14 de janeiro de 2009

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Tinha feito um texto sobre as afirmações de D. Policarpo. Achei melhor apagar. E decidi que não vou voltar a mexer com temas delicados como: caso Esmeralda e Igreja Católica.
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8 estrelinhas:

João disse...

Será que só eu é que gostei de ouvir o Cardeal?
Pareceu-me bastante sincero e ponderado no que disse. De falsos moralistas e politicamente correctos já está o mundo cheio, acho eu..

E eu nem vou à bola com a religião.

Cor do Sol disse...

Sinceramente não achei a coisa tão grave. Afinal, é o que a maior parte das pessoas pensa e não diz. A maior parte das mulheres da nossa idade nunca se converteriam para terem uma vida tipicamente muçulmana. Eu entendi as coisas nesse sentido. E quando a assunto é religião, há que empolar o assunto ao máximo.

Beijo

Cristina disse...

João, estamos a falar na figura máxima da Igreja Católica em Portugal. E quando a Igreja Católica proclama a irmandade entre povos, o nosso D. Policarpo devia estar caladinho. E quando tivemos um Papa que queria a igualdade e liberdade (e principalmente a fraternidade) das religiões, caiu-me mal.

Cor, estamos no século XXI onde uma mulher não é obrigada a casar. Só casas com um muçulmano se quiseres e estiveres preparada para isso. E estamos a falar nas mulheres do século XXI que são, minimamente, informadas. Disseste bem: "A maior parte das mulheres da nossa idade nunca se converteriam para terem uma vida tipicamente muçulmana" - claro que não converteriam. Por isso, a declaração foi completamente escusada.

Beijoooosss

PJ disse...

Cara Cris, para além da formação religiosa que tens, tens uma outra formação que julgo que te ajudaria a "decifrar" isto. Sabes perfeitamente que aquela pequena frase proferida pelo Cardeal fez as delicias de qualquer jornalista, para manchete.

Concordo com os primeiros comentários e para mim aquilo foi mais um alerta do que outra coisa.

Tu, que és gaja, deves saber que se te aparecer um tipo à frente por quem te enamores, "esqueces tudo o resto". O D. José Policarpo falou, ainda neste contexto, em algo muito importante que julgo que ajudaria (e muito) e perceber todo este pseudo caso: perceber a cultura muçulmana. Será que todas as mulheres saberão que teriam que se converter em muçulmanas? E que liberdades têm elas, comparativamente às da cultura ocidental?

Nestes temas polémicos, o melhor é deixar assentar a poeira e ler um semanário, que tem tempo de aprofundar os temas e de ouvir todas as partes, esclarecendo, assim, os leitores.

PS: Raios partissem os jornalistas diários, horários, "minutários" e afins :P

João disse...

Eu estou é farto de ver os senhores da igreja sem opinião formada sobre nada, e a seguirem apenas tudo o que vem lá de Roma.

Gosto de saber que no meio da igrejazinha que temos por cá, ainda há quem pense pela sua cabeça e diga o que afinal, todos nós pensamos (ou a maior parte, vá).
No meu lugar, daria exactamente o mesmo conselho às mulheres que lá estavam, se me perguntassem sobre a matéria (o que foi o caso, pois não foi nada premeditado).
É que até parece que ele ofendeu uma enormidade de portugueses. Quantos de nós já andou com um muçulmano e foi para um país árabe? Assim de repente.. não estou a ver ninguém meu conhecido.

Concordo com a Cor do Sol. Se o Patriarca falasse sobre a crise ou sobre a pobreza, ninguém se manifestava, porque isso não interessa a ninguém. Agora fala-se dos muçulmanos e é logo o fim do mundo, porque afinal de contas nós temos é que ser amigos das outras religiões e assim estamos a marginaliza-los.

Que seja então.
Fanáticos? Eu quero é distância deles.


[mas estas coisinhas é que são fixes para os blogues. já estou arrependido de ter encerrado o meu. damn. :p]

João disse...

Já agora,
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/42820.html

[o meu delito de opinião]

Cristina disse...

Mas é exactamente aí que quero chegar, PJ e João. Nos dias de hoje, não há nenhuma mulher que se converta sem saber ao que vai. O tempo dos casamentos arranjados, aqui, na nossa ocidentalidade europeia, já lá vai.

O artigo que o João linkou aborda isso: a falta de timming da afirmação. D. Policarpo teve a mesma atitude que os muçulmanos: tratou as mulheres como atrasadinhas.

PJ, qual era a mulher que, com uma base, cristã, ortodoxa, protestante (ou de qualquer outra religião), se converteria ao islamismo, por muito apaixonada que esteja?

Por exemplo, a conversão ao judaísmo é feita segundo certos trâmites e depois de um processo. Não basta dizer "agora sou judia", para se passar a ser.

Mudar de religião não é como ir ao super-mercado trocar um produto.

Cristina disse...

O facto de ser 'gaja' e de me 'enamorar' e 'esquecer tudo o resto' não me faz esquecer os preceitos em que fui educada, nem me faz esquecer os meus valores e aquilo em que acredito...

 

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