31 de agosto de 2006

As crianças... essas, sim, é que são sábias!

" O amor é... ?" - esta foi a pergunta feita a um grupo de crianças de 4 a 9 anos, durante uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia, nos EUA.

"Amor é quando alguém te magoa, e tu, mesmo muito magoado, não gritas, porque sabes que isso fere os sentimentos da outra pessoa."
Mathew, 6 anos.

”Quando minha avó ficou com artrite, e deixou de poder dobrar-se para pintar as unhas dos pés, o meu avô passou a pintar as unhas dela, apesar de ele também ter muita artrite."
Rebecca, 8 anos.

”Amor é quando uma menina põe perfume e o menino põe loção pós-barba, depois saem juntos e se cheiram um ao outro."
Karl, 5 anos.

"Eu sei que minha irmã mais velha me ama porque ela dá-me todas as roupas velhas e tem que sair para comprar outras."
Lauren, 4 anos.

"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, apesar de se conhecerem há muito tempo."
Tommy, 6 anos.

"Quando alguém te ama, a forma de dizer o teu nome é diferente..."
Billy, 4 anos.

"Amor é quando tu sais para comer e ofereces as tuas batatinhas fritas sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela."
Chrissy, 6 anos.

“Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, para ter certeza que está ao gosto dele."
Danny, 6 anos.

“Se queres aprender a amar melhor, deves começar com um amigo de quem não gostas."Nikka, 6 anos.

"Quando contas a alguém alguma coisa feia sobre ti próprio, e ficas com medo que essa pessoa por causa disso deixe de gostar de ti, aí, ficas mesmo surpreendido, quando descobres que não só te continuam amando, como ainda te amam mais!"
Samantha, 7 anos.

"Há dois tipos de amor: o nosso amor e o amor de Deus. Mas o amor de Deus consegue juntar os dois."
Jenny, 4 anos.

"Amor é quando a nossa mãe vê o nosso papai chegar suado e mal cheiroso,e ainda diz que ele é mais bonito que o Robert Redford!"
Chris, 8 anos.

"Quando amas alguém, os teus olhos sobem e descem, e pequenas estrelas saem de ti!"
Karen, 7 anos.

"Amor é quando o teu cão te lambe a cara, mesmo depois de o teres deixado sozinho o dia inteiro."Mary Ann , 4 anos.

29 de agosto de 2006

Qual é a melhor idade para correr riscos?

Tenho 23 anos, tirei o curso há 1 ano e estou nesta Junta de Freguesia há 9 meses (sensivelmente)... todos os dias há alguém que me diz que em Leiria não vou ter qualquer hipótese de me desenvolver enquanto jornalista. Todos os dias há alguém que me pergunta "Porque não vens para Lisboa?". Todos os dias tenho pesadelos sobre todo esta situação: porque sou uma menina da mamã, porque tenho aqui os meus amigos, porque tenho medo de deixar um trabalho, aparentemente, seguro, porque tenho cá o meu namorado, porque... porque... merda!!

"Se não arriscares agora, vais ter dificuldades mais tarde" - disse-me o Pedro um dia destes. Eu sei que ele tem razão, mas eu sou uma menina da aldeia com medo da cidade grande. Vejo-me pequenina ao lado dos prédios grandes, negros, com bocas gigantescas e que me gritam «Não és daqui!!»

Eu sei que devia esquecer por uns instantes que tenho medo, mas outros arriscaram e tiveram êxito, porque serei eu uma excepção? Eu sei que esta é a melhor idade para arriscar, ou vou-me desculpar com a crise e, mais tarde, serei uma trintona frustrada e desiludida com a vida que eu própria escolhi...?

28 de agosto de 2006

Afinal é fácil...

No sábado, estive a conversar com a minha querida amiga Helena, educadora de infância de profissão, e ela contou-me uma história que se passou com ela própria, e que considerei fantástica.


Certo dia, ela foi com a sua turminha ver um espectáculo de marionetas, no Porto (ou nos arredores), e eis que a certa altura, um dos personagens transportava consigo uma caixa onde estava inscrita a palavra "Problemas", na vã tentiva de encontrar alguém que o ajudasse a resolvê-los.


Às duas por três, encontra um sábio que lhe diz ser capaz de lhe resolver esses problemas. Pega num martelo e aí vai ele de martelar a caixa, represente dos mesmos, até não sobrar mais caixa para contar a história.


Uma das crianças da turma da Helena, no alto esplendor dos seus 3 anos de idade, exclama: "Afinal é fácil resolver os problemas!!" - pois é, meu querido! Resolver qualquer problema é fácil de resolver, nós, os adultos, é que temos a mania de complicar.

24 de agosto de 2006

Cansada

Hoje ao (re)ler o blog de uma antiga colega de curso (Biscaia, se me estás a ouvir... foi o teu!), notei que o tempo está, de facto, a passar. É natural que me sinta assim... cansada!

Terminei o curso em Julho de 2005, comecei a trabalhar em Outubro do mesmo ano - em 3 meses arranjei uma ocupação que me paga a gasolina do carro. Não é isto que quero continuar a fazer! Paga-me a gasolina, mas não (a)paga a frustração que sinto em não estar a fazer aquilo que gosto e aquilo para o qual estudei. Todos nos sentimos assim... eu sei!

Estou cansada de remar contra uma maré que parece estar mais forte a cada dia que passa. Estou cansada de ouvir todos os dias, alguém perguntar "Ainda estás na Junta?". Estou cansada de ouvir, entre risos, alguém dizer "Qualquer dia, estás a apresentar o telejornal". Estou cansada, mas ainda não perdi a réstia de esperança que ainda sobrevive (ligada às máquinas... é certo... mas sobrevive)!

Estou cansada... é normal?

17 de agosto de 2006

Ping-pong

Já conheceram pessoas com a mesma profundidade de uma bola de ping-pong? Eu já... pessoas fúteis, sem interesse social, intelectual ou, até mesmo, sexual. Depois de ter conhecido um certo jovem com estas características (??), dei por mim a pensar "Como é que existem pessoas assim. Devo ser muito ingénua!".


A Internet é um veículo catalisador para se conhecerem pessoas dos mais variados feitios, das mais variadas crenças, opiniões, gostos... com algumas pessoas consegue-se ter conversas e discussões abertas e interessantes; há o reverso da moeda: outras, que mal abrem a boca, estragam o pouco que havia. Por exemplo, estamos registados num site de amizades (ou engate, para muitos). Se és mulher, todos os dias recebes recadinhos "És muito gira. Tens MSN?" - agora digam-me... onde está a beleza da troca de olhares? Um piscar de olho? Um roçar do dedo na mão? O sentir o cheiro do cabelo do outro? Se fores homem, recebes recados "Tens um corpo espectacular" ou "Os teus lábios são fantásticos" - Ya... e o resto? Eu, pecadora me confesso: já enviei recados assim. Mas depois... profundidade intelectual apenas comparada a uma bola de ping-pong!


Não digo que seja tudo mau. Conheci pessoas que realmente valem a pena. Mas foram só uma meia-dúzia de pessoas - não mais! É este o mundo que eu quero para os meus filhos? Aliás... pelo andar da carruagem, vou-me recusar, terminantemente, a ter filhos. As crianças não têm culpa.


Falando em crianças... há também aquele incrível fenómeno que o "PiTuXêS"... disponível num computador perto de si! Ainda bem que o meu avô não sobreviveu para ver isto! Mais: pobre Camões - andaste tu a trabalhar para, absolutamente, NADA...

11 de agosto de 2006

Flutuo

Para quem quer flutuar em qualquer altura... cantado por Susana Félix

Consigo deslindar o meu gosto
Sem esforço
Balanço, é o que a maré me dá
E eu não contesto

O meu destino está fora de mim
Eu aceito
Sou eu despida de medos
E culpas confesso

Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me, do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã

Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto
Sem esforço
Balanço, é o que a maré me dá
E eu não contesto

Amanhã, pensar nisso
Sempre me dá mais jeito
Fazer de mim
Pretérito mais que perfeito

Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã… amanhã

Hoje eu vou fugir
Para não me dar
A vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã… amanhã… amanhã
Flutuo

9 de agosto de 2006

Alemanha IV

Finalmente, de regresso... posso afirmar que foram uns dias fantásticos. Ficava lá mais uns tempos de boa vontade!
Tivemos um programa super-preenchido: passeios a pé, as inevitáveis bicicletas-pasteleiras, canoagem (uiiii!!), visita ao Muro de Berlim (ou, ao que restou dele), o Museu do Memorial aos Judeus, o Reichtag, as portas de Brandenburg, a Alexanderplatz, a Catedral de Rheine, Teckleburg, and so on...
Ainda estou a tentar digerir: tudo o que vi e tudo o que vivi, as pessoas que fizeram parte da minha vida durante aqueles 15 dias, sejam eles portugueses, alemães ou búlgaros. Agora ainda não consigo fazer uma análise, nem uma descrição sequer aproximada desta visita, mas logo que esteja com a cabeça mais fria e me tiver adaptado em pleno ao meu retomado estilo de vida português, prometo que me redimo desta falha.
Quanto às fotos, também aqui irão ser colocadas nos próximos dias.
 

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