembram-se daquela história de querer almofadar o Mundo? Acho que vou começar pelo Ribatejo.

(e, sim, eu sei que as quedas fazem parte do crescimento...) 

27 de junho de 2014

Almofadar o Mundo

Imagem Dreamstime
Quero comprar uma almofada. Daquelas mesmo grandes: para colocar no chão do meu bairro (ou em toda a Sintra, se o município mo permitir!), nos muros da rua, e nas paredes de casa. Uma almofada gigante que apare todas as quedas do meu pequenitates.

Ultimamente, as quedas têm sido de rabiosque almofadado de fraldas, ou com um joelhito no chão quando mete a 5.ª, mas já deu 2 ou 3 aparatosas. Uma que me fez vir o coração junto ao palato e as lágrimas aos olhos.

Sabem aquela coisa que nos formiga no peito ao vermos o nosso bebé a aprender a andar (primeiro agarrado a nós, com as duas mãos, depois, só com uma, e por fim, sozinho, sem mãos a ampará-lo)? Aquela coisa de o ver pôr em prática algo que lhe ensinámos e que sabemos ser a evolução, o crescimento daquele serzinho "dez-réis de gente"...? Pois, é isso mesmo.

Perdemos tempo (como se alguma vez perder tempo com a nossa criação é, efectivamente, "perder" tempo...) a ensiná-los a virarem-se, a gatinhar, a andar... e depois, cai o Carmo e a Trindade: as primeiras quedas. Galos. Arranhões. Nódoas negras.
Os especialistas dizem que não nos devemos alarmar com as quedas. Que isso só os vai assustar mais e fazê-los chorar. Que as quedas fazem parte.
Mas vê-los a ir em queda-livre direitinhos ao mosaico da sala... não é uma sensação simpática. E é impossível não nos alarmarmos. Coração de mãe é alarmado por natureza.

E sim, já sei distinguir a queda que me faz dizer "não se passou nada... vá, levanta-te! A mamã dá tau-tau no chão maroto que fez o Henrique cair! Ai ai, chão maroto!" e que o faz rir, da queda aparatosa que me faz ir a correr para o congelador tirar gelo e metê-lo numa cabecinha magoada e chorosa... a queda que a mim me faz chorar por não ter estado com atenção naquele segundo e não a ter conseguido evitar.

Posto isto: quero almofadar o Mundo. Quem se junta a mim?

25 de junho de 2014

Hoje é um dia bom. Dos melhores.

Há dias bons.
Aqueles dias em que dormimos bem, e acordamos bem-dispostos. Brincamos, descalços, no chão da sala, tomamos o pequeno-almoço e vamos à rua.
Há dias bons.
Aqueles dias em que ele me dá muitos beijinhos e distribui sorrisos por toda a gente.
Aqueles dias em que ele ri muito ao sentir o vento na cara, e que o sol o ilumina mais do que o costume.
Aqueles dias em que posso vestir-lhe uma t-shirt e dispensar as meias, com a tranquilidade de quem sabe que ele não sente frio.
Há dias bons. Aqueles dias em que dou todo o meu amor a cada milésimo de segundo.

E depois temos os outros dias. Os dias menos bons. Os dias menos bons em que ele dormiu mal à noite, e acorda (definitivamente) demasiado cedo.
Aqueles dias em que faz birrinha.
Aqueles dias em que atira tudo ao chão quando, por algum motivo, eu digo "não, Henrique!". Aqueles dias em que me falta a paciência por tudo e por nada.
Aqueles dias em que o amor é o mesmo, mas que não me apetece demonstrar-lho.

Hoje... hoje é um dos dias bons.

E fico (ainda) mais feliz por assim ser.

18 de junho de 2014

Até para nascer é preciso sorte...

Empresas obrigam mulheres a garantir que não vão engravidar durante cinco anos

Notícia inteira aqui.

Não sei até que ponto isto é risível, ou triste. Não sei se pense em inteligência económica, ou em estupidez sociológica dos nossos empresários. Mas algo será.

Foto: retirada do site Público | Adriano Miranda
Num país, em que, claramente, há falta de gente, COMO é que há empresas que mantêm estas práticas? Sem falar na intromissão descarada na vida privada das colaboradoras, a troco de emprego... 

Quando temos, uma diminuição significativa (de ano-para-ano) no número de nascimentos, é perguntar a esses génios quem lhes vai pagar as reformas, se não "permitem" que os futuros trabalhadores europeus possam ser gerados. 0

16 de junho de 2014

Noções de segurança por um pequenitates de 3 anos

Fui beber café, e levei, obviamente, o Henrique. Pouco depois, chega um senhor com o filho. Uma pulguita eléctrica de 3 anos: entrou no café e fez uma espécie de pino, só para terem noção da raça do miúdo.

Depois de ter dado a sua dose de atenção a uma bebé recém-nascida, o Henrique volta-se para o tal miúdo que assumiu a missão de Obi-Wan Kenobi, e tratou de passar ao Henrique todos os seus sábios conhecimentos sobre a vida e os seus perigos.

Andou a correr como um maluco, e o Henrique, satisfeitíssimo, a correr atrás dele (e eu também, já que o meu mini-gajo não anda sozinho!), até que percebeu que o Kiko corria mais devagar e era mais pequeno. Aí, agarrou na mão da minha pequena cria e explicava:

- "as escaas são piígoxas!" - tradução: as escadas são perigosas.

- "não pooes i xoxinho paa estada. Os caos poem no chão" - tradução: não podes ir sozinho para a estrada. Os carros põem-te no chão!.

- "dou sempe a mão ao papá" - esta não precisa de tradução...

Entretanto, o pai e o miúdo preparavam-se para ir embora. O Tomás, é esse o nome miúdo, já estava dentro do carro, quando saiu à pressa para vir repetir estes conselhos. Olhava para mim com um ar muito sério, como quem diz "tu és maior, faz o que eu mando, e tudo corre bem!".

E assim se passou uma manhã.

13 de junho de 2014

Agora, fala-se de fraldas

Post não patrocinado (com muita pena minha!)


Hoje, a minha atenção no que às coisinhas do Henrique diz respeito virou-se para as fraldas. Tive de enfiar umas quantas na mochilinha dele, já que os avós precisam de, pelo menos, 2 mudas.
E depois olhei para o meu stock de fraldas... está a começar a ficar triste para aquilo que um dia foi um reservatório sem fim de fraldas! Onde, um dia, estiveram 9 embalagens... agora estão duas!

Quem é mãe / pai / cuidador, sabe que o orçamento familiar sofre um abalo quando é preciso comprar fraldas. E depois... raios... a Dodot é aquela que me preenche as medidas. Actualmente, uma embalagem de (+/-) 60 fraldas fica perto dos 20 euros... o que, convenhamos, não é barato.

Sempre que há uma promoção, lá vai a maluquinha (eu!) e compra logo umas 3 ou 4 embalagens que já chegam para um tempinho bem jeitoso.

Mas, ultimamente, o Pingo Doce não tem sido simpático neste aspecto.

Mas, oiço-vos daí a cochichar: "olhá grandessíssima fina... fraldinha Dodot!". Pois, mas já tentámos da marca Pingo Doce e odiei. Tentámos Chicco e odiei. Tentámos Huggies que gostei imenso, mas que deixaram de ser comercializadas em Portugal. E, quando ainda era recém-nascido, o Henrique usou também marca Continente, que não eram nada mázinhas.

Então, para experimentar, comprei no Lidl umas extra-finas, da marca Toujours, com tecnologia Drylock.

(o uso da palavra "tecnologia" associada a fraldas devia ser motivo para os homens as trocarem mais vezes... é só a minha opinião!)

Parece que o xixi fica lá dentro e não sai nem que venha o Mundo atrás. Acabei de lhe pôr uma. Aquilo é tão fininho que faz impressão, juro! A ver vamos...

(aproveitei a ida ao Lidl e comprei também umas Babykini, da Dodot, para a praia... quem já usou? Aquilo é bom? Como estava a metade do preço, trouxe.)


12 de junho de 2014

Cenas Henriquinas...

Olá Blogger, estás bonzinho? Há que séculos que não vinha aqui macular as tuas páginas...

Já fomos com o Henrique há praia... foi há umas semanas, mas é sempre engraçado lembrar a carita dele, surpreendido... "onde foi que vim parar hoje?", parecia dizer. O dia estava muito bonito, calor q.b., pro isso prometia...
Perto de nós, estava um casal com um menino (e outro a caminho), e o Henrique encetou uma perseguição ao miúdo, como é óbvio.

(a ânsia deste rapaz em estar com outras crianças é visível a léguas)

Experimentou pôr os pés na água - a baixa da maré formou uma lagoa, e as crianças estavam lá a brincar, com água pelos joelhos - e nem isso o incomodou.
O chato mesmo foi a areia. Essa malvada, que se infiltrava entre os dedos...

***
As novas aquisições

Recentemente, fomos há Feira do Livro - eu e o meu excelso gajo; o Henrique ficou com os avós - e acrescentámos mais uns títulos à biblioteca do Henrique. Desta vez, foi Beatrix Potter, e os seus amiguinhos: Pedrito Coelho e a Senhora Rata Migalha.
São amorosos. E o Henrique adorou.

Fazemos questão que o Henrique lide com livros desde pequeno. É uma parte que consideramos muito importante no crescimento dele.

De resto, está quase com 15 meses... (onde é que vamos parar a este ritmo, senhorzito?) e com um ar de malandro que não se aguenta. E é o meu maior amor, nesta vida!

26 de maio de 2014

Youzz.net - ou o caso da Embaixadora dos pobrezinhos (parte II)

A persistente mensagem de erro! :(
Como disse antes, além do Sublime Sun (que adorei... e tenho vales para DAR!!! Grátis! Vales de 2€! Para O-F-E-R-E-C-E-R! Quem quiser é só dizer), fui também seleccionada pela Youzz.net para experimentar o Portal do Utente, do Ministério da Saúde.

Em tempos, registei-me e tentei marcar consulta. A coisa correu mal, e voltei-me para o bom e velho telefone. Obviamente, só à milésima tentativa é que consegui marcar a malfadada consulta.

Com o sistema de associação ao Cartão do Cidadão, pensei que a coisa corresse bem. My mistake. O kit que a Youzz.net enviou era um leitor de cartões, um jornal sobre saúde, um panfleto sobre o maravilhoso mundo do Portal do Utente e os respectivos questionários aos amigos.
Procurei por algo que me dissesse quais os passos a dar para a instalação do leitor e nada.
No site da Youzz.net, outros se queixavam do mesmo. Houve até alguém que deu uma dica sobre os processo. Tudo experimentei e nada. A mensagem que me aparecia no ecrã era sempre a mesma: que o dispositivo não era reconhecido.

Desisti. Youzz.net, sois grandes, mas desisti. A culpa não é da empresa, obviamente. Eles apenas promovem, e dão a experimentar, os produtos ou serviços, aos seleccionados. A culpa é de quem tratou dos kits que não teve o discernimento de pensar em criar um guia passo-a-passo, onde estivessem FAQ's e coisas do género.

Contudo, não posso deixar de louvar a ideia subjacente ao Portal do Utente. Lá, podemos deixar o nossos historial médico, como alergias, e outras informações importantes, que será consultado de forma mais rápida e simples por qualquer clínico, pode-se marcar consultas (em algumas zonas do País, pelo que percebi, não é assim tão simples!), e associar outras pessoas ao nosso agregado familiar. As vantagens são muitas, sem dúvida, e poupam idas aos postos médicos, mas... tem de funcionar em condições.

Links úteis:

Portal do Utente - https://servicos.min-saude.pt/utente/portal/paginas/default.aspx

Youzz.net - http://youzz.net/PORTUGAL/default/default/parent_code/2rSZ7z1P24// (registem-se, usando este link)

6 de maio de 2014

Youzz.net - ou o caso da Embaixadora dos pobrezinhos

Há pralá de muito tempo que estou inscrita no site Youzz.net (que dantes se chamava Embaixadores.net, ou algo assim que o valha!). "E no que consiste?" perguntam os meus bons amiguinhos.

Pois bem, consiste, em primeira instância em responder a muiiiiittttooossss questionários. E os questionários dão-nos pontos. E os pontos dão-nos poder na escala hierárquica, e a possibilidade de sermos seleccionados para campanhas de experimentação. And... guess what?! Fui seleccionada para experimentar o Protector Sublime Sun, da L'Oréal (e também fui seleccionada para a campanha do Portal do Utente, mas isso é assunto para outro post... voltarei ao tema mais tarde!)


(olhem só para o meu kit de experimentação, tão bonitinho, a viver cá em casa!)

Recebi o protector no sábado. E pensei que era o dia ideal para experimentar. Nesse dia, estava combinado um passeio até Cascais, com um casal amigo, e o dia estava de sol.

Aqui a boa da vossa amiga Cristina, no ano passado, nem sequer cheirou a areia da praia, porque sua excelência, o senhorzito Henrique era demasiado pequenitates para essas andanças. Logo, este ano, estou branquinha como a cal, já que o meu último dia de praia, foi em meados de Agosto de 2012, senão me falha a memória... e a probabilidade de voltar para casa vermelhinha como uma lagosta era bastante elevada.

As primeiras impressões sobre o produto? A-D-O-R-E-I!
Tem um cheiro fantástico... assim meio a côco... aquele cheirinho a Verão que nos faz apetecer mostrar as pernas, e nos levanta o astral até à Via Láctea. Só por aí... conquistou-me! Sou uma rapariga que liga muito a cheiros e há lá coisa melhor que andarmos cheirosas, literalmente, da cabeça aos pés?

O creme espalha-se que é uma maravilha. Odeio cremes que demoram uma eternidade a espalhar, ou por serem muito densos, ou muito gordos... é um tédio estar ali a esfregar a pernoca durante tempos infinitos. E quando se tem um pirralhito a fazer disparates, o tempo urge senhores, o tempo urge! E adorei o Sublime Sun exactamente por isso: tem uma fórmula "light" (perdoem-me, senhores da L'Oréal, mas faltam-me os termos técnicos!) que se espalha imediatamente.

E, por fim, não se cola. Conhecem aquele efeito dos cremes que quando terminamos de espalhar, parece que ficamos com as mãos cheias de UHU (a marca de cola, remember?!), e as pernas a colar uma na outra?! Com este, isso não acontece. Ficamos com as mãos limpinhas, as pernocas protegidas e sem vestígios de UHU no corpo.

Estou, verdadeiramente, muito contente com esta experiência. Quem me conhece sabe que não me vendo com facilidade, mas a L'Oréal conseguiu conquistar-me. E, em jeito de conclusão: o passeio a Cascais correu que foi uma maravilha e, mais importante, não apanhei nenhum escaldão nas pernas, apesar do sol estar super-forte.

Agora, a parte da Embaixadora. Já vendi "o meu peixe", e tenho alguns vales de desconto para oferecer... quem quer experimentar?! 

24 de abril de 2014

Crónica das horas perdidas, ou, como se diz na minha terra "o diabo não está sempre atrás da porta"

Estou desempregada.
Sou mais uma daquelas que engrossa os não-sei-quantos-por-cento das estatísticas nacionais.
Sou mais uma daquelas que recebe subsídio.
Sou mais uma daquelas "mandrionas" que não quer é trabalhar.
Sou mais uma daquelas que a senhora dona Jonet acha que perde mais tempo nas redes sociais do que a fazer alguma coisa pela vidinha.

Pois que hoje fui a uma reunião / entrevista. E ao regressar a casa, perdi-me. E ia parar a Mafra não fosse encontrar um raio de uma aldeola para lá de Cheleiros (onde quer que isso seja, mas que foi o ponto de referência que um senhor achou por bem dar-me).
E com isso, perdi horas de vida útil em que podia estar a fazer qualquer coisa pela vidinha, nem que fosse dormir a sesta, ou a ler um livro.

Olhem, vão mazé trabalhar...

22 de abril de 2014

No more excuses

O Henrique nasceu há um ano, 1 mês e 1 semana.

Eu tinha 47 kg antes da gravidez e 60 no fim... 6 meses após o nascimento, rondava os 54 kg.

As pessoas que me conheciam "do antigamente" dizem, com frequência, que assim é que estou bem. Que dantes estava muito magrinha, e que agora estou melhor, mais cheiinha...
Mas, eu olho para o espelho e aquela barriguinha incomoda-me.
Nas fotografias, vejo uma cara mais bolachuda e incomoda-me.
Vestir roupa que dantes me ficava enorme incomoda-me.

Não me sinto eu... sinto-me desconfortável, neste corpo que agora é o meu. E para estar bem com os outros, tenho de estar bem comigo.

Por isso, acabaram-se as desculpas.
O Henrique já nasceu há muito tempo, para eu continuar com a desculpa do pós-parto.

Está na hora de começar a tratar disto. E hoje é o dia.

(deixei passar a Páscoa com as suas amêndoas de chocolate do demo, 
e a visita aos tios e padrinhos que nos enchem de comida, 
e os folares, e os pães-de-ló de Felgueiras... 
tudo mexido pela mão do próprio Belzebu)

Está decidido. Acabaram-se os bolinhos de pastelaria, e os snacks carregadinhos de açúcar a meio da tarde. Comprei as bagas Goji da moda e vou começar a enfiá-las em iogurte... comprei aquelas bolachas de arroz para fingir de snack, mais água, e menos doces... comer mais peixinho e menos carne, mais vegetais...

Vou perder peso... uns 3/4 quilitos... ou não me chamo Cristina Maria. 

15 de abril de 2014

A maior das sortes

Hoje, enquanto dava iogurte ao Henrique, apercebi-me que é do caraças ter este privilégio que é vê-lo crescer. A maior parte das mães que conheço tem de deixar os seus rebentinhos aos 4, 5, 6 meses na creche com pessoas que, sendo profissionais, não são família, não têm o mesmo calor no colo que uma avô, um avó, a mamã...

Apercebi-me que é do caraças conseguir, inclusivamente, controlar o nascimento dos dentes, saber de cor as músicas que ele gosta, perceber quais são os episódios do Pocoyo que andam a passar repetidos e enchê-lo de beijos quando me apetece...

É uma merda (e peço desculpa pelo termo) estar desempregada, só haver um ordenado a entrar em casa, e beca-beca-beca... se, no início, se levava a coisa com mais descontracção, chega uma altura que se começa a fazer contas à vida e que a coisa assim não se pode arrastar muito mais tempo.
Pensa-se que a alternativa é trabalhar em casa (ou trabalhar mais em casa, porque já se sabe para quem "sobra" as tarefas domésticas...).

E depois, olho para o Henrique. Crescido. Feliz. Saudável. Com as birras normais em bebés da idade dele. E volto a pensar que realmente sou uma mulher com uma sorte do caraças (mesmo com o fogão sujo até à 5.ª casa...).

Imagem retirada daqui

7 de abril de 2014

Henrique e o mar

Ontem, domingo, levantámo-nos bem cedo. O senhorzito Henrique achou que era um bom dia para fazer coisas em família, por isso, vai de acordar os pais e fazê-los levantar o rabinho da cama.

E a verdade é que... até foi bom. Tomámos o pequeno-almoço cedo, e aproveitámos para ir passear até às praias. Começámos pela Praia Grande. O Henrique dormia. Vimos o quanto a praia está com um aspecto desolador. As últimas tempestades levaram o areal, e deixaram à vista as enormes rochas que, usualmente, estão bem escondidinhas.

Passámos à Praia das Maçãs... o Henrique dormia. O sacana acordou-nos cedíssimo e cometia o sacrilégio de estar a dormir como um anjo. Vimos o que havia para ver e estávamos já a pensar em voltar para casa, quando nos apeteceu pão com chouriço. O Henrique acorda.

Voltámos então para trás - que a manhã até estava agradável - e, pela primeira vez, o Henrique viu o mar. Pisou o areal (ainda que calçado!). Divertiu-se (muito! imenso!) a ver os outros meninos a brincar. Riu. Gargalhou. Foi tão feliz que nos deixou a nós felizes.

Cada dia me convenço mais que é um privilégio assistir ao aprendizado de alguém. Ver a felicidade dele em experimentar coisas, ver coisas, tocar em coisas que tomo por adquiridas. Como o mar... ou crianças a brincar com discos voadores... ou encher-se de areia da praia...

Os créditos da fotografia são do papá

2 de abril de 2014

A propósito da estreia, amanhã, do "Sei lá!" da Margarida Rebelo Pinto

Imagem retirada daqui
Os ensinamentos que retirei dos livros da Margarida Rebelo Pinto, nomeadamente do "Sei lá":









FIM

27 de março de 2014

Higiene Oral no latente e criança

Dentição:
A dentição é o um processo que leva à formação e à erupção dos dentes.
O desenvolvimento dos dentes compreende três fases:

* A mineralização (calcificação);
* A erupção (rompimento dos dentes);
* Esfoliação (quando caem).

A mineralização começa ainda no período pré-natal e termina por volta dos 25 anos para a dentição permanente.

Em geral, a erupção inicia-se por volta dos 6 meses e os primeiros dentes a romper costumam ser os incisivos centrais inferiores, seguidos pelos incisivos centrais superiores; posteriormente rompem os outros até completar a dentição decídua, composta por 20 dentes, até aos 3 anos. A esfoliação ou queda dos dentes começa cerca dos 6 anos e continua até aos 12 anos.

A erupção da dentição permanente pode iniciar-se logo a seguir à esfoliação ou pode haver um intervalo de 4-5 meses.


Erupção dentária e infecções:
Como já referimos anteriormente, os dentes começam a romper por volta dos 6 meses coincidindo com a diminuição fisiológica dos anticorpos transmitidos pela mãe durante os últimos meses de gravidez e portanto com uma diminuição das defesas. Nesta altura, existe uma maior susceptibilidade a infecções, como sejam respiratórias, diarreia e /ou rubor da pele na região anal. 


Manifestações clínicas:
Em muitos bebés a erupção dentária é assintomática ou provoca um desconforto ligeiro, mas pode surgir:

*Salivação abundante;
* Nervosismo ou irritabilidade invulgares;
* “Morder” constantemente as mãos, a criança leva tudo à boca para aliviar o desconforto;
* Rejeição do biberão porque as gengivas se encontram sensíveis;
* Problemas de sono (agitação, choro, etc.)
* A gengiva torna-se mais vermelha e, por vezes, inchada.

Outros sintomas apesar de raros podem surgir como:
* Febre baixa (37,5º)
* Fezes um pouco mais moles do que o normal;
* Eritema da fralda.
* Irritação na pele (dermatite da baba) na zona do queixo.


Tratamento:
* Paciência e carinho;
* Oferecer alimentos duros como côdea de pão (se idade superior a 6 meses);
* Bebidas frescas;
* Anéis de dentição específicos;
* Gel de massagem gengival e massajar suavemente;
* Aplicação de creme protetor em caso de “dermatite da baba” e da eritema da fralda.


Prevenção:
* Prevenção de cáries dentárias, mesmo em dentes de leite;
* Evitar embeber a chucha em açúcar ou mel;
* Instituir hábitos de higiene orais de preferência após as refeições;

Higiene Oral:
Kit de higiene oral do Henrique, estreado ontem
Uma boa higiene dentária requer apenas alguns minutos por dia, mas o tempo despendido será largamente compensado em dentes e gengivas que se manterão sãos durante toda a vida.

Após os seis meses de vida é recomendado os seguintes cuidados básicos, mesmo que o bebé não tenha ainda dentes:

Alimentação variada e equilibrada, evitando a ingestão de alimentos ricos em açúcares (doces, chocolates, etc.); evitar “snacks” entre as refeições;

Escolher uma pasta dentífrica ou gel com flúor de qualidade comprovada ou recomendada por um médico ou enfermeiro. Não ponha mais que um botão de ervilha de pasta na escova;

Escolha uma escova de dentes com cerdas macias e arredondadas na extremidade, do tamanho adequado à boca do seu filho e capaz de alcançar todos os dentes. Substitua a escova de 3 em 3 ou de 4 em 4 meses.

Os dentes devem ser escovados pelo menos duas vezes por dia; de manhã e à noite; se puder, devem ser escovados também depois das refeições. 

Não consentir que o seu filho utilize os dentes para rasga, puxar, dobrar ou abrir objetos;

Após os 3-4 anos consultar um dentista, mesmo que não existam queixas, pelo menos uma vez por ano.


Enfª Cláudia Rainha (Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica)
Ruth Campos (Aluna de Enfermagem do 4º ano de licenciatura da ESEL)

26 de março de 2014

Alimentação

Imagem retirada daqui
O Henrique começou a comer sopa, fruta e papa, a partir dos 4 meses. Como não mamava, em exclusivo, e o aumento de peso estava a ser residual, o médico de família... e depois a pediatra, aconselharam a introduzir a alimentação complementar.

O miúdo só estranhou nos primeiros 2 dias e depois era vê-lo a comer. Hoje, praticamente com um ano e duas semanas, come sopa, fruta, papa, iogurtes, pão, bolachas Maria, queijo flamengo... a sopa já levou todos os ingredientes e mais alguns, peixe, frango, peru, coelho...

Entretanto, estamos preparados para dar o passo seguinte: comer o mesmo que nós. E aqui, vou ser muito sincera - e, ao mesmo tempo, devo parecer extremamente parva - faz-me um bocado de confusão, os bebés passarem de uma alimentação "controlada", sem sal, nem gorduras, nem outros condimentos... para uma alimentação que poderá levar pimenta, sal, gordura (como margarina, por exemplo), ou ser regada como vinho branco ou cerveja (faço pratos no forno em que ponho um pouco, para não secar e dar um saborzito extra).

(pausa para respirar... viram bem o tamanho deste último parágrafo?!)

Estou a ser totó, ou esta minha "preocupação" tem razão de ser?

25 de março de 2014

Crónica de uma mãe com a mania que é esperta

Isto de ter um filho que nunca dormiu uma noite inteira dava para uma tese de doutoramento. E quando ele tem uma noite, digamos, boa?

Desde que o Henrique nasceu, tem sido um constante levantar. Inicialmente, porque ele tinha de mamar. Depois, porque estava tão habituado a acordar para mamar que, simplesmente continuou. E continuou. E continuou. E ... bem, acho que já perceberam a ideia.

Lembro-me de uma noite em que ele só acordou às 5h da manhã, e também recordo (com saudade!) as noites em que ele acordava de 3 em 3 horas.
Mas depois há noites em que acorda de 1h30/1h30, ou, em dias bons de 2/2 horas.

A verdade é que estou com isto tão entranhado que, há duas noites, já passava das 3 da manhã e fui ver se ele respirava. Verídico!
Acordei completamente estremunhada e, sinceramente, não sei o que raios me passou pela cabeça. Levantei-me e espreitei-o por cima da grade da caminha dele. Estava a dormir. A mexer os pés, mas a dormir.
Já que estava de pé, fui ao wc, e voltei a deitar-me.
(neste momento, o colchão fez barulho!)

E ainda não tinham passado 5 minutos, e ele acordou, mesmo. Tentei fingir-me de morta, para ver se ele voltava a dormir, mas, às duas por três, o palrar dele estava a ficar mais... sonoro... do que deveria e antes que acordasse o pai, lá fui eu.

Conclusões a tirar deste episódio?: PORQUE RAIO ME LEVANTEI???

Imagem retirada daqui

Por causa das tosses, esta última noite, eram 3 da manhã e ele já tinha acordado duas vezes, como que a dizer "toma lá, para não seres esperta...!". A vingança é um prato que se serve frio... e o Henrique já percebeu isso, o sacana. 


19 de março de 2014

Notícia: Lançado projecto de cuidados especializado no Hospital Amadora-Sintra

Imagem retirada daqui
Sou mãe de um bebé de termo. O Henrique nasceu, praticamente, às 39 semanas (faltava 1 dia e meio), mas conheço mulheres... mães de bebés prematuros. Aliás, demasiado prematuros. Bebés que, antes mesmo de conhecerem o colo da mãe, conhecem as unidades de neonatologia.
Por isso, recebo esta notícia com um sorriso nos lábios.

Notícia da Ag. Lusa "roubada" da edição online do Diário de Notícias (clicar no texto para ler notícia completa):

Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro...

17 de março de 2014

Festinha

E pronto... o meu bebé fez 1 ano. Tivemos, do meu lado, a almoçar connosco, os meus pais, o meu irmão e a namorada e a minha avó.
E depois ao lanche, tivemos os outros avós, os tios e uma das primas (a outra estava doentinha :( )

Foi um dia, no mínimo, diferente. Ele, coitadinho, não percebeu patavina do que se passava: via a casa cheia de gente, e apercebia-se que era o centro das atenções, mas mais do que isso...

O bolo - encomendado em Sintra - estava decorado com o Pocoyo e amigos... o desenho animado preferido do Henrique.
Cantámos os Parabéns, apagámos a vela e abrimos os presentes...

E depois? Depois, a terminar o grande dia, ficámos os três sozinhos. A descansar de um dia cansativo para todos.


15 de março de 2014

UM ANO... o mais louco, fantástico, intenso e feliz ano da minha (nossa!) vida.

Henrique,

bem-vindo, meu amor. Este é o dia do teu aniversário. Um ano após o teu nascimento, vamos ter a casa cheia, com as pessoas que mais te amam no mundo... daqui a uns anos, pode gritar, barafustar, ser um adolescente irritante e revoltado, mas, mesmo assim, o amor que sentimos por ti, não se esgota.

Queres saber como foi este dia, no ano passado?

A mamã conta. Lembro-me tão claramente, como se visse e revisse a "gravação" na minha mente. Entrei no hospital, às 8 da manhã. Estava sem comer, desde o dia anterior.
Deixei o papá na sala de espera e fui fazer o CTG... estavas mexidão como de costume. Passado um bocado, voltei para ao pé do papá, até que fui chamada novamente, para receber a ordem de internamento.

(o papá ficou a roer as unhas, de tanto nervosismo, na sala)

Estive com uma enfermeira que me fez muitas perguntas, e depois com uma médica. Encaminharam-me para uma sala, para mudar de roupa.

(aí disse às enfermeiras que o papá estava sem saber de mim há muito tempo. As enfermeiras garantiram que o iam buscar)

Fui para a sala de operações. A mamã foi ligada a máquinas e aplicaram a anestesia. Daí a pouquinho, num sopro, estava deitada e com as médicas e enfermeiras à minha volta.
Até que ouvi um som de um choro...

("o bebé ainda nem está todo cá fora e já chora...", disse uma enfermeira)

Também chorei... a emoção era muita. Tanta que nem me cabia no peito. Até que nos apresentaram. Mostraram-te a mim. Só te disse: "olá, filho!".
Levaram-te, fizeram-te análises, limparam-te e vestiram-te. Eu estava a ser fechada. Depois... depois aconteceu o que eu tinha sonhado há tantas e tantas noites: tu, nos meus braços.

("olá, macaquinho. Afinal eras tu que me davas pontapés... 
xiiiiii, que és a cara chapada do teu pai!", foram as minhas palavras para ti)

Eras cabeludo, minúsculo, o ratinho mais lindo que alguma vez eu tinha visto na vida...
E depois fomos ter com o papá. O papá que não sabia de nada. O papá que se apaixonou por ti, assim que te viu. O papá que te pegou com jeito, mas a medo...

("mamã, quer dar mama?", perguntaram. "Sim, quero!", respondi)

E depois fomos para o quarto. E não conseguíamos tirar os olhos de ti. O nosso filho.

Hoje, ouvimos a Adele, com a música "Skyfall". Só o papá, até hoje é que sabia, mas esta foi a música que estava a passar no rádio, que se ouvia no bloco operatório, no momento em que nasceste.

12 de março de 2014

Compras (e lá vamos novamente bater no ceguinho...)

Não sou a típica "gaja" que olha para um manequim, numa loja, e automaticamente percebe se a coisa funciona, ou não. Normalmente, a minha primeira reacção é: "não serve". Ou "não gosto". Ou "é giro, mas não resulta comigo". Ou "ODEIO FAZER COMPRAAASSSS".

Logo, não me revejo naqueles sites e blogues em que toda a gente é linda e maravilhosa, e que se sente feliz mesmo com um vestido de serapilheira. As fashionistas não me dizem muito e ver mulheres - que sei que são mães - tão impecavelmente vestidas, penteadas e maquilhadas... para mim, é uma missão impossível.

E, os bebés? Vestidos nas Laranjinhas desta vida, com fofos muito fofinhos... com ar limpinho e comportadinho. Pagava para ver o Henrique nesses outfits, a comer maçã, a ver o sumo a escorrer-lhe pelo pescoço e a emporcalhar tudo à volta dele.

As roupas que compro ao Henrique... tento que sejam práticas, para ambos. Calças que eu não lamente ver arrastadas pelo chão, ou camisolas que possam ir à máquina dia sim-dia não, com nódoas de fruta ou com vestígios de bolacha.

Ontem, fui à Primark e, além de umas t-shirts para mim, comprei também, para o Henrique, um casaco mais levezinho, apropriado para estes dias de Primavera, para começar a abandonar os casacões de Inverno (logo que perceba que o bom tempo vem para ficar!), e uma camisolinha para daqui a uns meses, de algodão.


A camisola tinha-a visto num dos cartazes que costumam estar espalhados na loja, e só descansei quando a encontrei. Achei que o puto na imagem estava com tanta pinta, que o Henrique teria de ter AQUELA camisola. Pancadas!

(no âmbito da formação que estou a fazer - em Marketing - estou a elaborar um trabalho sobre a Primark que me deixou, agradavelmente, surpreendida... mas isso é tema para outro dia!)

Há umas semanas, tinha comprado, nos saldos, uns casacos para o próximo Inverno - julgo que referi isso algures por aqui - mas não os tinha mostrado. Aqui estão eles... um mais para dias de chuva, mas com um interior formidável, quentinho, e outro mais grosso, para aqueles dias de Inverno frios, mas que nos permitem passear um pouco.
Estes casacos são Zippy (comprados na Modalfa). 

Conversas de pais

(eu, na casa de banho, a lavar os dentes e pentear-me, para sair para a formação)

O pai - Ó Henrique... outra vez sem sapato?! Tens cá uma capacidade para tirar os sapatos da forma mais rápida...

Eu - Tomara que ele tivesse a mesma capacidade para dormir em condições...
(nota: estava acordada desde as 5 e tal, porque sua excelência decidiu que 
era uma boa hora e um bom dia para fazer sonos de passarinho!)


10 de março de 2014

Conversas de pais




O pai - Acho que não vamos ter problemas com o nosso filho sofrer bullying...
Eu - Concordo... acho que ele é mais do género...

Eu e o pai, em uníssono - ... bully.

Nisto, o puto, que está de pé na cama, agarrado às grades, olha para nós e ri.

(facepalm)

4 de março de 2014

As opiniões são como os pregos

Imagem retirada daqui
"As opiniões são como os pregos; 
quanto mais se martelam, mais se enterram."
Alexandre Dumas

Lá, no longínquo ano de 2006,em que "pari" este blog, não pretendia... aliás, deixem-me reformular, não imaginava sequer que ele viesse a tornar-se um mommy-blog. Era eu uma cachopa desempoeirada com 20 e pouquitos anos, e só queria um sítio onde escrever as minhas coisas.

Até 2012. Aí quando soube que tinha engravidado, as coisas alteraram-se. Ainda foram necessários mais 2 meses, até anunciar a boa nova. 
Depois, e com as hormonas aos trambolhões, e a engordar à média de 1 kg por mês, era quase obrigatório usar a minha nova condição como inspiração para escrever.

(até porque escrever sempre foi algo que fiz bem, modéstia à parte)

Foram, praticamente 6 meses, que fui limando as arestas do novo Estrelices, mais virado para escrever sobre crianças, e sobre a maternidade, no geral. 

Recentemente, a revista Notícias Magazine, que costuma vir no JN e no DN, fez uma reportagem sobre as mommy-bloggers mais famosas: Cocó na Fralda, Biberons e Batons, O Mundo da Carlota, entre outras...

E, como o sucesso e a visibilidade de alguns fazem a dor de corno de outros, houve um blogger, senhor, que escreve num espaço ligado à comunicação e relações públicas, disse que as mães atrás do ecrã só sabem falar de criancinhas, de cocós, fraldas e pouco mais. Que são desinteressantes. Que as mães atrás do ecrã são burrinhas (não disse, mas insinuou!).
Enfim, umas quantas mais patetices.
Como se as mães atrás dos ecrãs não tivessem vida social, ou não lessem livros e jornais, não vissem os blocos de noticiário, não vissem cinema e séries. Como se as mães atrás do ecrã fossem apenas mães e não fossem profissionais.

O senhor apenas se esqueceu de alguns pormenores. Que os mommy-blogs, tal como os de moda, de fotografia, de lifestyle, de decoração, de humor... são apenas uma categoria. Uma categoria que, nos últimos anos, tem vindo a ganhar espaço e a fazer-se ouvir. Porque uma mãe gosta de ouvir histórias de crianças, porque uma grávida gosta de se informar sobre o que a espera... enfim, é um público muito específico, algo que o senhor ainda não deve ter descortinado.

O senhor apenas se esqueceu - não sei se terá filhos, se não - que ter um filho, muda uma pessoa. Que de pontinho numa ecografia, passa a bebé. E que é mágico, um orgulho ver aquele serzinho a crescer, a aprender a conhecer, a andar, a comer pela sua própria mão...

Mas, as opiniões... não passam disso mesmo: opiniões. E cada um tem a sua.

3 de março de 2014

Ó meu rico S. Pedro

Carta aberta:

S. Pedro,

soubesses tu da minha vida: a roupa que se acumula no estendal, dias a fio; um vira e "desvira" diário para secar a parte da frente, a de trás, a ponta, a outra ponta... "olha, já está seco! afinal não está!".
A roupa do miúdo que, ao fim de 2 dias, tem de ir para lavar outra vez tal é aquele cheiro de roupa mal seca que se entranha e que recuso que a criança a vista. E agora que, quase todos os dias, é uma muda, porque sua excelência desde que aprendeu a gatinhar, é um fartote de joelhos encardidos.

Que as paredes precisam de ser limpas, os vidros de ser lavados, os armários abertos para arejar...

É o menino que precisa de apanhar sol (eu também!), de se distrair na rua, de aprender in loco o som dos animais. "Como faz o cão, bebé?" - e ele ri... sabe lá ele como faz o cão; nunca (ou)viu nenhum a ladrar.
É o menino que precisa de ver as borboletas, as flores a começar a despontar... era ele tão pequenino, no ano passado, na Primavera... tão pouco que ele conheceu...
É o menino que precisa de ver que as cores vão muito além do negro da noite e do cinzento do dia (e já lá vão uns quantos meses a chover!).

É o menino (e eu também) que está cansado de vestir casacos, e gorros, e camisolas grossas, e collants, e botas... e eu, que lhe quero vestir calções, e t-shirts com pinta. Que lhe quero calçar ténis, sem meias, e vê-lo de óculos escuros. Que quero deixá-lo brincar com os pés descalços, e ver aquelas pernocas - com refeguinhos -
a espernear no calor.

Ai, S.Pedro, soubesses tu da minha vida.

2 de março de 2014

Carnavalices

Imagem retirada daqui. MAS, vestiria assim o meu diabrete
Nunca fui, especialmente, fã do Carnaval. Lembro-me que, na escola primária, pouco mais levava do que uma máscara. E, por norma, o elástico estragava-se à velocidade da luz o que impossibilitava muitas mais utilizações. Recordo-me de duas: uma de Mickey e outra de palhaço. Imaginem, por isso, o quanto adorava o Carnaval.

Mais tarde, na preparatória, alinhava nas cenas da turma. Seria, talvez, a menos entusiasta, mas não queria ser a "desmancha-prazeres" e a "cortes". Ali, na faixa até aos 16 anos, sensivelmente, ia ver os desfiles, com os meus amigos, ia a uma ou outra festa, mas sempre vestida à civil; não havia cá pinturas exageradas, nem roupas que não as minhas.

Até que, finalmente, me deixei desses "assados" e pude dizer que "não, obrigadinha!".

Apesar disso tudo, não vou negar ao Henrique a hipótese de achar graça. Equacionei mascará-lo este ano, confesso. Não me massacrei a tentar encontrar um disfarce, ou a pedir emprestado... mas depois, parei 2 minutos: "o miúdo vai lá perceber o que se passa, céus!".

Fica, portanto, para o próximo ano; ou para o outro. Quando ele for maiorzinho e não me obrigar a apanhar de 30 em 30 segundos qualquer acessório que lhe ponha na cabeça. Quando ele perceber o que se passa. Quando ele, realmente, quiser vestir-se (ou não). Provavelmente, quando estiver na escolinha, vai alinhar nas carnavalices... mas, se depois, mais tarde, ele não gostar, também não o vou obrigar só porque sim.

Fica a promessa.
 

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