14 de fevereiro de 2008

O meu primeiro namorado

O cérebro humano é do caraças. Hoje, lembrei-me, insistentemente, do meu 1.º namorado. Lembro-me com se fosse hoje da forma como começámos a namorar. Se é que se pode chamar namoro a uma "coisa" de uma semana e pico, quando se tem 13 anos.

Éramos um grupinho pequeno: 4/5 pessoas de turmas diferente, que todos os intervalos nos juntávamos perto do bar da escola. Estávamos no 7.º ano. Do alto da maturidade dos nossos 13 anos, conversávamos das aulas, dos professores, do verbo "gostar"...

A J , que era a minha melhor amiga, gostava do E e nunca o escondeu, mas o tonto nunca se apercebeu... os rapazes de 13 anos não primam pela atenção. Eu andava de olho no V, que por sua vez namorava com a P. Uma confusão sem par.

Um dia, o E diz à frente de toda a gente "Cristina, queres namorar comigo?". Assim: sem pré-aviso, sem bilhetinho escrito à sucapa numa aula qualquer. Ficaram todos calados a olhar para mim. Eu, encarnada que nem um tomate maduro, fiz o que qualquer pessoa racional faria: fugi a sete pés dali. A J ia odiar-me para o resto da vida se eu aceitasse. Ela veio ter comigo. Disse que ele era um estúpido e que nunca iria namorar com ele na vida. E que se eu quisesse para aceitar, porque ela não ia ficar chateada; rapaz algum nos iria separar! (tão novinhas e já tão espertinhas, hein?!)

Aceitei, dois intervalos depois. Foi a ele que dei o meu 1.º beijo. A minha mãe adorava-o. Ele chamava-lhe "sogra". Hoje, o E é GNR. Esteve, no ano passado, em missão em Timor. Há 4 anos que não nos encontramos. Mas hoje lembrei-me dele. Enviei-lhe uma mensagem. É uma parvoíce, não é?

20 estrelinhas:

SunGod disse...

parvoice? longe disso... é no seguimento da tua onda nostálgica de "recordar os pequenos momentos"...

Hoje acordei e tive mais ou menos o mesmo pensamento para, no entanto, chegar à conclusão que, embora bonitas, não são das recordações que guardo com mais carinho mas mesmo assim marcam passagens da vida. Uma ou outra gosto de recordar, as restantes ainda picam um bocadinho, especialmente as mais recentes que doem que se fartam... mas enfim, o dia assim o proporciona, ainda para mais agora... se já não ligava mto ao S. Valentim, ultimamente até preferia que não existisse... mas pronto, eu sou por demais de estranho que querem? :P

Capitão-Mor disse...

Parvoíce? Fizeste o que o coração te mandou, certo?
De qualquer modo, nunca fui apologista deste romantismo de datas marcadas.

Cristina disse...

Sungod... sei exactamente daquilo que falas.

Capitão... eu também não sou dada a grandes romantismos, apesar de ter os meus momentos. Com o E éramos dois miúdos: ele é um dos meus amigos de infância. E vejo-o sempre como sendo o meu 1.º namorado, a pessoa a quem dei o 1.º beijo... e estas coisas nunca se esquecem. Acho eu!

paulo disse...

Quando se faz o que o coração manda (nem que seja como reconciliação com o passado), está tudo certo e não é parvoíce nenhuma!
Aproveito para retribuir a tua visita comentada há uns dias atrás (ainda te lembras?) e simpatia no Felizes Juntos. Obrigado, um abraço e tem o resto de excelente dia 14!

Cristina disse...

Olá Paulo... obrigada pela visita. Lembro-me, claro! Como iria esquecer o blog que tinha uma das minhas músicas favoritas a tocar?! :)

As reconciliações com o passado, como tão bem dizes, custam sempre um bocadinho. Mas agora estou numa nova Primavera da minha vida; voltei a abrir-me ao mundo. Um beijinho e volta sempre.

paulo disse...

Ah, pois foi, a música fantástica de Josh Groban :)

Acredita que eu sei como custa reconciliar o passado e com o passado! Às vezes, vale a pena, outras bates directamente numa parede. Se acontecer é porque deves considerar que o assunto está encerrado, a missão cumprida.

Que nunca termine nunca essa Primavera (devia só haver esta estação)!
Outra abraço

Cristina disse...

O Josh tem a capacidade de nos fazer sonhar... voz fantástica e presença irrepreensível.

O passado é uma coisa muito interessante: passamos metade da vida a tentar esquecê-lo e outra metade com ele no pensamento. Há situações e pessoas que, por muitos anos que passem, ficam sempre num cantinho especial. Enfim...

Sadeek disse...

Não é não amiga, Cristina.
Achei um gesto bem catita.
Curiosamente por vezes também me lembro da minha primeira namorada, uma baixinha sardenta bem à maneira de seu nome Margarida. Mas acho que ela não foi em missão nenhuma para Timor...AHHAHA

Ahhhh, só duas notas, eu não tenho 13 anos e continuo sem primar pela atenção! O que é que isto quererá dizer?! :P

A segunda nota é sobre isto "rapaz algum nos iria separar! (tão novinhas e já tão espertinhas, hein?!)"!!! Tavas a reinar, não estavas?! Estamos a falar de mulheres, pá! Não de homens...AHAHAHAH

:P

BEIJÃO

P.S:- Continuo infectado. Damnnnnnn

Cristina disse...

Sadeek, significa que ainda tens uma criança em ti... :D

Achas que estava a reinar?! Eu lá sou gaja para brincar com coisas sérias!

Desinfecta-te... temos umas conversinhas para pôr em dia! :D

Beijooo

Sadeek disse...

Um criança?! Dentro de mim!? Nã nã nã...quem tem é a minha mulher!! Eu sou homem, não posso...dahhhh ;)

Ah, e tu sabes tão bem como eu que as mulheres, no que toca a disputarem homens, têm pouca ética. Mesmo que tenham de "atropelar" amigas. Os homens, nisso, são doutra loiça... ;)

Acho que desinfectado só segunda. Parece que este é bravo, tem de cá vir o informático que, curiosamente, até anda na tua terra!!! AHAHAHA

Cristina disse...

Quando escrevi esta da "criança dentro de ti", já imaginava essa boca :D

Meu amigo, com 13 anos, as mulheres são fiéis às suas amizades... não é como agora, que anda meio mundo a lixar o outro meio. Enfim...

Quanto ao informático, digo-te uma coisa: LEIRIA RULES!! Hahaha

Sadeek disse...

Era básico a mais, não era Cristina?! Tão fácil tão fácil que até doi...era óbvio que esta bojarda tinha de saltar... ;)

Ok...não levei em linha de conta a idade...assim sendo já aceito o teu argumento... :P

Ah...e o informático...parece que foi ENSINAR os leirienses...diz-se que aí não havia gente competente para isso de modos que tiveram de vir buscar um à capital...AHAHAHAHAHHAHAHAH

(já estou a tirar a camisa de forma a que possas vergastar com mais força...AHAHAHA)

Nuno disse...

Sadeek, se não primas pela atenção, é porque deves ser do signo "Peixes"! LOL

Cristina, as recordações fazem parte da vida. Não me parece que seja parvoice pensares no que se passou!

Beijitos,
Nuno.

Manuel disse...

Oh não é nada parvoíce, então?
Recordar é viver.
Todos nós temos as nossas lembranças. Recordamo-las(vivemo-las).
E isso é tão bom e saudável, não é?
Enfim... (suspiro)

Beijo

P.S: Adoro o teu novo look. (não que utilizasse no meu blog, mas fica-te a matar:P)

Sophia disse...

Não é parvoíce! Aqueles momentos que passamos são tão bons, aquela inocência toda, a expectativa de como será beijar algum rapaz, de repente crescemos e percebemos que queremos voltar atrás para viver isso de novo. Não é parvoíce voltar atrás no tempo, pelo menos recordar com carinho...

Cristina disse...

Sadeek, era básico, sim... demasiado previsível. Quanto às idade, pois... são raras as miúdas que não passam o dia a fazer declarações de amor às pitas da mesma idade. Perde um bocadinho de tempo no Hi5 e faz uma pesquisa de garotinhas entre os 12 e 14 anos - vais ter surpresas! :D

Nuno... mau mau... essa boca do Peixes tinha outra direcção, não tinha?! As recordações são inerentes ao ser humano... e acho que à medida que vou ficando mais velha, tenho tendência a pensar no que está para trás.

Manuel, é uma delícia. Pensar na ingenuidade e na alegria que havia quando se tinha 13 anos. Obrigada!! No teu ficava... humm... estranho, no mínimo. :)

Katynha, antes de mais, bem-vinda. Quando foi esse "primeiro beijo", estava assustadíssima, mas não me quero alongar, porque foi um drama que fica para outro post :D

Nuno disse...

Cristina, essa dos Peixes não tinha outra direcção, até porque eu também sou Peixes. Apenas referi o facto por ser uma das características dos "piscianos" (comigo confere).

Já agora, é natural que, à medida que os anos vão passando, tenhas tendência em pensar mais no passado. Afinal de contas, vamos chegar a um ponto em que já vivemos mais do que o que temos para viver.

Quando a idade começa a pesar invertem-se os papéis: Quando somos pequenos só pensávamos em ser adultos. Quando chegamos a adultos, temos pena de já não sermos crianças. Nunca estamos contentes com aquilo que temos, é o que é!

Beijitos,
Nuno.

Sadeek disse...

Nuno...peixes!? Eu?! Nops, caranguejo mesmo! Mas também é do mar....serve?! eheheh

Cristina...buscas no Hi5 por miúdas entre os 12 e 14 anos?! Mas tu queres-me arranjar problemas!? Isso chama-se pedofilia, sabes!? HAHAHAH......e não faz a minha onda chavalinhas dessa idade...AHAHAHA


BEIJOS E ABRAÇO

Cristina disse...

Nuno... eu sei! Estava na brincadeira :)

Sadeek, no fim de ter escrito aquilo, apercebi-me que soava muito mal. Pudemos chamar-lhe "pesquisa científica". Para comprovar uma teoria... tudo dentro dos conformes e segundo as normas europeias!

SunGod disse...

Cristina... não duvido mas posso colocar as minhas reticencias!
Se nem eu próprio sei exactamente aquilo de que falo, ou melhor, não sei quantificar precisamente aquilo de que falo porque não é algo que alguma vez tenha sentido... mas isso são outras núpcias, daquelas que espero poder falar mais convenientemente!

 

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