22 de novembro de 2016

Constatação: ele já não é bebé!

A escolinha corre bem. Já tem montanhas de amiguinhos, em especial, o Rodrigo e a Madalena. Gosta das aulas de ginástica. E a comida é invariavelmente boa.

Olho para ele e vejo que o meu bebé está enorme. O meu bebé já não é bebé.
Olho para ele e quando penso em comprar, nos saldos, coisas para o próximo ano, tenho de fazer uma ginástica mental brutal para me lembrar que tenho de procurar roupas para 4-5 anos.

Ainda mal largou as fraldas e já me pede se o "Rudigo pode vi bincar comigo, na minha caja". Convidar amiguinhos cá para casa... imagine-se!!!

Vejo-o, sentadinho no sofá, com os catálogos de brinquedos, a escolher prendas para ele e para as três primas (as gémeas e a prima bebé). O ar compenetrado dele é avassalador (odeio a palavra "avassalador"... prefiro o equivalente inglês "overwhelming").

E sinto que o meu coração pode, de repente, saltar-me do peito, tal é a comoção que trago em mim.

Claro que também me tira do sério, enerva-me, ralho com ele e ponho-o de castigo. Os brinquedos já foram parar à arrecadação por duas vezes, e não põe os olhos em cima da bicicleta há semanas... ultrapassa todos os limites possíveis e imaginários. Aquela coisa da parentalidade positiva? Sure (só que não!).

Às vezes, penso que ele tem um diabinho e um anjinho por cima de cada ombro que lhe vão dando indicações. De quando em quando, um deles está de folga, certamente, e o outro fica a tomar conta do estaminé.

Estou a escrever este texto e a pensar em quanto ele é esperto, giro... usa a lógica de forma irrepreensível... e as birras... pufff... acontece-lhes o mesmo que ao Chocapic.

Há uns dias, fui buscá-lo à escola, e só quando estava no carro é que me apercebi que estava sem meias. Contou-me uma história estranha. Voltámos atrás, claro. A auxiliar lá me contou que depois da aula de dança mandou os meninos tirarem as meias antiderrapantes que usam, para calçarem as "normais". O Kiko, nesse dia, leva apenas e tão somente as antiderrapantes.
"Como ele é tão obediente, tirou as dele também, e nem me apercebi. Desculpe, mãe!", explicou ela.

Oi? Desculpe? Obediente? Ele? Quem és tu e o que fizeste ao meu filho?! São estas pequenas coisas...
Não devo estar a fazer sentido algum, mas, para mim, resulta...



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