28 de novembro de 2013

(e ainda o sono do bichinho Henrique)

É certo e sabido que 1h volvida desde qualquer refeição, o Henrique começa a ficar com sono. Os sinais: esfregar olhos e nariz, choraminguice, e resmungos esteja deitado, sentado ou a fazer o pino. 
Eram mais ou menos 14h20 - ele almoçou um nadinha antes das 13h30 - estava com uma pedrada de sono. Resmunga, choraminga, esperneia... agarro-o ao colo e tento embalá-lo um pouco. 
Ele olhou para mim com o ar mais deslavado do Mundo e com cara de "mission accomplished". Deito-o na cama, bem aconchegado, e dou-lhe umas palmadinhas para ver se o bichinho começa a acalmar. 

Nicles. 

Mais resmungos, mais choros, mais "esperneação"... e eis que lembro que são praticamente 3 da tarde e tenho telefonemas para fazer até às 4h. Deixo-o a resmungar sozinho e pego no telefone. A chamada dura 2 curtos minutos. No fim, não oiço nada... apenas o silêncio sepulcral de uma casa quase vazia. Vou espreitar ao quarto. Bichinho dorme o mais profundo sono.

Mission accomplished!

(Claro, claro... isso querias tu!)

Meia hora depois, o fim do mundo. Choro, choro, choro... tinha "perdido" a chucha. "Rolha" na boca, mais umas palmadinhas no rabiosque, uns miminhos na bochecha e o João Pestana voltou.

Mission accomplished!

26 de novembro de 2013

A arte de bem dormir

Desde que nasceu, o Henrique nunca dormiu uma noite completa. Nestes oito meses e tal, dá para contar pelos dedos das mãos, o número de noites razoáveis que deu aos pais.
Mas, há duas noites, juro pela minha saúde que fui à cama dele, apenas confirmar que o puto ainda dormia. Eram quase 4 da manhã e daquela boca ainda não tinha saído um único suspiro.

Passados 10 minutos acordou... mea culpa! Depois, só voltou a acordar perto das 8h. Foi a melhor noite de sempre desde que ele nasceu. Nunca me senti tão fresca e revigorada. Dormi umas boas 7h e tal ou 8h, sei lá... foi uma boa noite.

Contudo, por cada boa noite com que ele nos brinda, dá outras 50 más. Quantas e quantas vezes não estive já, de madrugada, mais de duas horas para ver se ele parava de chorar, ou de papaguear, para tentar ir dormir mais um bocado?!

Infelizmente, dormir não é muito a cena do Henrique. Fizemos já "queixinha" à pediatra, e ela só perguntou: "Dos dois, qual é aquele que tem menos necessidade de dormir?". O santo do paizinho, claro, que aqui a menina gosta de preguiçar na cama como se o destino da Humanidade daí resultasse.

Como já disse há umas semanas, já tentámos de tudinho para o rapaz dormir. Mas, está visto que não é a praia dele.

Um aparte: Enquanto escrevo, dorme o sono dos justos há mais de 1h. 
Tento nem respirar muito alto, para ver se dormindo uma sesta mais comprida durante a tarde, fica acordado depois do lanche e se se aguenta até ao jantar...

A novidade ao jantar tem sido um cházinho da Nutribén (Alivit Sonhos... também o há para as cólicas, by the way), que uns amigos sugeriram. O menino deles também é um diabrete para dormir, e o chá surtiu um pequeno efeito durante uns tempos.
O meu pequenitates é de ondas... um dia, recusa, por completo, o dito chá, noutros dias apenas beberica, e noutros ainda, bebe tudinho. Melhorias no sono? Nem vê-las... ou talvez, o facto de ter deixado de acordar 58 vezes por noite, para acordar apenas 37 (números aleatórios, pois claro...) seja efeito do chá. Pelo sim, pelo não, vou dando. Mal também não faz.



15 de novembro de 2013

Esta...é para ti, Henrique! (Your Song)

O Elton John, filho, quando faz música é para o Mundo... e andava eu, às voltas, sem saber que música seria perfeita para este post do teu 8.º mês quando a ouvi na rádio.


And you can tell everybody, this is your song
It maybe quite simple but now that it's done
I hope you don't mind, I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is while you're in the world

E, não, não acho que seja demais dizer que a vida se tornou realmente maravilhosa desde que estás no Mundo. 

Gosto de continuar aqui a escrever-te, Henrique, pelo menos uma vez por mês, descrevendo aquilo que já alcançaste, que já sabes fazer. Hoje, aos oito meses, já te sentas sozinho, já tens 2 dentes e já passaste os oito quilos. A força que tens é avassaladora. A vontade que tens de aprender, de conseguir... não há palavra no dicionário que a descreva. 
(não és melhor, nem pior que outros bebés, mas és o meu... e só eu sei como és único!)

És encantador, meu filho; deixas um rasto de sorrisos por onde quer que passes. 
(o pote de ouro devia estar no teu sorriso, ou no brilho dos teus olhos, ao invés de no fim do arco-íris) 

Já é fácil perceber do que gostas: o teu brinquedo favorito... a tua música favorita... as tuas brincadeiras favoritas...
(e a tua alegria é contagiante, acredita...)

Já tens oito meses, e, para mim, continua a parecer que nasceste ontem.





7 de novembro de 2013

Ansiedade da separação

Esta é uma daquelas coisas que se lêem nos livros, e pensamos que, só com o tempo, é que vemos se o nosso bebé sofre ou não daquela "maleita".

Dizem os livros que quando os bebés se apercebem, efectivamente, da dependência que têm dos pais (especialmente em relação à mãe) podem sentir-se ansiosos cada vez que a mãe sai do seu campo de visão, nem que seja por cinco minutinhos. O bebé pode chorar, acordar à noite, etc... e normalmente os "sintomas" aparecem por volta dos 7/8 meses. 

O Henrique nunca foi bebé de gostar de estar sozinho. Entretém-se um bocado, mas logo procura ficar o mais próximo de mim ou do pai, mas ultimamente tem sido demais. O que me fez pensar imediatamente no diagnóstico "ansiedade da separação" aconteceu há pouquíssimos dias.

Atenção que não sou psicóloga, nem pediatra, nem nada que se pareça, mas o meu filho conheço eu.

E o que se passou foi o seguinte: hora do jantar do Henrique. Por cada colherada que levava à boca, estava cinco minutos a chorar. Um berreiro que não há memória. Parecia que não podia estar a ser mais contrariado. Como se jantar estivesse quase a ser um acto criminoso. Como se eu o estivesse a forçar, literalmente, com ferros, a abrir a boca para comer.
O pai veio ver o que se passava. Assim que agarrou na mão do pai, não mais a largou. A presença do meu excelso homem acalmou a cria que, assim, terminou de jantar rapidamente.

Nos últimos dias tem vindo a acordar mais vezes durante a noite e para adormecer mais depressa só agarrado à minha mão. E sem falar de que temos de estar - sempre - um de olho nele, porque, se por mero acaso, saímos ambos da sala (quem diz sala, diz quarto ou cozinha), instala-se a choradeira.

Estará o meu bacanito a passar por esta fase? Ansiedade da separação, you suck!

3 de novembro de 2013

A fase "bolacha Maria"

Desde que o Henrique nasceu e durante grande parte destes 7 meses e tal, rara era a vez em que saía de casa sem o pânico daquilo a que chamava "fúria bolçadora" da minha meia-dose de gente.

Havia o "quase a sair e levar banho de bolçado" que se resolvia entre dois palavrões e uma limpadela rápida com as toalhitas dele.
Ou a variante"já estou no carro, e eis que ele se bolça todo" que se resolvia com dois palavrões e uma limpadela com as toalhitas.
Ou ainda (e por fim) "saímos, e já estamos no café (ou em qualquer outro sítio) e ele bolça de tal forma que me suja todinha" que se resolvia com uma limpadela com as toalhitas dele e uma série de palavrões ditos mentalmente, não fosse estar a ser ouvida.

Entretanto, a fase de bolçar acalmou e já consigo sair sem ter um ataque de pânico e limpa, sem qualquer vestígios de nódoas de bolçado. Imaginem que já me dei ao luxo de sair e esquecer de levar toalhitas.

Agora entrámos num patamar diferente. Uma fase completamente nova, mas igualmente suja e gosmenta. Estamos na fase "bolacha Maria". O Henrique já tem, a romper, dois dentitos e já se entretêm (ligeiramente) com a boa e velha bolacha Maria. Claro que ter dois dentes a romper é completamente diferente de já ter, efectivamente, dois dentes.
Assim, ele mete a bolacha na boca e chucha-a. Enche-a de saliva e a dita bolacha vai-se desfazendo e ele vai comendo-a. Com a baba, vêm restos de "sumo" de bolacha que o sujam a ele, a mim e a tudo o que estiver num raio de meio metro.

Uma alegria; mas, pelo menos, não são bolachas Oreo... o chocolate é bem mais difícil de lavar!


2 de novembro de 2013

Silente Sculpture

Desde sempre me vi sensível a problemas que envolvam crianças. Lembro-me de participar em campanhas de recolha de material escolar e alimentos para crianças dos países menos desenvolvidos e sempre me fez imensa confusão como é possível que os mais pequenos sejam as maiores vítimas das confusões e guerras geradas por adultos.

Recentemente, através do blog Quadripolaridades, soube da história do Nuno, pai do pequeno Matthew. O Matthew nasceu surdo e os médicos dizem que a única hipótese de ouvir é através de implantes cocleares. Segundo ele, em Portugal, apenas um implante é comparticipado, para fazer o segundo terá de pagar 30.000€.

Imediatamente, pensei no Henrique. E na felicidade que é ele reconhecer a minha voz de entre outras. E na felicidade que é vê-lo a brincar com rocas e outras traquitanas que fazem barulho e a interagir com elas. E como seria se eu... perdoem-me, como seria se NÓS (nós, os pais do Henrique, e o próprio Henrique) não tivéssemos essa alegria?

O Nuno criou uma página de Facebook (http://www.facebook.com/silentesculpture) para divulgar um projecto. Não quer dinheiro. Aliás, já por mais de uma vez recusou dar o NIB para contribuições monetárias para a sua causa. Apenas pede que sejam feitos "Likes" (ou "Gostos") na página para que esta ganhe visibilidade suficiente, para que consiga patrocínios para um grande evento, onde irá expor uma escultura gigante feita de balões.

Não há melhor forma de ajudar. Dêem ideias, partilhem a página e façam-na chegar ao maior número possível de pessoas...

Pelo Matthew.
 

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