24 de abril de 2013

Retalhos da vida de uma mãe - o peso


O Henrique é um bebé franzino. Mesmo antes de nascer, o médico dizia que seria um bebé pequeno. E assim é: magrito e "alto". E tem-me dado uma montanha de ralações na questão do peso. Proporcional aos centímetros que ele vai ganhando.

Quando nasceu tinha 2.510 kg, depois perdeu o peso que seria de esperar. Depois aumentou pouco. Depois, introduzimos leite artificial (LA) 3 vezes ao dia. Depois aumentou demasiado e reduzimos a dose de LA para metade. Depois voltou a perder peso e voltámos a duplicar a dose de LA. Depois aumentou pouco por alguma razão desconhecida (minha má alimentação? problemas de estômago? vírus? stress por causa de eventuais dores?). E reforcei o meu plano de refeições e de ingestão de líquidos e suplemento alimentar para produzir mais. E estamos assim.
E bolçava muito. Demasiado para meu gosto.

Entretanto, até já uma ecografia abdominal foi feita para despistar qualquer problema no estômago. E tenho na mão o pedido para uma análise à urina para ver se houve alguma infecção urinária que provocasse esta flutuação no peso.

Hoje, na 1.ª consulta de pediatria que tivemos, a médica voltou a dizer que o Henrique é magrinho. Eu sei. Eu vejo-o todos os dias. E também esta médica, que nos viu pela 1.ª vez, quer o peso do Henrique controlado. Sinto que tenho em casa um leitãozinho que é preciso engordar (não é à toa que lhe chamo bacorinho).

Sentir que um filho está com fome, ou que não mama o suficiente dá cabo dos nervos a qualquer pessoa. Não me posso enervar. É uma das condições que me impuseram. Mas é inevitável que me sinta frustrada por saber que ando a fazer tudo quanto posso (e que não posso) para que o Henrique aumente de peso e que as minhas expectativas sejam em tom de cinzento.

Pensava eu que, nesta altura do campeonato, podia deixar o meu mini-me dormir à noitinha, sem ter de o acordar para comer, mas não, não posso... o Henrique tem, OBRIGATORIAMENTE, que comer à noite. O meu ritual nocturno: acordá-lo, mudar a fralda, dar-lhe peito, pô-lo a arrotar, dar-lhe outro peito, pô-lo a arrotar - eventualmente, voltar a mudar a fralda - adormecê-lo, pô-lo na caminha e rezar aos anjinhos para que ele não acorde, até daí a 2 horas.

Mas... agora já sorri para os pais, e um sorrisinho dele faz aliviar, por um bocadinho, o aperto que tenho no peito quando sinto que ele não está totalmente satisfeito apesar de tudo.

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