Eu, pecadora, me confesso. Não tinha fé nenhuma no jogo de ontem. Por várias razões: porque os nossos suplentes são aqueles que toda a gente conhece, enquanto que os outros tinham, só por exemplo, o Torres e o Fabregas; porque os sacanas dos espanhóis são fechadinhos fechadinhos, porque os sacanas dos espanhóis são campeões da Europa; porque os sacanas dos espanhóis são campeões do Mundo; porque os sacanas dos espanhóis também estão em crise e que, sendo assim, as forças misteriosas e ocultas que regem os destinos do futebol podiam ficar divididas entre nós e eles... porque o árbitro é turco; porque... mimimimimi... podia ficar aqui o resto do dia.
Saí do trabalho e apanhei um trânsito do "demóino". Comecei a enervar-me. Cheguei a casa já depois das 19h... enervadíssima.
Vi as equipas a alinharem-se no campo. Ouvi os hinos. Vi os primeiros 45 minutos e gostei. Vi os segundos 45 minutos e também gostei, mas os nervos continuaram ali, a mangar de mim...
Vi o prolongamento e pensei "Catano, querem ver que me enganei e ainda vamos à final...".
A merda dos penalties deu cabo de tudo.
Eu, pecadora, me confesso: assim que vi o Bruno Alves pegar na bola, agarrei no penacho verde-amarelo-vermelho que ofereceram, meti aquilo dentro da mala, porque já sabia que ia correr mal.
Gosto muito do Bruno Alves da selecção. É um rapaz apessoado, bastante saudável e tudo e tudo e tudo, mas não é moço que se meta a chutar penalties. Porque não é. Ponto final.
Foi um dia enervante, "portantes". Mas venham os Jogos Olímpicos e uma vitóriazinha da Telma Monteiro que isto já me passa.
Metam, na televisão, um puto qualquer a ler uma carta que "escreveu" aos atletas olímpicos a dar-lhes força para irem mais longe, mais forte e mais rápido e a "portugalidade" volta aos seus níveis de confiança.
28 de junho de 2012
24 de junho de 2012
Senhora?! SENHORA?!
Uma pessoa não pode ir ao supermercado sem ser, violentamente, violada na sua moral.... onde é que este mundo vai parar?!
Num corredor estreito de uma grande superfície comercial, eu aguardava que um miúdo e o seu respectivo pai passassem para eu chegar aos iogurtes, quando, de repente, vindo do nada como uma chapada, o senhor vira-se para o filho e diz:
"Deixa passar esta senhora!"
Senhora? Senhora? SENHORAAA??? Senhora é a minha mãe, palerma!!
E o domingo que tinha começado tão bem. GRRRRRR...
Num corredor estreito de uma grande superfície comercial, eu aguardava que um miúdo e o seu respectivo pai passassem para eu chegar aos iogurtes, quando, de repente, vindo do nada como uma chapada, o senhor vira-se para o filho e diz:
"Deixa passar esta senhora!"
Senhora? Senhora? SENHORAAA??? Senhora é a minha mãe, palerma!!
E o domingo que tinha começado tão bem. GRRRRRR...
13 de junho de 2012
Trauma de S. António
Os festejos de Santo António despertam em mim, todos os anos, um misto de alegria (pelas festas, pelos petiscos, por ser Verão, etc...) e de tristeza profunda.
Explicando...
Há muitos e muitos anos, teria eu à volta de 12 ou 13 anos - não façam contas, foi à mais de metade da minha vida - na escola preparatória que frequentava preparava-se um arraial dedicado aos Santos Populares. Todos os anos, o ano lectivo encerrava com uma festarola normalmente sugerida pelos alunos e preparada durante o último período.
O "projecto" proposto na disciplina de Ciências Naturais era, imagine-se, cuidar de manjericos. A professora deu-nos todas as instruções possíveis e imaginários que apontámos nos nossos dossiers, e levámos os nossos vasinhos para casa, cerca de uma semana antes do arraial.
Passados uns dias, chego das aulas e vejo o meu manjerico completamente falecido. Nem uma folha se lhe aproveitava.
O meu desespero. Ia chumbar a Ciências. Tinha morto o manjerico. O arraial ia ser um fiasco, porque o manjerico estava morto. Como ia dizer à professora no dia seguinte que tinha assassinado o manjerico?
No dia seguinte, meio a medo, fui falar com a professora. Aparentemente, os manjericos morrerem era banal. Aparentemente, todos os manjericos de uma outra turma tinham-se finado... a escola já previa isso e tinha manjericos para dar e vender.
NÃO PODIAM TER DITO LOGO, RAIOS?!
Explicando...
Há muitos e muitos anos, teria eu à volta de 12 ou 13 anos - não façam contas, foi à mais de metade da minha vida - na escola preparatória que frequentava preparava-se um arraial dedicado aos Santos Populares. Todos os anos, o ano lectivo encerrava com uma festarola normalmente sugerida pelos alunos e preparada durante o último período.
O "projecto" proposto na disciplina de Ciências Naturais era, imagine-se, cuidar de manjericos. A professora deu-nos todas as instruções possíveis e imaginários que apontámos nos nossos dossiers, e levámos os nossos vasinhos para casa, cerca de uma semana antes do arraial.
Passados uns dias, chego das aulas e vejo o meu manjerico completamente falecido. Nem uma folha se lhe aproveitava.
O meu desespero. Ia chumbar a Ciências. Tinha morto o manjerico. O arraial ia ser um fiasco, porque o manjerico estava morto. Como ia dizer à professora no dia seguinte que tinha assassinado o manjerico?
No dia seguinte, meio a medo, fui falar com a professora. Aparentemente, os manjericos morrerem era banal. Aparentemente, todos os manjericos de uma outra turma tinham-se finado... a escola já previa isso e tinha manjericos para dar e vender.
NÃO PODIAM TER DITO LOGO, RAIOS?!
10 de junho de 2012
Eu, o Euro 2012 e o Sto. António
Imagine-se que é preciso vir o Euro 2012 para este blogue dar de si.
Do 1.º jogo tenho a dizer que os caracóis estavam soberbos, as bifanas podiam ter sido melhores e a sardinha (congelada?) estava bastante aprazível. Obviamente que vi o jogo, mas confesso que a minha atenção estava no pratinho de moluscos que estava à minha frente e na imperial bem fresquinha que me soube pela vida.
Acho que é tãooooo português virem as desculpas da falta de sorte que nem me dei ao trabalho de ouvir as flash interviews, nem de ler os cabeçalhos dos jornais. É o triste fadinho que nos persegue desde 1996 (quando começámos a ser presença regular nas fases finais destes campeonatos).
Não achei que Portugal tivesse jogado mal; mas entraram "borradinhos" (expressão do meu excelso gajo!) e não foram os últimos 10 / 15 minutos que iam mudar o rumo das coisas, numa altura em que estavam já desesperados. Aquele lance do Pepe que fez gritar todos aqueles que estavam no espaço da Voz do Operário é que deveria ter lançado a equipa para a frente...
Enfim... quarta-feira temos mais Portugal... e lá estaremos nós a apoiar, de calculadora numa mãe e um rosário na outra.