28 de outubro de 2011

A maldade primitiva do Homem

Há uns anos, conheci o Duarte Lima. Era conferencista numa sessão sobre a leucemia, e a história dele comoveu-me.
Senti uma imensa simpatia e solidariedade pela provação que tinha passado, bem como pela coragem que demonstrava em falar abertamente sobre a doença que o tinha atingido.
Quando saí da conferência, era capaz de meter as mãos no fogo por aquele senhor tão simpático.

Mas... o tempo foi passando e vieram os escândalos sobre as trapaças do filho. E as suspeitas do enriquecimento do próprio Duarte Lima. E a minha simpatia foi diminuindo.

Entretanto, a notícia da morte da dona Rosalina, as suspeitas sobre o envolvimento de Duarte Lima, as contradições do senhor, a recusa em responder a perguntas da polícia brasileira (onde há fumo, há fogo!), o não saber que carro guiava no Brasil, nem que empresa lhe tinha prestado o serviço, mas mandar mails a pedir a factura... enfim, um sem número de indíces incriminatórios que me fizeram dizer "Adeus!" a qualquer réstia de qualquer coisa boa que pudesse sentir por ele.

Causa-me repugna que alguém mate outro alguém por causa de dinheiro. A ambição desmedida e a crueldade que daí poderá advir causa-me arrepios e faz-me ter consciência da maldade natural e primitiva do Homem.

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