Ser ou não romântico? Eis a questão da etiquetagem perfeita

Ontem, tive uma conversa interessante com um dos meus colegas de trabalho. No fim, ria-me e dizia-lhe "vê-se perfeitamente que não me conheces". O tema: amor.

Durante as horas de expediente, faço-me acompanhar de uma armadura e não quero que percebam os meus pontos fracos. Não gosto de me sentir vulnerável. Por isso, os meus colegas só conhecem a Cristina que lhes permito que conheçam.

Em conversa, disse que sou muito romântica e que esse será um dos meus maiores defeitos. Olhou para mim, como se eu fosse um extraterrestre e disse que não acreditava. Acrescentou que o romantismo se nota nos pequenos gestos, nas palavras e nos olhares.

"Simples, meu caro. Não estou apaixonada por nenhum de vocês. Porque seria romântica convosco?"... continuou a olhar-me como se eu fosse um bicho raro. Apeteceu-me chamar-lhe idiota. Mas não o fiz. Ri-me na cara dele e perguntei se tinha de começar a desenhar coraçõzinhos em todos os post-its do jornal.

Afinal de contas o que é ser romântico? É choramingar com todos os dramalhões de cordel dos ecrãs de cinema? É ouvir Enrique Iglesias de manhã à noite? É ler todos os livros da Danielle Steel?