17 de setembro de 2014

Toma lá para não te armares em esperta

E é isto... depois ficamos dentro da maquineta, quietinhos. 
Por norma, sou sempre a 1.ª pessoa a aconselhar NUNCA ir à Internet procurar informações sobre doenças, já diagnosticadas por médicos. Geralmente, o doente não filtra as informações todas dadas pelo especialista, vai à net procurar mais, e o que encontra - e que mais uma vez, não filtra - são os extremos, e começa logo a pensar que vai bater a bota, instantaneamente.

Há uns meses, foi-me dito que teria de fazer uma ressonância magnética pélvica (RM). Os meses passaram, e na semana passada, ligaram-me do Hospital a informar que a RM estava agendada para 16 de Setembro, às 10h.
Aqui a boa da Cristina já tinha as instruções para o procedimento, e cumpriu-as, até que se lembrou de ir procurar como se procedia este exame.

O que encontrei foram coisas macabras.
Estranhas.
Descrições onde eram injectados todos os tipos de gel em tudo quanto era orifício corporal.
Pessoas que entravam em pânico claustrofóbico.
Coisinhas do arco da velha.
"Cruzes, credo...", pensei eu.

Para não panicar de todo, decidi fechar as janelas do Chrome, e tentar esquecer. Mas aquilo não me saía da cabeça. E vai de perguntar a pessoas da área médica como, efectivamente, o procedimento era realizado. Descansaram-me. Que nunca tinham ouvido falar em injecção de gel, absolutamente nenhum. Que a única "pica" era numa veia para introduzir o cateter para o contraste. Que me enfiavam num tubo barulhento.

Mesmo assim, na manhã (ontem, portanto!) só me vinham à mente as descrições tétricas. O meu lado racional estava a levar "quinje a jero!" ao lado imaginativo e sugestivo. Estava sozinha na sala de espera, o exame estava atrasado, em jejum há quase 12 horas... no momento da "pica" para o cateter, deu-me um fanico e ia desmaiando. Foi um "Ai, Jesus!" que só visto.
Conclusão: a enfermeira que estava comigo era uma querida e explicou-me o procedimento. Que era totalmente indolor. Que me iam aplicar o contraste através do cateter que ela própria ia inserir. Que teria de me despir, com excepção da cueca, e vestir uma bata. Que me iam meter dentro de um tubo. Que era muito barulhento, mas que me dariam uns headphones ou tampões para abafar o som.
E assim foi! Com a vantagem dos técnicos que me assistiram também serem uns porreiros.

Depois do dia passado, só pensava: "toma lá, Cristina Maria, para não te armares em esperta!". Façam o que eu digo, não façam o que eu faço: NUNCA procurem na net informações seja sobre procedimentos médicos, doenças, diagnósticos ou medicações... NUNCA, em ocasião alguma. Raramente se encontram os meios-termos, porque, na aflição, não conseguimos filtrar toda a informação que nos chega. Sejam sensatos. Fala quem sabe!

7 de setembro de 2014

Crise de crescimento e de desenvolvimento

A Internet é todo um Mundo. Basta uma pessoa digitar algumas palavras e todo um léxico, um universo de informação surge diante dos nossos olhos.
Repentinamente, e para uma mãe de primeira viagem, a Internet é uma ferramenta super-útil. Não resolve os nossos problemas, mas, quando usada com bom-senso, ajuda-nos a formular as perguntas correctas às pessoas que nos podem ajudar.

O Henrique sempre dormiu mal. Em (praticamente) 18 meses, ainda não dormimos uma noite inteira. Os pais que me dizem que têm filhos "santos"... bem, escusado será dizer que me apetece afogá-los!
Continuando: o Henrique sempre dormiu mal. Teve meia-dúzia de noites em que acordava mais tarde, e nos dava algumas (boas) horas de sono, mas a regra é acordar. Sempre.

De há umas 3 semanas para cá tem sido o CAOS. O Henrique acorda 5/6 vezes por noite. O Henrique dorme 2 horas e uns minutos e acorda. Levanto-me dezenas de vezes, seja para lhe pôr a chucha, seja para o acalmar. Juro pela minha saúde que até já pensei em consultar algum terapeuta do sono.
Na minha santa ignorância, creio que este ritmo de sono até pode ser prejudicial para um bebé como ele. Leio que os bebés com esta idade devem fazer cerca 13 a 15 horas de sono, e penso no meu piolho que nestas últimas semanas teve noites em que dormiu 5/6 horas, e durante o dia mais 2h, perfazendo um total absoluto de 8 horas. Isto não pode ser saudável...

Pois... a Internet... não te disperses, Cristina Maria.

Link atrás de link, atrás de link... blogues de pediatras, blogues de mães, blogues da Santíssima Trindade, e vai-se a ver e eis que descubro um texto sobre as Crises de Crescimento e de Desenvolvimento - e pensava eu que a coisa estabilizava a determinada altura.

"Bebês não se desenvolvem em um ritmo constante, e sim irregular.

No período que imediatamente antecede um salto de desenvolvimento o bebê repentinamente pode se sentir disperso à mudanças nos sistemas perceptivo e cognitivo que não foram adaptadas ainda no organismo.

Então na tentativa de readaptação, o bebê volta à base, ou seja, à mãe, o que reflete-se em períodos de maior carência afetiva, pedem mais colo, e com frequência afetam o sono e apetite.

Depois de algumas semanas essa fase difícil é superada, e o bebê demonstra ter habilidades novas.

Uma Cronologia aproximada dos períodos de crise é:
- 5 semanas / 1 mês
- 8 semanas / quase 2 meses
- 12 semanas / quase 3 meses
- 19 semanas / 4 meses e meio
- 26 semanas / 6 meses
- 30 semanas / 7 meses
- 37 semanas / 8 meses e meio
- 46 semanas / quase 11 meses
- 55 semanas / quase 13 meses
- 64 semanas / quase 15 meses
- 75 semanas / 17 meses

Nesse período, é esperado que o bebê:
- Procure ficar mais perto da MÃE, ou seja sua base de tudo, pois é o que ele conhece melhor;
- Fique mais carente, precisando de colo, segurança e orientação maternal de perto;
- Coma mal e durma pior;
- Pode pedir para mamar com mais frequência;
- Comece a fazer coisas que não fazia antes da crise tal como rir, sentar, engatinhar, interagir...
- Demonstre felicidade com o final da crise e superação do desenvolvimento adquirido.

Essa fase difícil passa, e tudo volta a normalidade, na mesma naturalidade que iniciou.
Então, durante as crises, é só ter um pouco de paciência, carinho, cumplicidade... que logo logo passa..."


(retirado do site brasileiro Guia do Bebê)

Para terminar que a história já vai longa, é ASSUSTADOR ler algumas coisas que por aí pululam: ataques de raiva, "adolescência" dos bebés, predisposição para depressão and so on... parei por aí, porque quero que o Henrique tenha uma mãe mentalmente sã, e que o ajude - o melhor que puder - a ultrapassar esta etapa de crescimento. 
 

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