31 de agosto de 2016

Embrulho no estômago

Estou, literalmente, com o estômago virado do avesso.

O Henrique vai para a pré... para a semana! (GRITOOOOO)

Eu sei, eu sei... há mães que não se podem dar ao luxo de estar três anos com os filhos, acompanhar cada centímetro de crescimento, como foi o meu caso, e que são obrigadas a deixá-los no berçário ainda com meses de idade... 

Eu sei disso tudo e sinto que deve ser horrível. 

Eu estarei a deixar uma pequena pessoa, com uma personalidade dos diabos, e com um feitiozinho que não lembra ao próprio Demo. 
Vou deixar uma pessoinha com um metro de altura que fala que se desunha, mas que não sabe puxar o raio das calças para cima quando vai à casa de banho. 
Vou deixar uma pessoinha que diz que não gosta de sopa de espinafres, nabiça ou agrião, porque não quer ficar verde.
Vou deixar uma pessoinha que anda a passar por uma crise de personalidade e todos os dias é um super-herói diferente. E que fica irritado quando nos "enganamos". 
Vou deixar uma pessoa pequenina que, às vezes, é um menino crescido, e noutras, é um bebé. 
Vou deixar uma pessoinha que tem uma ânsia, uma febre tremenda de ter amigos, mas que não é muito boa na diplomacia de os fazer. 
Vou deixar uma pessoinha que é um tremendo maluquinho a brincar. 

São estas as diferenças entre deixar um bebé no berçário, ou um bebé crescido na creche, e deixar uma pessoa pequena na pré-escola.

A cinco dias do "Dia D", começo a olhar para ele, tão crescido e dou por mim a pensar: será que vai ser fácil entrar na rotina? será que se vai adaptar a um montão de regras? será que vai gostar? será que os outros miúdos vão gostar dele? como vai ser a relação dele com as educadoras? e doenças? e piolhos? 

Tantas dúvidas e tão pouco tempo. Eu é que devia ter-me preparado primeiro, creio. 

29 de agosto de 2016

As férias de Verão

Nada pede mais férias do que o tempinho quente que se sente no Verão. Ao contrário de outros anos, em Sintra, este sentiu-se bem, este ano. Temperaturas altas, Sol bem alto...

O volume de trabalho das semanas que antecederam as nossas férias era tal, que todos nós, cá em casa, pedíamos por férias, alto e bom som. Começámos por ir a casa da avó do Picoto. Estivemos lá num fim-de-semana, e experimentámos a piscininha que se comprou. Voltámos a casa, porque tínhamos compromissos.

Depois, estivemos em Almeirim. Os avó paternos têm lá uma casinha, que visitamos sempre. Passámos lá 3 dias a torrar, a ler, a brincar... no fundo, a aproveitar os primeiros dias de paz e sossego.
Tanto que o Kiko e eu inventámos um lema: "estas férias vai ser só comer, descansar e beber água!"

Entretanto, tínhamos agendado algumas noites para os arredores de Évora. Uma herdade alentejana, adquirida por um casal holandês e tornada em estância de agroturismo, era o nosso destino. Paz e sossego.
O calor. À noite, ouvíamos grilos e cigarras. Jantávamos por debaixo das estrelas. Durante o dia, o céu de um azul tão azul que nos poderíamos perder nele...
(e o Kiko a ficar farto de andar de um lado para o outro. E a queixar-se!)

Visitámos Évora... que se revelou uma enorme surpresa! Percorremos a cidade debaixo de um sol escaldante (as médias rondavam os 40 graus... coisa pouca!), comemos pastéis de nata conventuais. E tarte de requeijão. E Pão de Rala. Comemos cabrito. E pão alentejano, com queijo e chouriço, acompanhados de um vinhinho (o Kiko ficou-se pela água, claro!).

Quando estávamos na piscina, rodeada por figueiras, o cheiro adocicado dos frutos espalhava-se a todo o redor. 

E depois estávamo-nos a habituar. 

E as quatro noites esgotaram-se num estalar de dedos. 

E voltámos para casa. Aos 25 graus (17, à noite...). Fomos a Cascais e ao Santini. Comemos gelado de nata e maracujá e meloa... os sabores do Verão que ainda nos sabem às férias. 

Hoje, o pai já acordou cedo para ir trabalhar. O Henrique perguntou onde ele estava, quando acordou. Já estávamos habituados a estar os três juntos os dias inteiros. 







18 de agosto de 2016

Update em tempo de férias

A vida tem sido uma correria.

Praticamente há dois meses que não escrevo. Penso "logo à noite", mas a noite chega e com ela o cansaço. "Amanhã, também é dia", e esqueço-me ou outras atividades transformam-se em prioridades. E depois, passo horas da minha vida a escrever, e aquilo que supostamente é um gozo, deixa de o ser.

Os últimos dois meses em tópicos:

- o Henrique está cada vez mais fresco e fofo;

- deixámos as fraldas - dia e noite - com acidentes mínimos, e até já aprendeu a dominar o cocó;

- adora bebés, e é um óptimo babysitter;

- vai para a creche daqui a uns dias;

- aproveita cada segundo das férias (ahhh, é verdade: estamos de férias desde 2.ª feira);

- já chegaram os móveis para o quarto dele;

- durante estas férias, já dormiu duas noites num quarto que não o nosso, na caminha de viagem. Dormiu grande parte dessas noites, mas em ambas acabei a noite numa cama maior com ele, porque ele teve sonhos;

- faz sempre fita para jantar, sozinho. Se formos a dar-lhe à boca, é na boa. Sozinho é uma tragédia!;

- anda impossível. Tem um feitio que Deus me livre... faz birras por tudo e por nada. Literalmente. Se tem almofada na cama, não quer; se não tem, quer. Se está calor... se está vento... se está frio... birras cada vez que não fazemos o que quer... cruzes!;

- canta, dança, inventa músicas, brinca sozinho, faz desenhos, fala que se desunha... está cada vez mais independente e autónomo. Fico parva de cada vez que ele diz uma palavra "difícil" ou o tento ajudar a fazer determinada tarefa e ele diz que faz sozinho.

E eu, fico assim: maravilhada a olhar para ele...! (e a zangar-me também, mas isso é assunto para outro dia... prometo!)

 

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