26 de abril de 2007

Nós não temos que, mas podemos se...

Fui assistir a (mais um) concerto de Da Weasel, na noite de 24 para 25. Ainda estou a tentar encontrar as palavras correctas para descrever o espectáculo - até porque esgotei grande parte do meu dicionário de adjectivos no post do David Fonseca (aqui).

Comecei a noite na Praça Rodrigues Lobo a assistir a Kyoto, a banda de um colega, e que está a fazer sensação na região de Leiria. Confesso que não conhecia nenhum dos temas interpretados; estive lá para dar apoio, debaixo de chuva.

Depois, ala para o recinto da Semana Académica... chuva, lama, mas muita vontade de saltar ao som de um "falamos vinte línguas/ dialectos de ternura". Ainda estavam a actuar os Terrakota. Enquanto Pac, Virgul, Jay Jay e companhia não começavam a actuar, eu e a V. fomos dando uns giros... encontrei vários ex-colegas. É nostálgico encontrar tanta gente que fez parte do nosso mundinho durante 4 anos. Fez-me querer voltar a estudar, fez-me querer voltar atrás no tempo e reviver os meus tempos de estudante da mui nobre academia de Leiria.

Entretanto, começaram a tocar os meninos de Almada. O pessoal presente no recinto começou a juntar-se junto ao palco, debaixo da mesma chuva que tentavam evitar a todo o custo horas antes. Começam a ouvir-se os primeiros acordes do "Toque toque", uma das músicas do novo álbum "Amor, Escárnio e Maldizer". Deram um saltinho a várias músicas de álbuns anteriores... sempre são 10 anos de história e 7 discos.

O momento que assisti e que me provocou um nó na garganta, foi quando cantaram o "Toda Gente"... e no final da música, Pac relembrou à assistência que é dia 25 de Abril e apelou a um não esquecimento da data. Às duas por três, probleminhas técnicos. Dão imenso jeito, principalmente quando estão algumas centenas de fãs à espera debaixo de chuva. Já tinha visto coisas parecidas, na televisão, mas nunca pensei vir a fazer parte de uma multidão que espera (e desespera) por mais uns minutos de música. Pac agradeceu, comovido, a nossa paciência. Mais música e um final em grande com o novo single.

Um cravo vermelho voou pelo ar e aterrou aos pés do Quaresma. Um último agradecimento. Uma salva de palmas. Continuava a chover e o pessoal lembrou-se que já eram 3 da manhã e que amanhã era outro dia.

Obrigada, Doninha!
P.S. Estava a esquecer-me de dizer que gostei do discurso comemorativo do Presidente da República, na Assembleia, ontem. Tentou "convocar" os jovens a dar continuação à revolução de há 33 anos. "Em nome de Portugal, não se resignem!" - gostei!
P.S. 2 Estive, também ontem, a dar uma espreitadela ao programa "Só Visto" (RTP). Uma filha de Salgueiro Maia foi entrevistada. Fiquei ainda mais triste por nunca ter tido a oportunidade de conhecer este homem. Eu tinha 9 anos quando ele morreu... nem sequer sabia da existência dele, e quando soube, já era tarde.

24 de abril de 2007

Soa-me bem... não sei porquê

18 de abril de 2007

Digam 33...

Por manifesta falta de tempo, decidi escrever hoje, dia 19 de Abril, um post alusivo ao próximo dia 25 de Abril, dia em que se comemora o 33.º aniversário da Revolução de Abril/ dos Cravos. Confesso que não pensei nas palavras que iria escrever, nem na forma como iria redigir o texto, por isso... perdoem-me qualquer coisa.

Talvez por eu ser uma devoradora de livros, de História, de cultura, não consigo conceber que haja gente que não saiba quem foi António de Oliveira Salazar, Marcello Caetano; que nunca tenha ouvido falar de Salgueiro Maia; que os nomes de Ramalho Eanes ou de Spínola sejam desconhecidos... e estes são os nomes básicos que me vêm à ideia. Acho perfeitamente ridículo que meninos e meninas bem vejam esta data, apenas como mais um feriado, mais um dia em que não se vai à escola, um dia em que se pode dormir mais um pouco...

A culpa não é só deles, é certo! É de toda uma estrutura que se vai desmoronando e que não permite que os jovens adquiram conhecimentos, que considero essenciais, como é a da História contemporânea portuguesa. Confesso que não conheço os actuais programas de História, leccionados nas escolas, mas é descabido que apenas no 9.º ano, a matéria seja mais aprofundada. Será que não temos de ter orgulho no que fomos construindo ao longo dos anos?

Os EUA, na minha opinião, não são exemplo para ninguém, mas vêm-me à cabeça, as festas que são realizadas por ocasião do 4 de Julho - data da sua independência. Em França, a Queda da Bastilha marcou uma viragem na História e é celebrada com pompa e circunstância. Lamentavelmente, em Portugal, o 25 de Abril... data da nossa independência, da conquista da liberdade de um povo inteiro, do surgimento de heróis e figuras ímpares da nossa identidade... como é marcado? Discurso do Presidente, discurso do Primeiro-Ministro, desfile das Forças Armadas e finito.

Serei só eu que me arrepio ao ouvir o "Grândola Vila Morena"? Será que é só a mim que aparece uma lágrima no cantinho do olho, ao ouvir o "E depois do adeus"? Acredito que não serei a única... mas, todos os anos, vejo tão poucas manifestações, que às vezes penso que serei das poucas pessoas que ainda tenta pensar no nosso Portugal se aqueles homens não tivessem tido a coragem que tiveram.


16 de abril de 2007

Este já é meu

Não gosto de repetir temas de posts, mas a Filarmónica Gil é muito à frente.

Este... já é meu... comprei, ontem, o novo álbum destes três Senhores... das 13 músicas que compõem o CD, aquelas que eu gosto mais são entre a 1.ª e a 13ª, inclusivé.


Tive mais do que uma hipótese de ter pirateado o CD, mas há músicos e álbuns que merecem a consideração e o respeito dos consumidores. O João Gil é um deles... João, se me estiveres a ler... tu és grande! (agora a sério... quem achar que o João Gil perde o seu preciosíssimo tempo a ler este blog, meta o braço no ar!)

A questão da pirataria musical já é velhinha... ainde me lembro de estar agarrada à aparelhagem à espera de um programa da 94 FM ou da Liz FM - perdoem-me a imprecisão - chamado "60 minutos", em que durante uma hora não havia intervalos comerciais. Nessa hora... era permitido gravar nas cassetes (ainda alguém usa disto??) os êxitos da altura. Um dia destes, estava a fazer uma daquelas limpezas ao quarto e descobri as minhas cassetes... Meu Deus... que lembranças! Perdi-me nas minhas memórias durante uns instantes e, de repente, tinha outra vez 12 anos, e lá estava eu... atenta e ansiosa... pelo momento certo de carregar no "record" da aparelhagem!

Contudo, sempre fui fiel a certos e determinados artistas e fazia questão de adquirir a sua música de forma legal. Não vou destacar A, B ou C, mas há muitos dentro da minha "lista branca". Quanto aos artistas estrangeiros, também há alguns que valem o sacrifício de poupar uns tostõezitos para comprar o álbum. A música está cara; a literatura também não é barata, mas enquanto eu for vivendo na casinha dos papás, ainda há hipótese de me dar ao luxo de comprar estes pequenos tesouros (que não são nada deprimentes).

11 de abril de 2007

O problema não é teu, é meu!

Ando sem paciência, sem vontade e sem espírito para escrever... neuras! Peço desculpa!

4 de abril de 2007

Manifesto anti-violência

O comunicado que a seguir coloco está postado no blog Futebol de Ataque. Surge na sequência dos infelizes incidentes verificados domingo no Estádio da Luz. O João Ribas é um amigo... não é apenas por ele - que, apesar de tudo o que se assistiu, não sofreu nada de muito grave (felizmente) - que reproduzo o comunicado dos Fundadores do FA. É pelos pais que tiveram de sair do Estádio com os filhos a chorar, em pânico; é pelos simples adeptos de futebol; é pelas vítimas de violência naquele dia, naquele Estádio...


COMUNICADO ANTI-VIOLÊNCIA DO FUTEBOL DE ATAQUE:

Este blog vem por este meio repudiar algumas situações ocorridas durante e após o jogo de Domingo no Estádio da Luz.

As atitudes de certos adeptos ditos do futebol envergonham TODOS os VERDADEIROS Adeptos de Futebol. Durante o jogo, petardos lançados do piso 3 do Estádio da Luz, atingiram simples adeptos de futebol, inocentes, que apenas se deslocaram ao Estádio para apoiar a sua equipa e ver um belo espectáculo futebolístico, ainda por cima pagando um bilhete que não é assim tão barato.

Após o jogo, João Ribas, um dos nossos fundadores, deslocando-se calmamente para o seu veículo que o traria de volta ao Porto, sem qualquer objecto identificativo sequer do seu clube, a 500 metros (!) do Estádio da Luz, em plena Segunda Circular, é alvo de agressões por um bando de energúmenos que também ao que parece seriam adeptos de futebol. Algo que temos a certeza que não são!... Um dos amigos do João que o acompanhava foi inclusivé esfaqueado num braço. Felizmente ambos estão bem, mas como devem calcular todos os nossos leitores o susto foi enorme. ISTO NÃO É FUTEBOL!... É CRIMINALIDADE!

O Futebol de Ataque, em conjunto, com VERDADEIROS ADEPTOS DE TODAS AS EQUIPAS DE FUTEBOL, quer por este meio denunciar estas barbaridades e solicitar a todas as autoridades deste país que deixem de assobiar para o lado e DEFENDAM OS ADEPTOS DE FUTEBOL!

Hoje foram uns, amanhã serão outros. Quando irá isto terminar?

1 de abril de 2007

Sintra... parte II

Sintra... no mínimo, memorável. Nem tudo correu bem, mas tudo se resolveu. Julgo que, apesar das coisas menos boas, tão depressa ninguém esquecerá a actividade.

Consegui criar laços com os miúdos que não tinha conseguido num ano inteiro. Foi óptimo descobrir que deixaram de me ver como a Chefe chata, mas que viram em mim uma amiga que partilha com eles experiências, conhecimentos e brincadeiras, quase como se fosse uma deles.


Ficámos acampados no Village Praia Grande, perto da Praia das Maçãs... um aldeamento, que em tempos foi o Parque de Campismo da CP. Andámos de eléctrico - uma experiência que nunca nenhum de nós tinha tido. Visitámos o Palácio Nacional e o Museu do Brinquedo... História nacional e entretenimento... ali, lado-a-lado!

Infelizmente, por razões que me passaram completamente ao lado, e numa altura em que não as podia contrariar, ficou por visitar o Palácio e o Parque da Pena. Ficará para uma próxima ocasião.

No final de cada noite (foram duas), estávamos extenuados, mas felizes pela forma como o dia decorreu... ficarão na memória as piadas e as partidas, e aquelas private jokes que só nós iremos compreender. Ficará na memória a corrida contra o relógio, contra a chuva, o frio e o vento... ficará na memória, aquela coisa indefinida à qual chamaram batatas fritas... ficarão os momentos.
 

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