distância
s. f.
1. Intervalo entre dois pontos, dois lugares, dois objectos!
2. Afastamento.
3. Grande diferença; desproporção; longitude.
4. Período de tempo que medeia entre dois factos, duas ocasiões ou épocas.
5. Fig. Diferença entre categorias sociais.
A distância que separa um ponto A de um ponto B é directamente proporcional à importância que têm: muita distância = muita importância; pouca importância = pouca distância.
À laia de criança impaciente para chegar ao parque de diversões, pergunto: falta muito?
29 de setembro de 2009
28 de setembro de 2009
ABC da Sedução
Fui desafiada pela amiga do coração para sermos as únicas pessoas numa sala de cinema a meio da tarde de segunda-feira. Aproveitando a deixa, fomos ver o (tipicamente de gaja) 'The Ugly Truth', com a Katherine Heigl e o Gerard Butler.
O veredicto? Giro, giro, giro... estávamos cinco mulheres dentro de uma sala de cinema a rir que nem umas perdidas, que me deixou tranquila sabendo que existem pelo menos mais três gajas malucas nesta cidade.
A linha do filme é simples: uma produtora de televisão vê que o programa que possui está a perder audiências, sendo que a administração contrata um desbocado / machista / irritante comentador de relações. O género de homem que afirma como verdade incontornável que os homens só andam com as mulheres para as 'comerem'. E o que o único interesse das mulheres é "as mamas e o cu" (sic). Ela toda certinha, controladora e ele, isto...
Às duas por três, ele ajuda-a a conquistar o homem perfeito. Até que se apercebem que estão apaixonados (sim, mais do mesmo, dizem vocês, homens). Mas para, nós, gajas, é giro. E ri muitooooo. Para acabar em beleza, nada melhor que um cheesecake.
O filme é todo cheio daqueles clichézinhos que toda a gente odeia, mas é uma comédia divertidíssima. Valeu a pena ter abdicado do meu livro e do meu sofá.
O veredicto? Giro, giro, giro... estávamos cinco mulheres dentro de uma sala de cinema a rir que nem umas perdidas, que me deixou tranquila sabendo que existem pelo menos mais três gajas malucas nesta cidade.
A linha do filme é simples: uma produtora de televisão vê que o programa que possui está a perder audiências, sendo que a administração contrata um desbocado / machista / irritante comentador de relações. O género de homem que afirma como verdade incontornável que os homens só andam com as mulheres para as 'comerem'. E o que o único interesse das mulheres é "as mamas e o cu" (sic). Ela toda certinha, controladora e ele, isto...
Às duas por três, ele ajuda-a a conquistar o homem perfeito. Até que se apercebem que estão apaixonados (sim, mais do mesmo, dizem vocês, homens). Mas para, nós, gajas, é giro. E ri muitooooo. Para acabar em beleza, nada melhor que um cheesecake.
O filme é todo cheio daqueles clichézinhos que toda a gente odeia, mas é uma comédia divertidíssima. Valeu a pena ter abdicado do meu livro e do meu sofá.
26 de setembro de 2009
Vagas de pensamentos
Estou, neste momento, sozinha no jornal (Chefe, se me estiveres a ler, são quase 18h00 - hora de saída - e já tenho tudo feito!).
Gosto de trabalhar aos sábado. Parece um contra-senso ao que costumo dizer - que sou social, que gosto de me sentir rodeada de pessoas - mas, gosto mesmo de trabalhar aos sábados. Estou sozinha, trabalho ao meu ritmo, ando descalça na redacção e sou dona e senhora do meu tempo e da gestão que faço dele. Normalmente, são dias calmos e, especialmente, hoje, neste dia de fim de Setembro.
É engraçado apreciar que, no fim-de-semana, as pessoas acordam mais tarde e posso assistir ao levantar da cidade. Às vezes, desejo que todos os dias sejam sábado. Apesar de gostar do frenesim diário da redacção e de tudo o que envolve trabalhar num produto que é, efectivamente, bom, a calma dos sábados nestas quatro paredes, deste quarto andar (aos sábados, não esqueçam), deixa-me descansada no tempo de descanso que vem a seguir.
Amanhã, ao contrário das outras semanas em que trabalho ao sábado, não vou estar de folga. Vai ser um dia stressante, com eleições, e resultados, e telefonemas, e textos políticos, e percentagens...
Na segunda-feira, quando toda a gente acorda cedo para trabalhar, vou estar a dormir e aproveitar as simples 24 horas que o calendário de trabalho me destinou ao descanso. Descanso. Já a escrevi, neste texto, várias vezes, mesmo com os seus múltiplos associados. É uma palavra engraçada, mas temo começar a esquecer o que significa. Ando muito cansada e qualquer coisa me deixa os nervos em franja. Choramingo sem razão aparente. Resmungo com quem não devia. Calo-me quando devia resmungar. Mas tenho mais... (deixa pensar)... três semanas... de trabalho pela frente antes de conseguir tirar uns dias para pôr o descanso em dia.
Gosto de trabalhar aos sábado. Parece um contra-senso ao que costumo dizer - que sou social, que gosto de me sentir rodeada de pessoas - mas, gosto mesmo de trabalhar aos sábados. Estou sozinha, trabalho ao meu ritmo, ando descalça na redacção e sou dona e senhora do meu tempo e da gestão que faço dele. Normalmente, são dias calmos e, especialmente, hoje, neste dia de fim de Setembro.
É engraçado apreciar que, no fim-de-semana, as pessoas acordam mais tarde e posso assistir ao levantar da cidade. Às vezes, desejo que todos os dias sejam sábado. Apesar de gostar do frenesim diário da redacção e de tudo o que envolve trabalhar num produto que é, efectivamente, bom, a calma dos sábados nestas quatro paredes, deste quarto andar (aos sábados, não esqueçam), deixa-me descansada no tempo de descanso que vem a seguir.
Amanhã, ao contrário das outras semanas em que trabalho ao sábado, não vou estar de folga. Vai ser um dia stressante, com eleições, e resultados, e telefonemas, e textos políticos, e percentagens...
Na segunda-feira, quando toda a gente acorda cedo para trabalhar, vou estar a dormir e aproveitar as simples 24 horas que o calendário de trabalho me destinou ao descanso. Descanso. Já a escrevi, neste texto, várias vezes, mesmo com os seus múltiplos associados. É uma palavra engraçada, mas temo começar a esquecer o que significa. Ando muito cansada e qualquer coisa me deixa os nervos em franja. Choramingo sem razão aparente. Resmungo com quem não devia. Calo-me quando devia resmungar. Mas tenho mais... (deixa pensar)... três semanas... de trabalho pela frente antes de conseguir tirar uns dias para pôr o descanso em dia.
24 de setembro de 2009
Sondagem
Nestes períodos eleitorais, é bastante comum ouvir a palavra "sondagem", ou porque é giro, ou porque está na moda, ou porque dá mais uma arma de arremesso entre partidos quando as ofensas já não são suficientes. Assim, também eu, também eu vou fazer uma sondagem.
Pergunta: Devo eu tirar férias em que altura?
1 - Mal acabe o período eleitoral;
2 - Mal os períodos de férias dos meus colegas se esgotem;
3 - Um nadinha antes de dar entrada no hospital psiquiátrico mais próximo;
3 - Um nadinha antes de atirar um dos meus colegas pela varanda do 4.º andar.
No domingo, faço as percentagens e apresento os resultados. Até lá, respondam em consciência e sentido de dever cívico cumprido.
Um aparte
Breve passagem do livro 'Os Filhos da Meia-Noite' de Salman Rushdie:
Mas ele, na realidade, não gostava da democracia: «Malditas sejam as eleições, capitão - dizia ele - Sempre que há eleições, acontecem coisas ruins e os nossos concidadãos portam-se como palhaços.» Eu, apanhado pela febre-da-revolução, nunca discuti com o meu mentor.
Pergunta: Devo eu tirar férias em que altura?
1 - Mal acabe o período eleitoral;
2 - Mal os períodos de férias dos meus colegas se esgotem;
3 - Um nadinha antes de dar entrada no hospital psiquiátrico mais próximo;
3 - Um nadinha antes de atirar um dos meus colegas pela varanda do 4.º andar.
No domingo, faço as percentagens e apresento os resultados. Até lá, respondam em consciência e sentido de dever cívico cumprido.
Um aparte
Breve passagem do livro 'Os Filhos da Meia-Noite' de Salman Rushdie:
Mas ele, na realidade, não gostava da democracia: «Malditas sejam as eleições, capitão - dizia ele - Sempre que há eleições, acontecem coisas ruins e os nossos concidadãos portam-se como palhaços.» Eu, apanhado pela febre-da-revolução, nunca discuti com o meu mentor.
23 de setembro de 2009
Sobre Amor
A verdade é que anda muito boa gente enganada quando houve falar da localidade de Amor, no concelho de Leiria. A culpa é do Fernando Alvim e do programa 'Prova Oral' - é o que dá não se conhecerem os sítios de que se ouve falar. Mas desmistifico já: é uma aldeia igual a tantas outras espalhadas por esse País fora.
Sim, o nome é sugestivo e faz-nos pensar que aquela freguesia é o último bastião dos enamorados. E sim, a lenda que dá nome à freguesia é a coisa mais porreira da dita - na minha opinião. Os moradores de Amor devem ter outra.
Fui à Wikipédia buscar a lenda, porque (honestamente) não me apetecia escrever palavra-por-palavra a já referida lenda. Assim:
Fazia o Senhor Rei D.Dinis e a sua Santa mulher, a Rainha Isabel, uma mais demorada pousada em Leiria, talvez para descansar dos muitos a fazeres do seu alto cargo. Um dia, o Rei passeando no seu fogoso corcel, galopou, galopou, campos fora, e, lá longe, num pequeno lugar vê uma camponesa formosa como nenhuma outra se vira ainda em muitas léguas ao derredor.
Apaixonou-se o Rei pela camponesa e ali, naquele lugar, no meio do campo florido de papoilas e malmequeres, nasceu naquele dia um grande amor. As visitas do Rei ao seu grande amor continuaram e tornaram-se conhecidas nas redondezas, e, àquele lugar começaram a chamar Amor.
Também a Rainha soube dos novos amores do seu marido e Rei e, para lhe mostrar a sua reprovação sem o melindrar, mandou uma noite alumiar o caminho por onde o Rei, seu esposo, deveria regressar a Leiria.
D. Dinis, ao dar com as veredas, por onde voltava, com grande alumiação, de muitos fogachos, viu estar ali uma muda intenção crítica da Rainha, e exclamou: "Até aqui cego vim!" E o sítio onde começavam as iluminarias passou a chamar-se "Cegovim", que, por uma natural corruptela popular se chama hoje Segodim.
E é isto. Para complementar (e ainda retirado da Wikipédia): Amor é uma freguesia portuguesa do concelho de Leiria, com 18,13 km² de área e 4 738 habitantes (2001). Densidade: 261,3 hab/km². As principais localidades desta freguesia são Amor, Casal dos Claros, Barreiros, Coucinheira, Casal Novo e Toco. Alguém avise o Fernando Alvim, por favor.
Sim, o nome é sugestivo e faz-nos pensar que aquela freguesia é o último bastião dos enamorados. E sim, a lenda que dá nome à freguesia é a coisa mais porreira da dita - na minha opinião. Os moradores de Amor devem ter outra.
Fui à Wikipédia buscar a lenda, porque (honestamente) não me apetecia escrever palavra-por-palavra a já referida lenda. Assim:
Fazia o Senhor Rei D.Dinis e a sua Santa mulher, a Rainha Isabel, uma mais demorada pousada em Leiria, talvez para descansar dos muitos a fazeres do seu alto cargo. Um dia, o Rei passeando no seu fogoso corcel, galopou, galopou, campos fora, e, lá longe, num pequeno lugar vê uma camponesa formosa como nenhuma outra se vira ainda em muitas léguas ao derredor.
Apaixonou-se o Rei pela camponesa e ali, naquele lugar, no meio do campo florido de papoilas e malmequeres, nasceu naquele dia um grande amor. As visitas do Rei ao seu grande amor continuaram e tornaram-se conhecidas nas redondezas, e, àquele lugar começaram a chamar Amor.
Também a Rainha soube dos novos amores do seu marido e Rei e, para lhe mostrar a sua reprovação sem o melindrar, mandou uma noite alumiar o caminho por onde o Rei, seu esposo, deveria regressar a Leiria.
D. Dinis, ao dar com as veredas, por onde voltava, com grande alumiação, de muitos fogachos, viu estar ali uma muda intenção crítica da Rainha, e exclamou: "Até aqui cego vim!" E o sítio onde começavam as iluminarias passou a chamar-se "Cegovim", que, por uma natural corruptela popular se chama hoje Segodim.
E é isto. Para complementar (e ainda retirado da Wikipédia): Amor é uma freguesia portuguesa do concelho de Leiria, com 18,13 km² de área e 4 738 habitantes (2001). Densidade: 261,3 hab/km². As principais localidades desta freguesia são Amor, Casal dos Claros, Barreiros, Coucinheira, Casal Novo e Toco. Alguém avise o Fernando Alvim, por favor.
22 de setembro de 2009
You're like needing glasses
Em Anatomia de Grey, duas médicas envolvem-se. A Erica começa a descobrir a sua sexualidade e, depois de uma noite com a Callie, declara-se da forma mais entusiástica possível.
Erica: This is like needing glasses.
Callie: I blinded you?
Erica: No...when I was a kid, I would get these head aches, and I went to the doctor and they said that I needed glasses. I didn't understand that--it didn't make sense to me because I could see fine. And then I get the glasses, and I put them on, and I'm in the car on the way home and suddenly I yell...because the big green blobs I had been staring at my whole life, they weren't big green blobs--they were leaves...on trees. I could see the leaves. And I didn't even know I was missing the leaves--I didn't even know that leaves existed! And then...leaves!...You are glasses.
Erica: This is like needing glasses.
Callie: I blinded you?
Erica: No...when I was a kid, I would get these head aches, and I went to the doctor and they said that I needed glasses. I didn't understand that--it didn't make sense to me because I could see fine. And then I get the glasses, and I put them on, and I'm in the car on the way home and suddenly I yell...because the big green blobs I had been staring at my whole life, they weren't big green blobs--they were leaves...on trees. I could see the leaves. And I didn't even know I was missing the leaves--I didn't even know that leaves existed! And then...leaves!...You are glasses.
21 de setembro de 2009
GRRRRRRRRRRRRR
Odeio que me queiram fazer passar por parva, porque (sortezinha a minha) parva é coisa que não sou. Um dia destes, rodo a baiana e levo tudo à frente.
20 de setembro de 2009
Ordem na desordem?
Na minha profissão, além do Sindicato e da (castrante) Entidade Reguladora, conhecida por ERC, somos também geridos pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), uma entidade misteriosa que nos dá o tão almejado número de trabalho que nos permite ser jornalistas (?).
Hoje, no Twitter, voltou-se a discutir a eventualidade de criar uma Ordem dos Jornalistas, para pôr (de vez?) ordem no caos que existe no acesso à profissão.
As renovações - cada 2 anos - são uma pequena fortuna. Sem contar com o facto da CCPJ só servir para isso mesmo: emitir e gerir os cartões. Todos sabemos de antemão que há anos, "n" jornalistas trabalham sem o cartaozinho. São menos jornalistas que isso? Provavelmente, são-no muito mais que eu que ando aqui há 2 dias. Mas os problemas não se limitam à emissão de Carteiras: prendem-se essencialmente com, outro exemplo, questões deontológicas and so on.
Vou seguir as discussões com atenção e meditar.
18 de setembro de 2009
Luta de titãs
Só agora - 23h35 - é que estou sentada, calma e tranquilamente, ao computador e a ler tudo o que se escreveu sobre a manchete do Diário de Notícias. Veredicto: hiper-grave. E este vai ser um dos meus posts mais sérios de sempre.
A primeira coisa que me vem à cabeça é: como é que o DN teve acesso àquele (suposto) email do Luciano Alvarez ao Nóbrega? No meu mail de trabalho, só eu é que mexo e só alguém com más intenções ou com adevida autorização é que abre a minha conta. Mas o SIS?? Não me parece. Também acho muito estranho que o mail - se verdadeiro - venha a público uma semana antes das eleições e um mês depois da história ter sido lançada pela primeira vez. E ainda mais confusão me faz tendo em consideração que aconteceu no ano passado. A justificação dada pelo José Manuel Fernandes (JMF), director do Público, é contundente: investigação (*).
A segunda coisa que me ocorre é: como foi que o tal Rui Paulo da Silva Figueiredo - o "infiltrado", chamemos-lhe assim - se integrou na comitiva do presidente à Madeira? Aliás, não me espanta que elementos dos gabinetes ministeriais acompanhem visitas do PR, mas porque razão foi ele convidado a sentar-se na mesma mesa do presidente? Normalmente, esses convites não são feitos levianamente. Alguém o pôs lá.
A terceira coisa que me ocorre é: a ser verdade toda esta história, o facto do PR ter suspeitas sobre o PM é muito grave. Talvez mais grave do que muita gente pensa. Não estamos em condições do chefe do Governo e o rosto do País estarem de candeias às avessas.
E quarto lugar e falando na condição de jornalista: isto faz-me lembrar um pouco a história de Watergate. A história das fontes jornalísticas e do anonimato que cai sobre essa "figura misteriosa" que se ergue das sombras que dar a "cacha" (a manchete, a estória), a história das teorias da conspiração, o segredo que só dois ou três jornalistas profissionais - falo do Alvarez, do Nóbrega e do JMF - tudo isso mostra o poder que o jornalismo tem. É um caso que me deixa a pensar profundamente.
(*) Infelizmente, e porque o tempo anda contra nós, a investigação é um género jornalístico que não tem tido muita expressão. O tempo é um inimigo e o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira. E é mais fácil, desmentir amanhã uma notícia do que investigar a fundo. E é pena.
A primeira coisa que me vem à cabeça é: como é que o DN teve acesso àquele (suposto) email do Luciano Alvarez ao Nóbrega? No meu mail de trabalho, só eu é que mexo e só alguém com más intenções ou com adevida autorização é que abre a minha conta. Mas o SIS?? Não me parece. Também acho muito estranho que o mail - se verdadeiro - venha a público uma semana antes das eleições e um mês depois da história ter sido lançada pela primeira vez. E ainda mais confusão me faz tendo em consideração que aconteceu no ano passado. A justificação dada pelo José Manuel Fernandes (JMF), director do Público, é contundente: investigação (*).
A segunda coisa que me ocorre é: como foi que o tal Rui Paulo da Silva Figueiredo - o "infiltrado", chamemos-lhe assim - se integrou na comitiva do presidente à Madeira? Aliás, não me espanta que elementos dos gabinetes ministeriais acompanhem visitas do PR, mas porque razão foi ele convidado a sentar-se na mesma mesa do presidente? Normalmente, esses convites não são feitos levianamente. Alguém o pôs lá.
A terceira coisa que me ocorre é: a ser verdade toda esta história, o facto do PR ter suspeitas sobre o PM é muito grave. Talvez mais grave do que muita gente pensa. Não estamos em condições do chefe do Governo e o rosto do País estarem de candeias às avessas.
E quarto lugar e falando na condição de jornalista: isto faz-me lembrar um pouco a história de Watergate. A história das fontes jornalísticas e do anonimato que cai sobre essa "figura misteriosa" que se ergue das sombras que dar a "cacha" (a manchete, a estória), a história das teorias da conspiração, o segredo que só dois ou três jornalistas profissionais - falo do Alvarez, do Nóbrega e do JMF - tudo isso mostra o poder que o jornalismo tem. É um caso que me deixa a pensar profundamente.
(*) Infelizmente, e porque o tempo anda contra nós, a investigação é um género jornalístico que não tem tido muita expressão. O tempo é um inimigo e o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira. E é mais fácil, desmentir amanhã uma notícia do que investigar a fundo. E é pena.
16 de setembro de 2009
15 de setembro de 2009
Cenas minhas
1 - Há três grandes temas que me causam borbulhas nos dedos cada vez que tenho de escrever sobre eles: desporto, política e religião. Basta uma distracção para deitarmos a perder uma boa peça. Sou apartidária, mas já telefonaram para o jornal a perguntar se não tinham 'vergonha' em ter uma pessoa tão manifestamente social-democrata a trabalhar com eles. Já me ameaçaram quando uma vez escrevi mal de uma das minhas equipas do coração. Já disseram que não tenho "moral" para falar de certos assuntos, quando fiz toda a catequese, cantei no coro e fui assistente de catequista, isto sem contar com os meus 10 anos de escutismo católico. Vidas...
2 - Li isto há pouco: "A vítima de uma tentativa de homicídio no âmbito da Noite Branca, que na altura dos factos atribuiu os disparos de que foi alvo a Bruno P. "Pidá", diz agora que a pessoa que o atingiu tinha outras características" (notícia retirada daqui). É lamentável que haja pessoas que, por medo, se deixem continuar a aterrorizar. Depois de dois anos, vem alguém dizer "Desculpem, enganei-me. O outro é mais alto". Onde é que vamos parar?
3 - Tenho gostado daquilo que vi do programa 'Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios'. Imitação do 'Daily Show', dizem alguns. Eu digo: é verdade, mas eles avisaram. O Eng. Sócrates esteve muito bem, tal como a (surpreendente) Dra. Manuela Ferreira Leite. Achei que ela conseguiu estar à altura de Ricardo Araújo Pereira, numa entrevista quase improvável, em que ele lhe pede um "desconto no IRS" por ser "cliente habitual".
4 - Uma atleta, com trejeitos masculinos, pode vir a ser proibida de competir. A culpa de, eventualmente, ser hermafrodita é dela? Sendo mulher poderá não competir com as mulheres por causa da ser homem. Sendo mulher não pode competir por não ser homem. Confusos? Eu também.
5 - Um dia, disseram-me que só é jornalista quem ama realmente a profissão. Quem respira o jornalismo. Desde os 13 anos, com algumas intermitências, sempre soube que isto era o meu caminho certo, mas, por outro lado, também penso se fiz a opção certa. Há por aí mais pessoas com dúvidas profissional-existenciais? Se sim, metam o dedo no ar. Hoje, voltei mais uma vez a duvidar, quando um dos BB (big bosses) me disse que escrevia bem. Pois. Sei que sim, obrigada. E qual é o meu ganho? Ganho mais por isso?! Deixem-se de coisas e reconheçam efectivamente que sou boa naquilo que faço. Motivem-me para ser ainda melhor.
6 - Está na minha agenda para trabalhos próximos: entrevistar o director-executivo da Playboy portuguesa. É de Leiria e já trabalhou no meu DL Times. Estou ansiosa.
2 - Li isto há pouco: "A vítima de uma tentativa de homicídio no âmbito da Noite Branca, que na altura dos factos atribuiu os disparos de que foi alvo a Bruno P. "Pidá", diz agora que a pessoa que o atingiu tinha outras características" (notícia retirada daqui). É lamentável que haja pessoas que, por medo, se deixem continuar a aterrorizar. Depois de dois anos, vem alguém dizer "Desculpem, enganei-me. O outro é mais alto". Onde é que vamos parar?
3 - Tenho gostado daquilo que vi do programa 'Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios'. Imitação do 'Daily Show', dizem alguns. Eu digo: é verdade, mas eles avisaram. O Eng. Sócrates esteve muito bem, tal como a (surpreendente) Dra. Manuela Ferreira Leite. Achei que ela conseguiu estar à altura de Ricardo Araújo Pereira, numa entrevista quase improvável, em que ele lhe pede um "desconto no IRS" por ser "cliente habitual".
4 - Uma atleta, com trejeitos masculinos, pode vir a ser proibida de competir. A culpa de, eventualmente, ser hermafrodita é dela? Sendo mulher poderá não competir com as mulheres por causa da ser homem. Sendo mulher não pode competir por não ser homem. Confusos? Eu também.
5 - Um dia, disseram-me que só é jornalista quem ama realmente a profissão. Quem respira o jornalismo. Desde os 13 anos, com algumas intermitências, sempre soube que isto era o meu caminho certo, mas, por outro lado, também penso se fiz a opção certa. Há por aí mais pessoas com dúvidas profissional-existenciais? Se sim, metam o dedo no ar. Hoje, voltei mais uma vez a duvidar, quando um dos BB (big bosses) me disse que escrevia bem. Pois. Sei que sim, obrigada. E qual é o meu ganho? Ganho mais por isso?! Deixem-se de coisas e reconheçam efectivamente que sou boa naquilo que faço. Motivem-me para ser ainda melhor.
6 - Está na minha agenda para trabalhos próximos: entrevistar o director-executivo da Playboy portuguesa. É de Leiria e já trabalhou no meu DL Times. Estou ansiosa.
Shine a light
Acho estranho o fenómeno de só se reconhecerem as pessoas quando morrem. Aconteceu com o Michael Jackson e, hoje, com o Patrick Swayze. Aos 57 anos, morreu (prefiro a palavra "morrer" à "falecer", perdoem-me) mais um ícone da década de 80.
Tendo nascido em 1983, eu era pequenita na altura de 'Dirty Dancing' (de 1987), por isso não vivi o entusiasmo da dança, nem da paixão com Swayze. O 'Ghost' (de 1990) vi muitos anos mais tarde e, aí sim, caí de amores por ele.
Patrick Swayze morreu ontem. Foi mais uma das vítimas de cancro, como o havia sido há um ano o belíssimo Paul Newman. Apagou-se mais uma estrela que não conseguiu matar uma doença.
Foto tirada daqui
Tendo nascido em 1983, eu era pequenita na altura de 'Dirty Dancing' (de 1987), por isso não vivi o entusiasmo da dança, nem da paixão com Swayze. O 'Ghost' (de 1990) vi muitos anos mais tarde e, aí sim, caí de amores por ele.
Patrick Swayze morreu ontem. Foi mais uma das vítimas de cancro, como o havia sido há um ano o belíssimo Paul Newman. Apagou-se mais uma estrela que não conseguiu matar uma doença.
Foto tirada daqui
13 de setembro de 2009
P.S.: I Love You
Holly (Hilary Swank) has been married nine years to a wild Irishman, Gerry Kennedy (Gerard Butler), and her one true love. Unfortunately for Holly, Gerry is diagnosed with a terminal brain tumor. Knowing he only has a short time to live; Gerry writes Holly a series of letters that will guide her through her grief. The first message arrives on Holly's 30th birthday. Gerry has sent her a birthday cake and a tape recording explaining the letters that she will be getting in the mail. Over the next year, Gerry wants Holly to follow the orders in his letters by going on new adventures and to celebrate life by finding herself. Holly's best friends, Denise (Lisa Kudrow) and Sharon (Gina Gershon), accompany her on her journey. Gerry always signs off each letter with "P.S. I Love You."
Não posso ver filmes românticos. Aliás, vou auto-censurar-me e punir-me severamente cada vez que me sentar em frente à televisão e deleitar-me com um destes filmes que puxam à lágrima. É sadismo puro.
Pergunto-me: porque é que tenho de ter o meu doce longe?! Não é justo!
Não posso ver filmes românticos. Aliás, vou auto-censurar-me e punir-me severamente cada vez que me sentar em frente à televisão e deleitar-me com um destes filmes que puxam à lágrima. É sadismo puro.
Pergunto-me: porque é que tenho de ter o meu doce longe?! Não é justo!
12 de setembro de 2009
O problema não sou eu. És tu!
Acabadinha de chegar de mais uma Assembleia Municipal, deparei-me com um pequeno problema, motivador, quiçá, de muitas das 'tricas' que eu e o meu pai mantemos: a minha profissão.
O pai Duarte ainda não percebeu que a profissão de jornalista tem horário de entrada - às vezes - mas raramente, tem de saída. Para ele, que sempre trabalhou na função pública, é complicado entender que um horário das 09h00 às 17h00 só me dá vontade de rir. E ainda lhe é mais difícil entender que eu não tenho esse horário, sendo que entrar em casa de madrugada, porque estive numa reunião é normal.
E pior: tenho que ir trabalhar no dia seguinte. Por isso, quando lhe respondo "Pai, está tudo bem, vai-te deitar", quando ele me pergunta "Amanhã vais trabalhar?", não só é, minimamente, respeitoso, como ainda é proteccionista, porque, na verdade, me apetecia dizer "Nahhh. Para quê? Eles que tapem os buracos que deixaram para as minhas peças com 'comics' do 'Calvin Hobbes' para dar um colorido às páginas de política". Valha-me o santo padroeiro!
10 de setembro de 2009
Alegria no trabalho: cenas de redacção
Cena 1
Eu: Meus caros, só para avisar que quando a Gripe A pegar de estaca, vou ficar de baixa, porque o meu sistema imunitário é uma bela treta. 'Tou a ver é que nunca mais é sábado... preciso de uns dias de descanso.
A colega H: Aiiii que parva!
O Chefe: Nahhh... não te fies nessa. Toda a gente sabe que as coisas chegam muito mais tarde às aldeias. (referência ao facto de eu viver numa aldeola atrás do mundo)
Cena 2
A colega H: Vocês já viram? Diz aqui na Lusa que o Hulk não rejeita a hipótese de jogar na selecção portuguesa.
A estagiária S: Faz lembrar a piada que anda a circular: que o maior sonho da selecção brasileira é ser campeã europeia.
Cena 3
Entra o estagiário N - grande aficionado da festa taurina - e o estagiário G simula a aplicação de bandarilhas.
Eu: Ó G... achas bonito o que fizeste??
O Chefe: Ó N... e tu não fazes nada?! Nem sequer lhe dás uma marrada?!
Eu: Meus caros, só para avisar que quando a Gripe A pegar de estaca, vou ficar de baixa, porque o meu sistema imunitário é uma bela treta. 'Tou a ver é que nunca mais é sábado... preciso de uns dias de descanso.
A colega H: Aiiii que parva!
O Chefe: Nahhh... não te fies nessa. Toda a gente sabe que as coisas chegam muito mais tarde às aldeias. (referência ao facto de eu viver numa aldeola atrás do mundo)
Risada geral
Cena 2
A colega H: Vocês já viram? Diz aqui na Lusa que o Hulk não rejeita a hipótese de jogar na selecção portuguesa.
A estagiária S: Faz lembrar a piada que anda a circular: que o maior sonho da selecção brasileira é ser campeã europeia.
Risada geral
Cena 3
Entra o estagiário N - grande aficionado da festa taurina - e o estagiário G simula a aplicação de bandarilhas.
Eu: Ó G... achas bonito o que fizeste??
O Chefe: Ó N... e tu não fazes nada?! Nem sequer lhe dás uma marrada?!
Risada geral
9 de setembro de 2009
Categoria: Músicas que... pois... coiso
Já me fartei de rir à conta desta música. Cheguei a ela através desta versão. Não sei se gosto mais do original, se da adaptação.
Sobre a banda:
The Creepshow is a band from Burlington, Ontario, Canada. The band formed in 2005 when the four members got together with the purpose of starting a hellbilly band. The Creepshow writes the majority of their songs about horror films, with the music fitting the horror punk genre - hence hellbilly.
Fonte: Wikipédia
8 de setembro de 2009
Ainda vamos na 1.ª semana de Setembro e...
... já perdi peso;
... já ando a deitar contas às horas de sono em falta;
... já tenho duas contas pagas, duas despesas que pensei que tinha, mas acabei por não ter e as duas maiores ainda por realizar;
... já ando tão cansada como se, todos os dias, andasse 50 quilómetros;
... sinto-me tão atraente como uma ratazana de esgoto.
... já ando a deitar contas às horas de sono em falta;
... já tenho duas contas pagas, duas despesas que pensei que tinha, mas acabei por não ter e as duas maiores ainda por realizar;
... já ando tão cansada como se, todos os dias, andasse 50 quilómetros;
... sinto-me tão atraente como uma ratazana de esgoto.
É este o meu sentimento para as próximas semanas
Wake me up JUST ONLY when September ends! Lá para meados de Outubro, portanto.
7 de setembro de 2009
Cenas minhas, mas tramadas 'cumó caraças
Estou num dilema moral. Tentei lidar com o 'bicho' da forma mais diplomática possível, como é meu apanágio, mas receio que se possa virar contra mim.
Ter problemas é fodido!
Quero ser pimpolha outra vez. Nessa altura, as minhas dúvidas mais urgentes era com que escova ou pente escovar o cabelo as minhas bonecas.
Ter problemas é fodido!
Quero ser pimpolha outra vez. Nessa altura, as minhas dúvidas mais urgentes era com que escova ou pente escovar o cabelo as minhas bonecas.
4 de setembro de 2009
No dia em que me ofereceste a Lua
No dia em que a Lua foi só minha estava cheia e tinha uma luz tão viva como nunca vi. Esta era a Lua no dia em que ma deste de presente com um beijo.
Foto: Cristina Duarte
2 de setembro de 2009
Descobertas
Andava eu a passear, tranquilamente, pelos bosques do Youtube, quando, eis que me deparo, não com um Lobo Mau, mas com os Lax'n'Busto.
Aparentemente, são uma banda de pop-rock catalã, "nascida" em meados de 1986 e já conta com 13 álbuns editados. Não desgostei... mas sou estranha! O exemplo que vou mostrar é de um concerto em Barcelona.
Aparentemente, são uma banda de pop-rock catalã, "nascida" em meados de 1986 e já conta com 13 álbuns editados. Não desgostei... mas sou estranha! O exemplo que vou mostrar é de um concerto em Barcelona.