Durante as minhas viagens Leiria-Porto-Leiria, tenho a oportunidade de me cruzar com as mais diferentes pessoas. Mas faço o que sempre me ensinaram: não interfiro. Sou uma observadora. Aliás, acho que conseguiria fazer relatórios diários do género de pessoas com quem me cruzo.
Estava já no Porto, apanhei o autocarro e, atrás de mim, conversavam duas pessoas. Dois homens. Deu-me vontade de rir. Não rir à gargalhada. Mas um riso silencioso. Daqueles só meus e que não se partilham. Essas duas pessoas confirmavam aquele velho preconceito que todos nós temos acerca das gentes do Porto: falavam alto, trocavam os V’s pelos B’s e diziam “carago”. Tudo ao mesmo tempo!
Estava já no Porto, ia a caminho das aulas e parei num sinal vermelho. Novamente, deu-me vontade de rir. Aquele mesmo rir. O sinal continuava vermelho e um funcionário dos CTT, que entretanto chegara, virou-se para mim e disse “A menina dá-me a honra de atravessar a passadeira comigo, agora?”. Aí sim, ri à gargalhada “Ora, pois com certeza!” respondi. Esse senhor confirmou a ideia que tenho das gentes do Porto: simpático e engraçado. Tudo ao mesmo tempo!
Hoje, estava já em Coimbra, parada na gare, esperava pelo expresso (que tinha ido abastecer) e que me traria de volta a Leiria. Chegou outro expresso... destino: Braga! Saem pessoas, outras preparam-se para entrar. O motorista olha para mim e sorri. Devolvi o sorriso. Meteu o expresso a trabalhar e, com um gesto quase despercebido, convida-me a embarcar e ir com ele. Com outro gesto, também quase despercebido, recusei. Ansiava pela minha cidade. Ao sair, levantou a mão e, num gesto bem visível, despediu-se de mim. Voltei a devolver o gesto.
Ao mesmo tempo, observava, pelo canto do olho, um jovem. Um jovem que esperava por alguém. A rosa vermelha que trazia na mão denunciou-o: esperava uma mulher. Olhava em todas as direcções e durante o tempo em que o observei, ela nunca chegou. Depois, fui-me embora. Espero que se tenham encontrado. O amor merecia aquele encontro!
Confirmaram-se mais algumas das minhas teorias? Talvez. Mas essas vou guardar para mim.
11 estrelinhas:
Passei para deixar um beijinho.
Nuno.
lol pois pois.. e eu tenho algumas teorias! São elas:
Quando se anda apaixonada, com um sorriso nos lábios de manhã á noite e provavelmente a cantarolar uma qualquer musica alegre enquanto involuntariamente se dão uns passinhos de dança ocasionais, é fácil contagiar de alegria as pessoas com quem nos cruzamos!!
ou:
são as gentes do nuórte que são uns pinga-amor e engatatões de primeira.. :P
a outra não digo.. :P
e o meu scan do jornal de leiria?? :S
bjinho!
Outro para ti, Nuno :)
Anónimo, já enviei. Se não recebeste... pahh... volto a enviar na segunda-feira!
Beijooooossss
Delicio-me com todas essas tuas observações...
.. muitos olhares trocas tu com outros rapazes :P eheh
Hehehe, Manuel... não faço de propósito. São pequeninos momentos! :)
Nos dias que correm, ó minha amiga, já não sei se o gajo da flôr esperava uma gaja... ;)
E sim, parece-me que o pessoal do porto é o que de mais parecido temos com os brasileiros no que toca a meterem-se com o mulherio. Há quem goste...há quem odeie...
Enfim....tripeirices... ;)
BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS
Não se trata de tripeirices meu caro Sadeek.
Nós aqui no Norte somos mesmo assim: alegres, simpáticos, sempre prontos a ajudar. Enfim, únicos...
:-))))
Bjs
Agora poderá dizer a plenos pulmões que és a repórter do "Expresso"! :)
Boa semana para ti!
Ni...olha que eu até tenho muita familia no Norte...não disse aquilo de forma depreciativa... ;)
BEIJÂOOOOOOOOOOOO
Eu também sou alegre, simpático e sempre disposto a ajudar. Só não sou bem do Norte... :)
Beijitos,
Nuno.
São dias como esse que nos fazem sentir mesmo bem :)
Bj
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