Quando troco a fralda ao Henrique, se estiver com tempo, dou-lhe beijinhos na barriga. Muitos. Digo "a mamã vai papar a tua barriga". E dou-lhe beijinhos repenicados, dos normais, dos lambuzados... não interessa. Dou-lhe beijinhos.
Ele gosta, ri-se e para mim. O meu coração aquece ao ver aquele sorriso "bi-dente".
Ontem, mesmo ao finzinho do dia, quase quase na hora de o pôr para dormir, estávamos a brincar em cima da cama, com o macaquinho de peluche e com a fraldinha de pano. A determinada altura, deito-me e digo que vou para o "ó-ó". E a minha barriga, naquele momento, ficou destapada. A camisola subiu ligeiramente e a barriga ficou à mostra.
O Henrique inclina-se sobre mim e lambuza-me a barriga, num beijinho trapalhão. Um beijinho que só ele soube dar. Parva como sou, fiquei de lágrima no olho.
Uma coisa que eu faço para o ver sorrir, para ele tornou-se um gesto a fazer.
Se isto não aquece o coração, não sei o que aquecerá.
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