26 de fevereiro de 2010
Sai um "obrigadinha" a:
NI, Pedro Ferreira, James, Sadeek, Miguel Carvalho, SmS, João, Paulo e Maggie, pelas felicitações. E também: a todos aqueles que me enviaram beijinhos de parabéns via-Facebook, Twitter, mail e mensagens. Adoro-vos a todos, mas não consegui agradecer individualmente.
24 de fevereiro de 2010
Dicionário de Português-Português
mudar
(latim muto, -are)
v. tr., intr. e pron.
1. Fazer ou sofrer alteração. = alterar, modificar, transformar ≠ conservar, manter
2. Variar de habitação ou residência.
v. tr. e intr.
3. Tirar de um lugar ou posição para outro. = deslocar, mover, transferir
4. Substituir, trocar.
5. Dispor ou apresentar-se de outra forma. = modificar, renovar
6. Dar outra orientação, direcção! ou sentido. = redefinir, redireccionar!
7. Estar na muda (da pena, da pele etc.).
v. intr.
8. Cambiar, variar.
Fui a uma sessão de apresentação de um livro, cujo título sugere a mudança. E o verbo não mais me saiu da cabeça. Muitas vezes, ouve-se dizer "se eu pudesse mudar", "se se mudassem as coisas", "ele devia mudar"... e outras que tais.
Porque mudar é urgente. Mas mudar mete medo. Aquele medo miudinho - parecido àquele outro que temos quando somos pequeninos e queremos ter uma luz acesa ou que o pai veja debaixo da cama - esse receiozinho que dá dor de barriga.
Mudar pressupõe a alteração, a renovação, a modificação de hábitos instituídos. Os que nos dão conforto. Mudar faz-nos lembrar que numa encruzilhada, podemos escolher um de dois caminho. Resta optar pelo correcto.
(latim muto, -are)
v. tr., intr. e pron.
1. Fazer ou sofrer alteração. = alterar, modificar, transformar ≠ conservar, manter
2. Variar de habitação ou residência.
v. tr. e intr.
3. Tirar de um lugar ou posição para outro. = deslocar, mover, transferir
4. Substituir, trocar.
5. Dispor ou apresentar-se de outra forma. = modificar, renovar
6. Dar outra orientação, direcção! ou sentido. = redefinir, redireccionar!
7. Estar na muda (da pena, da pele etc.).
v. intr.
8. Cambiar, variar.
Fui a uma sessão de apresentação de um livro, cujo título sugere a mudança. E o verbo não mais me saiu da cabeça. Muitas vezes, ouve-se dizer "se eu pudesse mudar", "se se mudassem as coisas", "ele devia mudar"... e outras que tais.
Porque mudar é urgente. Mas mudar mete medo. Aquele medo miudinho - parecido àquele outro que temos quando somos pequeninos e queremos ter uma luz acesa ou que o pai veja debaixo da cama - esse receiozinho que dá dor de barriga.
Mudar pressupõe a alteração, a renovação, a modificação de hábitos instituídos. Os que nos dão conforto. Mudar faz-nos lembrar que numa encruzilhada, podemos escolher um de dois caminho. Resta optar pelo correcto.
23 de fevereiro de 2010
22 de fevereiro de 2010
19 de fevereiro de 2010
18 de fevereiro de 2010
Destaque: Fernando Alvim
Porque este texto está tremendamente bem escrito e adorava ter sido eu a escrevê-lo: A fidelidade dá-me tesão
17 de fevereiro de 2010
Pânico
Ontem, tive um pequeno ataque de pânico. E sinceramente, não me surpreende. Estava na Nazaré a fazer a cobertura do Carnaval. O tempo estava mau. Eu estava contrariada. E odeio o Carnaval. O cortejo, às duas por três, foi encurtado por causa da chuva.
Pensei logo que me ia embora, mas o fotógrafo do jornal encontrava-se em parte incerta. Tentei ligar-lhe e ele não atendia. À milésima tentativa - se não foi, parecia - ele atendeu e fez-me saber onde estava. Fui ter com ele.
Milhares de pessoas. Chuva. Chapéus abertos. Muita música confusa. Muitos mascarados. Eu, pequenina, sem o conseguir encontrar. Mais música. Mais chapéus abertos. Os mascarados 'nasciam' nas pedras da calçada. Comecei a não conseguir respirar e apressei o passo para um sítio mais central. Às tantas, dou de caras alguém vestido de palhaço e passei-me. Quase corri e quando parei, larguei a chorar como se me estivessem a bater.
O fotógrafo chegou. Afastámo-nos dali e, automaticamente, acalmei. Nunca tal me tinha acontecido. Odeio o Carnaval. Odeio multidões. Odeio, pronto.
Pensei logo que me ia embora, mas o fotógrafo do jornal encontrava-se em parte incerta. Tentei ligar-lhe e ele não atendia. À milésima tentativa - se não foi, parecia - ele atendeu e fez-me saber onde estava. Fui ter com ele.
Milhares de pessoas. Chuva. Chapéus abertos. Muita música confusa. Muitos mascarados. Eu, pequenina, sem o conseguir encontrar. Mais música. Mais chapéus abertos. Os mascarados 'nasciam' nas pedras da calçada. Comecei a não conseguir respirar e apressei o passo para um sítio mais central. Às tantas, dou de caras alguém vestido de palhaço e passei-me. Quase corri e quando parei, larguei a chorar como se me estivessem a bater.
O fotógrafo chegou. Afastámo-nos dali e, automaticamente, acalmei. Nunca tal me tinha acontecido. Odeio o Carnaval. Odeio multidões. Odeio, pronto.
15 de fevereiro de 2010
Dicionário de Português-Português
motivação
(motivar + -ção)
s. f.
1. Acto! de motivar.
2. Exposição dos motivos.
motivar - Conjugar
(motivo + -ar)
v. tr.
1. Expor os motivos de.
2. Fundamentar.
3. Dar motivo a. = originar
Ando desmotivada. Seja para me levantar de manhã, seja para ler um livro ou até mesmo ouvir música. Falta-me arranjar uma qualquer razão - por pequena que seja - para me sentir viva e capaz de enfrentar os minutos, as horas e os dias.
Acordo cansada, deito-me cansada e, chegando ao fim e ao cabo, olho para trás e vejo muito poucas coisas que valham, efectivamente, o esforço. Onde está o meu barco ancorado? Preciso soltar as amarras...
(motivar + -ção)
s. f.
1. Acto! de motivar.
2. Exposição dos motivos.
motivar - Conjugar
(motivo + -ar)
v. tr.
1. Expor os motivos de.
2. Fundamentar.
3. Dar motivo a. = originar
Ando desmotivada. Seja para me levantar de manhã, seja para ler um livro ou até mesmo ouvir música. Falta-me arranjar uma qualquer razão - por pequena que seja - para me sentir viva e capaz de enfrentar os minutos, as horas e os dias.
Acordo cansada, deito-me cansada e, chegando ao fim e ao cabo, olho para trás e vejo muito poucas coisas que valham, efectivamente, o esforço. Onde está o meu barco ancorado? Preciso soltar as amarras...
14 de fevereiro de 2010
Clássicos no Dia dos Namorados
Paul Varjak: I love you.
Holly Golightly: So what.
Paul Varjak: So what? So plenty! I love you, you belong to me!
Holly Golightly: [tearfully] No. People don't belong to people.
Paul Varjak: Of course they do!
Holly Golightly: I'll never let ANYBODY put me in a cage.
Paul Varjak: I don't want to put you in a cage, I want to love you!
Porque há amores que permanecem para sempre. Bom Dia dos Namorados.
13 de fevereiro de 2010
Dia dos Namorados antecipado
Ele veio ver-me. Passeámos de mão dada, demos muitos beijinhos (porque as saudades já apertavam), almoçámos juntos, fomos ao cinema, lanchámos, conversámos... quem precisa de um dia 14 de Fevereiro, quando o São Valentim pode ser em qualquer altura?
Quem tem o menino mais lindo do mundo, quem é? EUUUUU
Quem tem o menino mais lindo do mundo, quem é? EUUUUU
11 de fevereiro de 2010
O dia em que o meu currículo me lixou a vida
Já tinha ouvido falar de pessoas que haviam sido excluídas de processos e concursos públicos por não serem qualificadas ou por terem excesso de qualificações... pensei que fosse mito urbano. Daquelas coisas que se ouvem falar, porque aconteceu ao primo do vizinho do senhor do 3.º esquerdo do prédio da tia. Mas nunca conheci ninguém nestas condições.
Até ao dia em que me aconteceu a mim. Excesso de experiência, disseram eles. Que tenho mais de dois anos de experiência profissional e naquele processo só podiam entrar pessoas com experiência residual, até um ano - no máximo dos máximos. Mas que o meu currículo é muito bom, que mostra iniciativa e empenho. Mas que não sirvo. Que vou ser metida à borda do prato.
Mais uma vez, vejo a minha vida parada. Sem ponta por onde lhe pegar.
Até ao dia em que me aconteceu a mim. Excesso de experiência, disseram eles. Que tenho mais de dois anos de experiência profissional e naquele processo só podiam entrar pessoas com experiência residual, até um ano - no máximo dos máximos. Mas que o meu currículo é muito bom, que mostra iniciativa e empenho. Mas que não sirvo. Que vou ser metida à borda do prato.
Mais uma vez, vejo a minha vida parada. Sem ponta por onde lhe pegar.
9 de fevereiro de 2010
Cristina e a saga da cólica renal - Parte II
Não contente com o tratamento de segunda-feira à noite, eis que a cólica renal mandou um recadinho aqui à menina: que estava boazinha, obrigadinha pela preocupação. E voltaram as dores atrozes. E a choradeira.
Quando o privado falha, volto-me para o Serviço Nacional de Saúde. E lá foi a minha mãe a 'correr' levar-me às urgências do Hospital de Santo André. As minhas dores eram tais que apelei à compaixão das administrativas do Hospital, do segurança, da enfermeira da triagem e dos quantos bombeiros e pacientes à minha volta. Todos me olhavam com cara de "pobrezinha da gimbrinhas".
Feita a triagem - diga-se de passagem, o mais moroso - fui imediatamente atendida. Mais uma injecção no rabo, um frasquinho de soro e um Raio-X. Voltei para casa com o conselho do doutor para controlar eventual febre e uma prescrição para um antibiótico e comprimidos para as dores.
SNS está aprovado, no que a mim diz respeito.
Agora a sério: cólicas renais... não o desejo nem ao meu pior inimigo.
Quando o privado falha, volto-me para o Serviço Nacional de Saúde. E lá foi a minha mãe a 'correr' levar-me às urgências do Hospital de Santo André. As minhas dores eram tais que apelei à compaixão das administrativas do Hospital, do segurança, da enfermeira da triagem e dos quantos bombeiros e pacientes à minha volta. Todos me olhavam com cara de "pobrezinha da gimbrinhas".
Feita a triagem - diga-se de passagem, o mais moroso - fui imediatamente atendida. Mais uma injecção no rabo, um frasquinho de soro e um Raio-X. Voltei para casa com o conselho do doutor para controlar eventual febre e uma prescrição para um antibiótico e comprimidos para as dores.
SNS está aprovado, no que a mim diz respeito.
Agora a sério: cólicas renais... não o desejo nem ao meu pior inimigo.
8 de fevereiro de 2010
A dor, a dor, a dor...
Depois de uma semana de cão, nada melhor do que terminar em beleza a quinta semana do ano com... uma cólica renal.
Ela eram dores agudas ao nível do humanamente insuportável, ela eram suores frios, ela eram esgares de dores, ela era não ter posição para estar, ela era chorares compulsivos de dor...
Bonito, hein? Levei logo uma injecção no rabiosque que me pôs fina em 15 minutos, uma caixa de comprimidos para as dores, uma lista de análises e ecografias para fazer e o conselho para beber mais líquidos.
E sai mais um litro de chá...
Ela eram dores agudas ao nível do humanamente insuportável, ela eram suores frios, ela eram esgares de dores, ela era não ter posição para estar, ela era chorares compulsivos de dor...
Bonito, hein? Levei logo uma injecção no rabiosque que me pôs fina em 15 minutos, uma caixa de comprimidos para as dores, uma lista de análises e ecografias para fazer e o conselho para beber mais líquidos.
E sai mais um litro de chá...
A Princesa e o Sapo
Voltar à idade em que sonhamos com príncipes e princesas, tafetá rosa, vestidos e coroas, e com um "felizes para sempre", tem um efeito regenerador.
Fui com a melhor amiga ver 'A Princesa e o Sapo', porque as outras meninas estavam no 'batente'. E rimos. E chorámos. E emocionámo-nos. Disney para sempre!
6 de fevereiro de 2010
Ao Neves e à Andreia
Quando somos jovens, nunca pensamos que o Mundo pode acabar num sopro. À primeira vista, tudo parece eterno, bonito e os problemas não existem.
Não se colocam entreves nas nossas acções, porque amanhã é outro dia e podemos corrigir... apagar com uma borracha uma qualquer palermice que tenhamos feito.
A última madrugada foi a vossa última oportunidade de colher um cheirinho de vida. Adeus.
Não se colocam entreves nas nossas acções, porque amanhã é outro dia e podemos corrigir... apagar com uma borracha uma qualquer palermice que tenhamos feito.
A última madrugada foi a vossa última oportunidade de colher um cheirinho de vida. Adeus.
3 de fevereiro de 2010
Coisas que me chateiam
Passo meio ano a dizer que tenho quase 27 anos... que daqui a nadinha entro nos 30... que me começo a sentir deslocada ao pé da malta de 20 aninhos... blábláblá... e hoje, meus amigos, hoje disse (alto e bom som): Tenho 27 anos (apesar de ainda faltarem 2 semanas)!
E arrepiei-me! Será possível que esteja a chegar o dia... tão depressa?!
E arrepiei-me! Será possível que esteja a chegar o dia... tão depressa?!
Dicionário de Português-Português
cansaço
s. m.
1. Fadiga; fraqueza.
Já começa a tornar-se repetitivo: ando cansada. Já começa a tornar-se chato andar sempre com a cantilena do "ai, coitadinha de mim que ando que nem posso". Já começa a ser vago, indiferente, monótono, aborrecido, mas ando cansada.
Não só fisicamente em que sinto os meus ombros em pedra, os músculos a latejarem como se fossem explodir a qualquer instante. Não é só a pasmaceira em que a minha vivência se está a tornar. É um bolo de vários factores que me deixa assim: aborrecida, chata, enervante e cansativa.
O próprio tempo não ajuda. Estou cansada de Inverno. Estou farta de chuva, de pensar em quantas mil camisolas tenho de vestir, diariamente, antes de sair de casa. Estou farta de ligar o aquecedor do quarto para ter algum calor no sítio onde durmo. Estou cansada de olhar para os meus 'velhotes' e vê-los a ficarem mais... velhotes, adoentados e cansados de estar e de ser.
AHHHHHHHHHHHH... grrrrrrrrrrr
s. m.
1. Fadiga; fraqueza.
Já começa a tornar-se repetitivo: ando cansada. Já começa a tornar-se chato andar sempre com a cantilena do "ai, coitadinha de mim que ando que nem posso". Já começa a ser vago, indiferente, monótono, aborrecido, mas ando cansada.
Não só fisicamente em que sinto os meus ombros em pedra, os músculos a latejarem como se fossem explodir a qualquer instante. Não é só a pasmaceira em que a minha vivência se está a tornar. É um bolo de vários factores que me deixa assim: aborrecida, chata, enervante e cansativa.
O próprio tempo não ajuda. Estou cansada de Inverno. Estou farta de chuva, de pensar em quantas mil camisolas tenho de vestir, diariamente, antes de sair de casa. Estou farta de ligar o aquecedor do quarto para ter algum calor no sítio onde durmo. Estou cansada de olhar para os meus 'velhotes' e vê-los a ficarem mais... velhotes, adoentados e cansados de estar e de ser.
AHHHHHHHHHHHH... grrrrrrrrrrr
A gaveta de baixo
Com que pedra de sal
com que promessa
com que pássaro solto pela casa
com que folha de louro
com que sonho
com que lua entornada no alpendre
com que livro de quem
com que sonata
temperarei a dor da tua ausência
o silêncio
o vazio na minha cama
os gritos do meu corpo
o pão por partir da minha alma
Com que chuva
lavarei o rumor dos teus passos
no magoado coração dos dias
Com que pranto
afogarei teu rasto
com que manto de lava
com que mar.
Rosa Lobato Faria (1932-2010)
com que promessa
com que pássaro solto pela casa
com que folha de louro
com que sonho
com que lua entornada no alpendre
com que livro de quem
com que sonata
temperarei a dor da tua ausência
o silêncio
o vazio na minha cama
os gritos do meu corpo
o pão por partir da minha alma
Com que chuva
lavarei o rumor dos teus passos
no magoado coração dos dias
Com que pranto
afogarei teu rasto
com que manto de lava
com que mar.
Rosa Lobato Faria (1932-2010)