Há dias em que - perdoa-me, Senhor - tenho saudades de estar grávida. Viver a cena toda de novo sem os incómodos do choro incessante que se entranha no resquício mais profundo da massa cerebral.
Na sexta-feira, tivemos mais uma experiência. Daquelas experiências a que eu torcia o nariz quando ouvia falar: andar de carro para acalmar o bicharoco Henrique. E assim foi. Eram umas nove e tal da noite e nós a fazermos um percurso em Mem Martins, a queimar gasóleo para que ele dormisse. Era prisão de ventre a grande culpada do estado lastimoso da minha mini-dose.
Ontem, pânico novamente. O berreiro que não parava por mais beijinhos e miminhos que fossem dados. O Henrique contorcia-se, chorava - mummy meets cólicas e prisão de ventre. Em desespero de causa, acabei por comprar uns mini-clisteres para aliviar a cria (não foram usados). Ante a perspectiva de inserir qualquer coisa no corpo por outro local que não a boca, o bichinho optou por sujar a fralda, voluntariamente.
O pai foi o bombeiro de serviço para acalmar a criaturinha que ainda assim não queria dormir.
Depois disso, a calmaria. Uma noite tranquila. O sossego. O silêncio. Quando estava grávida não dormia, mas pelo menos não ouvia chorar horas a fim, por isso, perdoa-me Senhor, mas em dias de cólicas, preferia estar apenas e tão somente grávida.
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