Eu, pecadora, me confesso. Não tinha fé nenhuma no jogo de ontem. Por várias razões: porque os nossos suplentes são aqueles que toda a gente conhece, enquanto que os outros tinham, só por exemplo, o Torres e o Fabregas; porque os sacanas dos espanhóis são fechadinhos fechadinhos, porque os sacanas dos espanhóis são campeões da Europa; porque os sacanas dos espanhóis são campeões do Mundo; porque os sacanas dos espanhóis também estão em crise e que, sendo assim, as forças misteriosas e ocultas que regem os destinos do futebol podiam ficar divididas entre nós e eles... porque o árbitro é turco; porque... mimimimimi... podia ficar aqui o resto do dia.
Saí do trabalho e apanhei um trânsito do "demóino". Comecei a enervar-me. Cheguei a casa já depois das 19h... enervadíssima.
Vi as equipas a alinharem-se no campo. Ouvi os hinos. Vi os primeiros 45 minutos e gostei. Vi os segundos 45 minutos e também gostei, mas os nervos continuaram ali, a mangar de mim...
Vi o prolongamento e pensei "Catano, querem ver que me enganei e ainda vamos à final...".
A merda dos penalties deu cabo de tudo.
Eu, pecadora, me confesso: assim que vi o Bruno Alves pegar na bola, agarrei no penacho verde-amarelo-vermelho que ofereceram, meti aquilo dentro da mala, porque já sabia que ia correr mal.
Gosto muito do Bruno Alves da selecção. É um rapaz apessoado, bastante saudável e tudo e tudo e tudo, mas não é moço que se meta a chutar penalties. Porque não é. Ponto final.
Foi um dia enervante, "portantes". Mas venham os Jogos Olímpicos e uma vitóriazinha da Telma Monteiro que isto já me passa.
Metam, na televisão, um puto qualquer a ler uma carta que "escreveu" aos atletas olímpicos a dar-lhes força para irem mais longe, mais forte e mais rápido e a "portugalidade" volta aos seus níveis de confiança.
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