30 de maio de 2011

Diz que disse

Diz o senhor meu gajo que ando a postar conversas entre nós os dois que só existem na minha cabeça. "Ficcionadas", diz ele.

Mas como, habitualmente, não existem testemunhas, é a minha palavra contra a dele. E ficamos quites.

28 de maio de 2011

Um ano

E viver junto, há um ano, é isto:

* resmungar um "bom dia", quando o despertador toca;
* dar uma cotovelada quando o outro ressona;
* mandar sms a dizer "passa pelo supermercado, pq ja n ha pao";
* chegar a casa e dizer "não me apetece fazer jantar";
* no final do jantar, dizer "hoje lavas tu a loiça!";
* gritar do quarto "tens roupa para lavar?";
* ouvir as pessoas a dizer, constantemente, "e para quando um filhote?";
* fazer planos de férias juntos;
* passar por desgostos como ter a casa-de-banho inundada;

* ter alguém à nossa espera, no fim de um dia filho-da-mãe-benzó-Deus, com um beijinho e um sorriso.

E é tudo isto que eu tenho desde há um ano! Faço votos para ter outro ano igualzinho igualzinho!

24 de maio de 2011

Conversa de meio de tarde

[Depois de andar a vasculhar os sacos do supermercado, frigorífico, despensa...]

Eu: Amoooorrrrr, onde é que estão as uvas?
Ele: As uvas? Eu vi-te a agarrar nelas...
Eu: Sim e depois meti-as no carrinho, mas agora não as encontro...
Ele: Às tantas ficaram lá...
Eu: Impossível... estavam mesmo por cima. Deixaste-as cair no meio do chão... 'tá-se mesmo a ver.
Ele: [silêncio]
Eu: [enquanto confirmo o talão]: Pelo menos, não as cobraram. Por isso, desapareceram antes de chegarmos à caixa.

[E lá fiquei eu sem as uvas]

23 de maio de 2011

Conversa matinal

Hoje de manhã, apercebi-me que, em vez de um homem de 35 anos, vivo com um cachopo de 4...

Ele: Hoje, quando chegares, vamos às compras?
Eu: Sim. Estive ontem a fazer a lista das coisas que precisamos.
Ele: Mas... também compramos coisas que não precisamos, não é?
Eu: [olhar de reprovação]

10 de maio de 2011

Cristininha e a vida saudável - Declaração em 4 pontos

Ponto 1 - Tenho celulite. Toda a gente a tem é certo, mas a minha é minha e chateia-me, e duplicou nos últimos meses e eu sou gaja e irrita-me saber que o meu 'back side' bate palminhas de contente quando como qualquer coisa que não devo.

Ponto 2 - Estou a ficar enferrujada. Andar 100 metros faz-me começar a deitar os bofes pela boca e mais do que isso, para mim, já é praticamente uma meia-maratona. Pôr as pernas "à chinês" quando estou no sofá já me custa, dobrar-me para apanhar coisas do chão custa-me... tudo é feito em esforço.

Ponto 3 - Decidi que está na hora de fazer alguma coisa e comecei ontem. Aliás, já comecei há uns dias a deixar de comer porcarias, obrigar-me a beber mais água e a fazer uns jantares mais condizentes com a minha resolução (o meu homem diz que sou ditadora, eu acho que não, mas quem manda sou eu e a discussão termina ali!).

Ponto 4 - Ontem, decidi que vou começar a fazer umas caminhadas e a evitar o elevador - ainda assim são 4 andares, deve servir para alguma coisa. Já declarei de mim para mim que vou comprar umas sapatilhas melhorzitas e uns steppers, para me motivar a reduzir esta porcaria (leia-se celulite) que tenho nas coxas.

8 de maio de 2011

Nêsperas, eu e o meu avô

Nesta altura do ano, recordo sempre um episódio que aconteceu comigo. E recordo especialmente por envolver também o meu avô. O meu avô morreu há 10 anos e sempre que me lembro desta história, lembro-me dele e não consigo evitar sorrir e chorar ao mesmo tempo.

Eu tinha quatro ou cinco anos e tinha acabado de comer uma nêspera. O meu avô passou por mim na altura em que eu me preparava para semear o caroço. Então ele disse-me que se regasse a minha sementeira, rapidamente teria uma árvore grande e cheia de nêsperas.

A minha mãe contou-me que passei o dia a regar o buraquinho onde tinha posto o caroço. E que o meu avô me motivava a continuar a regar.

No dia seguinte, exactamente no sítio onde eu tinha semeado aquele caroço de nêspera, estava uma pequena árvore, com pouco menos de um metro de altura. Conta-me a minha mãe que fiquei louca de alegria com a minha árvorezinha já crescida e que corri para contar ao meu avô que a nespereira tinha nascido durante a noite.

Obviamente não sabia que tinha sido o meu avô que, aproveitando a minha hora de ir para a cama, tinha plantado a pequena árvore para me deixar feliz e como recompensa pelo meu "trabalho árduo" de rega.

Hoje, a minha nespereira ainda existe. Está enorme, as nêsperas são doces e nunca me esquecerei desta história...

4 de maio de 2011

Rapidinhas da semana

Mourinho foi castigado, não se sentou no banco ontem contra o Barcelona. O Real Madrid perdeu e não vai à final da Champions. Isto na semana em que...

... Osama Bin Laden foi morto pelo States. Supostamente. Alegadamente. Ia jurar que o vi a jogar à sueca com o Elvis. Devo ter-me equivocado!

... o Benfica e o Braga jogam a passagem à final da Liga Europa. Para o Porto, o jogo com o Villareal é para cumprir calendário. Jorge Jesus continua a comer sílabas e a insistir no Roberto, um homem em quem não confio nem para me lavar a louça (não vá um prato escapar-se-lhe por entre os dedos e partir-se).

... ficámos a saber que vamos receber 78 MIL MILHÕES DE EUROS (sim, leram bem) de ajuda externa. É dinheiro para xuxu, mas cheira-me que se os senhores do FMI não forem ajuizadinhos, daqui a pouquíssimo tempo, o País vai voltar a estar de mão estendida a pedir mais uns tostões a quem passa.

... a Playstation Network ainda não deu sinais de vida.

... o Ministro das Finanças deu sinais de vida. Estava mais amarelito do que o costume, carrancudo como de costume e mais calado do que o costume (mas com o 1.º Ministro ao lado, era difícil falar, por pouco que fosse...).

1 de maio de 2011

Dia da Mãe

Hoje doeu-me um bocadinho o coração. Uma dorzinha pateta que me fez derramar uma lágrima, entre dois sorrisos... E porquê a dor, a lágrima?

Porque hoje era o Dia da Mãe e eu estava a mais de uma centena de quilómetros de distância da minha mãe. A mais bonita mãe do Mundo, só porque é a minha. Doeu-me um bocadinho o coração porque não lhe pude dar um beijo, nem uma flor ou um bombom de chocolate. Doeu-me um bocadinho o coração, porque em tantos anos de vida, "falhei-lhe" pela 1.ª vez.

Amo-te muito, mãe!!!

 

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