9 de janeiro de 2007

O Apocalipse de Gibson

No sábado à noite, fui ao cinema. Já não ia lá há algum tempo… fui ver um filme cujo conhecimento sobre o mesmo era nulo. Já tinha ouvido qualquer coisa sobre ele na televisão, mas a minha atenção tinha sido abaixo de “0”. Apocalypto… de Mel Gibson. Confesso que ia de pé atrás, relativamente ao filme. O receio que aquilo fosse... a chamada “banhada”… era superior à ideia que tenho do Mel Gibson-realizador.

Fiquei surpreendida. O filme é fantástico. Totalmente falado em iucateque (dialecto Maia), a fazer lembrar o aramaico de A Paixão de Cristo. O tempo da história é um pouco antes da chegada dos espanhóis ao continente sul-americano, no século XVI.

Um jovem nativo, Jaguar Paw (Pata de Jaguar) vê a sua aldeia ser dizimada e, juntamente com outros homens da sua tribo, é capturado. São levados numa perigosa viagem para serem sacrificados, pelos violentos guerreiros Maias. Antes de ser levado, Jaguar Paw consegue pôr a salvo o filho e a esposa grávida, num buraco.

No entanto, e após uma longa e tortuosa jornada, é-lhe dada uma desumana hipótese de salvação: se conseguir atravessar um campo sem ser morto, pode regressar à floresta. Jaguar Paw corre, pensando na família, e é atingido por uma seta. Num último esforço, arranca a seta do abdómen e espeta-a num dos seus captores, matando-o. Jaguar Paw empreende, então, uma fuga desesperada de regresso a casa, de forma a conseguir reaver a família e conservar o seu modo de vida: “Vamos procurar um novo começo!” – é a última frase do filme.

É um filme brutal, cruel, vêem-se violações, cabeças cortadas, sacerdotes maias a arrancar corações humanos de forma a oferecê-los ao Deus Sol… lutas de vida ou morte. Dito assim parece ser horripilante, mas está lindamente inserido no contexto. Recomendo vivamente, sendo que Rudy Youngblood (Jaguar Paw) é um herói bastante convincente.


QUANDO O FIM CHEGA, NEM TODOS ESTÃO DISPOSTOS A DESISTIR...


(*lamento não pôr aqui nenhuma imagem, mas este Blogger dá cabo de mim e não me deixa ilustrar o texto!!)

3 estrelinhas:

Alexandre disse...

Uau, que surpresa, tu também és uma crítica de cinema de mão cheia! Um dia destes peço-te uma crítica sobre algum filme que queiras escrever...

Ainda não vi o Apocalipto, mas decreves-o tão bem que fico com muita vontade de o agendar para um dia próximo - já me tinha parecido que era mt violento...

Beijinhos! Muitos!!!

Cristina disse...

Nahhh... a minha "especialidade" são resumos de futebol, por isso, nem imaginas a dificuldade que tive em escrever um texto tão simples como este.

É difícil pôr em papel uma data de sentimentos que o filme transmite. Neste filme, ri, chorei, arrepiei-me, assustei, clamei por justiça... são demasiadas coisas, demasiado importantes para um resumo tão pequenito.

Beijinhos grandes e aparece sempre

Mónica Lice disse...

Parabéns pelo blog e obrigada pelo link!

Beijinhos.

 

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