E eis que, de repente, tudo muda. Entre a ideia que as nossas vidas mudam depois do nascimento de um filho e a vivência diária vai uma distância medonha.
Sabíamos que íamos sofrer uma mudança radical, mas continuamos a aprender e esforçamos-nos diariamente para lidar com esta miniatura que invadiu o nosso espaço.
Para terem uma ideia: apenas na 5.ª feira consegui sentar-me no sofá um pouco e ver televisão durante pouco mais de uma hora (e mesmo assim adormeci, por instantes, durante uma cena de guerra, sangue e esfaqueamentos na série "Spartacus").
No geral, o Henrique não é um bebé que dê muitos "problemas" durante o dia. O complicado, realmente, são as noites / madrugadas. É um castigo pô-lo a dormir depois de comer.
Chora, chora, chora, engasga-se, soluça, faz beicinho, quando pensamos que finalmente adormeceu, abre a pestana e recomeça a berraria. Os nossos vizinhos devem andar felicíssimos em ouvir os pulmões do meu filhotinho às tantas da madrugada... enquanto que eu ando toda grogue a trocar as horas da madrugada.
E é um fiteiro, senhores!!! As vezes que começa a "miar" até que alguém lhe pegue, para imediatamente parar, são dignas de nota... normalmente, o pai é que é a vítima. E depois é ver o pequenitates a olhar para o tecto como se nada fosse ou a fazer a expressão que apelidei de "tem alguma dignidade, pá!"
Ontem, o pirralho fez 1 semana de vida. E é um gozo olhar para ele e ver o quanto já mudou em apenas alguns dias. Se, na maternidade, estava cheio de manchas na cara e no corpo, agora já está mais "limpo" e a cara começa a arrendondar mais.
E é um gozo maior ainda olhar para ele e perceber que apesar das noites mal-dormidas, de fraldas trocadas em catadupa, de roupinhas trocadas a uma velocidade ainda maior, do choro incessante que se entranha no cérebro (e como se entranha!!!), das dores iniciais da amamentação, do desconforto dos pontos da cesariana... esta coisinha mágica é o meu filho!
E quem se consegue sentir mal quando olha para a sua própria criação?!
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