Os festejos de Santo António despertam em mim, todos os anos, um misto de alegria (pelas festas, pelos petiscos, por ser Verão, etc...) e de tristeza profunda.
Explicando...
Há muitos e muitos anos, teria eu à volta de 12 ou 13 anos - não façam contas, foi à mais de metade da minha vida - na escola preparatória que frequentava preparava-se um arraial dedicado aos Santos Populares. Todos os anos, o ano lectivo encerrava com uma festarola normalmente sugerida pelos alunos e preparada durante o último período.
O "projecto" proposto na disciplina de Ciências Naturais era, imagine-se, cuidar de manjericos. A professora deu-nos todas as instruções possíveis e imaginários que apontámos nos nossos dossiers, e levámos os nossos vasinhos para casa, cerca de uma semana antes do arraial.
Passados uns dias, chego das aulas e vejo o meu manjerico completamente falecido. Nem uma folha se lhe aproveitava.
O meu desespero. Ia chumbar a Ciências. Tinha morto o manjerico. O arraial ia ser um fiasco, porque o manjerico estava morto. Como ia dizer à professora no dia seguinte que tinha assassinado o manjerico?
No dia seguinte, meio a medo, fui falar com a professora. Aparentemente, os manjericos morrerem era banal. Aparentemente, todos os manjericos de uma outra turma tinham-se finado... a escola já previa isso e tinha manjericos para dar e vender.
NÃO PODIAM TER DITO LOGO, RAIOS?!
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