Amizades mais ou menos virtuais

O Sadeek foi pai. A propósito desse facto, pus-me a pensar nas relações que se criam através da Internet e que acabam por unir pessoas que, de outro modo, nunca se encontrariam.

Na altura do jantar blogger, algo de semelhante me tinha passado pela mente, mas agora foi com uma força diferente. Não sei explicar.

À medida que o tempo vai passando e que nos vamos envolvendo com as pessoas, com os seus pensamentos, aventuras e desventuras, vão nascendo afeições. É estranho assistir a esse fenómeno, porque - pelo menos da minha parte - preocupo-me, verdadeiramente, com os meus amigos, que de virtuais têm muito pouco. Porque são pessoas reais, com quem converso sobre tudo, mas não com a frequência que desejaria. Prefiro pensar em cada um de vocês, mesmo aqueles que não conheço, como amigos que vivem longe e que usamos a Internet para matar saudades.

O Sadeek foi pai. E eu senti-me tão feliz, como se tivesse nascido a minha sobrinha. Vieram-me as lágrimas aos olhos, e gritei à minha mãe: "A filha do Sadeek nasceu!". Olhou-me de forma estranha como se tivesse enlouquecido de vez. Mas não quis saber, porque a filha do Sadeek já viu a luz do dia.