3 de julho de 2009

Amor em HD

Se eu podia viver sem amor? Podia... mas não era a mesma coisa.

Peço desculpa aos senhores criativos da campanha daquela empresa de televisão por cabo que começa pela letra Z, termina em N e tem um O no meio, mas tive de adaptar a ideia-chave.

No ano passado, por esta altura, havia entrado de férias de relações amorosas, devido aos 'flops' que se sucediam. Era complicado manter um certo nível de sanidade mental numa altura fulcral da minha vida, então decidi proibir-me de me apaixonar. Era necessário algum 'jogo de cintura', porque toda a gente sabe que, no nosso corpo, só há duas coisas indisciplinadas: o cabelo e o coração.

Tinha conhecido o Marco, o Raul e o Eduardo. Tinha falhado uma reaproximação ao Ed. Depois de uns copos, vi que os quatro tinham tudo para não resultar. Não eram más pessoas (excepto o Marco), mas simplesmente: ou queriam tudo, ou queriam qualquer coisa de indefinido.

Tenho uma amiga que está a passar pelo mesmo estado letárgico que eu passei. Tudo era indiferente, tingido de negro, como se a vida só desse coices... mas está a tentar despertar. Está a perceber que, para os outros gostarem dela, tem de fazer o exercício de se apaixonar por si própria.

Na minha opinião, será esse o limite do amor em alta definição: a pessoa 'ver-se' com a nitidez do HD. Sentir as dores, as alegrias, a felicidade, as cores, os sons e os cheiros. Sentir a vida para além das desilusões.

10 estrelinhas:

entremares disse...

Amor, estranho amor...
Choram os que o têm, choram os que o não têm...
E quem não o tem, precisa de o descobrir, de o inventar...

Passado um tempo, acabamos por concluir que temos que ser descobertos, que o amor tem que saber que existimos, que estamos disponíveis para mudar, nem que seja um grão de areia das nossas arestas...

E então, lá conseguimos amar-mo-nos a nós mesmos, descobrir-mo-nos, entender-mo-nos... e perceber finalmente que tudo começa em nós...

Um bom fim de semana para ti...

NI disse...

Não penso que seja suficiente um processo de auto conhecimento.

Bjs

J. Maldonado disse...

Nada melhor que as amizades coloridas, pois, como não criam expectativas, não acarretam desilusões amorosas... :)

Cristina disse...

Entremares, é muito por aí, sim. Obrigada pelo comentário e bom fim-de-semana.

Ni, não é suficiente, mas passa por aí. Acho que as pessoas gostam mais de nós, quando também temos orgulho naquilo que somos.

Maldonado, as "amizades coloridas" funcionam até certa altura. São estabelecidas regras e ambos concordam com elas. Mas há uma certa altura em que um começa a gostar mais e o "acordo" inicial deixa de funcionar. A "amizade colorida" é um falso pretexto.

Beijossss

Nitrox disse...

Voltando a frases publicitárias e citando uma de um leite que começava por M, acabava em L e tinhas as letras ATINA no meio (juro que só agora é que vi o trocadilho): "Se não gostar de mim quem gostará".

Fica Bem!

(ainda me estou a rir do ATINA).

J. Maldonado disse...

A arte está em fazer com que a amizade colorida funcione como deve ser, sem quaisquer compromissos afectivos e sexuais, para que nenhuma das partes se envolva. Não é fácil, mas também não é impossível... Se com uns funciona perfeitamente porque é que com outros não há-de funcionar? É tudo uma questão de mentalização.

Patricia disse...

Eu concordo contigo. Temos que nos encontrar, saber quem somos, o que queremos, o que pretendemos para a vida. Se este processo é facil, rápido e indolor? Por mim falo: não. Mas faz-me hoje ser o que sou. E depois então estar disponível para amar outro e permitir que nos ame. Mas sabes acho que isto funciona em lopp em esp+iral... É um processo contínuo!

Sadeek disse...

Eu só quero fazer um reparo que no meu corpo há mais coisas indisciplinadas para além do cabelo e do coração...AHAHHAA

Unknown disse...

Concordo...

Cristina disse...

Nitrox, é isso mesmo :)

Maldonado, há muitas variáveis. E não resulta com todas as pessoas da mesma forma. Falo, porque já passei pela situação :)

Patrícia, se fosse fácil, ninguém sofria e éramos todos uns patetas alegres. Mas também nunca ninguém disse que era fácil... :)

Sadeek, em ti e em 100% da população masculina que não está em hospitais nem toma o comprimido azul :P

M, já imaginava ;)

Beijooooosss

 

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