7 de novembro de 2013

Ansiedade da separação

Esta é uma daquelas coisas que se lêem nos livros, e pensamos que, só com o tempo, é que vemos se o nosso bebé sofre ou não daquela "maleita".

Dizem os livros que quando os bebés se apercebem, efectivamente, da dependência que têm dos pais (especialmente em relação à mãe) podem sentir-se ansiosos cada vez que a mãe sai do seu campo de visão, nem que seja por cinco minutinhos. O bebé pode chorar, acordar à noite, etc... e normalmente os "sintomas" aparecem por volta dos 7/8 meses. 

O Henrique nunca foi bebé de gostar de estar sozinho. Entretém-se um bocado, mas logo procura ficar o mais próximo de mim ou do pai, mas ultimamente tem sido demais. O que me fez pensar imediatamente no diagnóstico "ansiedade da separação" aconteceu há pouquíssimos dias.

Atenção que não sou psicóloga, nem pediatra, nem nada que se pareça, mas o meu filho conheço eu.

E o que se passou foi o seguinte: hora do jantar do Henrique. Por cada colherada que levava à boca, estava cinco minutos a chorar. Um berreiro que não há memória. Parecia que não podia estar a ser mais contrariado. Como se jantar estivesse quase a ser um acto criminoso. Como se eu o estivesse a forçar, literalmente, com ferros, a abrir a boca para comer.
O pai veio ver o que se passava. Assim que agarrou na mão do pai, não mais a largou. A presença do meu excelso homem acalmou a cria que, assim, terminou de jantar rapidamente.

Nos últimos dias tem vindo a acordar mais vezes durante a noite e para adormecer mais depressa só agarrado à minha mão. E sem falar de que temos de estar - sempre - um de olho nele, porque, se por mero acaso, saímos ambos da sala (quem diz sala, diz quarto ou cozinha), instala-se a choradeira.

Estará o meu bacanito a passar por esta fase? Ansiedade da separação, you suck!

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