27 de fevereiro de 2013

Puto, eu sei onde é que tu moras!!!

Estou a frequentar um curso de preparação para o nascimento do Henrique. Estando em casa sem "ocupação" (a não ser as mini-tarefas diárias...), e sendo o curso gratuito, acho que optei pelo mais correcto.

Ensinam-nos a respirar, a fazer força na altura do parto... ensinam-nos exercícios e massagens para aliviar as contracções... dizem-nos o que levar para o bloco, para o internamento... mas não somos preparadas para passar horas da madrugada em branco, porque as nossas crianças magoam-nos.

Gosto de estar grávida. Gosto da ideia que durante estes meses, este filho é só meu, que não tenho de o partilhar com mais ninguém. A ideia de ter uma vida pequenina a crescer dentro da minha barriga é mágica! Como se de um truque se tratasse.
Adoro cada ecografia, mesmo que alguma imagens (perfeitamente nítidas para os médicos) me pareçam manchas de Rorschach. Mas sei que aquela área cinzenta grande no ecrã está viva, e que tem um coração poderosíssimo.

Mas as crianças magoam. Pontapés, cotoveladas, movimentações mais ou menos acrobáticas (e/ou malévolas) - tudo num T0 de um metro e cinquenta e cinco (eu, entenda-se!).
Sei que é sinal de vitalidade, mas acordar praticamente todos os dias, de madrugada, com as costelas a doer... isso não nos ensinam!
Aposto que, num destes dias, acordo com uma perfuração num pulmão, devido a uma costela partida. Calma, filho, falta pouco!


23 de fevereiro de 2013

Hoje... em modo "Clube dos 30"








19 de fevereiro de 2013

Baby-post #14: O Henrique e as CTG's

Imagem tirada daqui:
http://aestrelinhadesejadapat.blogspot.pt/
2008/02/consulta-1toque-e-ctg.html
Hoje fui a mais uma consulta. Estou agora na fase das visitas quinzenais ao doutor. E já me haviam prevenido que a partir das 36/37 semanas, iria começar a fazer uma CTG (cardiotocografia - ou seja, uma medição das contracções e do batimento cardíaco do pequeno ser) antes da consulta.

A boa da Cristina pensava que esta consulta - estou de 35 semanas e 2 dias, para os leigos, praticamente 8 meses -  ainda era das de rotina: pesar, ver a tensão, e "até para a próxima se Deus quiser!".

Perguntinha do costume: "como se sente?" e foi aqui que tudo mudou. "Ah e tal, hoje de manhã tinha a barriga algo dura e não sentia o bebé como habitualmente, ele que é um mexidão, tive de chatear para ele dar um ar da sua graça... fiquei na cama a descansar e agora estou bem".

Tive de fazer CTG. O médico disse que é normal começar a sentir contracções nesta altura. Umas indolores, chamadas de Braxton Hicks, que não são as de parto, mas umas que o corpo provoca para "treinar" para o grande dia.

Lá me acomodaram e começou aqui a parte gira da coisa. A verdade é que estava com as ditas contracções. E numa e outra altura, tive umas mais fortes que fizeram o coração do Henrique disparar e ele começar a mexer-se como se quisesse saltar dali para fora. E com o batimento cardíaco do pequeno a subir como uma flecha, a máquina começou a fazer barulho. E quanto mais barulho fazia, mais o coração do pequeno batia . Aquilo estava a enervá-lo, basicamente.

E eu a ver-me no papel mais estranho: por um lado, com vontade de rir, por a situação ser claramente de causa-efeito, e, por outro lado, estava a enervar-me o raio da maquineta não parar. Respiro fundo, e opto por falar com o bebé. "Vá, filhote... calma. Isto já passa. São só mais uns minutinhos pequeninos. A mamã tem de fazer isto".
E ele acalmou. E a máquina deixou de fazer barulho. E o coraçãozinho dele passou a bater normalmente. E parou de se mexer.

Nova contracção e o mesmo filme. Antes dele começar a enervar-se ainda mais, comecei a falar com ele, mal a máquina deu o 1.º alarme. Até que os 20 minutos acabaram.

Conclusão: o Henrique não gosta de CTG's, nem de barulhos manhosos. De sopa, sim. De CTG's, não.

14 de fevereiro de 2013

Porque há Amores assim... a preto-e-branco e maiores do que o tempo



Linus Larrabee: [slow dancing with Sabrina] How do you say in French my sister has a yellow pencil? 
Sabrina Fairchild: Ma soeur a un crayon jaune. 
Linus Larrabee: How do you say my brother has a lovely girl? 
Sabrina Fairchild: Mon frère a une gentille petite amie. 
Linus Larrabee: And how do you say I wish I were my brother?

13 de fevereiro de 2013

Retalhos da vida de uma grávida

Não gosto de ser apanhada na curva. Manias. Sempre - ou quase sempre - ando com qualquer coisa extra dentro da mala, "não vá o Diabo tecê-las". Ela é uma maçãzinha ou um iogurte líquido, "não vá ter fome". Ela é uma revistinha "para o caso de demorar mais no lugar XPTO". Ela era muda de roupa extra quando estava nos escuteiros, and so on...

E, desta vez, com a gravidez - e apesar deste meu cérebro andar a trabalhar ao relantim - não foi excepção. Há muito que mandei um mail para a maternidade para saber o que levar na mala, tanto para mim, como para o Henrique. Há muito que comecei a lavar as roupas dele e a planear que roupinhas levar e para que dias, etc.

Esta semana, deram-me uma informação extra. Que talvez, "pelo sim, pelo não", o melhor será levar toalhas de banho (para mim e para ele).

Resumindo, vou ter de mudar de mala... pela 3.ª vez... tal é a quantidade de coisinhas extra que vão pedindo  e que poderão vir a fazer falta. Já dei por mim a desejar ter uma conversinha com o meu filhotinho e combinarmos hora certa e dia para o nascimento, para uma pessoa saber com o que é que conta.

Não está fácil!

***

Hoje foi também dia de comprar mais umas coisinhas. É impressionante a quantidade de coisinhas necessárias para seres tão pequenos. Este filho ainda não nasceu, mas se eu lhe fosse apresentar a conta de tudo o que já gastámos por causa dele... um balúrdio, senhores, um balúrdio!!! (imagino os desgraçados dos casais que têm de comprar tudo; felizmente, temos muita coisa dada / emprestada).

8 de fevereiro de 2013

Retalhos da vida de uma grávida

Dia de fazer as últimas análises da gravidez (se há coisinha que não vou sentir saudades destes últimos meses é de tirar sangue para análises com tanta regularidade...) e lá vai a pata-choca (eu, entenda-se!) para Sintra.

Encontro estacionamento com surpreendente facilidade e dirijo-me ao Laboratório. Chego e tiro a senha, passado segundos chamam-me (as maravilhas do atendimento prioritário!) e passados mais uns minutos, chamam-me novamente para tirar o sangue propriamente dito.

Análises despachadas em 3 tempos; vou tomar o pequeno-almoço, porque o regime de jejum não é bom para ninguém e escapo-me, por um triz, a uma daquelas campanhas manhosas de rua para a associação "xpto".

Vou a uma loja chinesa para ver se encontro uns chinelos para levar para a maternidade... muito fashion, eu sei!... mas nada se aproveita, excepto uns frasquinhos de plástico para levar o champô e gel duche na mala.

Como sabemos que os nossos esgares de "dor" são muito estranhos, depois de um pontapé de bebé bem aplicado? Quando o chinês que nos está a fazer o troco - por gestos, porque o português é mentira! -  pergunta se está tudo bem.
"Sim, está tudo bem, obrigada!".

Estacionamento, aqui vou eu! Localizo o bólide, ponho-o em funcionamento, até que vejo o arrumador a fazer uns gestos e a dizer coisas. Abro ligeiramente o vidro, porque acho que ele está a ajudar-me na manobra. Mas não... o que ele diz é:
"Tenha cuidado, minha senhora! Não force a fazer a manobra... pode fazer mal ao bebé! Eu ajudo!". Vejo-me então a receber conselhos de maternidade de um arrumador bem-educado e preocupado com a saúde dos seus "utentes".

A gravidez, sem dúvida, que é o derradeiro estado de graça!

(imagem roubada daqui)

1 de fevereiro de 2013

Retalhos da vida de uma grávida

Imaginem uma gelatina deixada na rua, num dia de tempestade? Assim está a minha barriga: mexe, treme, abanica-se, toma formas mais ou menos alienígenas.

Cheira-me que estou feita ao bife com este cachopo. Eu bem que falo com ele, tento meter-lhe algum bom senso na cabecinha:

"Vá, filho, sossega!"

"Henrique, estás a deixar a mãe desconfortável..."

"A mãe não se importa que te mexas, mas sê mais meiguinho..."

... mas até ao momento o meu nível de sucesso é abaixo de zero. 

Tenho para mim que "lá dentro" as coisas são bem mais animadas do que, inicialmente, eu achava. 
 

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