31 de dezembro de 2013

Adeus, 2013. Olá, 2014.

É nesta altura que se fazem os balanços. Que se vê o que correu bem (e mal) no ano que termina. Que se fazem promessas para o ano que começa. Que se pedem desejos...

Um breve resumo do meu 2013:
Janeiro: fiquei de baixa com gravidez de risco;
Fevereiro: fiz 30 anos;
Março: fui mãe do serzinho mais lindo, perfeito, chorão e resmungão da face da Terra;
Abril: - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Maio: os primeiros sorrisos espontâneos da mini-dose;
Junho: pré-anúncio de desemprego;
Julho: fiquei, oficialmente, desempregada e tornei-me tia de duas gémeas absolutamente maravilhosas;
Agosto: era Verão... estava calor... não fomos à praia;
Setembro: 6 meses de mini-dose;
Outubro: apareceram os 2 primeiros dentes da mini-dose;
Novembro: - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Dezembro: o 1.º Natal da minha mini-dose.

Abril, para mim, foi um mês "perdido". O 1.º mês do Henrique. O mês em que devo ter tomado banho uma vez por semana, almocei (e jantei) sempre comida fria. O mês das cólicas. O mês em que ele só aumentou 200 e poucas gramas. O mês em chorei tanto como ele. O mês em que dormi, uma média, de 3/4 horas por noite...

E Novembro... bem, foi Novembro. Aquele mês, ali, antes de Dezembro.

2013 vai ser o ano mais inesquecível de todo o sempre. Vai ser o ano em que li menos, dormi menos... vai ser o ano em que terminou o Dexter, o Breaking Bad, o Fringe e o Spartacus (que, segundo vários sites brasileiros, não deveria ter morrido... senhores, Spartacus existiu mesmo. A série era baseada em factos reais. O pobre desgraçado morreu mesmo... finou-se... foi tocar o samba para outra esquina lá no Céu).

Enfim... agora vem 2014. Vai ser bom, não vai?




16 de dezembro de 2013

9 meses

Henrique,

nasceste com 8 meses, 2 semanas e 5 dias... e ontem, completaste 9 meses de vida. Não é preciso ser um génio matemático para perceber que já estás há mais tempo "cá fora" do que "lá dentro".
O meu direito absoluto e supremo de reclamar que estiveste mais tempo na minha barriga, a crescer quentinho e feliz, esgotou-se, e neste momento, meu filho, já foste partilhado, dividido e re-dividido pelo meio mundo que conhecemos.

Dantes, há uns largos meses, não passavas de um bebé mexidão que as pessoas só conheciam através das ondinhas da minha roupa... mas isso era dantes, de um tempo que quase já nem lembro.

Neste momento, já passaste por colos, já partilhaste sorrisos e gargalhadas, já palraste e já te tornaste o centro das atenções sempre que desejaste, já choraste, já fizeste birrinhas e lamuriaste-te... és o meu géniozinho da lâmpada, que me concedeu todos os desejos que nem sequer sabia que tinha.

És daqueles miúdos que odeiam ser contrariados e a frase que mais ouves (e que menos gostas) é: "Não! Isso são as coisas da mamã / do papá... e não são para mexer!". É choro na certa (hehehe).
Já queres estar de pé, apesar de não te aguentares sozinho sequer 1 segundo, mas dá-te gozo ver o Mundo por outra perspectiva.

E... não estivéssemos nós pertinho do Natal... All I Want For Christmas Is You.




28 de novembro de 2013

(e ainda o sono do bichinho Henrique)

É certo e sabido que 1h volvida desde qualquer refeição, o Henrique começa a ficar com sono. Os sinais: esfregar olhos e nariz, choraminguice, e resmungos esteja deitado, sentado ou a fazer o pino. 
Eram mais ou menos 14h20 - ele almoçou um nadinha antes das 13h30 - estava com uma pedrada de sono. Resmunga, choraminga, esperneia... agarro-o ao colo e tento embalá-lo um pouco. 
Ele olhou para mim com o ar mais deslavado do Mundo e com cara de "mission accomplished". Deito-o na cama, bem aconchegado, e dou-lhe umas palmadinhas para ver se o bichinho começa a acalmar. 

Nicles. 

Mais resmungos, mais choros, mais "esperneação"... e eis que lembro que são praticamente 3 da tarde e tenho telefonemas para fazer até às 4h. Deixo-o a resmungar sozinho e pego no telefone. A chamada dura 2 curtos minutos. No fim, não oiço nada... apenas o silêncio sepulcral de uma casa quase vazia. Vou espreitar ao quarto. Bichinho dorme o mais profundo sono.

Mission accomplished!

(Claro, claro... isso querias tu!)

Meia hora depois, o fim do mundo. Choro, choro, choro... tinha "perdido" a chucha. "Rolha" na boca, mais umas palmadinhas no rabiosque, uns miminhos na bochecha e o João Pestana voltou.

Mission accomplished!

26 de novembro de 2013

A arte de bem dormir

Desde que nasceu, o Henrique nunca dormiu uma noite completa. Nestes oito meses e tal, dá para contar pelos dedos das mãos, o número de noites razoáveis que deu aos pais.
Mas, há duas noites, juro pela minha saúde que fui à cama dele, apenas confirmar que o puto ainda dormia. Eram quase 4 da manhã e daquela boca ainda não tinha saído um único suspiro.

Passados 10 minutos acordou... mea culpa! Depois, só voltou a acordar perto das 8h. Foi a melhor noite de sempre desde que ele nasceu. Nunca me senti tão fresca e revigorada. Dormi umas boas 7h e tal ou 8h, sei lá... foi uma boa noite.

Contudo, por cada boa noite com que ele nos brinda, dá outras 50 más. Quantas e quantas vezes não estive já, de madrugada, mais de duas horas para ver se ele parava de chorar, ou de papaguear, para tentar ir dormir mais um bocado?!

Infelizmente, dormir não é muito a cena do Henrique. Fizemos já "queixinha" à pediatra, e ela só perguntou: "Dos dois, qual é aquele que tem menos necessidade de dormir?". O santo do paizinho, claro, que aqui a menina gosta de preguiçar na cama como se o destino da Humanidade daí resultasse.

Como já disse há umas semanas, já tentámos de tudinho para o rapaz dormir. Mas, está visto que não é a praia dele.

Um aparte: Enquanto escrevo, dorme o sono dos justos há mais de 1h. 
Tento nem respirar muito alto, para ver se dormindo uma sesta mais comprida durante a tarde, fica acordado depois do lanche e se se aguenta até ao jantar...

A novidade ao jantar tem sido um cházinho da Nutribén (Alivit Sonhos... também o há para as cólicas, by the way), que uns amigos sugeriram. O menino deles também é um diabrete para dormir, e o chá surtiu um pequeno efeito durante uns tempos.
O meu pequenitates é de ondas... um dia, recusa, por completo, o dito chá, noutros dias apenas beberica, e noutros ainda, bebe tudinho. Melhorias no sono? Nem vê-las... ou talvez, o facto de ter deixado de acordar 58 vezes por noite, para acordar apenas 37 (números aleatórios, pois claro...) seja efeito do chá. Pelo sim, pelo não, vou dando. Mal também não faz.



15 de novembro de 2013

Esta...é para ti, Henrique! (Your Song)

O Elton John, filho, quando faz música é para o Mundo... e andava eu, às voltas, sem saber que música seria perfeita para este post do teu 8.º mês quando a ouvi na rádio.


And you can tell everybody, this is your song
It maybe quite simple but now that it's done
I hope you don't mind, I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is while you're in the world

E, não, não acho que seja demais dizer que a vida se tornou realmente maravilhosa desde que estás no Mundo. 

Gosto de continuar aqui a escrever-te, Henrique, pelo menos uma vez por mês, descrevendo aquilo que já alcançaste, que já sabes fazer. Hoje, aos oito meses, já te sentas sozinho, já tens 2 dentes e já passaste os oito quilos. A força que tens é avassaladora. A vontade que tens de aprender, de conseguir... não há palavra no dicionário que a descreva. 
(não és melhor, nem pior que outros bebés, mas és o meu... e só eu sei como és único!)

És encantador, meu filho; deixas um rasto de sorrisos por onde quer que passes. 
(o pote de ouro devia estar no teu sorriso, ou no brilho dos teus olhos, ao invés de no fim do arco-íris) 

Já é fácil perceber do que gostas: o teu brinquedo favorito... a tua música favorita... as tuas brincadeiras favoritas...
(e a tua alegria é contagiante, acredita...)

Já tens oito meses, e, para mim, continua a parecer que nasceste ontem.





7 de novembro de 2013

Ansiedade da separação

Esta é uma daquelas coisas que se lêem nos livros, e pensamos que, só com o tempo, é que vemos se o nosso bebé sofre ou não daquela "maleita".

Dizem os livros que quando os bebés se apercebem, efectivamente, da dependência que têm dos pais (especialmente em relação à mãe) podem sentir-se ansiosos cada vez que a mãe sai do seu campo de visão, nem que seja por cinco minutinhos. O bebé pode chorar, acordar à noite, etc... e normalmente os "sintomas" aparecem por volta dos 7/8 meses. 

O Henrique nunca foi bebé de gostar de estar sozinho. Entretém-se um bocado, mas logo procura ficar o mais próximo de mim ou do pai, mas ultimamente tem sido demais. O que me fez pensar imediatamente no diagnóstico "ansiedade da separação" aconteceu há pouquíssimos dias.

Atenção que não sou psicóloga, nem pediatra, nem nada que se pareça, mas o meu filho conheço eu.

E o que se passou foi o seguinte: hora do jantar do Henrique. Por cada colherada que levava à boca, estava cinco minutos a chorar. Um berreiro que não há memória. Parecia que não podia estar a ser mais contrariado. Como se jantar estivesse quase a ser um acto criminoso. Como se eu o estivesse a forçar, literalmente, com ferros, a abrir a boca para comer.
O pai veio ver o que se passava. Assim que agarrou na mão do pai, não mais a largou. A presença do meu excelso homem acalmou a cria que, assim, terminou de jantar rapidamente.

Nos últimos dias tem vindo a acordar mais vezes durante a noite e para adormecer mais depressa só agarrado à minha mão. E sem falar de que temos de estar - sempre - um de olho nele, porque, se por mero acaso, saímos ambos da sala (quem diz sala, diz quarto ou cozinha), instala-se a choradeira.

Estará o meu bacanito a passar por esta fase? Ansiedade da separação, you suck!

3 de novembro de 2013

A fase "bolacha Maria"

Desde que o Henrique nasceu e durante grande parte destes 7 meses e tal, rara era a vez em que saía de casa sem o pânico daquilo a que chamava "fúria bolçadora" da minha meia-dose de gente.

Havia o "quase a sair e levar banho de bolçado" que se resolvia entre dois palavrões e uma limpadela rápida com as toalhitas dele.
Ou a variante"já estou no carro, e eis que ele se bolça todo" que se resolvia com dois palavrões e uma limpadela com as toalhitas.
Ou ainda (e por fim) "saímos, e já estamos no café (ou em qualquer outro sítio) e ele bolça de tal forma que me suja todinha" que se resolvia com uma limpadela com as toalhitas dele e uma série de palavrões ditos mentalmente, não fosse estar a ser ouvida.

Entretanto, a fase de bolçar acalmou e já consigo sair sem ter um ataque de pânico e limpa, sem qualquer vestígios de nódoas de bolçado. Imaginem que já me dei ao luxo de sair e esquecer de levar toalhitas.

Agora entrámos num patamar diferente. Uma fase completamente nova, mas igualmente suja e gosmenta. Estamos na fase "bolacha Maria". O Henrique já tem, a romper, dois dentitos e já se entretêm (ligeiramente) com a boa e velha bolacha Maria. Claro que ter dois dentes a romper é completamente diferente de já ter, efectivamente, dois dentes.
Assim, ele mete a bolacha na boca e chucha-a. Enche-a de saliva e a dita bolacha vai-se desfazendo e ele vai comendo-a. Com a baba, vêm restos de "sumo" de bolacha que o sujam a ele, a mim e a tudo o que estiver num raio de meio metro.

Uma alegria; mas, pelo menos, não são bolachas Oreo... o chocolate é bem mais difícil de lavar!


2 de novembro de 2013

Silente Sculpture

Desde sempre me vi sensível a problemas que envolvam crianças. Lembro-me de participar em campanhas de recolha de material escolar e alimentos para crianças dos países menos desenvolvidos e sempre me fez imensa confusão como é possível que os mais pequenos sejam as maiores vítimas das confusões e guerras geradas por adultos.

Recentemente, através do blog Quadripolaridades, soube da história do Nuno, pai do pequeno Matthew. O Matthew nasceu surdo e os médicos dizem que a única hipótese de ouvir é através de implantes cocleares. Segundo ele, em Portugal, apenas um implante é comparticipado, para fazer o segundo terá de pagar 30.000€.

Imediatamente, pensei no Henrique. E na felicidade que é ele reconhecer a minha voz de entre outras. E na felicidade que é vê-lo a brincar com rocas e outras traquitanas que fazem barulho e a interagir com elas. E como seria se eu... perdoem-me, como seria se NÓS (nós, os pais do Henrique, e o próprio Henrique) não tivéssemos essa alegria?

O Nuno criou uma página de Facebook (http://www.facebook.com/silentesculpture) para divulgar um projecto. Não quer dinheiro. Aliás, já por mais de uma vez recusou dar o NIB para contribuições monetárias para a sua causa. Apenas pede que sejam feitos "Likes" (ou "Gostos") na página para que esta ganhe visibilidade suficiente, para que consiga patrocínios para um grande evento, onde irá expor uma escultura gigante feita de balões.

Não há melhor forma de ajudar. Dêem ideias, partilhem a página e façam-na chegar ao maior número possível de pessoas...

Pelo Matthew.

29 de outubro de 2013

Guerra das bimbó-coisas

O verdadeiro robot de cozinha... (topam o trocadilho visual?!) 
Ele já havia a Bimby. Sempre que eu e o meu excelso gajo conversamos com um "convertido", a discussão, sobre as enormes vantagens da dita cuja, termina (invariavelmente) com a frase: "Se quiserem, dou o número da vendedora... ela faz-vos uma demonstração, sem compromissos".

Pela conversa, a Bimby faz tudo. E só a determinada altura, é que o meu homem percebeu que, para fazer uma simples sopa, é preciso mão humana para descascar os legumes...
Sinceramente, acredito que a Bimby seja útil. Não é a oitava maravilha do mundo moderno, mas é um electrodoméstico simpático e que evita que eu queime a sopa do puto (sim, já aconteceu... e também já deixei caramelizar o puré de fruta!).

Mas... dar quase 1000 euros por um electrodoméstico?! E se me avaria a máquina de lavar? Ou o frigorífico? É uma despesona, convenhamos, mesmo que paga a prestações. É muita fralda empenhada na compra de uma coisa que me vai comer electricidade.

Agora, aparece o Continente, sorridente e lampeiro, com a Yämmi, "máquina de cozinhar multifunções", pelo simpático preço de 349 euros. Já li várias análises ao bicho, todos os prós e contras, todos os comparativos possíveis e imaginários com a Bimbocas... e, a diferença não é assim tão grande.

A frase mais gira que li foi a comparar a Bimby com um automóvel topo de gama e a Yämmi com um utilitário. Sabemos que existem os topos de gama, cobiça-mo-los, mas só temos dinheiro para um Fiat. E com os robots de cozinha é a mesma coisa.

Não contente com a coisa, vem o Pingo Doce e diz que também tem uma maquineta. Só se sabe que se vai chamar Chef Express. Os mais curiosos já sabem que o distribuidor é o mesmo do MyCook (outro robot de cozinha, valha-se-me Deus!) e que, supostamente, iria ser lançado em Outubro. Pois bem que hoje é dia 29 e de Chef Express... nicles.
Mas, dizem as más-línguas que o PD só anunciou o lançamento para que o povo não fosse em debandada geral correr para o Continente, para lançar a dúvida nas pessoas ("Compro uma ou compro a outra? Ahh, se calhar é melhor esperar mais um bocadinho para comparar in loco") e que a Chef Express, na realidade, só sai lá para o Natal. Também há a teoria, que o PD está a tentar negociar um preço
mais baixo do que o da Yämmi. Anyway, quem ganha é o consumidor.

O meu excelso homem já sacudiu a água do capote. "Ah, fica ao teu critério se compramos ou não!". O traidor! Por mim, vou-me fazendo de morta, e fingindo que não é nada comigo, mas passados 3 meses e meio desde que o miúdo começou a comer sopas, já custa estar sempre encostada ao fogão. Porque dantes, a malta desenrascava-se com umas sandes e umas pizzas e já está; agora com o Henrique, a coisa já pia fininho e quer eu queira, quer não, tenho mesmo de cozinhar.

28 de outubro de 2013

Sou uma espécie de Hulk (mas só entre as 00h e as 07h30 da manhã)

Vou confessar, alto e bom som: de noite (atenção, só de noite), sou uma péssima mãe. Há segundos em que me apetece atirar o Henrique às urtigas, deixá-lo a berrar na sala a noite toda para dormir descansada uma noitezinha apenas.
Mas, calhou-me na rifa um filho mamão, esganadinho de apetite e que acorda TODAS as noites umas 58 vezes para comer, ou para gemer um niquinho, ou para palrar, ou para outra porra qualquer que se lembre na altura.

Juro, pela minha saúde, que já tentei de tudo para ver se a criança acalma à noite e se deixa os pais dormir. Já tentei:
- jantar seguido de biberão de leite quentinho;
- jantar, seguido de brincadeira até ele estar a rastejar de sono;
- jantar, seguido de brincadeira, seguida de biberão de leite;
- jantar, brincadeira e mama.

Mas o puto não quer saber dos meus esforços e continua a acordar... e a acordar... e a acordar... and so on!

Ontem, o pai contou-lhe uma história. "O Tambor encontrou um ovo". Haverá coisa menos excitante? Pensamos nós que não. E claro que passou a noite acordado. E o pai ficou rabujento porque tinha de trabalhar de manhã.

Gostava, honestamente, de saber o que raio é que as outras mães fazem que conseguem que os seus rebentos durmam a noite toda. Que feitiços é que lançam? Que tipo de ameaças fazem? Tem de haver um segredo, de certezinha absoluta, não me lixem...

(aposto que foi tema nas aulas de preparação do parto - raios, Henrique, por tua causa não terminei o sacana do curso!)

Creio que ainda é um bocado cedo para experimentar Xanax, mas mais umas noites a não dormir, e viro o Hulk e depois, não respondo pelos meus actos. Mas não me apetecia nadinha fazer capa de jornal. 

23 de outubro de 2013

Cenas que podem ter (ou não) padrão leopardo

1 - Cada vez que olho para o Henrique, já não lhe consigo vislumbrar os traços de bebézinho. Está cada vez maior e mais pesado, as feições mudam e mudam, e o meu recém-nascido daqui a nada tem sete meses e meio (quando der por ela, já passou um ano! M-E-D-O!!!);

2 - Ando a fazer sopa para o meu besourinho dia sim-dia não... ou o puto anda a comer como se o mundo estivesse a acabar ou faço doses pequenas. Ainda tenho de analisar esta situação;

3 - Daqui a 2 meses é Natal, já se tinham apercebido?! A campainha só soou quando percebi que a publicidade a todo o tipo de bonecada aumentou;

4 - Encontrei umas calças que me servem... aleluia, Senhor! Foi na Springfield, e ainda estou emocionada;

5 - Comprei a minha primeira peça com padrão leopardo. Umas sabrinas. Na La Redoute. E não me lembrava que as tinha encomendado, até o distribuidor ter vindo bater à porta na 3.ª feira às 8 da manhã;

6 - Ainda a La Redoute. Encomendei uma blusa, uma saia e as sabrinas. Entregaram-me as sabrinas, com uma pressa que, quase pensei ter pago portes de urgência; saia e blusa estão "em trânsito" na página online da dita empresa.

Enfim... cenas!


19 de outubro de 2013

Se não perdi hoje o juízo, então... o futuro sorri!

"Há dias de manhã, que, um gajo, à tarde, não pode sair à noite" e há dias em que Sua Excelência Dom Henrique parece filho do próprio Demo.

Hoje, dia em que me deu um ataque de "caspa" e cansada de ver a minha casa a parecer uma barraca, lembrei-me que era um bom dia para limpar. Hoje, logo hoje, o Henrique estava "naqueles dias" e lembrou-se que era um bom dia para querer colo e atenção em dobro.
Ele choramingava quando estava ao colo, ele choramingava quando estava deitado, ele choramingava sentado a brincar, ele choramingava a fazer o pino e saltos encarpados... só se ouvia um queixumezinho chorado que entrava pelos ouvidos e se entranhava no cérebro (por ele andávamos na "boa vai ela" o dia inteiro) .
Eu, atarefada, e com a casa de pantanas, o hall de entrada com sacos do lixo, balde e esfregona... o pai a começar a perder a paciência com tanto choro de mimo... parecia uma casa de gente louca.

Felizmente que, agora, a casa já parece menos barraca e mais lar de gente decente e de bem, o puto dorme quase há uma hora (cheira-me a uma noite longaaaaa com ele sempre acordado), e que posso relaxar um nadinha.

Há dias assim... mas mais um bocadinho e era ver-me a dar em maluca, e a berrar pela janela, e a fazer outras coisas típicas de pessoas que não batem com as cinco oitavas, sei lá.

15 de outubro de 2013

1, 2, 3, 4, 5, 6... SETE

Henrique,

um dia, ou talvez não, vais ler este blogue e vais ver o quanto a minha vida mudou. Hoje, dia 15 de Outubro fazes sete meses. E mais do que nunca, a frase que tantas e tantas vezes me apitaram ao ouvido "Olha, eles crescem num instante!" provoca-me picadinhas no peito, por reconhecer que é verdade (um dia também vais perceber que é difícil dar o braço a torcer).

Estás enorme... quando comparado com aquele ratinho que me meteram nos braços há mais de uma meia dúzia de meses (um dia também vais saber quanto é meia dúzia).

Já praticamente te sentas... e nota-se a tua frustração a léguas de distância quando te queres sentar sozinho e ainda não consegues.
És tão curioso que me fazes levar as mãos à cabeça de cada vez que te inclinas (demasiado) sobre algo que queres ver, cheirar, saborear... queres absorver o Mundo através desses teus olhos enormes. "Parece que fala e ri com o olhar!" já me disseram. Esses teus olhos em que toda a gente repara... essas duas janelas para o Universo que dizem muito mais do que qualquer dicionário.

És dos bebés mais simpáticos que conheço. Tens um sorriso constante. Um sorriso (ainda) desdentado. Um sorriso malandreco. Um sorriso galanteador. Um sorriso que faz, literalmente, todos sorrirem contigo, desde nós, os teus pais, até à pessoa que se cruza contigo num corredor do centro comercial. Por mais de uma vez, parámos o nosso trajecto para que desconhecidos se rissem contigo, falassem contigo.

É um privilégio ser tua mãe, Henrique. Um enorme privilégio!
(mesmo apesar das más noites que ainda insistes em dar!)

.

27 de setembro de 2013

Como parecer um panda despenteado em menos de 20 minutos?


(Post mil deste blogue... LET'S PARTYYY!!!)


Esta semana, fui tratar da renovação do Cartão do Cidadão que já tinha expirado há uns dias. Levantei-me cedíssimo, como de costume, por causa de sua alteza real, D. Henrique, tratei dele, depois levantou-se o meu excelso homem, tomámos o pequeno-almoço, estivemos cá por casa, o puto a dormir. Entretanto, chegou a hora do menino almoçar e no final, decidi que era a melhor altura para sair e tratar do assunto.

Pai e filho foram até uma pastelaria e eu fui à conservatória. Tinha uma série de gente à frente, mas estava pronta a resistir à tentação de sair porta fora. Esperei um bom bocado e tive sorte, porque alguns dos números à minha frente, certamente cansados de esperar, foram à sua vidinha e fui, rapidamente, atendida.

Aqui é que começa a cena: a senhora mandou-me pôr à frente daquela maquineta das fotos, tirar os óculos, e não sorrir. Conclusão: assim que a foto apareceu à minha frente ia-me causando um pequeno AVC. Olheiras até ao queixo, cabelo despenteado (o Henrique descobriu que a mãe tem cabelos!) e uma borbulhita por cima do lábio. E é desta linda forma que vou aparecer no mais oficial dos documentos nos próximos 5 anos.

Ao menos que me deixassem usar os óculos... sempre ficava uma despenteada com ar digno. Assim tipo, génia aluada. Mas, não. Pareço um panda que acabou de se cruzar com um tufão.

Nota mental para daqui a 5 anos: quando fores fazer a renovação do cartão, maquilha-te, Cristina Maria. O Henrique já terá 5 anos e já tens tempo para, nem que seja, passar uma basesinha nessa cara.

E ainda paguei 15 euros para completar o retrato. PUMBA.

20 de setembro de 2013

Pedinchar em nome do Kiko - parte III

Esta "secção" há muito que não é actualizada (bem sei!!!); perdoem-me, portanto, os leitores que andam ávidos à procura de coisinhas à borlix.

A modos que muitas empresas têm fugido com o rabinho à seringa e fingiram-se de mortos quando pedi alguma coisa. Houve inclusivamente uma (já não me recordo qual), que agradeceu o contacto, mas disse que não enviada nada. Entrou, na hora, para a minha lista negra... não há produtinho para experimentar, não há dinheirinho para lhes dar a ganhar - este passou a ser o meu lema.

Adiante...

Recebi um salva-camas da Lindor. Sim, a Lindor é uma marca para incontinentes, mas aproveitei que eles estavam a dar (nunca apaguem todas as mensagens de "spam" sem ler primeiro, pelo menos, o assunto!) e pedi. Já me tinha esquecido deste pedido quando recebi na semana passada o dito salva-camas. Basicamente, o salva-camas é um resguardo para o colchão da cama do bebé, que evita que algum derramamento de xixis chegue ao colchão.

Na mesma altura, recebi vários talões de desconto da Vertbaudet (que não pedi, obviamente).

Esta semana, sem esperar, recebi três amostras de papinha Nutribén para seis meses. Como não pedi nada, achei estranho, mas quer-me parecer que aquilo vem da Felicitas (as minhas amostras são iguais a estas que encontrem na net - roubadinhas aqui).
Dá um jeitaço, porque tem sido esta marca que o Kiko tem comido e dá-se muito bem.
Agora, com a introdução das papinhas com glúten, e dos novos sabores, já vou perceber de qual ele gosta mais.

Pedi à Skip um doseador de detergente e houve uma campanha da Nívea que ofereciam 5.000 amostras do seu creme BB. Consegui pedir a minha amostra. Vamos ver quanto tempo levo a receber estas predinhas que não sendo para o Kiko, me vão deixar mais contentinha - e uma mãe contentinha faz um bebé feliz, não é?


16 de setembro de 2013

Me, myself and the Wardrobe

Passadas as festividades do meio ano do Kiko, passemos a mim. Há muito que sou fã da La Redoute. Desde pequenitates me lembro de ver o calhamaço que era o catálogo na altura.

(Um aparte para os meus leitores mais novos: houve um tempo, há muitooooo tempo, que não havia Internet e as pessoas viam as coisas em catálogos... de papel, que recebíamos em casa... pelos Correios! WOW... to much information, eu percebo-vos)

Continuando, agora voltei a receber o catálogo, graças a umas comprinhas que fiz há uns meses e a coisa parece-me assaz difícil, muito mais do que quando era miúda. Para começar, a cena dos tamanhos. Tenho o tamanho a.H. (antes de Henrique) e d.H. (depois de Henrique). Se antes, num abrir e fechar de olhos, encomendava o 36 (ou o 34/36, como os senhores da La Redoute têm), agora vou encomendar o 38 (ou o 38/40, seguindo a mesma lógica de classificação). Encomendaria o 38, de consciência tranquila, mas haver uma referência 40 nesta equação mexe-me com o sistema.

E desisto, frustrada, e penso que se quero roupa gira tenho mesmo de levantar o rabo e ir a uma loja e experimentar coisas (brrrrr... dá-me calafrios só de pensar!). E a La Redoute tem coisas tão fofinhas que enerva só a perspectiva de ter de desistir!
E eu quero andar gira, a sério que quero! Mas não tenho paciência para a peregrinação às lojas como aquelas mulheres todas fashion, e que descobrem coisas tão giras na Primark (sendo que eu posso lá andar uma semana inteira que aponto o dedo aos mínimos pormenores!) que me irrita profundamente. E a Cristina irritada ainda tem menos vontade de ir às compras.

Posto isto, tenho de comprar roupa. No último Inverno, estava grávida e no anterior... bem, as roupas não me servem. Tenho todo um guarda-roupa de Inverno para comprar. E não me apetece, com mais de 30 graus, andar a correr as capelinhas num veste-despe de roupas de Inverno; era tão mais fácil, abrir o catálogo, fazer um pim-pam-pum e já está.

(era bem mais simples quando era a minha mãe que tratava deste assunto...)

Dicas?

15 de setembro de 2013

Meio ano do mais profundo amor

Já se passaram seis meses, Henrique, desde que saíste da minha barriga e te juntaste a este mundo de gente louca, de crises económicas, de aumentos do desemprego...
Já se passaram seis meses, meu querido... minha vida...!

É meio ano em que aprendi (aprendemos! Eu e o teu pai!) que é possível amar mais além. Que é possível viver com o coração a dormir enroscadinho sobre si mesmo ao nosso lado, que é possível viver com o coração a sorrir-nos, que é possível viver com o coração a rebolar ou a palrar, a gargalhar, ou a deitar a língua de fora, a sorrir com o olhar...

É meio ano em que aprendemos que a vida tem muitas mais cores do que apenas o cinza ou o preto. Tem o azul do teu peluche, tem o vermelho da tua roca em forma de ouriço, ou de verde da outra roca-borboleta... tem as dezenas de cores do teu tapete encostado a um canto da sala, aquele mesmo canto que transformámos no teu canto de brincar.

É meio ano em que aprendemos a falar à "bebé" e com muitos (demasiados!) diminutivos que não sendo pedagógico, faz-te feliz. Ris quando sabes que é a hora da papinha, ou quando a "xopinha" da mamã te sabe bem. Ris quando te chamo "tontinho" ou "maluquinho" e fazes-me rir contigo quando lanças uma gargalhada por nada. Ou quando falas com a televisão e respondes a qualquer deixa da série que estiver a dar no momento.

Já apanhámos as tuas manhas, e do que gostas ou não. É fácil quando se vive tantas horas, tantos dias com uma pessoa. Mesmo que essa pessoa seja uma mini-pessoa.
Já olho para as tuas fotos "antigas" e sinto saudades de te ver tão pequenino (já nem me lembro de ti assim, com dois dedos de comprimento!). Agora estás enorme, e continuas a crescer a um ritmo alucinante... e mais bonito que nunca.

(ou um sexy motherfucker, como diz o teu pai!)

Seis meses de amor. Daquele para a vida. Daquele que dura duas vidas e mais além. Parabéns. Que sejas tão feliz (ou mais!) como sou agora, como fui ontem e como vou ser amanhã... só porque tu existes. 






12 de setembro de 2013

Doentinho

Esta semana, tive a "sorte" de viver a cena da maternidade em todo o seu esplendor: o Henrique esteve meio constipado. Uma constipação daquelas que traz tudo no pacote "doença para bebés": febre de 38ºC, que se recusava a descer, nariz entupido e corrimento nasal, espirros, tosse... all in one, portanto.

Pior do que o ver doentinho, era ver os olhinhos dele a pedirem ajuda cada vez que fechava a boca e percebia que assim não conseguia respirar, era ouvir o chorozinho dele de queixume, era perceber que ele tentava encontrar as nossas mãos (a minha e a do pai) como que para se sentir acompanhado nesta empreitada...

Felizmente aquilo foi coisa que se foi e não voltou. Alguns supositórios depois e de muitas limpezas ao nariz, muito mimo dos pais, o bichinho voltou à sua forma natural: mexidão, risonho e, especialmente, saudável.

Não é algo que deseje seja a quem for. Os nossos pimpolhos doentes é de lascar o coração.

29 de agosto de 2013

Let's talk about... clothes (parte 2)

Estive a fazer um apanhado geral das roupas de 6 meses, 6-9 meses, 9 meses, 9-12 meses, 12 meses (e por aí fora...) que tenho e/ou que, a olho, me cheira que lhe vão servir daqui a um mês, ou dois, vá...

É uma vergonha e meio tonto, mas tinha de ser feito. E o resultado não foi por aí animador... porque se as coisas se desenvolverem ao ritmo que até agora, daqui a 3 dias, o miúdo começa a gatinhar e depois não há joelhos que aguentem (ou seja os 3 ou 4 pares de calças/jardineiras que ele tem, vão à vida em 3 tempos).

O que me vale é que para os 9 meses em diante, apanho as promoções de Inverno, e a criança pode andar vestida decentemente, já que é onde existe uma maior lacuna. Haja tempo e dinheirinho para gastar no shopping.
Por outro lado, irrita-me ir às compras e ver 50 filas e expositores de roupas para menina e meia prateleira de roupa para rapaz. As grandes cadeias de lojas de roupa sabem que existem bebés rapazes, correcto?

E chateia-me também que, na Internet, na grande parte dos mummy-blogs, sejam publicadas roupas todinhas armadas ao pingarelho, com folhinhos e coiso e tal, e não haja exemplos e dicas de roupas mais práticas que sejam bolsadas e babadas sem peso na consciência e/ou que os miúdos possam estraçalhar num abrir e fechar de olhos - porque, na verdade, ninguém está à espera que os rapazes sejam sossegados.

Vou pôr roupas da Chicco, da Mayoral, da Maiorista, da Laranjinha ou outras que tais desta vida, a roçar no chão?

Era uma pergunta retórica, obviamente. É lógico que não. As roupinhas ditas "boas" são para os dias de "festa": quando se vai a casa dos avós almoçar ao domingo ou quando se vai de fim-de-semana a casa dos outros avós, ou quando se vai visitar as primas, ou à pediatra... nesses dias, sim, veste-se um farrapito de "griffe" (as tais das roupas que, li-te-ral-men-te, são vestidas meia-dúzia de vezes antes de serem chutadas para escanteio)...

E nos restantes dias? Senhores das cadeias de lojas, sejam simpáticos e arranjem mais roupinhas de menino. Mais camisolas, bodies engraçados ou mais básicos, pijamas fofinhos para os Invernos frios, mais casaquinhos (de preferência que não façam os bebés parecerem pequenos ursos), mais calças de diferentes modelos... e tudo isto com uma variedade maior de números, porque os miúdos crescem rápido, mas não passam de 50 centímetros para 74 de ontem para hoje.
Ou, em alternativa, o Henrique continua feliz e contente de fraldinha, somente!

19 de agosto de 2013

Let's talk about... clothes

"Eles crescem num instante..."
Esta frase, tantas e tantas vezes ouvida, não é mito. Os bebés crescem a um ritmo alucinante.

Se, no início, o Henrique era um bebé franzino, pequenino e que, aos 2 meses, ainda vestia roupa de tamanho de recém-nascido (tamanho zero, portanto) e que, só aos 3 meses e tal, as roupinhas de 1 mês lhe serviam... agora pareço uma barata tonta a ver o que ainda lhe serve.

Se as roupas de 3 meses lhe estão pequenas, as de 6 ainda são grandes - o puto cresceu e engordou, mas nem tanto assim - se lhe compro roupa para 68 centímetros num dia, passados dois dias, aquela porra já lhe começa a ficar apertadita.
As roupas que tinha já foram todas (ou quase todas) chutadas para canto; há uma ou outra que ainda lhe vai servindo, mas que até ao fim do mês vão à vidinha.

Têm ajudado os dias de muito calor, porque, desta forma, a "farda" oficial do senhorzito é a fralda, apenas e tão somente, e não tenho de perder minutos de vida a pôr roupa, tirar roupa, vestir outra roupa até conseguir acertar numa bendita t-shirt que ontem lhe servia.

Ainda assim, vamo-nos orientando e o rapaz anda sempre apresentável, fresco e fofo.

Quem disse que vida de mãe é fácil?

Para evitar agruras:
Dica 1 - a C&A tem peças muito engraçadas para meninos, e, especialmente, de boa qualidade. Gosto muito de passar lá com frequência porque há sempre uma ou outra peça muito interessante e a preços fofinhos. A Primark também tem muita variedade, com qualidade semelhante, tal como a H&M (link). As lojas low cost devem ser as melhores amigas das mães de bebés, porque não adianta gastar rios de dinheiro em roupa que vestem, literalmente, duas vezes;

Dica 2 - aproveitar os saldos para comprar coisas para meia estação ou para o próximo Verão. Já fiz algumas aquisições muito giras. Um casaquinho (cardigan) de meia estação, um body de manga comprida e umas calcinhas caqui para Outono e, em tamanho 12-18, umas jardineiras e duas tshirts;

Dica 3 - aproveitar as ofertas dos amigos. Por um lado, a roupa que deixa de servir a bebés desocupa espaço na casa dos amigos e nós enchemos gavetas com roupas maiorzinhas que servirão num futuro próximo. E os bebés não estragam roupa, por isso, por norma, as roupas em 2.ª mão estão sempre impecáveis em modo "praticamente novo";

Dica 4 - com bom senso e bom gosto, os nossos pequeninos andam tão lindos como o royal baby George;

Dica 5 - é procurar e desfrutar do Nenuco que temos à nossa disposição todos os dias e todas as horas.



15 de agosto de 2013

"Love is, Love you" ou o dia em que o Henrique faz 5 meses

                                                                              "Love is
Fly a plain in a storm.
Love is
Build a castle with one stone.
Love is 
Dry your tears with my tears. 

Love is 
Love you. 

Love is 
Climb the hill without fear.
Love is,
Love you.

Love is 
Be there when you need.

Love is 
Love you."

(Rita Redshoes)

Fazes hoje 5 meses, meu amor. E a paixão que sinto por ti está cada vez maior. 
Fazes hoje 5 meses e o amor não esmorece, não se apaga, não conhece barreiras, nem dificuldades... este amor é eterno.
Amo a forma como acordas bem-disposto. Amo a forma como olhas para mim com os teus olhos enormes, cheios de vida e alegria. Amo o teu sorriso malandreco e a forma (d)esperta como queres absorver o Mundo. Amo a forma como os teus olhos brilham de felicidade quando vês que estamos perto de ti, prontos para brincar. Amo a alegria que sentes quando consegues (finalmente) fazer algo que até então não fazias.
Fazes hoje 5 meses e eu amo-te como nunca amei antes!  

11 de agosto de 2013

Rebolanços

Literalmente, de um dia para o outro, o Henrique começou a chuchar nos pés e a rebolar.
Era deitadinho de barriga para cima - como nos ensinaram - e o catraio, de repente, numa fracção de segundo, metia-se de barriga para baixo e olhava para nós com ar de safadinho.
Nós, os pais, demos gritos de alegria e de orgulho pelo truque que o miúdo aprendeu sozinho. Demos beijinhos e batemos palmas... erro!!!

Obviamente, ao ver que nos deixava felizes, o Henrique continuou a gracinha. A toda a hora. Mesmo a dormir. Só que depois cansa-se de estar naquela posição e começam os guinchinhos e o choro (quase) em surdina, porque a cama é estreita demais para conseguir voltar à posição inicial. E, nós, os bons dos pais, a levantar o rabo da cama de 20 em 20 minutos para o deitar em condições.

Agora, de quando em quando, em vez de choramingar, opta por dormir de barriga para baixo, e a carinha de lado. Até ao momento em que quer mudar de posição e não consegue.
Em mim, isto desperta dois sentimentos: ânsia de que ele cresça o suficiente para conseguir dar a volta e deixar-me dormir em paz, e tristeza porque o meu bebé recém-nascido está quase com 5 meses e já não fica sossegadinho como nos nossos primeiros tempos.

Inicialmente, cansava-se com facilidade - o pescoço ainda não tinha a força suficiente para estar naquela posição - mas agora, é na boa; já tenta, inclusivamente, levantar o rabo e apoiar-se nos joelhos (falta-lhe a força de braços para começar a gatinhar!). Quer-me cá parecer que este puto daqui a umas semanas faz as malas e vai à vidinha dele, tal é a pressa que tem em fazer as coisas .

30 de julho de 2013

Os primos desta vida

Cresci com os meus primos. O Pedro e o Nuno. Mais tarde, veio a Ana. E depois, o Diogo. Pouco depois, o outro Nuno (o Filipe), depois o Miguel e, por fim, a outra Ana (a Aninhas).
As minhas brincadeiras de miúda incluíam ainda o Márcio e o Frederico, outros dois primos de grau diferente. Muitos primos, portanto.

Há umas semanas, em conversa com a Ana n.º 1, chegámos à conclusão que todos tivemos uma infância feliz. Todos juntos. Com mais ou menos discussões, com mais ou menos momentos de pancadaria, com brincadeiras que ocupavam toda a nossa aldeia e mais além, até à noite.

Estes primos foram (e são) os primeiros da minha lista de amigos. São aquelas pessoas que não esqueço mesmo que se passem meses sem os ver. Estes primos são amigos, companheiros de brincadeiras, de vida... são estas as pessoas que estão, inegavelmente e irrevogavelmente, ligados ao meu significado pessoal de "infância".

Todas estas pessoas são primos do Henrique. Primos mais velhos com quem ele nunca vai brincar. Primos que ele verá da mesma forma que eu olhava para os primos do meu pai... aqueles mesmo com quem ele também havia brincado um dia.

O Henrique, agora, tem duas primas. A Laura e a Maria. Gémeas. Com pouco mais de 3 dias de vida. Lindas. Perfeitinhas. Rosadinhas. Tão pequeninas que apetece meter dentro do bolso e andar com elas para todo o lado.
Duas primas que vão aparecer nos álbuns de fotografias, nas festas de anos, nas férias do Verão...

Nasceram na sexta-feira, os dois (pequeninos) elos desta cadeia relacional que não se vai quebrar por mais anos que estas crianças vivam. Bem-vindas, Laura e Maria.

22 de julho de 2013

Henrique e a sopa

Na passada 5.ª feira, durante a consulta dos 4 meses, deram-nos aquele que iria ser o novo regime alimentar do Henrique, com a introdução da sopinha, fruta e água ao almoço e uma papinha ao jantar.

Claro que fomos informados que a coisa podia correr mal nos primeiros dias, já que o bebé passou 4 meses só a beber leite e que agora iria estranhar os sabores e as texturas.

No 1.º dia, a sopinha foi um pesadelo. Aquilo que esta criança chorou.
Inicialmente, por ser uma coisa diferente, ele estava naquela de ver o que era, mas quando se apercebeu que não ia pingar leite de sítio algum, abriu a goela. Enchemos-nos de paciência, e entre uma colherada e outra, acabou por comer qualquer coisinha... pouquinho, mas qualquer coisa.

(a papa, por seu turno, correu muito bem... pudera, é docinha!)

Depois, entrou o fim-de-semana, e os "afazeres" sociais atrasaram nova dose de sopa. Mantivemos a refeição de papa (que ele adora!), mas só hoje, 2.ª feira, voltei a atacar com a sopa.
Pensei muito seriamente em ir comprar um oleado, ou um daqueles fatos enormes dos pescadores, mas, curiosamente, correu melhor do que estava à espera. Foi uma nova tentativa bastante suja, mas com resultados muito mais proveitosos.

Entre mãos na boca que depois se direccionavam para a cabeça, entre muitos "brrrrrrrr"'s em que eram expelidos perdigotos com sabor a batata, cenoura e alface, entre joelhos (sabe lá Deus como!) cheios de sopa e de pedacinhos de maçã entre os olhos (também sabe lá Deus como!), dei por mim relativamente limpa e com uma taça de sopa praticamente vazia...

O Henrique... esse... desde que pudesse brincar com os pés, por ele tudo bem! Levou muitos beijinhos da mamã orgulhosa e continuou com os seus negócios inadiáveis... com os pés.

A imagem da desgraceira para a posteridade.


15 de julho de 2013

Henrique, tu que ocupas o meu Mundo

Olá filhote,

completas hoje, dia 15, mais um mesinho de vida. Já são quatro na tua conta pessoal de meses. Lá fora, o céu ainda está meio cinzento, mas, aqui dentro, tu iluminas-me.

Apesar dos choros descontrolados quando te recusas a dormir, basta um sorriso teu (um apenas) para que eu saiba que o meu dia já valeu a pena.

Sabes, Henrique, a mãe está a aperceber-se, aos pouquinhos, que estás a crescer... imagine-se... vais começar a comer sopinha nos próximos dias. Como é possível?! Mais umas semanas e começam (ou não) os dentes a romper, dizes as tuas primeiras palavras, vais esforçar-te por gatinhar... - estás a crescer a olhos vistos e o meu coração enche-se de amor todos os dias mais um bocadinho.

Hoje, já riste muito, já brincaste, já te dei colo, comer, já choraste e já te tirei algumas fotografias, para daqui a muitos anos, abrir o teu álbum e recordar-te tal como és agora: um bebé feliz e saudável.

Olho para esta sala. Antigamente, era um sítio de gente adulta. Hoje, vejo rocas espalhadas, uma espreguiçadeira, o ovo, o ginásio, a cama de viagem ainda dentro da embalagem... as tuas fraldas estão numa prateleira do armário que comprámos para ti. Por ti, inventámos espaço num apartamento onde não cabia sequer mais um alfinete. Pensávamos - eu e o teu pai - que ocupávamos muito espaço. Agora que penso nisso, é risível.
Vieste inundar o Mundo que conhecíamos, vieste ocupar um espaço que não existia, mas que, agora, não saberíamos viver sem ele. Revolucionaste duas vidas, seis, se acrescentarmos os teus avós, nove, se acrescentarmos os teus tios... dezenas, se acrescentarmos todos os familiares e os nossos amigos que também te amam, como se de um sobrinho se tratasse.

Henrique, vieste preencher um espaço que ninguém se apercebera que faltava encher. E, hoje, com os teus risinhos e guinchinhos, já valeu a pena o meu mundo estar sobrecarregado.


10 de julho de 2013

Pedinchar em nome do bebé - parte II

Se há coisa que gosto é de receber coisinhas para o Henrique... e na minha demanda pelas marcas com produtos para bebés há sempre umas quantas surpresas fofinhas.

Hoje, a Nestlé.

Esta marca, conhecidíssima no mercado, tem uma página na Internet "Bebé Nestlé", onde mães e pais se podem registar no Clube com o mesmo nome. Além da imensa informação que por lá se encontra, que vai desde as fases da gravidez às etapas de crescimento do bebé, têm um espaço dedicado à alimentação dos nossos pequenitos, e outro dedicado à família.
Reconhecidamente, é bastante útil e completo. Consultei-o várias vezes durante a gravidez e continuo a receber as newsletters com o desenvolvimento do Henrique etapa-a-etapa.

Há uns dias, recebi uma série de coisinhas super-úteis, já que o Kiko entretanto começa nas sopinhas e nas papas: duas amostras de NAN 2, uma colher e imensos vales de descontos nos vários produtos Nestlé para bebé, além de um guia informativo sobre a alimentação dos bebés na fase 4-6 meses.

Fiquei feliz feliz!

8 de julho de 2013

Pedinchar em nome do bebé

A pedido de várias famílias... - ok, não foram váriaaaaassss famílias, foi só um futuro pai - vou deixar aqui um mini-tutorial de pedinchar coisas em nome do Nenuco Chorão que já nasceu ou está para nascer.

Dodot - 'ssoas, registem-se no site e existe por lá algures uma opção "Amostras" onde, neste momento, dá para pedir amostras de toalhitas Dodot Sensitive, Dodot Activity e da gama Happyjama (para as crianças mais crescidas). Só enviam 1 amostra por pessoa, e demoram um niquinho a enviar, mas enviam sempre.
A Dodot tem outra coisa boa: na compra de fraldas Dodot Sensitive, as embalagens têm um código que pode ser introduzido algures no site, e a marca envia 2 vales de 2€ - um para fraldas da gama Sensitve e outro para toalhitas da mesma gama. São 4€ que se poupam, portanto.

(em tempos idos, já tinha pedido as toalhitas Sensitive - e já as gastei como é óbvio - mas aqui fica a imagem das minhas amostras Activity e dos meus vales para fraldas e toalhitas, que recebi na semana passada)

Mustela - inscrevi-me no site (na parte do Clube Mustela) e recebi uma carteirinha cor-de-rosa com várias amostrinhas. Soube, em fóruns, que algumas mães receberam peluchinhos (devia ser no tempo das vacas gordas, sei lá...)

Felicitas - inscrevi-me no site. Mais uma vez, há mães que dizem ter recebido um kit na altura da 1.ª ecografia. Eu só recebi coisas deles na maternidade. Pedi agora no site o kit dos 4 meses e estou à espera... logo se vê!

Oleoban e Halibut - enviei um mail para "contactos@oleoban.pt" e "apoio.cliente@medinfar.pt" e simplesmente pedi amostras para o meu bebé. Demoraram quase nada a enviar.
Façam um mail bonitinho do género:

"Boa tarde,

o meu nome é XXXXXX, e estou grávida de Y semanas. Gostaria de solicitar o envio de amostras e catálogos dos vossos  produtos para bebé.

Morada: ________________

Cumprimentos e obrigada desde já!

(Nome)"












Também enviei mails para "saninter@saninter.pt" (Uriage) e " portugal@expanscience.pt" (Mustela) - estou a aguardar.

PROMOÇÕES
A marca Fisher Price, para a colecção de 2013, tem um vale de desconto de 5€. Ainda o tenho e é válido até 1 de Novembro. Entretanto, aproveitei em Maio uma outra campanha desta mesma marca em que reembolsavam em 50% uma compra efectuada até meados de Junho. Comprei o mobile do Kiko e pedi o reembolso - no fim-de-semana recebi um mail a dizer que o dinheiro iria ser depositado na minha conta nos próximos dias.

(sempre em actualização... )


4 de julho de 2013

Percentil 5

E eis que, aos 3 meses e meio, o Henrique alcançou a curva do percentil 5 do peso. Até essa altura estava sempre abaixo do "normal".
A pediatra, mal lhe botou os olho, viu que ele estava bem mais desenvolvido: mais comprido (60 centímetros) e o peso já lhe agradou.

Não vou falar mais da agruras que passámos até este momento. Foi uma verdadeira batalha, que envolveram muitas lágrimas minhas e do Henrique, ecografias e baterias de análises. Enfim... já passou tudo! Estou, finalmente, mais liberta de preocupações e já posso curtir o meu filhotinho em pleno.

Muito provavelmente, vão começar a ser introduzidas as sopinhas. A enfermeira do posto médico já me "preveniu", antes da consulta dos 4 meses (QUATRO MESES???) marcada para daqui a 2 semanas.
Mais uma etapa no crescimento desta patanisca.

Olho para o Henrique e já não vejo o meu bebézinho minúsculo. Já está um matulão risonho e palrador, com energia para dar e vender, espertalhão, sempre de olho arregalado e atento a tudo o que mexe.

'Portantes', mexido e remexido todo este assunto, tudo o que me preocupa, neste exacto momento, é não ter roupa que me sirva disponível. Tudo o que me serve está ou babado, ou bolçado, ou ambos. Mummy issues.

19 de junho de 2013

Vacinas para que vos quero... Capítulo II

Já não bastavam as vacinas "obrigatórias" e vão estes pais malucos inventar de também dar as vacinas facultativas.

Já começaram a imaginar o cenário?

Para início de conversa, odeio agulhas. Odeio mesmo. Aquele tipo de ódio que me faz ficar com todos os pelinhos do corpo eriçados. Por isso, por norma é o pai que segura a cria nestas alturas.
Depois, ouvir o bebé a chorar mexe-me com os nervos.
E por fim, a reacção às vacinas é sempre uma incógnita: vai fazer febre? diarreia? irritabilidade? nada?

Ontem, após a piquinha, o Kiko estava na boa: ria, palrava... basicamente, não era nada com ele. Hoje, chora como um desalmado. Felizmente, estou a conseguir fazê-lo adormecer com facilidade (relativa) e já levou com meio supositório para acalmar.

Agora, dorme tranquilo ao meu colo. Sempre ouvi dizer que colo de mãe é mais doce que mel... portanto é deixar o meu pequenito lambuzar-se à vontade, se isso o conforta.

16 de junho de 2013

Ela é barriga, coxas, rabo, mamas... tudo XL

Sim, eu sei que só passaram 3 meses desde que o Kiko nasceu. Sim, eu sei que com o tempo a coisa vai ao sítio, mas caramba... comecei a gravidez com 47 kg. Quarenta e sete quilos. E continuo com mais de 54 kg (aqui está a forma requintada de dizer que tenho peso a mais, sem dizer ao certo quanto...).

Até percebo que as pessoas não me queiram ver assim a roçar o esquelético, mas sou uma moçoila saudável e sentia-me bem. Era feliz e não sabia. Vestia orgulhosamente um belo 36... um S... ou em alguns casos um XS. Agora estou nefastamente agarrada aos 38's aos M's da minha tristeza (lido assim a frio e de repente não parece assimmmm tão trágico, mas queroooooo voltar aos meus 36 e S's).
Toda eu sou mamas, barriga, coxas, rabo... sou uma amálgama de xixa. Como amamento, não posso dar-me ao luxo de comer saladinhas e sopinhas e ficar por assim mesmo... mesmo que quisesse não conseguia. Amamentar dá fome. Oh, se dá.

Imaginem-se às 3 e tal da manhã, a dar a milésima repetição do episódio 10 da 4.ª temporada do NCIS (não sei se é... é apenas exemplificativo!), as únicas pessoas acordadas são vocês mesmos e a pequena criatura que não fala. O sono começa a apoderar-se dos vossos corpos e mentes. Para manter uma chama acesa, e já que ali estamos, 'tá de comer (e beber água... que a coisa também dá uma sede impossível de descrever!). Vão umas bolachinhas, um pãozinho (generosamente barrado) com manteiga, uma fatia de queijo, uma maçã.

À noite, às vezes, não há tempo para fazer jantar e encomenda-se uma pizza, aquece-se uma lasanha...

Estão a ver onde quero chegar, certo?!

E pronto, é por isto (e muito mais!) que continuo ali a meio caminho entre a baleia branca e o cachalote. Mas a coisa vai ao sítio... ai, vai vai.

14 de junho de 2013

Para ti, filho, que fazes 3 meses

Henrique,

antes que o tempo me roube estes pequenos minutos que tenho para te escrever, ou que o sono te passe e voltes a acordar, quero dizer que te amo.

Quando nasceste, eras pequenino, franzininho, eras o meu bebé perfeitinho, lindo, e tão minúsculo que tinha medo que me escorregasses dos braços. Quando te colocaram sobre mim pela 1.ª vez, quando mamaste pela 1.ª vez, quando as tuas mãozinhas, instintivamente, procuraram as minhas, soube que tinha conseguido alcançar a minha melhor realização

Fazes 3 meses - é horrível pensar na passagem do tempo. Lembro-me que estavas na minha barriga há 3 meses quando eu e o teu pai partilhámos a boa nova com os nossos amigos.
Henrique, fazes 3 meses e eu só queria ter o dom de fazer parar os relógios, manter-te sempre bebé, sempre aconchegado nos meus braços, sempre fresco, sempre fofo, sempre meu...
Fazes 3 meses. Meu Deus. Ainda ontem marquei a cesariana. Ainda ontem entrei no hospital. Ainda ontem ouvi o teu coração pela 1.ª vez...

Se me pedissem, agora, neste momento exacto, para descrever o dia em que nasceste, fá-lo-ia, sem hesitações. Lembro-me de cada minuto, lembro-me de cada linha de diálogo com o teu pai, com as enfermeiras, contigo - quando te exibiram por cima de um lençol impessoal e feio - tão pequenino, e escorregadio...

Estavas quentinho, protegido e, de repente, arrancaram-te do paraíso que conhecias e trouxeram-te para uma bolha enorme, fria e desconhecida que é o Mundo inteiro. Até te meterem nos meus braços. Ali, conheceste-me. E eu a ti.

E já se passaram 3 meses.

12 de junho de 2013

Henrique, o puto mais simpático do Mundo

Estivemos de férias em casa dos meus pais... foram 3 dias e meio que serviram, essencialmente, para a família materna matar todas as saudades possíveis e imaginárias e apresentar a mini-dose aos meus amigos que ainda não o conheciam.

E conheceram a faceta mais docinha do meu Nenuco: aquela que se desfaz em sorrisos e gargalhadinhas contagiantes.

O Henrique, sem dúvida, que enche a minha vida de alegria! É impossível não ficar um pouco mais feliz quando se vê um sorrisão destes que ilumina toda uma sala.


(demorei tanto a actualizar o blogue que daqui a uns dias vamos a nova dose de vacinas. Estou a fazer figas para que a reacção seja ligeiramente mais positiva do que a anterior.)

25 de maio de 2013

Bebé palrador = horas e horas de diversão

O Henrique já tenta comunicar. É giro giro vê-lo a esforçar-se para interagir. Abre muito os olhos, fixa na pessoa que está a falar com ele e é vê-lo a fazer caretas e a soltas uns "hannn", "áu" e outras "palavras" dentro do mesmo género lexical.

Quando acaba de mamar, já de estômago cheio, a felicidade apodera-se dele. Olha para mim e "fala" à maneira que só nós percebemos. "Fala" com felicidade no olhar, sabedor que já alcançou o que queria: fazer-se "entender", comunicar com a mãe (ou com o pai, após o biberão!)

E fica chateado se não respondemos. Por isso, sozinha em casa com ele, são horas de diversão a "conversarmos" com "palavras" que não dizem nada, com um sorriso desdentado maior do que a largura do Mundo, com beijos e miminhos. Eu e o Henrique.

Ainda não "fala" muito e nem sempre tem vontade, mas quando está para aí virado, "deslarguem-nos". Deixem-nos ser assim, só os dois. Adoro ter tempo para ele. Adoro "brincar" às mamãs e bebés com o meu filhote lindo, que já começa a fazer as suas gracinhas.

E falando nos olhos do Henrique: são claramente o ponto forte dele. Muito grandes, muito atentos, muito chamativos e alegres... "ó pra estes olhos!!!" é a frase que mais ouço. Pessoas que passam por nós e voltam atrás ou abrandam o passo só para admirar o olhão aberto do Kiko, que mantém a compostura (salvo quando tem fome, destaque-se!).

É um orgulho ser mãe deste miúdo!!!

20 de maio de 2013

Vacinas para que vos quero...

O Henrique começava a uniformizar horários; já tínhamos autorização para começar a alargar horários nocturnos das refeições e eis que ele leva as vacinas dos dois meses.

"Ah, pode dar febre!"

"Ah e tal, o sítio onde foi picado pode inchar! Meta gelo!"

"Vou receitar Ben-u-ron em supositório para tratar em caso de febre e dores!"

Esqueceram-se de avisar que ele podia ficar intratável e inconsolável. No dia em que as levou, a coisa até correu bem: comia e dormia, como se quer num bebé; até que chegou o início da noite. Choro desalmado, acordava de hora a hora, não comia bem, chorava ainda mais... em resumo: uma noite para esquecer.
O dia seguinte foi igual.

O que fazer nestes casos quando, até os miminhos, não são suficientes para acalmar as dores de um bebé?
O supositório seria uma boa ideia, caso o bebé não esteja com prisão de ventre, caso contrário só o vai estimular a fazer o cocó que tanto o atormenta. Ou seja, efeito zero, já que é expulso daquele pequeno corpo em menos de nada.
Voltar a sujeitar o bebé a novo supositório quando ele está claramente enervado com toda a situação? No way!!!

Resta-nos aguentar como gente grande!
Mas, fosse o cansaço acumulado, fosse o stress, fosse uma enormidade de factores, desabei em lágrimas! Sentia dentro de mim que era uma mãe horrível por não conseguir acalmá-lo, ajudá-lo a combater as dores... sentia que devia ser capaz de fazer mais e melhor... sentia que devia estar presente para o bem e para o mal, a toda a hora... não é fácil lidar com a nossa mente quando o corpo não aguenta nem mais um segundo, ainda para mais quando uma das "técnicas" para o acalmar era pô-lo à mama. Estava dorida, exaurida de cansaço, com a cabeça a latejar... apetecia-me fugir para um sítio sossegado, para acalmar, descansar um bocado e voltar cheia de vigor!

Hoje, é 2.ª feira. O Henrique já voltou ao ponto em que tinha ficado antes: passou lindamente a noite e está a dormir tranquilamente enquanto escrevo e faço uma panela de sopa. E aproveito uns minutinhos de calmaria! Porque sou capaz de muita coisa, mas não sou duas...

(e no próximo mês temos as não obrigatórias... 'tadinho do meu macaquinho!)

16 de maio de 2013

Amamentação

Já escrevi aqui que optei por dar mama ao Henrique. Mal me perguntaram - ainda na sala de parto - se queria amamentar, o meu instinto disse "sim", sem que a minha boca sequer se apercebesse do que acabava de dizer.
Sempre tive medo que a genética falasse mais alto e me visse impossibilitada de amamentar. A minha mãe contava que o leite dela era fraco, e que secou rapidamente, e que o meu irmão passou fome nas primeiras semanas de vida e etc, etc, etc... já me via a protagonizar o mesmo filme e a gastar rios de dinheiro em latas de Aptamil (nome escolhido ao acaso... julgo que era o leite que o meu irmão bebia!).

No curso de preparação, disseram que estas questões eram mitos. Que os médicos "do antigamente" não promoviam a amamentação e que seguiam o caminho mais simples para não se chatearem com mães a chorarem-se por causa dos problemas de mamas.

(um aparte: acho que nunca se "disse" tantas vezes a palavra "mamas" como agora neste blog!)

Tive o Henrique a uma 6.ª feira e no sábado tinha as mamas em pedra. O bichinho não pegou bem e além da subida repentina do leite, fiquei com um dos mamilos gretados. À distância de 2 meses, sei que é normal, mas na altura foi HORRÍVEL. O Henrique chorava, eu chorava... as enfermeiras ensinaram-me a tirar o excesso de leite e a massajar o peito para desfazer os nós que se formavam. Sobrevivi.

Em casa, continuei durante uns dias a fazer massagem até que deixou de ser necessário. O Henrique continuava a mamar, mas chorava muito e o peso não aumentava por aí além.
Nas visitas semanais ao centro de saúde, chegámos à conclusão que eu produzia bem, mas tinha o "problema" de ter leite da categoria "magro". Toca de tentar engrossar a coisa. Comer muito fast-food, frutos secos, beber muita água...
O Henrique mamava, mas continuava a choradeira, e o aumento de peso era residual. Toca a introduzir leite artificial. Confesso que fiquei frustrada: queria amamentar, mas o meu corpo insistia que ele é que manda. Enfim, mas desde que vi que o Henrique fica muito satisfeito em mamar e depois beber do biberão, lixei um bocado na minha insistência e dou-lhe o que o meu corpo mandar. Por pouco que seja, quero é o meu filho feliz e a crescer.

Não sou fundamentalista da amamentação. Tentei e não resultou em pleno. Que se lixe. Haja dinheiro para comprar leite artificial. Mas, ainda assim, ninguém me tira o prazer e o gozo de amamentar o meu ratito, mesmo que seja apenas meia horinha de 3 em 3 horas (agora um bocadinho mais alargado!).

Entretanto, SE houver algum/a novo/a visitante, o site SOS Amamentação é muito bom a esclarecer dúvidas que surjam, e saber que há alguém - à distância de um telefonema - que ajuda neste campo, é tranquilizante.

15 de maio de 2013

A propósito do Dia da Família: home, sweet home!

Diz que hoje é o Dia da Família e esta é a minha: com altos e baixos, com vozes várias oitavas acima do limite legal, com amizades profundas e com um amor que ultrapassa a velocidade de rotação da Terra...

Os meus pais que adoro profundamente;

O meu irmão que é a minha pessoa... (muita Anatomia de Grey dá nisto);

Os meus tios que, à falta de melhor descrição, são a Céuzita, o Nunito e o Nandito;

Os meus primos que me ajudaram a crescer mais feliz;

Os meus avós que sempre foram o grande exemplo;

O meu excelso homem que me faz feliz desde o 1.º dia já lá vão 5 anos;

O meu filho que, sem mais delongas, fez de mim uma mulher realizada e completa!

Com a minha família, meio maluquete, sinto-me em casa, quentinha e aconchegada. 

Dois meses de Henrique

O Henrique faz hoje dois meses e já é impressionante ver as diferenças. Finalmente, começou a sorrir e começa a perceber que há um canal de televisão onde passam coisas que lhe chamam a atenção, com cores vibrantes e músicas.

Não é um rapaz de muitas sestas - aliás, recebi uma newsletter onde diz que eles, nesta altura, dormem cerca de 20 horas... pois sim! - não é um rapaz de chuchas, nem de mudar de fralda (pode estar com cocó até à sua 5.ª essência, mas não se queixa).

O que gosta mesmo é de colo, andar em grandes passeatas e de um boneco de corda que dá música com 30 anos (era meu!).

O Kiko é chorãozeco e resmungão, mas quando abre aquele sorriso, esquecemos tudo.

O meu tempo agora é contado em Henrique. Tenho 2 meses de Henrique na minha vida. E nunca foram meses tão compensadores. O Henrique era tudo o que me faltava para ser um pouco mais feliz, mais realizada...
Ser mãe do Henrique é o meu melhor momento. E não queria fazer mais nada, apenas isto: ser a mãe do Henrique!

11 de maio de 2013

Criei um monstro?

Facto 1 - o Henrique não adormece na caminha dele;

Facto 2 - o Henrique não gosta de chucha;

Facto 3 - o Henrique adormece que é uma categoria no meu colo, com o meu dedo mindinho a fazer de chucha.

Pergunta de 1 milhão de euros: criei um pequeno monstro ou estes maus hábitos acabam por ir desaparecendo?
Tento - ao máximo - que ele não chuche no meu dedo, mas o sacaninha já aprendeu a procurar a minha mão e logo que a encontra agarra nos meus dedos e encaminha-os logo para a boca.
Tento - ao máximo - introduzir-lhe a chucha: com aero-om, sem aero-om, quando ele está adormecido, quando está hiper-desperto, mas ele dá-lhe 3 chupadelas e manda-a fora com o maior dos descaramentos. Olha para mim com cara de "vá, dá-me mas é o teu dedo e deixa-te de tretas..." ou a fazer beicinho e, em desespero de causa, acabo por lhe meter o dedo na boca.

Quanto ao colo, dizem os especialistas que se deve dar mimo aos bebés quando eles choram, e é também um facto que o Henrique larga um berreiro se está sozinho na cama. A opção? Adormeço-o ao colo e depois deposito-o na cama dele... e assim vai resultando.
A "cena" foi termos começado. Ao mínimo choro, lá íamos a correr dar colo ao bebé "que ele é tão pequenino e quer miminho dos pais". E como pais de 1.ª viagem não podíamos estar mais babados com a nossa criação. Logicamente que dar colo constante é um dos nossos primeiros mandamentos.

Os primeiros filhos são uma constante sucessão de erros e de maus hábitos. E contra mim falo... raios, porque é que tenho um filho tão fofinho?!

Nova vida, novo design

"Agora que sou Mãe, o Estrelices reflecte a minha viagem por este novo mundo... são pormenores, momentos, retalhos da vida de uma new mum!"

É esta a minha nova introdução. Passei (abruptamente) de Cristina do Estrelices a mãe do Henrique. E sinto-me bem nessa nova condição.
Logo, era urgente tornar este blog mais mummy-friendly (pode ser que assim haja um caçador de talentos e me torne blogger profissional e ganhe rios de dinheiro... MUAHAHAH... ou então não!) e com ele relatar ao mundo e arredores como é ser a Cristina-mãe: as alegrias, as dúvidas, as certezas, os desesperos (que também os há!)...

Nova vida, novo design ("roubadíssimo" deste site)!  

5 de maio de 2013

Dia da Mãe







Porque sou Mãe...

Porque adoro a minha Mãe...

Um dia feliz!!!

4 de maio de 2013

Retalhos da vida de uma mãe - LM vs LA

Definitivamente, o meu leite (leite materno daqui em diante tratado por LM) vai entrar na categoria de "leite magro - especial dieta". Um dos grandes culpados do Henrique chorar como um desesperado era o meu leite: pouco gordo, pouco satisfatório, pouco alimentício...
Mais uma semana em que o meu bichinho engordou o mínimo para satisfazer as pretensões da pediatra e da enfermeira do posto médico. Chorei - mais uma vez como uma perdida - queria, porque queria que o LM fosse mais do que suficiente para o alimentar e pensar que a minha mini-dose andou a passar momentos de fome, tortura-me! 
"A Natureza, por um desígnio estranho, não permite que o teu leite seja gordo suficiente; às vezes, sou eu que saio daqui a chorar porque há mães que simplesmente se recusam a amamentar. Tu fizeste tudo o que podias. Fica de consciência tranquila. Não deixas de ser boa mãe por causa disto", foi isto que ouvi da enfermeira Cláudia, que tem sido um dos meus grandes pilares.

Amamentar não é fácil. Requer disponibilidade, paciência, resistência... amamentar dói. Causa dores no peito, encaroçamento, fissuras, mamas duras... 
Optar pela amamentação foi a melhor decisão que tomei. Superei as fissuras com Purelan. Superei o encaroçamento e a dureza com toalhas encharcadas em água quente. Superei as dores com o deleite do Henrique a mamar. Optei por amamentar sem pestanejar. Fá-lo-ia outra vez. Queria que o meu macaquinho tivesse a hipótese de, literalmente, sugar todos os anti-corpos e nutrientes que eu lhe pudesse proporcionar. 

Não deixo de amamentar. Mais uma vez, optei por continuar a amamentar, porque, apesar de tudo, quaisquer nutrientes, quaisquer anti-corpos, por mais diluídos que sejam, deixam-me tranquila. Prefiro assim. Tenho de complementar cada refeição dele com um biberão de leite artificial (LA). Após cada sessão, faz-se um biberão, e fico com a plena certeza que a mini-dose de gente fica de estômago forrado, bem alimentado e com maiores probabilidades de começar a aumentar de peso como gente grande. 

A 1.ª noite, após a introdução do novo regime alimentar, foi das melhores noites que tive desde que o Henrique nasceu. Mamava, dava-lhe o biberão e adormecia em 3 tempos, e permitia que também eu tivesse tempo para descansar. E já fez sestas - o que NUNCA acontecia! Estamos os dois mais felizes. E o meu filho feliz é a melhor prenda do Dia da Mãe que posso desejar.

28 de abril de 2013

Retalhos da vida de uma mãe - mummy meets cólicas

Há dias em que - perdoa-me, Senhor - tenho saudades de estar grávida. Viver a cena toda de novo sem os incómodos do choro incessante que se entranha no resquício mais profundo da massa cerebral.

Na sexta-feira, tivemos mais uma experiência. Daquelas experiências a que eu torcia o nariz quando ouvia falar: andar de carro para acalmar o bicharoco Henrique. E assim foi. Eram umas nove e tal da noite e nós a fazermos um percurso em Mem Martins, a queimar gasóleo para que ele dormisse. Era prisão de ventre a grande culpada do estado lastimoso da minha mini-dose.

Ontem, pânico novamente. O berreiro que não parava por mais beijinhos e miminhos que fossem dados. O Henrique contorcia-se, chorava - mummy meets cólicas e prisão de ventre. Em desespero de causa, acabei por comprar uns mini-clisteres para aliviar a cria (não foram usados). Ante a perspectiva de inserir qualquer coisa no corpo por outro local que não a boca, o bichinho optou por sujar a fralda, voluntariamente.

O pai foi o bombeiro de serviço para acalmar a criaturinha que ainda assim não queria dormir.

Depois disso, a calmaria. Uma noite tranquila. O sossego. O silêncio. Quando estava grávida não dormia, mas pelo menos não ouvia chorar horas a fim, por isso, perdoa-me Senhor, mas em dias de cólicas, preferia estar apenas e tão somente grávida.

24 de abril de 2013

Retalhos da vida de uma mãe - o peso


O Henrique é um bebé franzino. Mesmo antes de nascer, o médico dizia que seria um bebé pequeno. E assim é: magrito e "alto". E tem-me dado uma montanha de ralações na questão do peso. Proporcional aos centímetros que ele vai ganhando.

Quando nasceu tinha 2.510 kg, depois perdeu o peso que seria de esperar. Depois aumentou pouco. Depois, introduzimos leite artificial (LA) 3 vezes ao dia. Depois aumentou demasiado e reduzimos a dose de LA para metade. Depois voltou a perder peso e voltámos a duplicar a dose de LA. Depois aumentou pouco por alguma razão desconhecida (minha má alimentação? problemas de estômago? vírus? stress por causa de eventuais dores?). E reforcei o meu plano de refeições e de ingestão de líquidos e suplemento alimentar para produzir mais. E estamos assim.
E bolçava muito. Demasiado para meu gosto.

Entretanto, até já uma ecografia abdominal foi feita para despistar qualquer problema no estômago. E tenho na mão o pedido para uma análise à urina para ver se houve alguma infecção urinária que provocasse esta flutuação no peso.

Hoje, na 1.ª consulta de pediatria que tivemos, a médica voltou a dizer que o Henrique é magrinho. Eu sei. Eu vejo-o todos os dias. E também esta médica, que nos viu pela 1.ª vez, quer o peso do Henrique controlado. Sinto que tenho em casa um leitãozinho que é preciso engordar (não é à toa que lhe chamo bacorinho).

Sentir que um filho está com fome, ou que não mama o suficiente dá cabo dos nervos a qualquer pessoa. Não me posso enervar. É uma das condições que me impuseram. Mas é inevitável que me sinta frustrada por saber que ando a fazer tudo quanto posso (e que não posso) para que o Henrique aumente de peso e que as minhas expectativas sejam em tom de cinzento.

Pensava eu que, nesta altura do campeonato, podia deixar o meu mini-me dormir à noitinha, sem ter de o acordar para comer, mas não, não posso... o Henrique tem, OBRIGATORIAMENTE, que comer à noite. O meu ritual nocturno: acordá-lo, mudar a fralda, dar-lhe peito, pô-lo a arrotar, dar-lhe outro peito, pô-lo a arrotar - eventualmente, voltar a mudar a fralda - adormecê-lo, pô-lo na caminha e rezar aos anjinhos para que ele não acorde, até daí a 2 horas.

Mas... agora já sorri para os pais, e um sorrisinho dele faz aliviar, por um bocadinho, o aperto que tenho no peito quando sinto que ele não está totalmente satisfeito apesar de tudo.

17 de abril de 2013

retalhos da vida de uma mãe

(mais uma vez, com o henrique atascado no meu colo, ou é berraria daqui à lua)

cada vez que o henrique chora, dói-me no coração. vejo a fralda, dou miminhos ou dou-lhe de comer - uma das três pára o berreiro - mas dói-me sempre.
o meu serzinho teve o rabinho assado. sempre que o mudava, ele chorava de dores, e eu derretia-me a dar-lhe beijinhos e a pedir-lhe desculpa por o estar a magoar.

agora, anda numa fase em que bolça este mundo e o que está para vir; e fico sempre com o coração nas mãos, porque tenho a constante sensação que ele fica com fome. esta noite, acordou desesperado, e muito antes da hora prevista, com fome. que mãe gosta de saber que a sua cria está com fome?

(agora... vou à minha vida, porque está na hora de um certo senhorzito se alimentar - dá-me a ideia que ele tem um relógio no lugar do estômago
. futuras mães, um conselho - e este é gratuito - vão perder muito tempo que antes tomavam como certo. organizem-se de forma a não tomarem o pequeno-almoço à hora de lanchar.)
 

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