19 de outubro de 2014

Instinto de Mãe (ou uma crónica aberta a todos os - futuros - pais)

Imagem retirada daqui
Isto do instinto é uma coisa engraçada. Primeiramente, ouvimos falar do instinto em relação aos animais: o instinto de sobrevivência, o instinto animal...

Depois, mais tarde (muito mais tarde), quando somos mães, ouvimos falar do instinto maternal. Dizem os especialistas que isto do "instinto maternal" é aquilo que faz de nós "aptas" a ser Mães. Que ou se nasce com ele, ou não se nasce. Que traduz a sensibilidade ou a aspereza face ao mundo dos bebés.

Mal sabemos que estamos grávidas, ele desperta. Como um relógio suíço. Ou como o Big Ben - que nunca falhou.
Aliás, mesmo que não saibamos que estamos grávidas, há aquele "feeling", aquela sensação estranha que nos "diz" para ter cuidado, para abrir os olhos, que algo de diferente se passa... (no meu caso, foi o sono... mal sabia o meu corpinho aquilo que me esperava!).

Depois, durante os 9 meses (ou menos, em alguns casos)... é o dar uma carícia na barriga, é o falar com a barriga como se ela nos pudesse responder; é o empregar de um carinho inexplicável nas mais pequenas coisas.
E o bebé nasce. É o amor extravasado. É um amor para além dos limites do pensado. Já amávamos o bebé, mas agora é real: é um amor com rosto, com pézinhos e mãos, e com uns dedinhos minúsculos. É um amor com pelezinha enrugada, sem dentes e chorão... mas é o mais bonito do Mundo.

(diz que há Mães que olham para as criaturinhas e não ouvem os querubins a cantar salvas, nem sininhos ou violinos... calma... lá chegarão. Deixem o bebé olhar bem dentro dos vossos olhos, deixem-no tocar no vosso corpo, deixem-no mamar e toda uma orquestra sinfónica tocará!)

Durante a gravidez, li muito sobre a arte de ser Mãe. Li muito sobre o desenvolvimento do bebé, sobre as alterações ao nosso corpo. Li muito sobre como dar banho, como agir em caso de doença, como mudar fraldas, como vestir o bebé de acordo com as estações do ano.
Mas não li nada sobre como ser Mãe. O que raio iria fazer? E se o bebé chorasse e eu não soubesse porquê? Como é que ia pegar nele ao colo? E se ele se "desmontasse" nos meus braços? E, principalmente, pensei que estava lixada. Que me tinha metido na maior alhada da minha vida, e que não havia volta a dar.

Mas... ao fim de 19 meses... não é que tem resultado?! Uma Mãe sabe. Sabe quando é hora de mudar a fralda. Sabe distinguir um choro de fome, de um choro de cólicas, de um choro de aborrecimento... uma Mãe, simplesmente, sabe!

Não vou mentir: ter um bebé é assustador. Os (futuros) pais que não se sentirem assustados ou são parvos, ou não têm noção no que se meteram.
É um compromisso para a vida. Não é algo que podem devolver, escrever no livro de reclamações ou enviar cartinhas para a DECO e para a ANACOM. Mas é fantástico... basta sentirem. Basta abrirem o coração e seguirem o instinto (muito mais do que seguirem os milhões de palpites e sugestões que vos derem).

15 de outubro de 2014

Chegou o mau tempo! Ah, pois... e a febre também!

Já lá vão umas semaninhas em que não escrevi nada. O Henrique está a desenvolver-se lindamente, como  qualquer criança saudável e amada. E, hoje, dia 15 de Outubro faz 19 meses! Um crescido!

Estava tudooo a correr bem. O mau tempo chegou, e com ele, as nossas tardes de reclusão. Se "dantes", aproveitava as tardes de sol para ir com ele ao parque, brincar; agora tenho de inventar cenários de brincadeira em casa até à hora de jantar.

Mas, com o mau tempo, chegou também o primeiro stress da estação. O Henrique já esteve constipado. O Henrique já teve febres altas. O Henrique nunca teve manhãs em que acordou bem e que passado uma hora e meia estava com 39 de febre. Agora já teve!

Isto de ser mãe é muito engraçado, sim, mas - e acho que já disse isto - ninguém nos prepara para os ver debilitados.

No fim-de-semana, estava mesmo à porta dos meus pais (em Leiria), quando me apercebi que ele estava quente. A minha mãe desencantou um termómetro e nem o deixei terminar de medir a temperatura, mal vi que estava nos 39 graus.

Despir a criança, meter-lhe um ben-u-ron, e esperar pelo melhor... que chegou um bocadinho depois. Passadas 2 ou 3 horas, o mesmo cenário: febre alta, choro (mesmo muito choro!), só a querer o colo da mãe... liguei para a Saúde 24 que me confirmaram o que já desconfiava que o ben-u-ron que lhe tinha dado já não era eficaz para a idade e peso do Henrique (vejam lá que há mais de 6 meses que não lhe pegava).

Correr para a farmácia e rezar que estivesse aberta, senão tinha ainda de ir para Leiria (que isto de haver sempre farmácias abertas é coisa de gente da cidade!).
Tudo correu pelo melhor. Nova administração de ben-u-ron e o meu anãozinho lá espevitou.

A meio da noite, nova febre... compressas de água tépida, metade de um supositório (para não encharcar o pequenitates de químicos!), lá acalmou e lá consegui, eu também, descansar qualquer coisa.

Resumo: não aproveitei como queria o fim-de-semana, os meus pais, o meu irmão, a minha cunhada e a minha avó não aproveitaram o Henrique como queriam... e ainda leio os especialistas a dizerem que a mulher, após ser mãe, não se deve anular, nem ser dependente do(s) filho(s).

Claro, senhores especialistas, claro... agora vamos experimentar outra vez, mas com a certeza que os bebés (mais pequenos ou mais crescidinhos) não são imprevisíveis... pode ser? Dou-vos mais uma hipótese.
 

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