Repentinamente, e para uma mãe de primeira viagem, a Internet é uma ferramenta super-útil. Não resolve os nossos problemas, mas, quando usada com bom-senso, ajuda-nos a formular as perguntas correctas às pessoas que nos podem ajudar.
O Henrique sempre dormiu mal. Em (praticamente) 18 meses, ainda não dormimos uma noite inteira. Os pais que me dizem que têm filhos "santos"... bem, escusado será dizer que me apetece afogá-los!
Continuando: o Henrique sempre dormiu mal. Teve meia-dúzia de noites em que acordava mais tarde, e nos dava algumas (boas) horas de sono, mas a regra é acordar. Sempre.
De há umas 3 semanas para cá tem sido o CAOS. O Henrique acorda 5/6 vezes por noite. O Henrique dorme 2 horas e uns minutos e acorda. Levanto-me dezenas de vezes, seja para lhe pôr a chucha, seja para o acalmar. Juro pela minha saúde que até já pensei em consultar algum terapeuta do sono.
Na minha santa ignorância, creio que este ritmo de sono até pode ser prejudicial para um bebé como ele. Leio que os bebés com esta idade devem fazer cerca 13 a 15 horas de sono, e penso no meu piolho que nestas últimas semanas teve noites em que dormiu 5/6 horas, e durante o dia mais 2h, perfazendo um total absoluto de 8 horas. Isto não pode ser saudável...
Pois... a Internet... não te disperses, Cristina Maria.
Link atrás de link, atrás de link... blogues de pediatras, blogues de mães, blogues da Santíssima Trindade, e vai-se a ver e eis que descubro um texto sobre as Crises de Crescimento e de Desenvolvimento - e pensava eu que a coisa estabilizava a determinada altura.
"Bebês não se desenvolvem em um ritmo constante, e sim irregular.
No período que imediatamente antecede um salto de desenvolvimento o bebê repentinamente pode se sentir disperso à mudanças nos sistemas perceptivo e cognitivo que não foram adaptadas ainda no organismo.
Então na tentativa de readaptação, o bebê volta à base, ou seja, à mãe, o que reflete-se em períodos de maior carência afetiva, pedem mais colo, e com frequência afetam o sono e apetite.
Depois de algumas semanas essa fase difícil é superada, e o bebê demonstra ter habilidades novas.
Uma Cronologia aproximada dos períodos de crise é:
- 5 semanas / 1 mês
- 8 semanas / quase 2 meses
- 12 semanas / quase 3 meses
- 19 semanas / 4 meses e meio
- 26 semanas / 6 meses
- 30 semanas / 7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
- 46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
- 64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses
Nesse período, é esperado que o bebê:
- Procure ficar mais perto da MÃE, ou seja sua base de tudo, pois é o que ele conhece melhor;
- Fique mais carente, precisando de colo, segurança e orientação maternal de perto;
- Coma mal e durma pior;
- Pode pedir para mamar com mais frequência;
- Comece a fazer coisas que não fazia antes da crise tal como rir, sentar, engatinhar, interagir...
- Demonstre felicidade com o final da crise e superação do desenvolvimento adquirido.
Essa fase difícil passa, e tudo volta a normalidade, na mesma naturalidade que iniciou.
Então, durante as crises, é só ter um pouco de paciência, carinho, cumplicidade... que logo logo passa..."
(retirado do site brasileiro Guia do Bebê)
Para terminar que a história já vai longa, é ASSUSTADOR ler algumas coisas que por aí pululam: ataques de raiva, "adolescência" dos bebés, predisposição para depressão and so on... parei por aí, porque quero que o Henrique tenha uma mãe mentalmente sã, e que o ajude - o melhor que puder - a ultrapassar esta etapa de crescimento.
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