16 de maio de 2013

Amamentação

Já escrevi aqui que optei por dar mama ao Henrique. Mal me perguntaram - ainda na sala de parto - se queria amamentar, o meu instinto disse "sim", sem que a minha boca sequer se apercebesse do que acabava de dizer.
Sempre tive medo que a genética falasse mais alto e me visse impossibilitada de amamentar. A minha mãe contava que o leite dela era fraco, e que secou rapidamente, e que o meu irmão passou fome nas primeiras semanas de vida e etc, etc, etc... já me via a protagonizar o mesmo filme e a gastar rios de dinheiro em latas de Aptamil (nome escolhido ao acaso... julgo que era o leite que o meu irmão bebia!).

No curso de preparação, disseram que estas questões eram mitos. Que os médicos "do antigamente" não promoviam a amamentação e que seguiam o caminho mais simples para não se chatearem com mães a chorarem-se por causa dos problemas de mamas.

(um aparte: acho que nunca se "disse" tantas vezes a palavra "mamas" como agora neste blog!)

Tive o Henrique a uma 6.ª feira e no sábado tinha as mamas em pedra. O bichinho não pegou bem e além da subida repentina do leite, fiquei com um dos mamilos gretados. À distância de 2 meses, sei que é normal, mas na altura foi HORRÍVEL. O Henrique chorava, eu chorava... as enfermeiras ensinaram-me a tirar o excesso de leite e a massajar o peito para desfazer os nós que se formavam. Sobrevivi.

Em casa, continuei durante uns dias a fazer massagem até que deixou de ser necessário. O Henrique continuava a mamar, mas chorava muito e o peso não aumentava por aí além.
Nas visitas semanais ao centro de saúde, chegámos à conclusão que eu produzia bem, mas tinha o "problema" de ter leite da categoria "magro". Toca de tentar engrossar a coisa. Comer muito fast-food, frutos secos, beber muita água...
O Henrique mamava, mas continuava a choradeira, e o aumento de peso era residual. Toca a introduzir leite artificial. Confesso que fiquei frustrada: queria amamentar, mas o meu corpo insistia que ele é que manda. Enfim, mas desde que vi que o Henrique fica muito satisfeito em mamar e depois beber do biberão, lixei um bocado na minha insistência e dou-lhe o que o meu corpo mandar. Por pouco que seja, quero é o meu filho feliz e a crescer.

Não sou fundamentalista da amamentação. Tentei e não resultou em pleno. Que se lixe. Haja dinheiro para comprar leite artificial. Mas, ainda assim, ninguém me tira o prazer e o gozo de amamentar o meu ratito, mesmo que seja apenas meia horinha de 3 em 3 horas (agora um bocadinho mais alargado!).

Entretanto, SE houver algum/a novo/a visitante, o site SOS Amamentação é muito bom a esclarecer dúvidas que surjam, e saber que há alguém - à distância de um telefonema - que ajuda neste campo, é tranquilizante.

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