Diário de uma peregrinação involuntária

Dia 1 (11 de Maio)
Chefe destaca a Cristina para ir acompanhar os peregrinos na rota que vai para Fátima. Olho para a rua e está a chover. A contra-gosto penso "se eles vão para Fátima a pé, eu também posso ir de carro".
Cristina acede (pudera!), pega no material de escrita e põe-se a caminho com o fotógrafo. Ele não encontra ângulo para A fotografia. Cristina não tem ângulo para A reportagem.
Continuamos o percurso até Fátima. Um Santuário quase deserto, mas já tenho material mais que suficiente para escrever. Almoço às 14h30... uma sandes de frango e batata frita palha e um sumo de laranja.

Dia 2 (12 de Maio)
Chefe volta a destacar a Cristina para fazer a peregrinação. Agora pede números oficiais. Olho para a rua... o tempo está lusco-fusco, mas não chove. Leio a notícia que saiu no JN e vejo que uma das fontes citadas é o meu antigo pároco. Dou três pulinhos de alegria porque posso escapar a dois ou três processos chatíssimos intermediários para chegar a ele, porque tenho o número de telemóvel.
Cristina pega no material de escrita e baza com o fotógrafo. Fazemos a mesma rota não vá ter-nos escapado algum pormenor interessante.
Encontramos dois GNR a distribuir águas pelos peregrinos que ainda estão a caminho (um deles é giro e tem uma voz bonita... tento ignorar).
Chegados a Fátima... alguns milhares de pessoas já se arrastam pelo Santuário (tema para uma próxima edição).
Cristina pensa no que vai fazer... elabora um mini-mapa de assuntos a abordar e procura-os. Feito o trabalho, está na hora de voltar...
Almoço às 15h40... uma sandes de ovo e milho e um Ice-Tea de limão. Ando com uma dieta rigorosa de fé.

Dia 3 (13 de Maio)
É só amanhã, bem sei. Mas também sei que tenho de estar de rabinho levantado da cama, bem cedo, porque está previsto arrancar de Leiria às 8h00 .