15 de março de 2014

UM ANO... o mais louco, fantástico, intenso e feliz ano da minha (nossa!) vida.

Henrique,

bem-vindo, meu amor. Este é o dia do teu aniversário. Um ano após o teu nascimento, vamos ter a casa cheia, com as pessoas que mais te amam no mundo... daqui a uns anos, pode gritar, barafustar, ser um adolescente irritante e revoltado, mas, mesmo assim, o amor que sentimos por ti, não se esgota.

Queres saber como foi este dia, no ano passado?

A mamã conta. Lembro-me tão claramente, como se visse e revisse a "gravação" na minha mente. Entrei no hospital, às 8 da manhã. Estava sem comer, desde o dia anterior.
Deixei o papá na sala de espera e fui fazer o CTG... estavas mexidão como de costume. Passado um bocado, voltei para ao pé do papá, até que fui chamada novamente, para receber a ordem de internamento.

(o papá ficou a roer as unhas, de tanto nervosismo, na sala)

Estive com uma enfermeira que me fez muitas perguntas, e depois com uma médica. Encaminharam-me para uma sala, para mudar de roupa.

(aí disse às enfermeiras que o papá estava sem saber de mim há muito tempo. As enfermeiras garantiram que o iam buscar)

Fui para a sala de operações. A mamã foi ligada a máquinas e aplicaram a anestesia. Daí a pouquinho, num sopro, estava deitada e com as médicas e enfermeiras à minha volta.
Até que ouvi um som de um choro...

("o bebé ainda nem está todo cá fora e já chora...", disse uma enfermeira)

Também chorei... a emoção era muita. Tanta que nem me cabia no peito. Até que nos apresentaram. Mostraram-te a mim. Só te disse: "olá, filho!".
Levaram-te, fizeram-te análises, limparam-te e vestiram-te. Eu estava a ser fechada. Depois... depois aconteceu o que eu tinha sonhado há tantas e tantas noites: tu, nos meus braços.

("olá, macaquinho. Afinal eras tu que me davas pontapés... 
xiiiiii, que és a cara chapada do teu pai!", foram as minhas palavras para ti)

Eras cabeludo, minúsculo, o ratinho mais lindo que alguma vez eu tinha visto na vida...
E depois fomos ter com o papá. O papá que não sabia de nada. O papá que se apaixonou por ti, assim que te viu. O papá que te pegou com jeito, mas a medo...

("mamã, quer dar mama?", perguntaram. "Sim, quero!", respondi)

E depois fomos para o quarto. E não conseguíamos tirar os olhos de ti. O nosso filho.

Hoje, ouvimos a Adele, com a música "Skyfall". Só o papá, até hoje é que sabia, mas esta foi a música que estava a passar no rádio, que se ouvia no bloco operatório, no momento em que nasceste.

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