20 de setembro de 2009

Ordem na desordem?

Na minha profissão, além do Sindicato e da (castrante) Entidade Reguladora, conhecida por ERC, somos também geridos pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), uma entidade misteriosa que nos dá o tão almejado número de trabalho que nos permite ser jornalistas (?).

Hoje, no Twitter, voltou-se a discutir a eventualidade de criar uma Ordem dos Jornalistas, para pôr (de vez?) ordem no caos que existe no acesso à profissão.

Por exemplo: pedi a minha Carteira Profissional em Março, apesar de ter começado a exercer alguns meses antes. No formulário, escrevi que tinha começado a trabalhar em Julho. O meu chefe anexou uma declaração em como tinha começado em Julho. Paguei quase 20 euros por um cartão verde que atesta o número do meu "Título Provisório", mas que atesta que comecei... em Março. Nesta altura do campeonato, já podia ter a Carteira de Jornalista, mas continuo com uma verdinha sem graça, que me avisa que sou estagiária até Março do próximo ano, exactamente 20 meses depois de ter começado a exercer.

As renovações - cada 2 anos - são uma pequena fortuna. Sem contar com o facto da CCPJ só servir para isso mesmo: emitir e gerir os cartões. Todos sabemos de antemão que há anos, "n" jornalistas trabalham sem o cartaozinho. São menos jornalistas que isso? Provavelmente, são-no muito mais que eu que ando aqui há 2 dias. Mas os problemas não se limitam à emissão de Carteiras: prendem-se essencialmente com, outro exemplo, questões deontológicas and so on.

Vou seguir as discussões com atenção e meditar.

2 estrelinhas:

Nitrox disse...

Infelizmente esse não é o único caso de burrice institucional. A incompetência grassa por todo o país e já nem sei se alguma vez conseguiremos endireitar as coisas.

Cristina disse...

Nitrox, isto foi só um exemplo. Há 'n' pessoas a queixarem-se e era bom que existisse algo ou alguém capaz de meter ordem na desordem, antes de virar caos.

Acho que é possível. Mas já me disseram que sou ainda jovem e naïve. Vou continuar a acreditar, até não ser possível.

 

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