Chega o Natal e começa o frenesim com as compras de Natal. Cá em casa, todos os anos é a mesma história: prendas só para as crianças. Mas depois, a mãe pede para comprar uma lembrança para os sogros; depois "ah, só uma coisinha pequena para os pais"... e quando damos por nós, estamos a caminho da Consoada com três sacos cheios e uma travessa com comida.
E todos os anos, começo a pensar nisto com antecedência. A sério: todos os anos. E, por norma, ando eu, dois dias antes do Natal à procura "daquela" lembrancinha que ainda falta para sei-lá-quem... (atenção: as prendas das crianças são sempre as primeiras a serem compradas, e essas sim, com tempo e vagar!).
Este ano, para além de haver mais um bebé, tenho um filho que, TODOS OS DIAS, estuda cuidadosamente TODOS os catálogos de brinquedos das redondezas. E dou por mim, a ver algumas coisas e a pensar "hmmm, nem é assim tão caro! É uma boa hipótese!".
O meu problema? Não sei se é adequado, não consigo perceber os pormenores pelas fotografias minúsculas, não oiço os sons... se são demasiado altos ou assustadores, e mais uma série de dúvidas existenciais do que aos brinquedos diz respeito. Gostava de pegar nas coisas e testá-las eu mesma. Experimentar tocar nas bonecas que, no catálogo, parecem fofinhas, mas que depois vai-se a ver e são duras... (ai, como me enganaste, Masha!).
Gostava de brincar (sim, literalmente, brincar) com os tablets "educativos" do Panda, do Noddy e da Patrulha Pata. Gostava de ver se as Barriguitas têm muitas pecinhas pequenas que se desmontam e se perdem ou que eventualmente podem ir parar a algum estômago. Gostava de saber o que é feito das boas e velhas caixas de Legos... (agora é preciso ter um mestrado em Física Quântica para comprar uma caixa de Legos!). Gostava de ver a articulação das pernas do Batman ou do Super-Homem ou do Hulk e perceber se o Kiko não tem qualquer hipótese de vazar a vista de alguma das primas com estes brinquedos...
Gostava de ver o tamanho dos brinquedos, para não me decepcionar, como já tem acontecido.
Sim, first world problems! Se alguém tiver cunhas na Toys'r'us, no Pingo Doce, no Continente... ou em qualquer outra loja... que me deixe ir ao armazém abrir caixas e brincar, agradecia!
24 de novembro de 2016
22 de novembro de 2016
Constatação: ele já não é bebé!
A escolinha corre bem. Já tem montanhas de amiguinhos, em especial, o Rodrigo e a Madalena. Gosta das aulas de ginástica. E a comida é invariavelmente boa.
Olho para ele e vejo que o meu bebé está enorme. O meu bebé já não é bebé.
Olho para ele e quando penso em comprar, nos saldos, coisas para o próximo ano, tenho de fazer uma ginástica mental brutal para me lembrar que tenho de procurar roupas para 4-5 anos.
Ainda mal largou as fraldas e já me pede se o "Rudigo pode vi bincar comigo, na minha caja". Convidar amiguinhos cá para casa... imagine-se!!!
Vejo-o, sentadinho no sofá, com os catálogos de brinquedos, a escolher prendas para ele e para as três primas (as gémeas e a prima bebé). O ar compenetrado dele é avassalador (odeio a palavra "avassalador"... prefiro o equivalente inglês "overwhelming").
E sinto que o meu coração pode, de repente, saltar-me do peito, tal é a comoção que trago em mim.
Claro que também me tira do sério, enerva-me, ralho com ele e ponho-o de castigo. Os brinquedos já foram parar à arrecadação por duas vezes, e não põe os olhos em cima da bicicleta há semanas... ultrapassa todos os limites possíveis e imaginários. Aquela coisa da parentalidade positiva? Sure (só que não!).
Às vezes, penso que ele tem um diabinho e um anjinho por cima de cada ombro que lhe vão dando indicações. De quando em quando, um deles está de folga, certamente, e o outro fica a tomar conta do estaminé.
Estou a escrever este texto e a pensar em quanto ele é esperto, giro... usa a lógica de forma irrepreensível... e as birras... pufff... acontece-lhes o mesmo que ao Chocapic.
Há uns dias, fui buscá-lo à escola, e só quando estava no carro é que me apercebi que estava sem meias. Contou-me uma história estranha. Voltámos atrás, claro. A auxiliar lá me contou que depois da aula de dança mandou os meninos tirarem as meias antiderrapantes que usam, para calçarem as "normais". O Kiko, nesse dia, leva apenas e tão somente as antiderrapantes.
"Como ele é tão obediente, tirou as dele também, e nem me apercebi. Desculpe, mãe!", explicou ela.
Oi? Desculpe? Obediente? Ele? Quem és tu e o que fizeste ao meu filho?! São estas pequenas coisas...
Não devo estar a fazer sentido algum, mas, para mim, resulta...
Olho para ele e vejo que o meu bebé está enorme. O meu bebé já não é bebé.
Olho para ele e quando penso em comprar, nos saldos, coisas para o próximo ano, tenho de fazer uma ginástica mental brutal para me lembrar que tenho de procurar roupas para 4-5 anos.
Ainda mal largou as fraldas e já me pede se o "Rudigo pode vi bincar comigo, na minha caja". Convidar amiguinhos cá para casa... imagine-se!!!
Vejo-o, sentadinho no sofá, com os catálogos de brinquedos, a escolher prendas para ele e para as três primas (as gémeas e a prima bebé). O ar compenetrado dele é avassalador (odeio a palavra "avassalador"... prefiro o equivalente inglês "overwhelming").
E sinto que o meu coração pode, de repente, saltar-me do peito, tal é a comoção que trago em mim.
Claro que também me tira do sério, enerva-me, ralho com ele e ponho-o de castigo. Os brinquedos já foram parar à arrecadação por duas vezes, e não põe os olhos em cima da bicicleta há semanas... ultrapassa todos os limites possíveis e imaginários. Aquela coisa da parentalidade positiva? Sure (só que não!).
Às vezes, penso que ele tem um diabinho e um anjinho por cima de cada ombro que lhe vão dando indicações. De quando em quando, um deles está de folga, certamente, e o outro fica a tomar conta do estaminé.
Estou a escrever este texto e a pensar em quanto ele é esperto, giro... usa a lógica de forma irrepreensível... e as birras... pufff... acontece-lhes o mesmo que ao Chocapic.
Há uns dias, fui buscá-lo à escola, e só quando estava no carro é que me apercebi que estava sem meias. Contou-me uma história estranha. Voltámos atrás, claro. A auxiliar lá me contou que depois da aula de dança mandou os meninos tirarem as meias antiderrapantes que usam, para calçarem as "normais". O Kiko, nesse dia, leva apenas e tão somente as antiderrapantes.
"Como ele é tão obediente, tirou as dele também, e nem me apercebi. Desculpe, mãe!", explicou ela.
Oi? Desculpe? Obediente? Ele? Quem és tu e o que fizeste ao meu filho?! São estas pequenas coisas...
Não devo estar a fazer sentido algum, mas, para mim, resulta...
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1 de novembro de 2016
Estreia nas gastroenterites
Há semanas que não conseguia aqui vir. Tivemos a nossa primeira gastroenterite... e a segunda também.
Depois de um mês cheio de tosse, e já tendo esgotado todos os tratamentos domésticos possíveis, marcámos consulta na pediatra. Na véspera da consulta, o Kiko decidiu que ter diarreia e vómitos era uma excelente ideia. Se estávamos com dúvidas acerca de ir ou não à consulta, dissiparam-se por completo.
Viemos de lá com a recomendação de fazer refeições "dieta", e tomar um suplemento alimentar para reidratar o moço. Foi um "31" convencê-lo a tomar o bendito soro, mas lá tomou.
Foram umas belíssimas noites em que corríamos para a casa-de-banho a meio da noite... ou que temíamos um banho de vómito, cada vez que o petiz tossia.
E aos poucos lá ficou restabelecido.
Menos de duas semanas depois, lá ouvimos o temido "dói-me a barriga". Sabemos que não é treta quando a criança tem 3 anos e tal e já havia jantado - teve, portanto, início o "Calvário 2.0: o regresso da gastro". Mais vómitos, mais diarreia, mais noites mal dormidas... ai que saudades (só que não!)!!!
E cá estamos de novo: arroz branco cozido, carnes brancas e peixinho, por causa das tosses.
O que me custa mesmo é ver o bichinho, cheio de fome, e a não conseguir aguentar nada no estômago. Mas... já está a melhorar.
Às vezes, pergunto-me: como é que aquelas mães fashionistas e XPTO ao quadrado conseguem manter-se sãs, giras e frescas quando a filharada anda nestes preparos?!
Andava com olheiras até ao umbigo ainda da primeira semana mal dormida, quando "levei" com a segunda réplica... entre pôr o puto na casa-de-banho, lavar as roupas sujas, pôr a secar, tentar organizar a casa que, às tantas, já parece um cenário de guerra... tem de haver um qualquer segredo por aí algures que não conheço...
Depois de um mês cheio de tosse, e já tendo esgotado todos os tratamentos domésticos possíveis, marcámos consulta na pediatra. Na véspera da consulta, o Kiko decidiu que ter diarreia e vómitos era uma excelente ideia. Se estávamos com dúvidas acerca de ir ou não à consulta, dissiparam-se por completo.
Viemos de lá com a recomendação de fazer refeições "dieta", e tomar um suplemento alimentar para reidratar o moço. Foi um "31" convencê-lo a tomar o bendito soro, mas lá tomou.
Foram umas belíssimas noites em que corríamos para a casa-de-banho a meio da noite... ou que temíamos um banho de vómito, cada vez que o petiz tossia.
E aos poucos lá ficou restabelecido.
Menos de duas semanas depois, lá ouvimos o temido "dói-me a barriga". Sabemos que não é treta quando a criança tem 3 anos e tal e já havia jantado - teve, portanto, início o "Calvário 2.0: o regresso da gastro". Mais vómitos, mais diarreia, mais noites mal dormidas... ai que saudades (só que não!)!!!
E cá estamos de novo: arroz branco cozido, carnes brancas e peixinho, por causa das tosses.
O que me custa mesmo é ver o bichinho, cheio de fome, e a não conseguir aguentar nada no estômago. Mas... já está a melhorar.
Às vezes, pergunto-me: como é que aquelas mães fashionistas e XPTO ao quadrado conseguem manter-se sãs, giras e frescas quando a filharada anda nestes preparos?!
Andava com olheiras até ao umbigo ainda da primeira semana mal dormida, quando "levei" com a segunda réplica... entre pôr o puto na casa-de-banho, lavar as roupas sujas, pôr a secar, tentar organizar a casa que, às tantas, já parece um cenário de guerra... tem de haver um qualquer segredo por aí algures que não conheço...
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