Encarei 2010 como o "ano zero" da minha vida. Curiosamente, o último algarismo de 2-0-1-0 é um "zero", logo ajudar-me-á no futuro quando deixar de me lembrar das pequenas divagações que aqui vou debitando.
Dizia: encarei 2010 como o ano zero. O ano dos recomeços. E é sempre interessante, moroso, fatigante, apaixonante e difícil recomeçar.
E como no fim de cada ano, cabem sempre as (auto) avaliações aos 365 dias que estão para trás, a minha é esta.
Vi 2010 como o ano de todas as esperanças. 2010 possibilitou-me fazer coisas, aceitar desafios que os anos anteriores não me tinham deixado. Foi um bom ano. Uma bela colheita.
Posto isto e já que faltam pouco mais de 12 horas e 50 minutos para terminar este ano, desejo-vos a todos um Feliz 2011, com muitas coisas boas e mais uns 360 e tal dias de boas resoluções.Até lá.
27 de dezembro de 2010
Prendinhas de Natal
Não há Natal sem filhoses, sem rabanadas, sem sonhos, sem família... mas também não há Natal sem prendinhas. Tinha pedido livros e livros tive... e mais umas quantas coisinhas que me vão proporcionar horas e horas de diversão. Estou feliz, feliz, feliz... (têm muitas imagens... façam scroll até ao fim - é só um bocadinho e não custa nada!!)
OS LIVROS
OS SORTIDOS
* Cartão-prenda da Modalfa
* Notinhas (que já me proporcionaram a compra de um belíssimo casaco que estreei na noite de Natal)
* Um cabaz de Natal
* Chocolates
LA PIÈCE DE RESISTENCE
OS LIVROS
OS SORTIDOS
* Cartão-prenda da Modalfa
* Notinhas (que já me proporcionaram a compra de um belíssimo casaco que estreei na noite de Natal)
* Um cabaz de Natal
* Chocolates
LA PIÈCE DE RESISTENCE
23 de dezembro de 2010
21 de dezembro de 2010
Amores de sofá
Texto escrito em 2008 e já publicado aqui.
Deitar-me só. Porque quero estar contigo. Quero chegar a casa e descalçar-me. Sentar-me no sofá e deixar-me escorregar até ao teu colo. Porque preciso estar contigo. Apetece-me mesmo: estar deitada no sofá, contigo. A fazeres-me festas no cabelo. A sentir o ritmo da tua respiração. A sentir o teu coração a bater.
Apaga a televisão. Esquece o filme. Vem para aqui. Deita-te aqui ao meu lado. Sei que o espaço é pequeno. Mas vamos estar juntos. Sabes que não é capricho meu. Há quanto tempo não estamos só os dois? A sentir a electricidade estática do corpo do outro?
Sei que sou tola. Não precisas de dizer. Mas vem para aqui. Deitas-te no sofá e fazemos conchinha. Quero apoiar a cabeça no teu braço. Quero ouvir-te dizer num leve murmúrio "gosto de ti". Quero que sejamos só nós. Sem muitas palavras. As palavras atropelam.
Deitada na teu colo, a fazeres-me festas no cabelo, ou deitados no sofá, em conchinha, só quero estar contigo.
Não temos que voltar a sair. Só quero estar contigo. Percebes agora? Nem precisas falar. Bastam o teu cheiro e o teu abraço. Porque contigo, sou mais eu. E agora, estou perdida. É por isso que tenho de estar contigo. Não importa que adormeças - e que lindo ficas a dormir! Vens?
19 de dezembro de 2010
18 de dezembro de 2010
Adeus moradia, olá apartamento!
Seis meses (e uns trocos) depois de me ter mudado, ainda há uma coisa que me faz muita impressão: o barulho vindo dos restantes apartamentos.
Sei que, mais dia menos dia, me vou habituar, mas até lá continuo a acordar a meio da manhã com o barulho dos vizinhos. Parece (como dizem os brasileiros) frescura, mas saibam que sempre vivi numa moradia e os únicos vizinhos que eu ouvia eram os meus pais e o meu irmão.
Portas a abrir, janelas a fechar, torneiras abertas, pessoas a discutir, bebés a chorar... são alguns dos espécimes auditivos que me chegam e aos quais ainda não estou habituada. Com o tempo, a coisa vai lá...
Sei que, mais dia menos dia, me vou habituar, mas até lá continuo a acordar a meio da manhã com o barulho dos vizinhos. Parece (como dizem os brasileiros) frescura, mas saibam que sempre vivi numa moradia e os únicos vizinhos que eu ouvia eram os meus pais e o meu irmão.
Portas a abrir, janelas a fechar, torneiras abertas, pessoas a discutir, bebés a chorar... são alguns dos espécimes auditivos que me chegam e aos quais ainda não estou habituada. Com o tempo, a coisa vai lá...
16 de dezembro de 2010
Carta aberta ao Pai Natal
Olá, 'Santa'...
Estás bonzinho? Ouvi há uns dias no 'Bom dia, Portugal' que já saíste da Lapónia... a viagem está a correr bem?! Não puxes muito pelo Rudolfo - já não vai para novo e estas viagens compridas (e ao frio) não lhe fazem nada bem.
Sabes que não sou muito destas coisas de pedinchar (lá vão os anos - tipo, há dois anos - em que pedia tudo, mas agora cresci!), mas, desta vez, não resisti.
Além do habitual - saúde da boa, blábláblá - sou "pobrezinha" a pedir. Um livrinho novo... é tudo o que quero. Daqueles novinhos, a estrear. Há muito que não abro um ainda com cheiro a novo, com as páginas imaculadas.
Para ajudar, e como sugestão, dou-te alguns dos títulos 'cutchi-cutchi' que eu gostava de ostentar na prateleira da sala. Escolhe um e ficamos quites.
* Anna Karenina, de Tolstoi (isto só para me armar ao pingarelho e ter uma coisa em grande)
* A Queda dos Gigantes ou O Vale dos Cinco Leões ou os dois volumes de Os Pilares da Terra, do Ken Follet
* O Desertor, do Daniel Silva
Não sou esquisita. Entretanto, aviso que, hoje, já tenho mais uma prenda para colocar debaixo da 1.ª árvore que fiz, na qualidade de "dona-de-casa".
Estás bonzinho? Ouvi há uns dias no 'Bom dia, Portugal' que já saíste da Lapónia... a viagem está a correr bem?! Não puxes muito pelo Rudolfo - já não vai para novo e estas viagens compridas (e ao frio) não lhe fazem nada bem.
Sabes que não sou muito destas coisas de pedinchar (lá vão os anos - tipo, há dois anos - em que pedia tudo, mas agora cresci!), mas, desta vez, não resisti.
Além do habitual - saúde da boa, blábláblá - sou "pobrezinha" a pedir. Um livrinho novo... é tudo o que quero. Daqueles novinhos, a estrear. Há muito que não abro um ainda com cheiro a novo, com as páginas imaculadas.
Para ajudar, e como sugestão, dou-te alguns dos títulos 'cutchi-cutchi' que eu gostava de ostentar na prateleira da sala. Escolhe um e ficamos quites.
* Anna Karenina, de Tolstoi (isto só para me armar ao pingarelho e ter uma coisa em grande)
* A Queda dos Gigantes ou O Vale dos Cinco Leões ou os dois volumes de Os Pilares da Terra, do Ken Follet
* O Desertor, do Daniel Silva
Não sou esquisita. Entretanto, aviso que, hoje, já tenho mais uma prenda para colocar debaixo da 1.ª árvore que fiz, na qualidade de "dona-de-casa".
13 de dezembro de 2010
Sem título e sem mais palavras
Descobri, este fim-de-semana, até que ponto pode ir a crueldade humana. Dois bebés foram abandonados, expostos ao frio, à chuva, ao sol, à sua sorte... um teve a sorte de ser encontrado vivo por alguém com valores mais altos do que aqueles demonstrados pelas criaturas que deitaram fora os bebés. O segundo não teve tanta sorte.
Literalmente, deitaram fora. Largados no lixo e no mar.
Questiono-me que razões levaram uma pessoa a deitar, num caixote do lixo, um bebé? Que diabos... há tanta gente a querer engravidar, adoptar, constituir família e estes animais não ponderaram sequer em deixar recém-nascidos numa igreja ou numa instituição que cuidasse deles?!
Penso seriamente se não estaremos a tornar-nos mais animais do que os próprios... porque, esses, não desistem das suas crias.
Literalmente, deitaram fora. Largados no lixo e no mar.
Questiono-me que razões levaram uma pessoa a deitar, num caixote do lixo, um bebé? Que diabos... há tanta gente a querer engravidar, adoptar, constituir família e estes animais não ponderaram sequer em deixar recém-nascidos numa igreja ou numa instituição que cuidasse deles?!
Penso seriamente se não estaremos a tornar-nos mais animais do que os próprios... porque, esses, não desistem das suas crias.
10 de dezembro de 2010
102... o número mágico
Quer se aprecie o género ou não, amanhã, sábado, dia 11 de Dezembro, o Mestre Manoel de Oliveira comemora o seu 102.º aniversário.
É impressionante a vitalidade mental deste homem, que ainda tem em mente mais um par de projectos. Pessoalmente, nunca vi nenhuma película do mais velho realizador do Mundo ainda em actividade - tentei ver 'Non, ou a Vã Glória de Mandar', mas desisti, confesso.
Contudo, há que dar mérito a quem o merece e Oliveira é uma dessas pessoas. Autor de 32 longas metragens, 14 curtas e médias metragens e 4 filmes enquanto actor, Manoel de Oliveira é um nome consensual e aclamado um pouco por todo o Mundo.
Parabéns, Mestre!!!
É impressionante a vitalidade mental deste homem, que ainda tem em mente mais um par de projectos. Pessoalmente, nunca vi nenhuma película do mais velho realizador do Mundo ainda em actividade - tentei ver 'Non, ou a Vã Glória de Mandar', mas desisti, confesso.
Contudo, há que dar mérito a quem o merece e Oliveira é uma dessas pessoas. Autor de 32 longas metragens, 14 curtas e médias metragens e 4 filmes enquanto actor, Manoel de Oliveira é um nome consensual e aclamado um pouco por todo o Mundo.
Parabéns, Mestre!!!
7 de dezembro de 2010
O Sonho é o Destino...
"Dream is destiny" é uma das primeiras falas do último filme que vimos juntos, 'Waking Life'. Trata-se de um filme, que recorre à animação, e que aborda diversas questões filosóficas sobre a condição humana, o sonho, a religião...
Não é um filme fácil - especialmente se o vemos a horas em que estamos "mais para lá, do que para cá", mas acaba por nos fazer pensar em diversas problemáticas que, provavelmente, nunca teríamos pensado em ocasiões anteriores. Um jovem não consegue sair de um sonho, e nesses sucessivos sonhos (fez-me lembrar um pouco o filme 'Inception' onde se aborda a existência de diversos níveis de sonho...) ele vai encontrando várias pessoas que lhe vão falando sobre o significado e propósitos da Existência.
No final, ele despertou em mim a ideia da exploração do sonho enquanto alternativa à realidade. Ou seja, se conseguissemos controlar os nossos sonhos e ter consciência dos mesmos, podíamos daí construir uma realidade alternativa. Não podemos esquecer que passamos cerca de um terço da nossa vida a dormir. É muito tempo "desperdiçado". Quantos e quantos de nós, não sonharam já com trabalho, ou com questões que podem - directa ou indirectamente - solucionar problemas que, enquanto acordados, não "desatamos o nó"?
Não é um filme fácil - especialmente se o vemos a horas em que estamos "mais para lá, do que para cá", mas acaba por nos fazer pensar em diversas problemáticas que, provavelmente, nunca teríamos pensado em ocasiões anteriores. Um jovem não consegue sair de um sonho, e nesses sucessivos sonhos (fez-me lembrar um pouco o filme 'Inception' onde se aborda a existência de diversos níveis de sonho...) ele vai encontrando várias pessoas que lhe vão falando sobre o significado e propósitos da Existência.
No final, ele despertou em mim a ideia da exploração do sonho enquanto alternativa à realidade. Ou seja, se conseguissemos controlar os nossos sonhos e ter consciência dos mesmos, podíamos daí construir uma realidade alternativa. Não podemos esquecer que passamos cerca de um terço da nossa vida a dormir. É muito tempo "desperdiçado". Quantos e quantos de nós, não sonharam já com trabalho, ou com questões que podem - directa ou indirectamente - solucionar problemas que, enquanto acordados, não "desatamos o nó"?
6 de dezembro de 2010
"Cinco pontes e quatro fins-de-semana prolongados"
Este "meu" título, é o título utilizado pelo Jornal de Notícias desta manhã onde anunciava quais os números oficiais de dias-extra que teremos em 2011. Teremos, não, alguns terão...
Hoje era segunda-feira. Dia 6 de Dezembro. Ainda faltam 26 dias para terminar o ano. Cerca de 3 meses antes do 1.º feriado oficial - Terça-feira de Carnaval, em Março - se excluirmos o dia 1 de Janeiro. Haverá mesmo necessidade de criar já a ideia de "vamos ter mais pontes em 2011"? Nesta altura? A silly season natalícia já anda a dar ares de si?
Hoje era segunda-feira. Dia 6 de Dezembro. Ainda faltam 26 dias para terminar o ano. Cerca de 3 meses antes do 1.º feriado oficial - Terça-feira de Carnaval, em Março - se excluirmos o dia 1 de Janeiro. Haverá mesmo necessidade de criar já a ideia de "vamos ter mais pontes em 2011"? Nesta altura? A silly season natalícia já anda a dar ares de si?
3 de dezembro de 2010
O Natal de 2010 vem a caminho...
Na semana em que:
- a fantástica dupla Portugal e Espanha perdeu a organização do Mundial de 2018 (tão longeeeeee....);
- uma mãe matou o filho de 2 anos;
- o País está a ser alvo directo de uma frente fria;
- se assinalou mais um Dia Mundial Contra a Sida...
... eu e ele fizemos a nossa primeira árvore de Natal conjunta. Pode parecer lamechinhas e tão irritantezinho de fofinho, mas, para mim, significa muito. Tanto como daqui às estrelas. Agora sim, sinto o espírito natalício de 2010.
- a fantástica dupla Portugal e Espanha perdeu a organização do Mundial de 2018 (tão longeeeeee....);
- uma mãe matou o filho de 2 anos;
- o País está a ser alvo directo de uma frente fria;
- se assinalou mais um Dia Mundial Contra a Sida...
... eu e ele fizemos a nossa primeira árvore de Natal conjunta. Pode parecer lamechinhas e tão irritantezinho de fofinho, mas, para mim, significa muito. Tanto como daqui às estrelas. Agora sim, sinto o espírito natalício de 2010.
13 de novembro de 2010
Mark Zuckerberg: sacaninha ou gajo fixe?
Ontem, eu e o meu homem fomos ver o filme 'A Rede Social'. Era daqueles filmes que queríamos mesmo ver e não simplesmente sacar da net ou esperar que saísse em DVD. Assim, fomos até ao Cascais Shopping tentar a nossa sorte; comíamos qualquer coisa por lá e aproveitávamos a sessão das 21h30. Má ideia.
O shopping estava a abarrotar. Parecia mesmo que toda a gente tinha tido precisamente a mesma ideia. A primeira coisa a fazer era garantir os bilhetes e, depois sim, comer. Má ideia.
Provavelmente - e mais uma vez - toda a gente teve a mesma ideia e o feliz casal quando conseguiu chegar à caixa já não havia bilhetes juntos. Rodámos os calcantes e fomos comer uma pizzazinha, antes de abalar para o Beloura Shopping (o restaurante que elegemos - aquele que tinha a fila mais pequena - foi também o eleito pelo modelo Afonso Vilela que é giro giro giro...)
Pizza comida, pegámos em nós e fomos para o Beloura que estava praticamente às moscas. O filme é simplesmente brutal. Percebe-se claramente o porquê do Mark ter processado pessoas ligadas à produção do filme. Mas se, por um lado, o fundador do Facebook é retratado como um autêntico cretino, por outro, também se tem a ligeira sensação que ele era apenas um puto influenciável e talvez um pouco ingénuo, apesar da inteligência que, claramente possui. O filme não responde a todas as dúvidas que se tem - ou teria de ser desdobrado em 3 ou 4 partes, mas é bastante interessante. A ver, sem dúvida.
As dúvidas que são levantadas são mais a nível técnico e prático, mais relacionadas com a parte dos investimentos realizados. Talvez um gestor consiga perceber os pormenores que não foram mostrados na grande tela :)
Contudo, sai-se da sala de cinema com a percepção que basta ter uma grande ideia para se conseguir ficar rico. E não tem que ser uma ideia genial, basta ser boa e diferente. Dá uma motivação extra aos empreendedores.
O shopping estava a abarrotar. Parecia mesmo que toda a gente tinha tido precisamente a mesma ideia. A primeira coisa a fazer era garantir os bilhetes e, depois sim, comer. Má ideia.
Provavelmente - e mais uma vez - toda a gente teve a mesma ideia e o feliz casal quando conseguiu chegar à caixa já não havia bilhetes juntos. Rodámos os calcantes e fomos comer uma pizzazinha, antes de abalar para o Beloura Shopping (o restaurante que elegemos - aquele que tinha a fila mais pequena - foi também o eleito pelo modelo Afonso Vilela que é giro giro giro...)
Pizza comida, pegámos em nós e fomos para o Beloura que estava praticamente às moscas. O filme é simplesmente brutal. Percebe-se claramente o porquê do Mark ter processado pessoas ligadas à produção do filme. Mas se, por um lado, o fundador do Facebook é retratado como um autêntico cretino, por outro, também se tem a ligeira sensação que ele era apenas um puto influenciável e talvez um pouco ingénuo, apesar da inteligência que, claramente possui. O filme não responde a todas as dúvidas que se tem - ou teria de ser desdobrado em 3 ou 4 partes, mas é bastante interessante. A ver, sem dúvida.
As dúvidas que são levantadas são mais a nível técnico e prático, mais relacionadas com a parte dos investimentos realizados. Talvez um gestor consiga perceber os pormenores que não foram mostrados na grande tela :)
Contudo, sai-se da sala de cinema com a percepção que basta ter uma grande ideia para se conseguir ficar rico. E não tem que ser uma ideia genial, basta ser boa e diferente. Dá uma motivação extra aos empreendedores.
3 de novembro de 2010
Falta de comunicação?!
Anda por aí uma empresa que me anda, a modos que, a chatear. Ela é chamadas telefónicas, ela é mails para a frente e para trás, ela é recadinhos no Facebook... sou uma mulher da Comunicação, carambas; será possível que não consiga uma simples resposta?!
Não vou dizer qual é a empresa, mas que eles mereciam, lá isso mereciam. Não há pachorra!!
Não vou dizer qual é a empresa, mas que eles mereciam, lá isso mereciam. Não há pachorra!!
2 de novembro de 2010
60 MIL
E já foram 60.000 mil as pessoas que por aqui passar (em verdadeiro rigor, foram 60.032 pessoas), sendo que o feliz contemplado com a minha eterna amizade e gratidão chegou à chafarica, com a busca "i'm the captain of my soul", alusivo ao post de 31 de Janeiro aquando do visionamento do filme 'Invictus'.
Palminhas para o Sr. Sessenta Mil...
Palminhas para o Sr. Sessenta Mil...
27 de outubro de 2010
Hey Teacher, leave the kids alone!!
Carta aberta ao Professor Aníbal Cavaco Silva - que, por coincidência, é Presidente da República:
Professor,
aproveite a reunião de Conselho de Estado e ponha em cima da mesa esta minha singela proposta. E aproveite bem, porque este conselho é gratuito - pode ser que numa próxima eu tente cobrar alguns trocos: peguem numa dúzia de mães de família e domésticas e metam-nas a gerir o País. É certinho que, em menos de um ano, as finanças estão direitas e ainda nos vamos dar ao luxo de ir de férias!
Professor,
aproveite a reunião de Conselho de Estado e ponha em cima da mesa esta minha singela proposta. E aproveite bem, porque este conselho é gratuito - pode ser que numa próxima eu tente cobrar alguns trocos: peguem numa dúzia de mães de família e domésticas e metam-nas a gerir o País. É certinho que, em menos de um ano, as finanças estão direitas e ainda nos vamos dar ao luxo de ir de férias!
26 de outubro de 2010
Presidente poupadinho, Portugal mais bonitinho...
Inventei isto ainda há pouquinho, mas serve para resumir tudo o que retive dos 21 minutos mais longos da minha vida: o discurso do Presidente da República (ou devo dizer candidato Aníbal Cavaco Silva?).
O senhor falou...
... e falou...
... e falou mais um bocadinho...
... não satisfeito, ainda disse mais umas palavras...
E as pessoas interrompiam-no com palmas. E a família olhava-o embevecida. Como se nem eles, nem o País soubesse o que dali vinha. Surpreendente teria sido se ele convocasse a imprensa e aquela gentinha toda para anunciar que não se recandidatava.
E 'prontes' parece que não vão haver outdoors do senhor Professor Cavaco Silva. Uma peninha, já que o candidato Alegre tem uns cartazes bem catitas em quase todas as rotundas de Sintra e arredores.
(tudo isto no dia em que morreu o polvo Paul. Isso sim, deixou-me abalada durante o dia.)
O senhor falou...
... e falou...
... e falou mais um bocadinho...
... não satisfeito, ainda disse mais umas palavras...
E as pessoas interrompiam-no com palmas. E a família olhava-o embevecida. Como se nem eles, nem o País soubesse o que dali vinha. Surpreendente teria sido se ele convocasse a imprensa e aquela gentinha toda para anunciar que não se recandidatava.
E 'prontes' parece que não vão haver outdoors do senhor Professor Cavaco Silva. Uma peninha, já que o candidato Alegre tem uns cartazes bem catitas em quase todas as rotundas de Sintra e arredores.
(tudo isto no dia em que morreu o polvo Paul. Isso sim, deixou-me abalada durante o dia.)
19 de outubro de 2010
Recordações virtuais
Um dos exercícios que mais gosto de fazer e que o blogue me permite realizar de forma prática e rápida é saber o que andava a fazer nos anos anteriores. É surpreendente ver e recolher memórias que pensávamos estarem perdidas. Felizmente, os arquivos dos blogues permitem-nos recuperar momentos e dias felizes.
No ano passado, por esta altura sensivelmente, meti férias. Ia estar uns quantos dias em Las Palmas - EM TRABALHO - o meu gajo fazia anos e tirei uma semana e pico para me organizar, fazer compras, etc etc etc...
Mas... há dois anos, estava a conhcê-lo. Conheciamo-nos pessoalmente desde Agosto, mas as maiores aproximações e as visitas só começaram em meados de Outubro. Eu tinha tido um acidente de carro, decorreu o jantar blogger na Póvoa... enfim, agora ao olhar para trás vejo o quanto este blogue significa para mim.
Se há dias (vá, semanas...) em que me sinto demasiado cansada (sim, mãe, tinhas razão! Vida de "mulher de família" não é fácil: há sempre roupa para passar, louça para lavar, qualquer coisa que está fora do sítio) ou demasiado preguiçosa para me mexer, para abrir o computador, o Blogger e escrever, há outros dias em que sinto que todo o espaço não é suficiente.
As pessoas que me seguem desde há muito tempo têm assistido a vários dos meus momentos. E este, este é um momento óptimo. Assinalem aí nas vossas agendas.
No ano passado, por esta altura sensivelmente, meti férias. Ia estar uns quantos dias em Las Palmas - EM TRABALHO - o meu gajo fazia anos e tirei uma semana e pico para me organizar, fazer compras, etc etc etc...
Mas... há dois anos, estava a conhcê-lo. Conheciamo-nos pessoalmente desde Agosto, mas as maiores aproximações e as visitas só começaram em meados de Outubro. Eu tinha tido um acidente de carro, decorreu o jantar blogger na Póvoa... enfim, agora ao olhar para trás vejo o quanto este blogue significa para mim.
Se há dias (vá, semanas...) em que me sinto demasiado cansada (sim, mãe, tinhas razão! Vida de "mulher de família" não é fácil: há sempre roupa para passar, louça para lavar, qualquer coisa que está fora do sítio) ou demasiado preguiçosa para me mexer, para abrir o computador, o Blogger e escrever, há outros dias em que sinto que todo o espaço não é suficiente.
As pessoas que me seguem desde há muito tempo têm assistido a vários dos meus momentos. E este, este é um momento óptimo. Assinalem aí nas vossas agendas.
13 de outubro de 2010
Resgate no Chile
Até ao momento em que escrevo, já saíram da mina chilena, 20 dos 33 homens que ali estiveram cerca de 70 dias. Só faltam 13.
As imagens da CNN - canal que segui religiosamente durante o dia - são sufocantes e, ao mesmo tempo, libertadoras. Não sei mais o que dizer... amanhã veremos!
12 de outubro de 2010
A arte de ajudar quem precisa de ser ajudado
O meu irmão sempre foi boa pessoa. Não é por ser meu irmão que o digo, mas porque é, efectivamente, boa pessoa. Atravessou a "idade do armário" e desde então tem feito sempre aquilo que a consciência lhe manda e que o faz dormir tranquilo. O meu irmão é daquelas pessoas que - apesar de ter desvarios que me irritam, mas que são próprios dos 22 anos - é capaz de esvaziar o armário se vir alguém a passar frio.
O meu irmão foi um privilegiado. Não digo que sempre teve aquilo que quis, mas nunca lhe faltou comida, roupa, educação e ajuda monetária quando foi preciso.
Posto isto, sublinho: o meu irmão é boa pessoa. Porquê?
Conheceu uma pessoa. Vamos chamar-lhe B. A pessoa B. precisava de ajuda. Saiu de casa com problemas familiares e económicos. A pessoa B. não tinha ninguém que lhe estendesse uma mão. Até conhecer o senhor meu irmão. O meu irmão comprou-lhe roupa, comida e deu-lhe um tecto. O meu irmão falou com conhecidos que lhe arranjaram trabalho. O meu irmão falou com outros conhecidos que arranjaram mais roupa, porque a pessoa B. "só tinha 5 cabides de roupa", alguma dela de Verão. E apenas um par de sapatilhas.
O meu irmão ultrapassou-me na questão de ser boa pessoa. E eu estou orgulhosa!
O meu irmão foi um privilegiado. Não digo que sempre teve aquilo que quis, mas nunca lhe faltou comida, roupa, educação e ajuda monetária quando foi preciso.
Posto isto, sublinho: o meu irmão é boa pessoa. Porquê?
Conheceu uma pessoa. Vamos chamar-lhe B. A pessoa B. precisava de ajuda. Saiu de casa com problemas familiares e económicos. A pessoa B. não tinha ninguém que lhe estendesse uma mão. Até conhecer o senhor meu irmão. O meu irmão comprou-lhe roupa, comida e deu-lhe um tecto. O meu irmão falou com conhecidos que lhe arranjaram trabalho. O meu irmão falou com outros conhecidos que arranjaram mais roupa, porque a pessoa B. "só tinha 5 cabides de roupa", alguma dela de Verão. E apenas um par de sapatilhas.
O meu irmão ultrapassou-me na questão de ser boa pessoa. E eu estou orgulhosa!
11 de outubro de 2010
9 de outubro de 2010
Marques Mendes blacklist
Num texto escrito há dois dias por Luciano Alvarez para o Público, vêm enumerados por Marques Mendes dezenas de institutos, fundações e conselhos nacionais que simplesmente podiam desaparecer que ninguém ia sentir falta.
(texto aqui)
Entre fusões (por sobreposição de competências) e puras extinções, Marques Mendes justifica o "destino" que seria aconselhável a cada um deles. Confesso que, ao ler a lista, só consegui identificar meia dúzia desses institutos e que sobre os outros nunca ouvi falar. É impressionante o número de pequenos cargos que não servem para nada ou cujas competências podiam simplesmente passar para outras pessoas.
Se fossem extintos, poupava-se uma bela maquia e o aperto do cinto (pessoalmente, já não tenho mais por onde apertar - posso tentar deixar de comer, mas isso não é uma opção válida) não seria tão doloroso.
Muitos virão dizer que Marques Mendes está a falar de fora, ou que quando lá esteve também não fez nada... Concordo, mas também não posso deixar de considerar esta "Marques Mendes blacklist" um acto de coragem. Coragem só por trazer à tona, à opinião pública, ao povinho a barbaridade de coisas inúteis que se fazem em Portugal. Mas por isto, só por isto... não culpemos o Sócrates. A culpa não é só dele.
(texto aqui)
Entre fusões (por sobreposição de competências) e puras extinções, Marques Mendes justifica o "destino" que seria aconselhável a cada um deles. Confesso que, ao ler a lista, só consegui identificar meia dúzia desses institutos e que sobre os outros nunca ouvi falar. É impressionante o número de pequenos cargos que não servem para nada ou cujas competências podiam simplesmente passar para outras pessoas.
Se fossem extintos, poupava-se uma bela maquia e o aperto do cinto (pessoalmente, já não tenho mais por onde apertar - posso tentar deixar de comer, mas isso não é uma opção válida) não seria tão doloroso.
Muitos virão dizer que Marques Mendes está a falar de fora, ou que quando lá esteve também não fez nada... Concordo, mas também não posso deixar de considerar esta "Marques Mendes blacklist" um acto de coragem. Coragem só por trazer à tona, à opinião pública, ao povinho a barbaridade de coisas inúteis que se fazem em Portugal. Mas por isto, só por isto... não culpemos o Sócrates. A culpa não é só dele.
7 de outubro de 2010
Mario Vargas Llosa - Nobel da Literatura 2010
Vou confessar: secretamente, esperava que fosse o meu "amigo" Haruki Murakami ou Phillip Roth a vencerem o Nobel da Literatura, mas acho que este também não está nada mal.
28 de setembro de 2010
A crise portuguesa para totós (continuação)
Depois de vários pedidos...
Depois de várias horas no impasse do "come a sopa! - não como!", chegou o Pai da crianaça (OCDE). A Mãe, esperançosa, explica a situação. O Pai dá um beijo na cabeça da criança e gritou à Mãe: "pensas que tenho paciência para queixinhas???".
Depois de várias horas no impasse do "come a sopa! - não como!", chegou o Pai da crianaça (OCDE). A Mãe, esperançosa, explica a situação. O Pai dá um beijo na cabeça da criança e gritou à Mãe: "pensas que tenho paciência para queixinhas???".
24 de setembro de 2010
A crise portuguesa para totós
A ideia é muito simples: vamos imaginar que o nosso País é uma espécie de criança que, com a birra, não quer comer a sopa toda. A Mãe (a UE) insiste e pergunta porquê. A criança continua calada e continua sem comer a sopa. A Mãe, cansada de birrinhas, ameaça a criança com o Homem do Saco (o FMI).
Agora só resta descobrir se a Mãe é daquelas cheias de paciência e boa-vontade ou se pespega um calduço na criança.
Agora só resta descobrir se a Mãe é daquelas cheias de paciência e boa-vontade ou se pespega um calduço na criança.
20 de setembro de 2010
Não, não estou louca
Este fim-de-semana, dei por mim a pensar que só faltam três meses para o Natal. E já comecei a olhar para as coisas nas lojas e a magicar "será que isto dava uma boa prenda?" ou "acho que a minha mãe podia gostar disto...".
Isto sem contar com o facto dele fazer anos daqui a um mês... (tenho de começar em apelar ao meu sentido consumista!!)
Isto sem contar com o facto dele fazer anos daqui a um mês... (tenho de começar em apelar ao meu sentido consumista!!)
15 de setembro de 2010
30 cêntimos
Vai haver um aumento no apoio aos pais para a aquisição dos livros escolares. Um fabuloso aumento que pode variar entre os 30 e os 80 cêntimos. Não me estou a queixar, até porque não tenho filhos, mas pergunto-me: onde é que isto vai parar? Aliás, a pergunta que me faço é: que porra é que se faz com 30 cêntimos?
Vejamos:
Um café - 60 cêntimos. Não me parece viável pedir meio café.
Um pão - talvez. Mas não pode ser daqueles com sementes e o raio, porque o sésamo inflacciona logo os preços.
Uma garrafa de água - mas tem de ser de marca branca, numa grande superfície.
Segundo uma rápida pesquisa no Google - através da busca "30 cêntimos" - fico a saber que este foi o valor gasto por cada visitante, no Pavilhão de Portugal na Expo 2010, em Xangai, na China. Até nas chamadas por telemóvel, o preço por minuto, consegue ser mais elevado que isto. Por isso, concluo: oferecer este valor a famílias que gastam centenas de euros em livros e material escolar é gozar com as carteiras alheias.
Vejamos:
Um café - 60 cêntimos. Não me parece viável pedir meio café.
Um pão - talvez. Mas não pode ser daqueles com sementes e o raio, porque o sésamo inflacciona logo os preços.
Uma garrafa de água - mas tem de ser de marca branca, numa grande superfície.
Segundo uma rápida pesquisa no Google - através da busca "30 cêntimos" - fico a saber que este foi o valor gasto por cada visitante, no Pavilhão de Portugal na Expo 2010, em Xangai, na China. Até nas chamadas por telemóvel, o preço por minuto, consegue ser mais elevado que isto. Por isso, concluo: oferecer este valor a famílias que gastam centenas de euros em livros e material escolar é gozar com as carteiras alheias.
9 de setembro de 2010
1 de setembro de 2010
Estou preta...
Uma piscina »» Uma praia na falésia «« Um aldeamento «« Um fim-de-semana alargado «« Resultado: estou mais negra que nunca e com a certeza absoluta que as férias fazem milagres.
18 de agosto de 2010
Coisas que me vêm à cabeça
O Luís Freitas Lobo deve ser dos gajos que mais percebe de futebol neste País. E, curiosamente, não existe uma página na Wikipédia acerca dele (fui pesquisar!).
17 de agosto de 2010
Desafio aos visitantes da chafarica
As incursões pelo Vidzone e pelos anos 80 têm destas coisas... descubram as diferenças.
Boy George, no tempo dos Culture Club
Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo
Boy George, no tempo dos Culture Club
Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo
12 de agosto de 2010
Viagens, viajantes, aventureiros e o Gonçalo Cadilhe
Quando uma pessoa pensa que já viu de tudo, eis que liga a televisão e se depara com o programa do Gonçalo Cadilhe, na RTP2, 'Nos passos de Magalhães'. Prendeu-me desde o primeiro segundo, por várias razões:
- gosto do Gonçalo Cadilhe;
- gosto de História;
- gosto de 'estórias' e histórias sobre viagens e aventuras.
Neste programa, Gonçalo Cadilhe retrata, de forma abismal, a rota tomada por Fernão de Magalhães na sua viagem de circum-navegação. O jornalista passou em várias cidades e países por onde passou a armada comandada por Magalhães e que, de alguma maneira, trouxe novos mundos ao Mundo. Tenho aprendido imenso. Isto sim, é serviço público.
9 de agosto de 2010
Baixinha e pequenina
Ontem, estive em Lisboa. Enquanto era conduzida ao destino marcado, ia olhando pela janela e só pensava no quão pequenina sou ao pé daquela 'selva' urbana. Há uns anos, escrevi neste mesmo blog que me sentia intimidada só pela probabilidade de um dia vir a trabalhar em Lisboa.
Não trabalho na nossa capital, mas aqueles prédios enormes continuam a meter-me num estado de claustrofobia tal que só me apetece sentar num cantinho e encolher-me de medo. Contudo, gosto de Lisboa. De saber que vou lá, mas que volto para um sítio mais baixinho, onde eu possa encarar um prédio de frente, sem me sentir esmagada.
Peço desculpa aos lisboetas de gema, às pessoas que gostam de Lisboa, às pessoas que defendem Lisboa, aos amantes de Lisboa, mas, simplesmente, não sou capaz. A coragem tem limites. E a minha tropeça ali.
Não trabalho na nossa capital, mas aqueles prédios enormes continuam a meter-me num estado de claustrofobia tal que só me apetece sentar num cantinho e encolher-me de medo. Contudo, gosto de Lisboa. De saber que vou lá, mas que volto para um sítio mais baixinho, onde eu possa encarar um prédio de frente, sem me sentir esmagada.
Peço desculpa aos lisboetas de gema, às pessoas que gostam de Lisboa, às pessoas que defendem Lisboa, aos amantes de Lisboa, mas, simplesmente, não sou capaz. A coragem tem limites. E a minha tropeça ali.
8 de agosto de 2010
Uma nova vaga de sonhos
Fomos ver o filme 'Inception'. Depois de termos lido maravilhas do mesmo e de termos ouvido o pior e de termos quase gritado "não contes o fim", rendemo-nos e dirigimo-nos ao Allegro em Alfragide para ver o filminho.
(antes de irmos para a sala, passámos pelo Starbucks e bebi um daqueles chá gelados absolutamente fabulosos... mas isso são outras núpcias)
O filme é, efectivamente, bom. A Ellen Page continua a ser a minha actriz fetiche, o Leo DiCaprio está um actorzão, o Cillian Murphy (que vi pela primeira vez no 'Breakfast on Pluto) faz um secundário brilhante... em resumo: não há uma má personagem. O sacaninha do Christopher Nolan é que me tramou com aquele final. Não se faz. Quero saber.
A premissa do filme é básica: um grupo de pessoa consegue criar diferente cenários e níveis de sonhos de modo a conseguir extrair informações/segredos/whatever aos pobres incautos e simples mortais. Neste caso, é feito um desafio: 'plantar' uma ideia, ao invés de a extrair. Impossível? Não, mas muito difícil.
Em mais de duas horas de filme, somos confrontados com dúvidas, emoções, diferentes níveis de realidade que saímos, juro, a olhar para o lado e a pensar "isto é a sério?!". É um filme algo denso, mas bom, muito bom.
7 de agosto de 2010
Um cheiro doce no ar
Nestes dias mais quentes, conduzo de janelas abertas. O vento de Sintra bate-me na cara e ajuda a abater o calor, às vezes, de 30 graus. O bom de Sintra é que o Verão não é quente-quente como na Leiria que conheço. Entendo agora os reis que, no Verão, trocavam Lisboa por Sintra... local onde se encontravam as residências estivais da realeza portuguesa.
Mas não é isso que me fez escrever. Todos os dias, com as minhas janelas do carro abertas, sinto um cheiro doce e quente no ar. Pensei que fosse impressão minha - afinal de contas o cheiro localiza-se na mesma zona do McDonald's e poderia, apenas e tão somente, ser uma partida da mente. Mas não.
O cheiro docinho, que me faz pensar em algodão doce, em gomas de morango e em todas aquelas memórias queridas de infância permanece, ali "paredes meias" com a IC19.
A razão é simples: a fábrica das pastilhas elásticas 'Gorila' fica nas proximidades. Depois de fazer parte da minha infância, a 'Gorila' é a amiga que todos os dias me cumprimenta, pela manhã.
31 de julho de 2010
Música para um bom fim de tarde
Já vi isto ao vivo e continua mimoso, tal como me lembro. Espero que gostem.
18 de julho de 2010
A palavra (ou a falta dela)
Num destes dias, disse que me começa a faltar vocabulário. Leio e releio livros, trabalhos jornalísticos, reportagens de várias temáticas, mas estou com o cérebro preguiçoso.
Recomendaram-me que volte a escrever. Mas... escrever como? Com que palavras? Aquelas que me faltam ou aquelas outras que não conheço?
Recomeço, portanto, com palavras de outra pessoa. Palavras sobre a palavra. E tem palavra... Madre Teresa de Calcutá:
Recomendaram-me que volte a escrever. Mas... escrever como? Com que palavras? Aquelas que me faltam ou aquelas outras que não conheço?
Recomeço, portanto, com palavras de outra pessoa. Palavras sobre a palavra. E tem palavra... Madre Teresa de Calcutá:
Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão
29 de junho de 2010
Sem título, porque não me apetece
Era tão mais fácil criticar a selecção, meter a cabeça do primeiro-ministro no cadafalso, falar nas facilidades ou dificuldades da nova vida longe do colo da mãe, apontar o dedo aos ministros que teimam em falar em aumentos e sacrifícios ou colocar o vídeo de uma musiquinha boa...
Mas não...
Tenho a 'loja' da imaginação de férias. Não me sinto capaz de escrever um texto embonecado. Fica para a próxima, sim?
Mas não...
Tenho a 'loja' da imaginação de férias. Não me sinto capaz de escrever um texto embonecado. Fica para a próxima, sim?
24 de junho de 2010
20 de junho de 2010
18 de junho de 2010
José Saramago
A si, Saramago:
Comecei com 'Ensaio sobre a Lucidez', passei para 'As intermitências da Morte' e 'O Ano da morte de Ricardo Reis'. Vi o 'Ensaio sobre a Cegueira' e 'A Jangada de Pedra'. Durante muitos anos, o senhor parte da minha vida e hoje deixou este Mundo. Obrigada por tudo - já que muitos outros, com mais poder, não lhe agradeceram.
Obrigada!
Comecei com 'Ensaio sobre a Lucidez', passei para 'As intermitências da Morte' e 'O Ano da morte de Ricardo Reis'. Vi o 'Ensaio sobre a Cegueira' e 'A Jangada de Pedra'. Durante muitos anos, o senhor parte da minha vida e hoje deixou este Mundo. Obrigada por tudo - já que muitos outros, com mais poder, não lhe agradeceram.
Obrigada!
13 de junho de 2010
Momentos e movimentos
Tenho-me desleixado um pouco dos agradecimentos aos vossos comentários; prometo que vou tentar fazê-lo com maior frequência.
Este fim-de-semana fui visitar a família. Depois de duas semanas a ouvi-los perguntar "quando vens a casa?", achei que devia ir dar-lhes um beijinho. O estranho foi entrar no meu quarto e vê-lo semi-despido, porque muitos dos meus pertences já estão cá. Os pequenos objectos mantém-se nos sítios onde os deixei.
Mamãe estava com saudades da filhota. A filhotinha mais velha que sempre se habituou a ver e a sentir entre as paredes da moradia. A filhotinha que escolheu o seu próprio quarto aquando da primeira mudança de residência já lá vão mais de duas décadas. A filhotinha que voltou durante 48 horas e que era necessário encher de mimos suficientes para mais umas semanas.
De resto, tudo igual. Excepto eu. Começo a aperceber-me que gosto desta maior liberdadezinha de movimentos que tenho desde que me mudei.
Este fim-de-semana fui visitar a família. Depois de duas semanas a ouvi-los perguntar "quando vens a casa?", achei que devia ir dar-lhes um beijinho. O estranho foi entrar no meu quarto e vê-lo semi-despido, porque muitos dos meus pertences já estão cá. Os pequenos objectos mantém-se nos sítios onde os deixei.
Mamãe estava com saudades da filhota. A filhotinha mais velha que sempre se habituou a ver e a sentir entre as paredes da moradia. A filhotinha que escolheu o seu próprio quarto aquando da primeira mudança de residência já lá vão mais de duas décadas. A filhotinha que voltou durante 48 horas e que era necessário encher de mimos suficientes para mais umas semanas.
De resto, tudo igual. Excepto eu. Começo a aperceber-me que gosto desta maior liberdadezinha de movimentos que tenho desde que me mudei.
7 de junho de 2010
Pedra sobre pedra
Começo (lentamente) a aperceber-me que tudo aquilo que conhecia está a alguns quilómetros de distância e que agora é tempo para criar novas rotinas, conhecer outras pessoas - se bem que aquelas que preenchiam a minha vida vão estar sempre presentes ainda que só as veja de quando em quando - e dar valor às coisinhas que anteriormente me irritavam.
Todos os dias me perguntam "Quando vens a casa?". Respondo "assim que puder", contudo deito-me quase todos os dias a pensar "esta agora é a minha casa".
No trabalho, as coisas estão a correr bem. Apanhei uma altura complicadota, mas penso que estou a engrenar rapidamente no sistema. Mas todos os dias sinto falta do sacana do burburinho da (minha) redacção. Por isso, tento compensar essa "falta" com tudo o resto: com maior concentração naquilo que faço, com a procura de outros interesses e com a presença em várias actividades. No sábado, à noite, "mergulhei" na História (adaptada) das fontes de Sintra. Uma companhia de teatro local andou pela vila a contar pequenas histórias sobre a presença dos mouros em Portugal. Ri-me muito. Substituí as lágrimas por gargalhadas e diverti-me imenso.
É aqui, em Sintra, que estou a encontrar ferramentas para construir mais um pedaço do meu caminho na Vida.
Todos os dias me perguntam "Quando vens a casa?". Respondo "assim que puder", contudo deito-me quase todos os dias a pensar "esta agora é a minha casa".
No trabalho, as coisas estão a correr bem. Apanhei uma altura complicadota, mas penso que estou a engrenar rapidamente no sistema. Mas todos os dias sinto falta do sacana do burburinho da (minha) redacção. Por isso, tento compensar essa "falta" com tudo o resto: com maior concentração naquilo que faço, com a procura de outros interesses e com a presença em várias actividades. No sábado, à noite, "mergulhei" na História (adaptada) das fontes de Sintra. Uma companhia de teatro local andou pela vila a contar pequenas histórias sobre a presença dos mouros em Portugal. Ri-me muito. Substituí as lágrimas por gargalhadas e diverti-me imenso.
É aqui, em Sintra, que estou a encontrar ferramentas para construir mais um pedaço do meu caminho na Vida.
5 de junho de 2010
Emoção vs razão
Simultaneamente ao facto de ter deixado o ninho da mamã e ter começado uma nova etapa da minha vida, surgem as inevitáveis dores de barriga por ter cortado o cordão umbilical.
Talvez devesse tê-lo feito mais cedo para não 'sofrer' agora as consequências de um afastamento, obviamente, tardio. Talvez o tenha feito na altura certa. Não sei. O que dizer? As vozes murchas das pessoas que amo deixam-me confusa, apesar de me darem a maior das forças para organizar a minha vida.
Sinto-me agora como... quando tinha 6 anos e me caiu o 1.º dente: doeu um bocado, chorei, mas tinha a certeza que (logo, logo) outro dente surgiria e a dor passava. Só tinha que ter alguma paciência. Dá para entender?
A compensar, a estar ali a amparar-me, a limpar-me as lágrimas teimosas está ele. E isso faz-me ter a certeza que, no meio de tanta confusão emocional, algo corre bem e que a decisão tomada foi a mais certa.
Talvez devesse tê-lo feito mais cedo para não 'sofrer' agora as consequências de um afastamento, obviamente, tardio. Talvez o tenha feito na altura certa. Não sei. O que dizer? As vozes murchas das pessoas que amo deixam-me confusa, apesar de me darem a maior das forças para organizar a minha vida.
Sinto-me agora como... quando tinha 6 anos e me caiu o 1.º dente: doeu um bocado, chorei, mas tinha a certeza que (logo, logo) outro dente surgiria e a dor passava. Só tinha que ter alguma paciência. Dá para entender?
A compensar, a estar ali a amparar-me, a limpar-me as lágrimas teimosas está ele. E isso faz-me ter a certeza que, no meio de tanta confusão emocional, algo corre bem e que a decisão tomada foi a mais certa.
31 de maio de 2010
Descubra as diferenças...
Foi a pensar no jogo "Descubra as diferenças" que acordei esta manhã. Cama diferente, casa diferente, não reconheci o WC e a cozinha logo imediatamente. O silêncio instalado debaixo daquele que é, agora, o meu novo tecto, era, substancialmente, do ruído que se ouvia na rua e nos apartamentos dos lados. E de cima. E de baixo. Sempre vivi numa moradia... o que querem? Milagres no primeiro dia?
Para rematar a conversa, vou ali lavar uma loicinha do jantar de ontem e já volto.
Para rematar a conversa, vou ali lavar uma loicinha do jantar de ontem e já volto.
28 de maio de 2010
Dicionário de Português-Português
chorar
v. intr.
1. Ter choro.
2. Verter lágrimas.
3. Fluir humor a.
4. Lançar vapor aquoso (ex.: a vide quando deitada no lume).
v. tr.
5. Lamentar.
6. Afligir-se muito.
7. Destilar.
v. pron.
8. Queixar-se, lastimar-se chorando.
Pensava que despedir-me do meu local de trabalho ia ser complicado. Nunca imaginei que deixar o lar familiar fosse tão difícil. Olhar para os olhos da minha mãe e ver uma tristeza profunda onde antes existia carinho e amor; olhar para o meu irmão e não conter as lágrimas... corta-me o coração em pedacinhos.
Mas a mudança tem de ser feita. Agora só tenho de arranjar uma rotina ligeira para me tentar alhear das saudades que me apertam o peito.
v. intr.
1. Ter choro.
2. Verter lágrimas.
3. Fluir humor a.
4. Lançar vapor aquoso (ex.: a vide quando deitada no lume).
v. tr.
5. Lamentar.
6. Afligir-se muito.
7. Destilar.
v. pron.
8. Queixar-se, lastimar-se chorando.
Pensava que despedir-me do meu local de trabalho ia ser complicado. Nunca imaginei que deixar o lar familiar fosse tão difícil. Olhar para os olhos da minha mãe e ver uma tristeza profunda onde antes existia carinho e amor; olhar para o meu irmão e não conter as lágrimas... corta-me o coração em pedacinhos.
Mas a mudança tem de ser feita. Agora só tenho de arranjar uma rotina ligeira para me tentar alhear das saudades que me apertam o peito.
21 de maio de 2010
Choro II
Praticamente, já acabou a parte em que tinha de me despedir dos meus colegas. Outra semana igual a esta e teria de pedir à Luso para assinar um protocolo de cooperação e hidratação, tal não foi a quantidade de água que perdi com as choradeiras quase diárias.
As pessoas gostam de mim e querem o melhor para mim, são fofas comigo e desejam-me "tudo de bom" a cada segundo, dizem que sou "luminosa" e que o meu sorriso preenche uma sala. E eu choro. A minha voz enrola-se. Tento engolir em seco, mas não consigo.
Para a semana há um novo passo a dar. Para a semana, pego nos meus 'tarecos' - que não são assim tantos quanto isso, posso garantir - e embarco numa nova aventura. Mas antes disso, em princípio, vai haver jantar de despedida. E eu vou chorar de certeza. Com a chuva, nem se vai notar...
As pessoas gostam de mim e querem o melhor para mim, são fofas comigo e desejam-me "tudo de bom" a cada segundo, dizem que sou "luminosa" e que o meu sorriso preenche uma sala. E eu choro. A minha voz enrola-se. Tento engolir em seco, mas não consigo.
Para a semana há um novo passo a dar. Para a semana, pego nos meus 'tarecos' - que não são assim tantos quanto isso, posso garantir - e embarco numa nova aventura. Mas antes disso, em princípio, vai haver jantar de despedida. E eu vou chorar de certeza. Com a chuva, nem se vai notar...
20 de maio de 2010
Choro
Sou uma choramingas, confesso. Mas, nos últimos dias, tem sido demais. Basta apenas dizer a palavra "adeus" e desabo numa choradeira. Reforcei o meu stock de lenços de papel, mas nem mesmo assim as coisas ficam mais fáceis.
Para a semana, não vou entrar na redacção onde, de há 2 anos a esta parte, entrava praticamente todos os dias. Começo a ficar com o estômago pequenino e sinto as lágrimas a brotar, porque, afinal de contas, este Diário de Leiria fez parte da minha vida. Continuo a manter um discurso no plural, mas sei que isto tem de acabar.
As portas do DL Times, essas, ficaram abertas para mim.
Para a semana, não vou entrar na redacção onde, de há 2 anos a esta parte, entrava praticamente todos os dias. Começo a ficar com o estômago pequenino e sinto as lágrimas a brotar, porque, afinal de contas, este Diário de Leiria fez parte da minha vida. Continuo a manter um discurso no plural, mas sei que isto tem de acabar.
As portas do DL Times, essas, ficaram abertas para mim.
18 de maio de 2010
Anúncio oficial
Este post é um anúncio oficial do que se vai passar na minha vida. Se há dois anos, celebrei entre amigos feitos na blogosfera que ia realizar um sonho e "virar" jornalista, hoje comunico que vou deixar de o ser.
Quem me conhece, sabe que adoro ser jornalista, adoro a adrenalina que daí advém, adoro sentir que, de alguma forma, tenho algo a dizer a quem me lê, adoro ser respeitada pelo trabalho que desenvolvo, adoro estar envolvida num projecto que me dá tanto conhecimento e experiências indescritíveis.
Mas, nem sempre, a vida nos dá todas as ferramentas necessárias para sermos, efectivamente, felizes no caminho que nos dá mais... felicidade. Vou sair do Diário de Leiria. Vou viver e trabalhar para o concelho de Sintra. Não vou ser jornalista, mas vou trabalhar com eles. É um estar nos bastidores. Vou deixar de escrever, diariamente, textos, que iriam ser lidos por centenas de pessoas. Vou tentar ser feliz, num outro caminho. Um caminho que decidi escolher.
Quem me conhece, sabe que adoro ser jornalista, adoro a adrenalina que daí advém, adoro sentir que, de alguma forma, tenho algo a dizer a quem me lê, adoro ser respeitada pelo trabalho que desenvolvo, adoro estar envolvida num projecto que me dá tanto conhecimento e experiências indescritíveis.
Mas, nem sempre, a vida nos dá todas as ferramentas necessárias para sermos, efectivamente, felizes no caminho que nos dá mais... felicidade. Vou sair do Diário de Leiria. Vou viver e trabalhar para o concelho de Sintra. Não vou ser jornalista, mas vou trabalhar com eles. É um estar nos bastidores. Vou deixar de escrever, diariamente, textos, que iriam ser lidos por centenas de pessoas. Vou tentar ser feliz, num outro caminho. Um caminho que decidi escolher.
10 de maio de 2010
5 de maio de 2010
Tic-tic-tac-tac
O meu 'relógio' está um nadinha gago. É só esperar mais umas quantas horas até saber o que vou fazer à minha vida.
(continuo sem net em casa e, pelo andar da carruagem, só me vou ligar ao mundo virtual, ocasionalmente, nas horas de expediente. Obrigada a todos pelos comentários que vão deixando. Leio-os todinhos, só que não tenho tempo para responder).
(continuo sem net em casa e, pelo andar da carruagem, só me vou ligar ao mundo virtual, ocasionalmente, nas horas de expediente. Obrigada a todos pelos comentários que vão deixando. Leio-os todinhos, só que não tenho tempo para responder).
2 de maio de 2010
Decisões, decisões...
... fazem-me perder o sono.
... fazem-me acordá-lo, sem querer.
... fazem-me pensar 37 milhões de vezes.
... fazem-me pesar 'prós e contras' outras tantas vezes.
... fazem-me repensar em tudo o que conquistei até agora e no que poderei vir a conseguir.
Será que é desta que as nossas escovas de dentes se juntam?
... fazem-me acordá-lo, sem querer.
... fazem-me pensar 37 milhões de vezes.
... fazem-me pesar 'prós e contras' outras tantas vezes.
... fazem-me repensar em tudo o que conquistei até agora e no que poderei vir a conseguir.
Será que é desta que as nossas escovas de dentes se juntam?
27 de abril de 2010
Cross your fingers
Pode ser que uma boa notícia esteja para breve. Preparem-se para fazer figas, de novo, por mim. Mas, desta vez, com mais força, porque o Sadeek, sozinho, não faz grande coisa.
(desculpem a falta de actualização do blogue. Estou sem net em casa... sinto-me tão século XIX)
(desculpem a falta de actualização do blogue. Estou sem net em casa... sinto-me tão século XIX)
22 de abril de 2010
Com banho ou sem banho
Há algum tempo que tenho em mente escrever um livro. Não é uma ideia nova. Continuo, contudo, a achar que ainda não atingi um certo nível intelectual para me lançar na escrita. Prefiro pensar que quando atingir a maturidade certa, essa inspiração surgirá naturalmente.
Ultimamente, a tendência tem sido para livros infantis. Porque gosto das cores, da ternura, do carinho que um livro infantil transmite. Porque acho que a minha maneira de ser de adequa mais a uma publicação em que todos terminam felizes para sempre.
E porque encontrei - numa caixa de cartão - o meu livro favorito de quando era criança. Mantém as mesmas cores, os meus traços, continua colorido e a chamar à leitura. Tem 12 páginas, sendo que a primeira é a capa, e continua lindo como no primeiro dia.
Ultimamente, a tendência tem sido para livros infantis. Porque gosto das cores, da ternura, do carinho que um livro infantil transmite. Porque acho que a minha maneira de ser de adequa mais a uma publicação em que todos terminam felizes para sempre.
E porque encontrei - numa caixa de cartão - o meu livro favorito de quando era criança. Mantém as mesmas cores, os meus traços, continua colorido e a chamar à leitura. Tem 12 páginas, sendo que a primeira é a capa, e continua lindo como no primeiro dia.
16 de abril de 2010
Banho de água fria
Desde criança que convivo com um membro da família com uma doença degenerativa. Uns dias melhores, outros piores, mas os anos foram passando e fui-me acostumando com a ideia, fui-me acostumando a dar explicações, fui-me acostumando com o facto dessa pessoa nunca vir a melhorar.
Mas sempre encarei tudo com naturalidade: no fundo, era tudo simples, apesar das dificuldades visíveis. Nunca quis agir como uma coitadinha só porque um dos parentes é limitado. Mas as coisas têm vindo a piorar. Toda a minha vida desde há uns meses a esta parte tem sido como um enorme balde de água gelada, lançado por mim abaixo. Sinto-me a tiritar.
Mas sempre encarei tudo com naturalidade: no fundo, era tudo simples, apesar das dificuldades visíveis. Nunca quis agir como uma coitadinha só porque um dos parentes é limitado. Mas as coisas têm vindo a piorar. Toda a minha vida desde há uns meses a esta parte tem sido como um enorme balde de água gelada, lançado por mim abaixo. Sinto-me a tiritar.
A frase do dia
"Manso é a tua tia, pá!"... by José Sócrates - to Francisco Louçã.
Peço desculpa, mas não consegui resistir - esta frase tem honras de 'bold' e itálico. Sou completamente apartidária, mas o PS é o único partido que me faz rir: ele é corninhos, ele é 'mansidões' a torto e a direito, ele é "jamais" e desertos com prazos de validade. Vivemos num País, francamente, engraçado.
(isto no dia em que se sabe que Martim Avillez Figueiredo deixa a direcção do 'i'. Um projecto condenado à nascença? Digam-me vocês.)
Peço desculpa, mas não consegui resistir - esta frase tem honras de 'bold' e itálico. Sou completamente apartidária, mas o PS é o único partido que me faz rir: ele é corninhos, ele é 'mansidões' a torto e a direito, ele é "jamais" e desertos com prazos de validade. Vivemos num País, francamente, engraçado.
(isto no dia em que se sabe que Martim Avillez Figueiredo deixa a direcção do 'i'. Um projecto condenado à nascença? Digam-me vocês.)
14 de abril de 2010
Um blogue para quê? Importa-se de repetir?
Há umas semanas, tive uma discussão com um colega sobre o objectivo final de um blogue. Ele insistia na teoria que um blogue deveria ser apenas com o objectivo de reflexão e apresentação de ideias. A isto eu acrescentei que um blogue é um espaço onde tudo é permitido, porque é uma coisa pessoal onde A pode dizer mal de B, se lhe apetecer, tal como o pode dizer no meio da rua.
O resto depende do bom-senso e da capacidade desse A em distinguir o que está bem e o que está mal.
Dei-lhe o exemplo aqui da chafarica. Onde é que existe reflexão no meio desta montanha de coisas que escrevo? Onde é que existe um ponto de aprendizagem, de debate e de discussão? O meu blogue é o meu diário em espaço aberto. Nele eu posso dizer tudo o que me aprouver. As consequências dos meus escritos (imagine-se!!) sou eu que arco com elas. Quanto aos comentários... isso é outra história. Razão pela qual são moderados desde o primeiro dia.
Falo dos meus sentimentos, das minhas frustrações, das minhas dores, das minhas alegrias. Posto músicas que gosto, imagens que gosto, poemas que gosto, porque isto é a porta de entrada daquilo que eu sou. E não estou à espera de receber louros, palmadinhas nas costas, nem reconhecimento pelo que sou, pelo que digo ou pelo que escrevo... aqui.
Posto isto: para que serve, afinal de contas, um blogue?
O resto depende do bom-senso e da capacidade desse A em distinguir o que está bem e o que está mal.
Dei-lhe o exemplo aqui da chafarica. Onde é que existe reflexão no meio desta montanha de coisas que escrevo? Onde é que existe um ponto de aprendizagem, de debate e de discussão? O meu blogue é o meu diário em espaço aberto. Nele eu posso dizer tudo o que me aprouver. As consequências dos meus escritos (imagine-se!!) sou eu que arco com elas. Quanto aos comentários... isso é outra história. Razão pela qual são moderados desde o primeiro dia.
Falo dos meus sentimentos, das minhas frustrações, das minhas dores, das minhas alegrias. Posto músicas que gosto, imagens que gosto, poemas que gosto, porque isto é a porta de entrada daquilo que eu sou. E não estou à espera de receber louros, palmadinhas nas costas, nem reconhecimento pelo que sou, pelo que digo ou pelo que escrevo... aqui.
Posto isto: para que serve, afinal de contas, um blogue?
11 de abril de 2010
Tarifários telecoiso = telepoupança
Antes de mais, devo avisar que a Vodafone não me pagou um tostão sobre o que vou dizer abaixo. Mas devia.
Todos os dias, somos inundados - literalmente - com anúncio super-mega-hiper-rifixes sobre... telemóveis. Marcas, operadoras, tarifários...
E todos os dias, viro a cara, porque, efectivamente, o tempo não está para brincadeiras e quem quer Barcelona tem de poupar. A pensar nisso, o meu gajo disse-me: "e que tal mudarmos para Extravaganza?". E a Cristina, burrinha, foi investigar do que se tratava.
E não é que a coisa é bastante boa? Que a Cristina pode telefonar todos os dias para o meninos dos seus olhos e receber chamadas do mesmo indivíduo sem se preocupar muito com carregamentos parvinhos ou sem se preocupar se gastou muito naqueles 4 minutos que esteve ao telefone.
Cristina estar contentinha com a mudança.
Todos os dias, somos inundados - literalmente - com anúncio super-mega-hiper-rifixes sobre... telemóveis. Marcas, operadoras, tarifários...
E todos os dias, viro a cara, porque, efectivamente, o tempo não está para brincadeiras e quem quer Barcelona tem de poupar. A pensar nisso, o meu gajo disse-me: "e que tal mudarmos para Extravaganza?". E a Cristina, burrinha, foi investigar do que se tratava.
E não é que a coisa é bastante boa? Que a Cristina pode telefonar todos os dias para o meninos dos seus olhos e receber chamadas do mesmo indivíduo sem se preocupar muito com carregamentos parvinhos ou sem se preocupar se gastou muito naqueles 4 minutos que esteve ao telefone.
Cristina estar contentinha com a mudança.
9 de abril de 2010
7 de abril de 2010
Um conto (ponto)
Longe vai o tempo em que simples acontecimentos podiam originar trocas (vírgula) milenares (vírgula) de contos (ponto) Hoje (vírgula) vou contar um conto sem pontos (ponto)
Estava acordada há alguns minutos (vírgula) revolvia-me na cama como não houvesse outro lugar no mundo para ir (ponto) Na rua (vírgula) ouvi um (aspas)croac(aspas) estranho e desconhecido (ponto) Abri a janela e (vírgula) com uma curiosidade anormal (vírgula) tentei detectar de onde viria o som (ponto) Um belo corvo passeava-se nas traseiras de minha casa (ponto) Com um porte altivo (vírgula) de um negro lustroso (vírgula) e agindo como se estivesse na sua própria casa (vírgula) o corvo saltitava e crocitava provocando os animais doméstico (vírgula) que olhavam de lado e com curiosidade.
Mau augúrio ou bom presságio (ponto de interrogação) Os antigo receiam-nos (vírgula) dizem que traz desgraças (três pontos)
Aquele (três pontos) só tinha fome (ponto)
Estava acordada há alguns minutos (vírgula) revolvia-me na cama como não houvesse outro lugar no mundo para ir (ponto) Na rua (vírgula) ouvi um (aspas)croac(aspas) estranho e desconhecido (ponto) Abri a janela e (vírgula) com uma curiosidade anormal (vírgula) tentei detectar de onde viria o som (ponto) Um belo corvo passeava-se nas traseiras de minha casa (ponto) Com um porte altivo (vírgula) de um negro lustroso (vírgula) e agindo como se estivesse na sua própria casa (vírgula) o corvo saltitava e crocitava provocando os animais doméstico (vírgula) que olhavam de lado e com curiosidade.
Mau augúrio ou bom presságio (ponto de interrogação) Os antigo receiam-nos (vírgula) dizem que traz desgraças (três pontos)
Aquele (três pontos) só tinha fome (ponto)
4 de abril de 2010
Adorooooooooooo (ler com sotaque de Cascais)
Um dos meus passatempos favoritos é fazer contas ao vencimento que aufiro no meu emprego. E consegui descobrir uma fórmula que me vai permitir chegar ao fim do mês sem pedir dinheiro emprestado e com zero euros na conta. Positivo se pensar que há pessoas que têm os saldos a negativo.
Pois bem, anotem: ter para pagar segurança social e seguro do carro no mesmo mês é um bom princípio, mas juntando uma consulta de uma especialidade, ainda é melhor. E com isto já estourei 380 euros. Junte-se a gasolina que gasto por mês e temos o prato perfeito. Mas... não posso beber cafés, ir ao cinema ou a um concerto, carregar o telemóvel, nem ir visitar o meu namorado. Almoço... só levando de casa e nada de despesas extra. Não faço dívidas, mas também não vivo.
A Fnac abre este mês? Azareco. Só posso ir visitar o Shopping no próximo. Afastai, afastai, demónios, a tentação material do shopping, das compras e das montras novinhas, a estrear.
Vou propor uma alteração ao ditado "Em Abril, águas mil". Proponho "Em Abril, chapa ganha, chapa gasta". Não rima? Temos pena, mas estou em contenção - até imaginativa, porque só com muita imaginação é que consigo continuar de ânimo leve.
Pois bem, anotem: ter para pagar segurança social e seguro do carro no mesmo mês é um bom princípio, mas juntando uma consulta de uma especialidade, ainda é melhor. E com isto já estourei 380 euros. Junte-se a gasolina que gasto por mês e temos o prato perfeito. Mas... não posso beber cafés, ir ao cinema ou a um concerto, carregar o telemóvel, nem ir visitar o meu namorado. Almoço... só levando de casa e nada de despesas extra. Não faço dívidas, mas também não vivo.
A Fnac abre este mês? Azareco. Só posso ir visitar o Shopping no próximo. Afastai, afastai, demónios, a tentação material do shopping, das compras e das montras novinhas, a estrear.
Vou propor uma alteração ao ditado "Em Abril, águas mil". Proponho "Em Abril, chapa ganha, chapa gasta". Não rima? Temos pena, mas estou em contenção - até imaginativa, porque só com muita imaginação é que consigo continuar de ânimo leve.
1 de abril de 2010
Descruzem lá os dedos...
Pronto, podem deixar de cruzar os dedos: não fui escolhida. O que estava em causa era um de dois lugares para locutor da Rádio Renascença. Fui a um casting, na semana passada, a Coimbra e pelos vistos houve 18 pessoas melhores que eu... no País inteiro. Valeu pela força.
31 de março de 2010
Dicionário de Português-Português
maldade
s. f.
1. Tendência a praticar o mal.
2. Acção! ruim, iniquidade, crueldade.
3. Infrm. Génio travesso.
4. Travessura (falando-se de crianças.)
Hoje, senti-me má. Hoje, fiz uma maldade, ou melhor, planeei fazer uma maldade. É complicado, eticamente, quando se tem noção que se pretende fazer uma coisa má e não desculpa, nem atenua dizer que é para me 'vingar' de outra maldade, porque só vai 'complicar' o meu julgamento.
É triste pensar que alguém que já se conhece há algum tempo nos destrata, nas nossas costas, e não a pudermos confrontar porque iria envolver terceiros. É triste pensar que para pormos certas pessoas no lugar, temos de agir de forma má. Vou ser má. Devia arrepender-me?
s. f.
1. Tendência a praticar o mal.
2. Acção! ruim, iniquidade, crueldade.
3. Infrm. Génio travesso.
4. Travessura (falando-se de crianças.)
Hoje, senti-me má. Hoje, fiz uma maldade, ou melhor, planeei fazer uma maldade. É complicado, eticamente, quando se tem noção que se pretende fazer uma coisa má e não desculpa, nem atenua dizer que é para me 'vingar' de outra maldade, porque só vai 'complicar' o meu julgamento.
É triste pensar que alguém que já se conhece há algum tempo nos destrata, nas nossas costas, e não a pudermos confrontar porque iria envolver terceiros. É triste pensar que para pormos certas pessoas no lugar, temos de agir de forma má. Vou ser má. Devia arrepender-me?
29 de março de 2010
Uma "Nova Vaga" de sons
Nouvelle Vague foi lindo, sublime, fantástico... as vozes das meninas (giríssimas, por sinal) são um espanto e a interacção com o público foi das melhores que já vi até hoje.
Em grande parte das vezes, agradeço viver num concelho que tem um gosto, especialmente, apurado para escolher as bandas que traz e Nouvelle Vague foi uma aposta ganha. O Teatro José Lúcio da Silva estava à pinha e foi arrepiante ver - numa ou outra ocasiões - toda a gente a cantar em coro alguns dos temas mais conhecidos.
Mas se a noite terminou em beleza, todo o domingo foi merecedor de registo para a posteridade. A excelência da companhia ajudou a passar um lindo dia de sol.
25 de março de 2010
24 de março de 2010
Dicionário de Português-Português
supersticioso
adj.
Dominado pela superstição.
"No creo en brujas, pero que las hay, las hay". É esta a frase que me acompanha há algum tempo. Quando fiz o exame de código, disse à minha mãe e chumbei. Na segunda vez, fechei-me em copas e passei. Quando fui a exame de condução, disse à minha mãe e chumbei. Na segunda vez, fechei-me mais uma vez em copas e passei.
Hoje, quarta-feira, fui fazer uma coisa muito importante para mim. Disse a algumas pessoas, aquelas mais íntimas... espero que corra tudo bem. Quando tiver certezas, conto-vos tudinho, mas por agora... zipppp... boca fechada. Não haja nenhuma bruxinha mal-intencionada a espreitar-me por cima do ombro.
adj.
Dominado pela superstição.
"No creo en brujas, pero que las hay, las hay". É esta a frase que me acompanha há algum tempo. Quando fiz o exame de código, disse à minha mãe e chumbei. Na segunda vez, fechei-me em copas e passei. Quando fui a exame de condução, disse à minha mãe e chumbei. Na segunda vez, fechei-me mais uma vez em copas e passei.
Hoje, quarta-feira, fui fazer uma coisa muito importante para mim. Disse a algumas pessoas, aquelas mais íntimas... espero que corra tudo bem. Quando tiver certezas, conto-vos tudinho, mas por agora... zipppp... boca fechada. Não haja nenhuma bruxinha mal-intencionada a espreitar-me por cima do ombro.
22 de março de 2010
Dicionário de Português-Português
fotograma
s. m.
Qualquer reprodução fotográfica.
Dizem que os olhos são o espelho da alma. Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Digam o que disserem, nada se compara ao sorriso de uma criança. Esta semana, 'conversei' com a Joana e com a Sara, duas pequenitas com os sorrisos mais bonito que alguma vez pude ver. Não teriam mais de 4 anos. Mas quando lhes perguntei o que estavam a observar tão atentas pela lupa, explicaram-me tudo como se fossem as doutoradas mais eloquentes de qualquer faculdade deste País.
Disseram-me - entre sorrisinhos - que os peixinhos estavam a saltar e que aquela água estava boa para eles crescerem grandes, e que não se deve meter lixo na água.
E é esta imagem (quase fotográfica) que vou registar: duas pequeninas, vestidas de cor-de-rosa, com um rabo de cavalo, a olharem por uma lupa e a rirem. A rirem muito cada vez que um peixe-bebé se mexia. Por isto, até vale a pena acordar mais cedo e ir trabalhar.
s. m.
Qualquer reprodução fotográfica.
Dizem que os olhos são o espelho da alma. Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Digam o que disserem, nada se compara ao sorriso de uma criança. Esta semana, 'conversei' com a Joana e com a Sara, duas pequenitas com os sorrisos mais bonito que alguma vez pude ver. Não teriam mais de 4 anos. Mas quando lhes perguntei o que estavam a observar tão atentas pela lupa, explicaram-me tudo como se fossem as doutoradas mais eloquentes de qualquer faculdade deste País.
Disseram-me - entre sorrisinhos - que os peixinhos estavam a saltar e que aquela água estava boa para eles crescerem grandes, e que não se deve meter lixo na água.
E é esta imagem (quase fotográfica) que vou registar: duas pequeninas, vestidas de cor-de-rosa, com um rabo de cavalo, a olharem por uma lupa e a rirem. A rirem muito cada vez que um peixe-bebé se mexia. Por isto, até vale a pena acordar mais cedo e ir trabalhar.
14 de março de 2010
11 de março de 2010
Apelo desesperado
Amiguinhos do meu coração... o meu telemóvel morreu. Já comprei um novo (o número mantém-se), mas perdi todos os meus contactos. Por isso, antes de marcarmos uma missa de 7.º dia pela bendita alma do meu Sharp GX29, mandem-me mensagens com os vossos números. Ou emails. Ou mensagens pelo Facebook. Ou pelo Twitter. São várias as maneiras de entrarem em contacto comigo, mas, POR FAVOR, ajudem-me a refazer a minha lista.
Bom tempo
Nunca mais chega o tempo seco, o tempo ameno, o tempo bom, para calçar o meu sapatinho vermelho e sentir-me a Dorothy dos dias de hoje. There's no place like home...
8 de março de 2010
6 de março de 2010
Felicidade
Hoje, vi lágrimas de felicidade na Felicidade. A Felicidade estava rodeada de amor, de pessoas que a amam, de pessoas que a beijam. Hoje, a Felicidade tinha a casa cheia. Hoje, a Felicidade desdobrou-se em mil para deixar toda a gente... feliz.
Hoje, a Felicidade fez 80 anos. E é a minha avó - que tem o nome mais bonito que alguma vez ouvi.
5 de março de 2010
Bilhetes de amor
Estamos em obras cá em casa. E, no meio da confusão, fui encontrar um saquinho onde estavam alguns daqueles bilhetinhos, recadinhos, papelinhos que se escreviam durante as aulas, naqueles tempos em que o telemóvel era algo irreal. Alguns de colegas de turma a perguntar a que horas tocava e outras banalidades.
Isto fez-me recuar aos tempos em que ainda se pedia as pessoas em namoro, em que se escreviam cartas a declarar amor eterno ou simples bilhetinhos com corações. Fez-me recuar ao tempo em que a felicidade estava ao alcance de uma ponta de um caderno com um simples "Gosto de ti".
As saudades que tenho de um bilhete de amor. As saudades que tenho de conseguir eternizar num saquinho uma ponta de folha quadriculada, rascunhada às escondidas, e que encerrava - em apenas três palavras - um sentimento que se julgava ser maior do que a distância que separava o Sol da Terra.
Sou uma romântica, por definição. Uma idealista que guarda papéis, dentro de sacos, dentro de gavetas, durante 15 anos.
Isto fez-me recuar aos tempos em que ainda se pedia as pessoas em namoro, em que se escreviam cartas a declarar amor eterno ou simples bilhetinhos com corações. Fez-me recuar ao tempo em que a felicidade estava ao alcance de uma ponta de um caderno com um simples "Gosto de ti".
As saudades que tenho de um bilhete de amor. As saudades que tenho de conseguir eternizar num saquinho uma ponta de folha quadriculada, rascunhada às escondidas, e que encerrava - em apenas três palavras - um sentimento que se julgava ser maior do que a distância que separava o Sol da Terra.
Sou uma romântica, por definição. Uma idealista que guarda papéis, dentro de sacos, dentro de gavetas, durante 15 anos.
3 de março de 2010
Dicionário de Português-Português
condimento
s. m.
1. Substância que realça o sabor da comida.
2. Tempero, adubo.
Tu és o meu sal, a pimenta, o molho agri-doce, o tomilho, a salsa, a noz moscada, e tantas outras ervinhas que dão mais sabor ao meu dia. Temperas - com as tuas palavras e o teu carinho - o sensaborão das minhas horas, fazendo com que tudo tenha um aspecto delicioso e assim possa superar, com um ânimo reforçado, um e outro obstáculos.
s. m.
1. Substância que realça o sabor da comida.
2. Tempero, adubo.
Tu és o meu sal, a pimenta, o molho agri-doce, o tomilho, a salsa, a noz moscada, e tantas outras ervinhas que dão mais sabor ao meu dia. Temperas - com as tuas palavras e o teu carinho - o sensaborão das minhas horas, fazendo com que tudo tenha um aspecto delicioso e assim possa superar, com um ânimo reforçado, um e outro obstáculos.
2 de março de 2010
1 de março de 2010
Sol, sol, sol, sol
Hoje, bastaram-me aqueles três pequenos raios de sol, para recordar que faltam apenas 20 dias para começar a Primavera. Estendi-me com a cara virada para a rua, a receber aqueles beijos quase ternurentos depois dos dias de tempestade. Lembrei ainda que "não há mal que bem não traga".
26 de fevereiro de 2010
Sai um "obrigadinha" a:
NI, Pedro Ferreira, James, Sadeek, Miguel Carvalho, SmS, João, Paulo e Maggie, pelas felicitações. E também: a todos aqueles que me enviaram beijinhos de parabéns via-Facebook, Twitter, mail e mensagens. Adoro-vos a todos, mas não consegui agradecer individualmente.
24 de fevereiro de 2010
Dicionário de Português-Português
mudar
(latim muto, -are)
v. tr., intr. e pron.
1. Fazer ou sofrer alteração. = alterar, modificar, transformar ≠ conservar, manter
2. Variar de habitação ou residência.
v. tr. e intr.
3. Tirar de um lugar ou posição para outro. = deslocar, mover, transferir
4. Substituir, trocar.
5. Dispor ou apresentar-se de outra forma. = modificar, renovar
6. Dar outra orientação, direcção! ou sentido. = redefinir, redireccionar!
7. Estar na muda (da pena, da pele etc.).
v. intr.
8. Cambiar, variar.
Fui a uma sessão de apresentação de um livro, cujo título sugere a mudança. E o verbo não mais me saiu da cabeça. Muitas vezes, ouve-se dizer "se eu pudesse mudar", "se se mudassem as coisas", "ele devia mudar"... e outras que tais.
Porque mudar é urgente. Mas mudar mete medo. Aquele medo miudinho - parecido àquele outro que temos quando somos pequeninos e queremos ter uma luz acesa ou que o pai veja debaixo da cama - esse receiozinho que dá dor de barriga.
Mudar pressupõe a alteração, a renovação, a modificação de hábitos instituídos. Os que nos dão conforto. Mudar faz-nos lembrar que numa encruzilhada, podemos escolher um de dois caminho. Resta optar pelo correcto.
(latim muto, -are)
v. tr., intr. e pron.
1. Fazer ou sofrer alteração. = alterar, modificar, transformar ≠ conservar, manter
2. Variar de habitação ou residência.
v. tr. e intr.
3. Tirar de um lugar ou posição para outro. = deslocar, mover, transferir
4. Substituir, trocar.
5. Dispor ou apresentar-se de outra forma. = modificar, renovar
6. Dar outra orientação, direcção! ou sentido. = redefinir, redireccionar!
7. Estar na muda (da pena, da pele etc.).
v. intr.
8. Cambiar, variar.
Fui a uma sessão de apresentação de um livro, cujo título sugere a mudança. E o verbo não mais me saiu da cabeça. Muitas vezes, ouve-se dizer "se eu pudesse mudar", "se se mudassem as coisas", "ele devia mudar"... e outras que tais.
Porque mudar é urgente. Mas mudar mete medo. Aquele medo miudinho - parecido àquele outro que temos quando somos pequeninos e queremos ter uma luz acesa ou que o pai veja debaixo da cama - esse receiozinho que dá dor de barriga.
Mudar pressupõe a alteração, a renovação, a modificação de hábitos instituídos. Os que nos dão conforto. Mudar faz-nos lembrar que numa encruzilhada, podemos escolher um de dois caminho. Resta optar pelo correcto.
23 de fevereiro de 2010
22 de fevereiro de 2010
19 de fevereiro de 2010
18 de fevereiro de 2010
Destaque: Fernando Alvim
Porque este texto está tremendamente bem escrito e adorava ter sido eu a escrevê-lo: A fidelidade dá-me tesão
17 de fevereiro de 2010
Pânico
Ontem, tive um pequeno ataque de pânico. E sinceramente, não me surpreende. Estava na Nazaré a fazer a cobertura do Carnaval. O tempo estava mau. Eu estava contrariada. E odeio o Carnaval. O cortejo, às duas por três, foi encurtado por causa da chuva.
Pensei logo que me ia embora, mas o fotógrafo do jornal encontrava-se em parte incerta. Tentei ligar-lhe e ele não atendia. À milésima tentativa - se não foi, parecia - ele atendeu e fez-me saber onde estava. Fui ter com ele.
Milhares de pessoas. Chuva. Chapéus abertos. Muita música confusa. Muitos mascarados. Eu, pequenina, sem o conseguir encontrar. Mais música. Mais chapéus abertos. Os mascarados 'nasciam' nas pedras da calçada. Comecei a não conseguir respirar e apressei o passo para um sítio mais central. Às tantas, dou de caras alguém vestido de palhaço e passei-me. Quase corri e quando parei, larguei a chorar como se me estivessem a bater.
O fotógrafo chegou. Afastámo-nos dali e, automaticamente, acalmei. Nunca tal me tinha acontecido. Odeio o Carnaval. Odeio multidões. Odeio, pronto.
Pensei logo que me ia embora, mas o fotógrafo do jornal encontrava-se em parte incerta. Tentei ligar-lhe e ele não atendia. À milésima tentativa - se não foi, parecia - ele atendeu e fez-me saber onde estava. Fui ter com ele.
Milhares de pessoas. Chuva. Chapéus abertos. Muita música confusa. Muitos mascarados. Eu, pequenina, sem o conseguir encontrar. Mais música. Mais chapéus abertos. Os mascarados 'nasciam' nas pedras da calçada. Comecei a não conseguir respirar e apressei o passo para um sítio mais central. Às tantas, dou de caras alguém vestido de palhaço e passei-me. Quase corri e quando parei, larguei a chorar como se me estivessem a bater.
O fotógrafo chegou. Afastámo-nos dali e, automaticamente, acalmei. Nunca tal me tinha acontecido. Odeio o Carnaval. Odeio multidões. Odeio, pronto.
15 de fevereiro de 2010
Dicionário de Português-Português
motivação
(motivar + -ção)
s. f.
1. Acto! de motivar.
2. Exposição dos motivos.
motivar - Conjugar
(motivo + -ar)
v. tr.
1. Expor os motivos de.
2. Fundamentar.
3. Dar motivo a. = originar
Ando desmotivada. Seja para me levantar de manhã, seja para ler um livro ou até mesmo ouvir música. Falta-me arranjar uma qualquer razão - por pequena que seja - para me sentir viva e capaz de enfrentar os minutos, as horas e os dias.
Acordo cansada, deito-me cansada e, chegando ao fim e ao cabo, olho para trás e vejo muito poucas coisas que valham, efectivamente, o esforço. Onde está o meu barco ancorado? Preciso soltar as amarras...
(motivar + -ção)
s. f.
1. Acto! de motivar.
2. Exposição dos motivos.
motivar - Conjugar
(motivo + -ar)
v. tr.
1. Expor os motivos de.
2. Fundamentar.
3. Dar motivo a. = originar
Ando desmotivada. Seja para me levantar de manhã, seja para ler um livro ou até mesmo ouvir música. Falta-me arranjar uma qualquer razão - por pequena que seja - para me sentir viva e capaz de enfrentar os minutos, as horas e os dias.
Acordo cansada, deito-me cansada e, chegando ao fim e ao cabo, olho para trás e vejo muito poucas coisas que valham, efectivamente, o esforço. Onde está o meu barco ancorado? Preciso soltar as amarras...
14 de fevereiro de 2010
Clássicos no Dia dos Namorados
Paul Varjak: I love you.
Holly Golightly: So what.
Paul Varjak: So what? So plenty! I love you, you belong to me!
Holly Golightly: [tearfully] No. People don't belong to people.
Paul Varjak: Of course they do!
Holly Golightly: I'll never let ANYBODY put me in a cage.
Paul Varjak: I don't want to put you in a cage, I want to love you!
Porque há amores que permanecem para sempre. Bom Dia dos Namorados.
13 de fevereiro de 2010
Dia dos Namorados antecipado
Ele veio ver-me. Passeámos de mão dada, demos muitos beijinhos (porque as saudades já apertavam), almoçámos juntos, fomos ao cinema, lanchámos, conversámos... quem precisa de um dia 14 de Fevereiro, quando o São Valentim pode ser em qualquer altura?
Quem tem o menino mais lindo do mundo, quem é? EUUUUU
Quem tem o menino mais lindo do mundo, quem é? EUUUUU
11 de fevereiro de 2010
O dia em que o meu currículo me lixou a vida
Já tinha ouvido falar de pessoas que haviam sido excluídas de processos e concursos públicos por não serem qualificadas ou por terem excesso de qualificações... pensei que fosse mito urbano. Daquelas coisas que se ouvem falar, porque aconteceu ao primo do vizinho do senhor do 3.º esquerdo do prédio da tia. Mas nunca conheci ninguém nestas condições.
Até ao dia em que me aconteceu a mim. Excesso de experiência, disseram eles. Que tenho mais de dois anos de experiência profissional e naquele processo só podiam entrar pessoas com experiência residual, até um ano - no máximo dos máximos. Mas que o meu currículo é muito bom, que mostra iniciativa e empenho. Mas que não sirvo. Que vou ser metida à borda do prato.
Mais uma vez, vejo a minha vida parada. Sem ponta por onde lhe pegar.
Até ao dia em que me aconteceu a mim. Excesso de experiência, disseram eles. Que tenho mais de dois anos de experiência profissional e naquele processo só podiam entrar pessoas com experiência residual, até um ano - no máximo dos máximos. Mas que o meu currículo é muito bom, que mostra iniciativa e empenho. Mas que não sirvo. Que vou ser metida à borda do prato.
Mais uma vez, vejo a minha vida parada. Sem ponta por onde lhe pegar.
9 de fevereiro de 2010
Cristina e a saga da cólica renal - Parte II
Não contente com o tratamento de segunda-feira à noite, eis que a cólica renal mandou um recadinho aqui à menina: que estava boazinha, obrigadinha pela preocupação. E voltaram as dores atrozes. E a choradeira.
Quando o privado falha, volto-me para o Serviço Nacional de Saúde. E lá foi a minha mãe a 'correr' levar-me às urgências do Hospital de Santo André. As minhas dores eram tais que apelei à compaixão das administrativas do Hospital, do segurança, da enfermeira da triagem e dos quantos bombeiros e pacientes à minha volta. Todos me olhavam com cara de "pobrezinha da gimbrinhas".
Feita a triagem - diga-se de passagem, o mais moroso - fui imediatamente atendida. Mais uma injecção no rabo, um frasquinho de soro e um Raio-X. Voltei para casa com o conselho do doutor para controlar eventual febre e uma prescrição para um antibiótico e comprimidos para as dores.
SNS está aprovado, no que a mim diz respeito.
Agora a sério: cólicas renais... não o desejo nem ao meu pior inimigo.
Quando o privado falha, volto-me para o Serviço Nacional de Saúde. E lá foi a minha mãe a 'correr' levar-me às urgências do Hospital de Santo André. As minhas dores eram tais que apelei à compaixão das administrativas do Hospital, do segurança, da enfermeira da triagem e dos quantos bombeiros e pacientes à minha volta. Todos me olhavam com cara de "pobrezinha da gimbrinhas".
Feita a triagem - diga-se de passagem, o mais moroso - fui imediatamente atendida. Mais uma injecção no rabo, um frasquinho de soro e um Raio-X. Voltei para casa com o conselho do doutor para controlar eventual febre e uma prescrição para um antibiótico e comprimidos para as dores.
SNS está aprovado, no que a mim diz respeito.
Agora a sério: cólicas renais... não o desejo nem ao meu pior inimigo.
8 de fevereiro de 2010
A dor, a dor, a dor...
Depois de uma semana de cão, nada melhor do que terminar em beleza a quinta semana do ano com... uma cólica renal.
Ela eram dores agudas ao nível do humanamente insuportável, ela eram suores frios, ela eram esgares de dores, ela era não ter posição para estar, ela era chorares compulsivos de dor...
Bonito, hein? Levei logo uma injecção no rabiosque que me pôs fina em 15 minutos, uma caixa de comprimidos para as dores, uma lista de análises e ecografias para fazer e o conselho para beber mais líquidos.
E sai mais um litro de chá...
Ela eram dores agudas ao nível do humanamente insuportável, ela eram suores frios, ela eram esgares de dores, ela era não ter posição para estar, ela era chorares compulsivos de dor...
Bonito, hein? Levei logo uma injecção no rabiosque que me pôs fina em 15 minutos, uma caixa de comprimidos para as dores, uma lista de análises e ecografias para fazer e o conselho para beber mais líquidos.
E sai mais um litro de chá...
A Princesa e o Sapo
Voltar à idade em que sonhamos com príncipes e princesas, tafetá rosa, vestidos e coroas, e com um "felizes para sempre", tem um efeito regenerador.
Fui com a melhor amiga ver 'A Princesa e o Sapo', porque as outras meninas estavam no 'batente'. E rimos. E chorámos. E emocionámo-nos. Disney para sempre!
6 de fevereiro de 2010
Ao Neves e à Andreia
Quando somos jovens, nunca pensamos que o Mundo pode acabar num sopro. À primeira vista, tudo parece eterno, bonito e os problemas não existem.
Não se colocam entreves nas nossas acções, porque amanhã é outro dia e podemos corrigir... apagar com uma borracha uma qualquer palermice que tenhamos feito.
A última madrugada foi a vossa última oportunidade de colher um cheirinho de vida. Adeus.
Não se colocam entreves nas nossas acções, porque amanhã é outro dia e podemos corrigir... apagar com uma borracha uma qualquer palermice que tenhamos feito.
A última madrugada foi a vossa última oportunidade de colher um cheirinho de vida. Adeus.
3 de fevereiro de 2010
Coisas que me chateiam
Passo meio ano a dizer que tenho quase 27 anos... que daqui a nadinha entro nos 30... que me começo a sentir deslocada ao pé da malta de 20 aninhos... blábláblá... e hoje, meus amigos, hoje disse (alto e bom som): Tenho 27 anos (apesar de ainda faltarem 2 semanas)!
E arrepiei-me! Será possível que esteja a chegar o dia... tão depressa?!
E arrepiei-me! Será possível que esteja a chegar o dia... tão depressa?!
Dicionário de Português-Português
cansaço
s. m.
1. Fadiga; fraqueza.
Já começa a tornar-se repetitivo: ando cansada. Já começa a tornar-se chato andar sempre com a cantilena do "ai, coitadinha de mim que ando que nem posso". Já começa a ser vago, indiferente, monótono, aborrecido, mas ando cansada.
Não só fisicamente em que sinto os meus ombros em pedra, os músculos a latejarem como se fossem explodir a qualquer instante. Não é só a pasmaceira em que a minha vivência se está a tornar. É um bolo de vários factores que me deixa assim: aborrecida, chata, enervante e cansativa.
O próprio tempo não ajuda. Estou cansada de Inverno. Estou farta de chuva, de pensar em quantas mil camisolas tenho de vestir, diariamente, antes de sair de casa. Estou farta de ligar o aquecedor do quarto para ter algum calor no sítio onde durmo. Estou cansada de olhar para os meus 'velhotes' e vê-los a ficarem mais... velhotes, adoentados e cansados de estar e de ser.
AHHHHHHHHHHHH... grrrrrrrrrrr
s. m.
1. Fadiga; fraqueza.
Já começa a tornar-se repetitivo: ando cansada. Já começa a tornar-se chato andar sempre com a cantilena do "ai, coitadinha de mim que ando que nem posso". Já começa a ser vago, indiferente, monótono, aborrecido, mas ando cansada.
Não só fisicamente em que sinto os meus ombros em pedra, os músculos a latejarem como se fossem explodir a qualquer instante. Não é só a pasmaceira em que a minha vivência se está a tornar. É um bolo de vários factores que me deixa assim: aborrecida, chata, enervante e cansativa.
O próprio tempo não ajuda. Estou cansada de Inverno. Estou farta de chuva, de pensar em quantas mil camisolas tenho de vestir, diariamente, antes de sair de casa. Estou farta de ligar o aquecedor do quarto para ter algum calor no sítio onde durmo. Estou cansada de olhar para os meus 'velhotes' e vê-los a ficarem mais... velhotes, adoentados e cansados de estar e de ser.
AHHHHHHHHHHHH... grrrrrrrrrrr
A gaveta de baixo
Com que pedra de sal
com que promessa
com que pássaro solto pela casa
com que folha de louro
com que sonho
com que lua entornada no alpendre
com que livro de quem
com que sonata
temperarei a dor da tua ausência
o silêncio
o vazio na minha cama
os gritos do meu corpo
o pão por partir da minha alma
Com que chuva
lavarei o rumor dos teus passos
no magoado coração dos dias
Com que pranto
afogarei teu rasto
com que manto de lava
com que mar.
Rosa Lobato Faria (1932-2010)
com que promessa
com que pássaro solto pela casa
com que folha de louro
com que sonho
com que lua entornada no alpendre
com que livro de quem
com que sonata
temperarei a dor da tua ausência
o silêncio
o vazio na minha cama
os gritos do meu corpo
o pão por partir da minha alma
Com que chuva
lavarei o rumor dos teus passos
no magoado coração dos dias
Com que pranto
afogarei teu rasto
com que manto de lava
com que mar.
Rosa Lobato Faria (1932-2010)
31 de janeiro de 2010
"I'm the captain of my soul"
Eu e ele aproveitámos o fim-de-semana e fomos ver o novo filme de Clint Eastwood. Em cima da mesa, estavam várias hipóteses, mas o grande Clint arrebata-nos. 'Invictus' assim se chama a película e é, de longe, um dos melhores filmes que já vi.
Nelson Mandela, acaba de sair da prisão, e vê-se como presidente de uma nação dividida pelas questões raciais. Assim, junta forças com o capitão da equipa de rugby, e consegue unir África do Sul em torno da única coisa que os une: o desporto.
Um filme muito bem feito. Morgan Freeman é um senhor actor. Só tenho a dizer bem.
Este é o trailer:
Nelson Mandela, acaba de sair da prisão, e vê-se como presidente de uma nação dividida pelas questões raciais. Assim, junta forças com o capitão da equipa de rugby, e consegue unir África do Sul em torno da única coisa que os une: o desporto.
Um filme muito bem feito. Morgan Freeman é um senhor actor. Só tenho a dizer bem.
Este é o trailer:
26 de janeiro de 2010
Há 22 anos...
... acordei e estava sozinha em casa. Tinha 4 anos.
... procurei a minha mãe. Ela não estava.
... vesti-me e fui para casa da minha avó, para ela me aquecer o pequeno-almoço. E recebi a notícia: "a tua mãe foi ter o bebé".
... fiquei com dor de barriga quando soube que era um rapaz.
... tornei-me a irmã mais velha.
... procurei a minha mãe. Ela não estava.
... vesti-me e fui para casa da minha avó, para ela me aquecer o pequeno-almoço. E recebi a notícia: "a tua mãe foi ter o bebé".
... fiquei com dor de barriga quando soube que era um rapaz.
... tornei-me a irmã mais velha.
19 de janeiro de 2010
Blábláblá... Whiskas saquetas...
Tudo o que quero, neste momento exacto, é que chegue rapidamente a sexta-feira para ir às compras. Ver os saldos, vá. E comprar umas botas. E uma camisola. Pronto, e outra mala... castanha, de preferência.
18 de janeiro de 2010
Ponto Fraco
E apareces tu
E a Terra começa a tremer
És o meu ponto fraco
E se alguma coisa
Em mim me foge
A Terra começa a tremer
Ponto Fraco, de OIOAI
16 de janeiro de 2010
Música do dia
Porque fiquei apaixonadinha pela banda, e por este som mal, ouvi os primeiros acordes...
15 de janeiro de 2010
O dia que chocou o Mundo
Não sei o que me dói mais se ver as crianças, os corpos, literalmente, espalhados um pouco por todo o lado, as pessoas a chorar, o rasto de destruição, velhos de rosto doente... às vezes, penso que nasci no sítio errado, no tempo errado, na era errada.
Começam a concentrar-se esforços para ajudar aqueles que, neste momento, são os mais pobres de todos os pobres. A cooperação internacional faz-se sentir. Multiplicam-se os sites que recebem donativos - mas há quem se aproveite da situação. Todo o Mundo está, agora, direccionado para o Haiti.
Foto Reuters, retirada do site do jornal i
Começam a concentrar-se esforços para ajudar aqueles que, neste momento, são os mais pobres de todos os pobres. A cooperação internacional faz-se sentir. Multiplicam-se os sites que recebem donativos - mas há quem se aproveite da situação. Todo o Mundo está, agora, direccionado para o Haiti.
Foto Reuters, retirada do site do jornal i
13 de janeiro de 2010
Como nos contos infantis
Ontem, enquanto estava a um passinho de adormecer, ouvia o vendaval, na rua. Fechei os olhos e, por um momento, imaginei-me a ser como que transportada para um outro lugar, tal como a Dorothy, no Feiticeiro de Oz.
Queria percorrer a minha própria Estrada de Tijolos Amarelos, tentando alcançar uma Cidade Esmeralda qualquer. Bati com os pés, mas faltavam-me os sapatos vermelhos. Até que, finalmente, adormeci, somewhere over the rainbow.
Queria percorrer a minha própria Estrada de Tijolos Amarelos, tentando alcançar uma Cidade Esmeralda qualquer. Bati com os pés, mas faltavam-me os sapatos vermelhos. Até que, finalmente, adormeci, somewhere over the rainbow.
9 de janeiro de 2010
“Eu estive aqui e ninguém contará a minha história”
Luís Sepúlveda é, provavelmente, um dos meus escritores favoritos. E "As Rosas de Atacama" um dos livros que não me canso de ler nunca.
Querem ver-me feliz? É porem-me ao lado de uma pilha de livros deste senhor.
Querem ver-me feliz? É porem-me ao lado de uma pilha de livros deste senhor.
5 de janeiro de 2010
Foi há 10 anos
Nunca esta data me pareceu tão próxima como agora. Há 10 anos, pensei que ia esgotar todas as lágrimas que este meu corpo pudesse produzir. Há 10 anos, tive aquele que foi um dos dias mais filhos da puta que alguma vez passei na minha vida. Há 10 anos, acordei, levantei-me, preparei-me para a escola, saí de casa, esperei pelos meus primos. Eles chegaram. Avançámos alguns metros e um carro parou bem perto de mim. A Sara chorava. A Vânia tinha morrido nessa noite.
A Vânia era a minha melhor amiga. A Vânia faria 17 anos daí a quatro dias. A Vânia morreu de qualquer coisa que sempre recusei querer saber o que era.
Andei muito tempo a carregar a tristeza de ter perdido a minha melhor amiga aos 16 anos. Ainda hoje não falo nisso. Ainda hoje, quando recordo a minha Vanusca, choro. Choro muito.
Desculpem. Vou ali para um cantinho até à próxima semana.
A Vânia era a minha melhor amiga. A Vânia faria 17 anos daí a quatro dias. A Vânia morreu de qualquer coisa que sempre recusei querer saber o que era.
Andei muito tempo a carregar a tristeza de ter perdido a minha melhor amiga aos 16 anos. Ainda hoje não falo nisso. Ainda hoje, quando recordo a minha Vanusca, choro. Choro muito.
Desculpem. Vou ali para um cantinho até à próxima semana.
3 de janeiro de 2010
Números da passagem de ano
1 - garrafa de champanhe;
1 - companheirão para cima de giro;
2 - microfones;
3 - filmes assistidos;
3 - dias de mini-férias;
6 - pessoas à mesa;
10 - minutos de fogo de artifício;
12 - passas;
E estes são aqueles que recordo com mais intensidade.
A vós, leitores assíduos do Estrelices, um feliz 2010, repleto de coisas bonitas.
1 - companheirão para cima de giro;
2 - microfones;
3 - filmes assistidos;
3 - dias de mini-férias;
6 - pessoas à mesa;
10 - minutos de fogo de artifício;
12 - passas;
E estes são aqueles que recordo com mais intensidade.
A vós, leitores assíduos do Estrelices, um feliz 2010, repleto de coisas bonitas.