27 de março de 2014

Higiene Oral no latente e criança

Dentição:
A dentição é o um processo que leva à formação e à erupção dos dentes.
O desenvolvimento dos dentes compreende três fases:

* A mineralização (calcificação);
* A erupção (rompimento dos dentes);
* Esfoliação (quando caem).

A mineralização começa ainda no período pré-natal e termina por volta dos 25 anos para a dentição permanente.

Em geral, a erupção inicia-se por volta dos 6 meses e os primeiros dentes a romper costumam ser os incisivos centrais inferiores, seguidos pelos incisivos centrais superiores; posteriormente rompem os outros até completar a dentição decídua, composta por 20 dentes, até aos 3 anos. A esfoliação ou queda dos dentes começa cerca dos 6 anos e continua até aos 12 anos.

A erupção da dentição permanente pode iniciar-se logo a seguir à esfoliação ou pode haver um intervalo de 4-5 meses.


Erupção dentária e infecções:
Como já referimos anteriormente, os dentes começam a romper por volta dos 6 meses coincidindo com a diminuição fisiológica dos anticorpos transmitidos pela mãe durante os últimos meses de gravidez e portanto com uma diminuição das defesas. Nesta altura, existe uma maior susceptibilidade a infecções, como sejam respiratórias, diarreia e /ou rubor da pele na região anal. 


Manifestações clínicas:
Em muitos bebés a erupção dentária é assintomática ou provoca um desconforto ligeiro, mas pode surgir:

*Salivação abundante;
* Nervosismo ou irritabilidade invulgares;
* “Morder” constantemente as mãos, a criança leva tudo à boca para aliviar o desconforto;
* Rejeição do biberão porque as gengivas se encontram sensíveis;
* Problemas de sono (agitação, choro, etc.)
* A gengiva torna-se mais vermelha e, por vezes, inchada.

Outros sintomas apesar de raros podem surgir como:
* Febre baixa (37,5º)
* Fezes um pouco mais moles do que o normal;
* Eritema da fralda.
* Irritação na pele (dermatite da baba) na zona do queixo.


Tratamento:
* Paciência e carinho;
* Oferecer alimentos duros como côdea de pão (se idade superior a 6 meses);
* Bebidas frescas;
* Anéis de dentição específicos;
* Gel de massagem gengival e massajar suavemente;
* Aplicação de creme protetor em caso de “dermatite da baba” e da eritema da fralda.


Prevenção:
* Prevenção de cáries dentárias, mesmo em dentes de leite;
* Evitar embeber a chucha em açúcar ou mel;
* Instituir hábitos de higiene orais de preferência após as refeições;

Higiene Oral:
Kit de higiene oral do Henrique, estreado ontem
Uma boa higiene dentária requer apenas alguns minutos por dia, mas o tempo despendido será largamente compensado em dentes e gengivas que se manterão sãos durante toda a vida.

Após os seis meses de vida é recomendado os seguintes cuidados básicos, mesmo que o bebé não tenha ainda dentes:

Alimentação variada e equilibrada, evitando a ingestão de alimentos ricos em açúcares (doces, chocolates, etc.); evitar “snacks” entre as refeições;

Escolher uma pasta dentífrica ou gel com flúor de qualidade comprovada ou recomendada por um médico ou enfermeiro. Não ponha mais que um botão de ervilha de pasta na escova;

Escolha uma escova de dentes com cerdas macias e arredondadas na extremidade, do tamanho adequado à boca do seu filho e capaz de alcançar todos os dentes. Substitua a escova de 3 em 3 ou de 4 em 4 meses.

Os dentes devem ser escovados pelo menos duas vezes por dia; de manhã e à noite; se puder, devem ser escovados também depois das refeições. 

Não consentir que o seu filho utilize os dentes para rasga, puxar, dobrar ou abrir objetos;

Após os 3-4 anos consultar um dentista, mesmo que não existam queixas, pelo menos uma vez por ano.


Enfª Cláudia Rainha (Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica)
Ruth Campos (Aluna de Enfermagem do 4º ano de licenciatura da ESEL)

26 de março de 2014

Alimentação

Imagem retirada daqui
O Henrique começou a comer sopa, fruta e papa, a partir dos 4 meses. Como não mamava, em exclusivo, e o aumento de peso estava a ser residual, o médico de família... e depois a pediatra, aconselharam a introduzir a alimentação complementar.

O miúdo só estranhou nos primeiros 2 dias e depois era vê-lo a comer. Hoje, praticamente com um ano e duas semanas, come sopa, fruta, papa, iogurtes, pão, bolachas Maria, queijo flamengo... a sopa já levou todos os ingredientes e mais alguns, peixe, frango, peru, coelho...

Entretanto, estamos preparados para dar o passo seguinte: comer o mesmo que nós. E aqui, vou ser muito sincera - e, ao mesmo tempo, devo parecer extremamente parva - faz-me um bocado de confusão, os bebés passarem de uma alimentação "controlada", sem sal, nem gorduras, nem outros condimentos... para uma alimentação que poderá levar pimenta, sal, gordura (como margarina, por exemplo), ou ser regada como vinho branco ou cerveja (faço pratos no forno em que ponho um pouco, para não secar e dar um saborzito extra).

(pausa para respirar... viram bem o tamanho deste último parágrafo?!)

Estou a ser totó, ou esta minha "preocupação" tem razão de ser?

25 de março de 2014

Crónica de uma mãe com a mania que é esperta

Isto de ter um filho que nunca dormiu uma noite inteira dava para uma tese de doutoramento. E quando ele tem uma noite, digamos, boa?

Desde que o Henrique nasceu, tem sido um constante levantar. Inicialmente, porque ele tinha de mamar. Depois, porque estava tão habituado a acordar para mamar que, simplesmente continuou. E continuou. E continuou. E ... bem, acho que já perceberam a ideia.

Lembro-me de uma noite em que ele só acordou às 5h da manhã, e também recordo (com saudade!) as noites em que ele acordava de 3 em 3 horas.
Mas depois há noites em que acorda de 1h30/1h30, ou, em dias bons de 2/2 horas.

A verdade é que estou com isto tão entranhado que, há duas noites, já passava das 3 da manhã e fui ver se ele respirava. Verídico!
Acordei completamente estremunhada e, sinceramente, não sei o que raios me passou pela cabeça. Levantei-me e espreitei-o por cima da grade da caminha dele. Estava a dormir. A mexer os pés, mas a dormir.
Já que estava de pé, fui ao wc, e voltei a deitar-me.
(neste momento, o colchão fez barulho!)

E ainda não tinham passado 5 minutos, e ele acordou, mesmo. Tentei fingir-me de morta, para ver se ele voltava a dormir, mas, às duas por três, o palrar dele estava a ficar mais... sonoro... do que deveria e antes que acordasse o pai, lá fui eu.

Conclusões a tirar deste episódio?: PORQUE RAIO ME LEVANTEI???

Imagem retirada daqui

Por causa das tosses, esta última noite, eram 3 da manhã e ele já tinha acordado duas vezes, como que a dizer "toma lá, para não seres esperta...!". A vingança é um prato que se serve frio... e o Henrique já percebeu isso, o sacana. 


19 de março de 2014

Notícia: Lançado projecto de cuidados especializado no Hospital Amadora-Sintra

Imagem retirada daqui
Sou mãe de um bebé de termo. O Henrique nasceu, praticamente, às 39 semanas (faltava 1 dia e meio), mas conheço mulheres... mães de bebés prematuros. Aliás, demasiado prematuros. Bebés que, antes mesmo de conhecerem o colo da mãe, conhecem as unidades de neonatologia.
Por isso, recebo esta notícia com um sorriso nos lábios.

Notícia da Ag. Lusa "roubada" da edição online do Diário de Notícias (clicar no texto para ler notícia completa):

Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro...

17 de março de 2014

Festinha

E pronto... o meu bebé fez 1 ano. Tivemos, do meu lado, a almoçar connosco, os meus pais, o meu irmão e a namorada e a minha avó.
E depois ao lanche, tivemos os outros avós, os tios e uma das primas (a outra estava doentinha :( )

Foi um dia, no mínimo, diferente. Ele, coitadinho, não percebeu patavina do que se passava: via a casa cheia de gente, e apercebia-se que era o centro das atenções, mas mais do que isso...

O bolo - encomendado em Sintra - estava decorado com o Pocoyo e amigos... o desenho animado preferido do Henrique.
Cantámos os Parabéns, apagámos a vela e abrimos os presentes...

E depois? Depois, a terminar o grande dia, ficámos os três sozinhos. A descansar de um dia cansativo para todos.


15 de março de 2014

UM ANO... o mais louco, fantástico, intenso e feliz ano da minha (nossa!) vida.

Henrique,

bem-vindo, meu amor. Este é o dia do teu aniversário. Um ano após o teu nascimento, vamos ter a casa cheia, com as pessoas que mais te amam no mundo... daqui a uns anos, pode gritar, barafustar, ser um adolescente irritante e revoltado, mas, mesmo assim, o amor que sentimos por ti, não se esgota.

Queres saber como foi este dia, no ano passado?

A mamã conta. Lembro-me tão claramente, como se visse e revisse a "gravação" na minha mente. Entrei no hospital, às 8 da manhã. Estava sem comer, desde o dia anterior.
Deixei o papá na sala de espera e fui fazer o CTG... estavas mexidão como de costume. Passado um bocado, voltei para ao pé do papá, até que fui chamada novamente, para receber a ordem de internamento.

(o papá ficou a roer as unhas, de tanto nervosismo, na sala)

Estive com uma enfermeira que me fez muitas perguntas, e depois com uma médica. Encaminharam-me para uma sala, para mudar de roupa.

(aí disse às enfermeiras que o papá estava sem saber de mim há muito tempo. As enfermeiras garantiram que o iam buscar)

Fui para a sala de operações. A mamã foi ligada a máquinas e aplicaram a anestesia. Daí a pouquinho, num sopro, estava deitada e com as médicas e enfermeiras à minha volta.
Até que ouvi um som de um choro...

("o bebé ainda nem está todo cá fora e já chora...", disse uma enfermeira)

Também chorei... a emoção era muita. Tanta que nem me cabia no peito. Até que nos apresentaram. Mostraram-te a mim. Só te disse: "olá, filho!".
Levaram-te, fizeram-te análises, limparam-te e vestiram-te. Eu estava a ser fechada. Depois... depois aconteceu o que eu tinha sonhado há tantas e tantas noites: tu, nos meus braços.

("olá, macaquinho. Afinal eras tu que me davas pontapés... 
xiiiiii, que és a cara chapada do teu pai!", foram as minhas palavras para ti)

Eras cabeludo, minúsculo, o ratinho mais lindo que alguma vez eu tinha visto na vida...
E depois fomos ter com o papá. O papá que não sabia de nada. O papá que se apaixonou por ti, assim que te viu. O papá que te pegou com jeito, mas a medo...

("mamã, quer dar mama?", perguntaram. "Sim, quero!", respondi)

E depois fomos para o quarto. E não conseguíamos tirar os olhos de ti. O nosso filho.

Hoje, ouvimos a Adele, com a música "Skyfall". Só o papá, até hoje é que sabia, mas esta foi a música que estava a passar no rádio, que se ouvia no bloco operatório, no momento em que nasceste.

12 de março de 2014

Compras (e lá vamos novamente bater no ceguinho...)

Não sou a típica "gaja" que olha para um manequim, numa loja, e automaticamente percebe se a coisa funciona, ou não. Normalmente, a minha primeira reacção é: "não serve". Ou "não gosto". Ou "é giro, mas não resulta comigo". Ou "ODEIO FAZER COMPRAAASSSS".

Logo, não me revejo naqueles sites e blogues em que toda a gente é linda e maravilhosa, e que se sente feliz mesmo com um vestido de serapilheira. As fashionistas não me dizem muito e ver mulheres - que sei que são mães - tão impecavelmente vestidas, penteadas e maquilhadas... para mim, é uma missão impossível.

E, os bebés? Vestidos nas Laranjinhas desta vida, com fofos muito fofinhos... com ar limpinho e comportadinho. Pagava para ver o Henrique nesses outfits, a comer maçã, a ver o sumo a escorrer-lhe pelo pescoço e a emporcalhar tudo à volta dele.

As roupas que compro ao Henrique... tento que sejam práticas, para ambos. Calças que eu não lamente ver arrastadas pelo chão, ou camisolas que possam ir à máquina dia sim-dia não, com nódoas de fruta ou com vestígios de bolacha.

Ontem, fui à Primark e, além de umas t-shirts para mim, comprei também, para o Henrique, um casaco mais levezinho, apropriado para estes dias de Primavera, para começar a abandonar os casacões de Inverno (logo que perceba que o bom tempo vem para ficar!), e uma camisolinha para daqui a uns meses, de algodão.


A camisola tinha-a visto num dos cartazes que costumam estar espalhados na loja, e só descansei quando a encontrei. Achei que o puto na imagem estava com tanta pinta, que o Henrique teria de ter AQUELA camisola. Pancadas!

(no âmbito da formação que estou a fazer - em Marketing - estou a elaborar um trabalho sobre a Primark que me deixou, agradavelmente, surpreendida... mas isso é tema para outro dia!)

Há umas semanas, tinha comprado, nos saldos, uns casacos para o próximo Inverno - julgo que referi isso algures por aqui - mas não os tinha mostrado. Aqui estão eles... um mais para dias de chuva, mas com um interior formidável, quentinho, e outro mais grosso, para aqueles dias de Inverno frios, mas que nos permitem passear um pouco.
Estes casacos são Zippy (comprados na Modalfa). 

Conversas de pais

(eu, na casa de banho, a lavar os dentes e pentear-me, para sair para a formação)

O pai - Ó Henrique... outra vez sem sapato?! Tens cá uma capacidade para tirar os sapatos da forma mais rápida...

Eu - Tomara que ele tivesse a mesma capacidade para dormir em condições...
(nota: estava acordada desde as 5 e tal, porque sua excelência decidiu que 
era uma boa hora e um bom dia para fazer sonos de passarinho!)


10 de março de 2014

Conversas de pais




O pai - Acho que não vamos ter problemas com o nosso filho sofrer bullying...
Eu - Concordo... acho que ele é mais do género...

Eu e o pai, em uníssono - ... bully.

Nisto, o puto, que está de pé na cama, agarrado às grades, olha para nós e ri.

(facepalm)

4 de março de 2014

As opiniões são como os pregos

Imagem retirada daqui
"As opiniões são como os pregos; 
quanto mais se martelam, mais se enterram."
Alexandre Dumas

Lá, no longínquo ano de 2006,em que "pari" este blog, não pretendia... aliás, deixem-me reformular, não imaginava sequer que ele viesse a tornar-se um mommy-blog. Era eu uma cachopa desempoeirada com 20 e pouquitos anos, e só queria um sítio onde escrever as minhas coisas.

Até 2012. Aí quando soube que tinha engravidado, as coisas alteraram-se. Ainda foram necessários mais 2 meses, até anunciar a boa nova. 
Depois, e com as hormonas aos trambolhões, e a engordar à média de 1 kg por mês, era quase obrigatório usar a minha nova condição como inspiração para escrever.

(até porque escrever sempre foi algo que fiz bem, modéstia à parte)

Foram, praticamente 6 meses, que fui limando as arestas do novo Estrelices, mais virado para escrever sobre crianças, e sobre a maternidade, no geral. 

Recentemente, a revista Notícias Magazine, que costuma vir no JN e no DN, fez uma reportagem sobre as mommy-bloggers mais famosas: Cocó na Fralda, Biberons e Batons, O Mundo da Carlota, entre outras...

E, como o sucesso e a visibilidade de alguns fazem a dor de corno de outros, houve um blogger, senhor, que escreve num espaço ligado à comunicação e relações públicas, disse que as mães atrás do ecrã só sabem falar de criancinhas, de cocós, fraldas e pouco mais. Que são desinteressantes. Que as mães atrás do ecrã são burrinhas (não disse, mas insinuou!).
Enfim, umas quantas mais patetices.
Como se as mães atrás dos ecrãs não tivessem vida social, ou não lessem livros e jornais, não vissem os blocos de noticiário, não vissem cinema e séries. Como se as mães atrás do ecrã fossem apenas mães e não fossem profissionais.

O senhor apenas se esqueceu de alguns pormenores. Que os mommy-blogs, tal como os de moda, de fotografia, de lifestyle, de decoração, de humor... são apenas uma categoria. Uma categoria que, nos últimos anos, tem vindo a ganhar espaço e a fazer-se ouvir. Porque uma mãe gosta de ouvir histórias de crianças, porque uma grávida gosta de se informar sobre o que a espera... enfim, é um público muito específico, algo que o senhor ainda não deve ter descortinado.

O senhor apenas se esqueceu - não sei se terá filhos, se não - que ter um filho, muda uma pessoa. Que de pontinho numa ecografia, passa a bebé. E que é mágico, um orgulho ver aquele serzinho a crescer, a aprender a conhecer, a andar, a comer pela sua própria mão...

Mas, as opiniões... não passam disso mesmo: opiniões. E cada um tem a sua.

3 de março de 2014

Ó meu rico S. Pedro

Carta aberta:

S. Pedro,

soubesses tu da minha vida: a roupa que se acumula no estendal, dias a fio; um vira e "desvira" diário para secar a parte da frente, a de trás, a ponta, a outra ponta... "olha, já está seco! afinal não está!".
A roupa do miúdo que, ao fim de 2 dias, tem de ir para lavar outra vez tal é aquele cheiro de roupa mal seca que se entranha e que recuso que a criança a vista. E agora que, quase todos os dias, é uma muda, porque sua excelência desde que aprendeu a gatinhar, é um fartote de joelhos encardidos.

Que as paredes precisam de ser limpas, os vidros de ser lavados, os armários abertos para arejar...

É o menino que precisa de apanhar sol (eu também!), de se distrair na rua, de aprender in loco o som dos animais. "Como faz o cão, bebé?" - e ele ri... sabe lá ele como faz o cão; nunca (ou)viu nenhum a ladrar.
É o menino que precisa de ver as borboletas, as flores a começar a despontar... era ele tão pequenino, no ano passado, na Primavera... tão pouco que ele conheceu...
É o menino que precisa de ver que as cores vão muito além do negro da noite e do cinzento do dia (e já lá vão uns quantos meses a chover!).

É o menino (e eu também) que está cansado de vestir casacos, e gorros, e camisolas grossas, e collants, e botas... e eu, que lhe quero vestir calções, e t-shirts com pinta. Que lhe quero calçar ténis, sem meias, e vê-lo de óculos escuros. Que quero deixá-lo brincar com os pés descalços, e ver aquelas pernocas - com refeguinhos -
a espernear no calor.

Ai, S.Pedro, soubesses tu da minha vida.

2 de março de 2014

Carnavalices

Imagem retirada daqui. MAS, vestiria assim o meu diabrete
Nunca fui, especialmente, fã do Carnaval. Lembro-me que, na escola primária, pouco mais levava do que uma máscara. E, por norma, o elástico estragava-se à velocidade da luz o que impossibilitava muitas mais utilizações. Recordo-me de duas: uma de Mickey e outra de palhaço. Imaginem, por isso, o quanto adorava o Carnaval.

Mais tarde, na preparatória, alinhava nas cenas da turma. Seria, talvez, a menos entusiasta, mas não queria ser a "desmancha-prazeres" e a "cortes". Ali, na faixa até aos 16 anos, sensivelmente, ia ver os desfiles, com os meus amigos, ia a uma ou outra festa, mas sempre vestida à civil; não havia cá pinturas exageradas, nem roupas que não as minhas.

Até que, finalmente, me deixei desses "assados" e pude dizer que "não, obrigadinha!".

Apesar disso tudo, não vou negar ao Henrique a hipótese de achar graça. Equacionei mascará-lo este ano, confesso. Não me massacrei a tentar encontrar um disfarce, ou a pedir emprestado... mas depois, parei 2 minutos: "o miúdo vai lá perceber o que se passa, céus!".

Fica, portanto, para o próximo ano; ou para o outro. Quando ele for maiorzinho e não me obrigar a apanhar de 30 em 30 segundos qualquer acessório que lhe ponha na cabeça. Quando ele perceber o que se passa. Quando ele, realmente, quiser vestir-se (ou não). Provavelmente, quando estiver na escolinha, vai alinhar nas carnavalices... mas, se depois, mais tarde, ele não gostar, também não o vou obrigar só porque sim.

Fica a promessa.
 

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