Carta aberta ao Professor Aníbal Cavaco Silva - que, por coincidência, é Presidente da República:
Professor,
aproveite a reunião de Conselho de Estado e ponha em cima da mesa esta minha singela proposta. E aproveite bem, porque este conselho é gratuito - pode ser que numa próxima eu tente cobrar alguns trocos: peguem numa dúzia de mães de família e domésticas e metam-nas a gerir o País. É certinho que, em menos de um ano, as finanças estão direitas e ainda nos vamos dar ao luxo de ir de férias!
27 de outubro de 2010
26 de outubro de 2010
Presidente poupadinho, Portugal mais bonitinho...
Inventei isto ainda há pouquinho, mas serve para resumir tudo o que retive dos 21 minutos mais longos da minha vida: o discurso do Presidente da República (ou devo dizer candidato Aníbal Cavaco Silva?).
O senhor falou...
... e falou...
... e falou mais um bocadinho...
... não satisfeito, ainda disse mais umas palavras...
E as pessoas interrompiam-no com palmas. E a família olhava-o embevecida. Como se nem eles, nem o País soubesse o que dali vinha. Surpreendente teria sido se ele convocasse a imprensa e aquela gentinha toda para anunciar que não se recandidatava.
E 'prontes' parece que não vão haver outdoors do senhor Professor Cavaco Silva. Uma peninha, já que o candidato Alegre tem uns cartazes bem catitas em quase todas as rotundas de Sintra e arredores.
(tudo isto no dia em que morreu o polvo Paul. Isso sim, deixou-me abalada durante o dia.)
O senhor falou...
... e falou...
... e falou mais um bocadinho...
... não satisfeito, ainda disse mais umas palavras...
E as pessoas interrompiam-no com palmas. E a família olhava-o embevecida. Como se nem eles, nem o País soubesse o que dali vinha. Surpreendente teria sido se ele convocasse a imprensa e aquela gentinha toda para anunciar que não se recandidatava.
E 'prontes' parece que não vão haver outdoors do senhor Professor Cavaco Silva. Uma peninha, já que o candidato Alegre tem uns cartazes bem catitas em quase todas as rotundas de Sintra e arredores.
(tudo isto no dia em que morreu o polvo Paul. Isso sim, deixou-me abalada durante o dia.)
19 de outubro de 2010
Recordações virtuais
Um dos exercícios que mais gosto de fazer e que o blogue me permite realizar de forma prática e rápida é saber o que andava a fazer nos anos anteriores. É surpreendente ver e recolher memórias que pensávamos estarem perdidas. Felizmente, os arquivos dos blogues permitem-nos recuperar momentos e dias felizes.
No ano passado, por esta altura sensivelmente, meti férias. Ia estar uns quantos dias em Las Palmas - EM TRABALHO - o meu gajo fazia anos e tirei uma semana e pico para me organizar, fazer compras, etc etc etc...
Mas... há dois anos, estava a conhcê-lo. Conheciamo-nos pessoalmente desde Agosto, mas as maiores aproximações e as visitas só começaram em meados de Outubro. Eu tinha tido um acidente de carro, decorreu o jantar blogger na Póvoa... enfim, agora ao olhar para trás vejo o quanto este blogue significa para mim.
Se há dias (vá, semanas...) em que me sinto demasiado cansada (sim, mãe, tinhas razão! Vida de "mulher de família" não é fácil: há sempre roupa para passar, louça para lavar, qualquer coisa que está fora do sítio) ou demasiado preguiçosa para me mexer, para abrir o computador, o Blogger e escrever, há outros dias em que sinto que todo o espaço não é suficiente.
As pessoas que me seguem desde há muito tempo têm assistido a vários dos meus momentos. E este, este é um momento óptimo. Assinalem aí nas vossas agendas.
No ano passado, por esta altura sensivelmente, meti férias. Ia estar uns quantos dias em Las Palmas - EM TRABALHO - o meu gajo fazia anos e tirei uma semana e pico para me organizar, fazer compras, etc etc etc...
Mas... há dois anos, estava a conhcê-lo. Conheciamo-nos pessoalmente desde Agosto, mas as maiores aproximações e as visitas só começaram em meados de Outubro. Eu tinha tido um acidente de carro, decorreu o jantar blogger na Póvoa... enfim, agora ao olhar para trás vejo o quanto este blogue significa para mim.
Se há dias (vá, semanas...) em que me sinto demasiado cansada (sim, mãe, tinhas razão! Vida de "mulher de família" não é fácil: há sempre roupa para passar, louça para lavar, qualquer coisa que está fora do sítio) ou demasiado preguiçosa para me mexer, para abrir o computador, o Blogger e escrever, há outros dias em que sinto que todo o espaço não é suficiente.
As pessoas que me seguem desde há muito tempo têm assistido a vários dos meus momentos. E este, este é um momento óptimo. Assinalem aí nas vossas agendas.
13 de outubro de 2010
Resgate no Chile
Até ao momento em que escrevo, já saíram da mina chilena, 20 dos 33 homens que ali estiveram cerca de 70 dias. Só faltam 13.
As imagens da CNN - canal que segui religiosamente durante o dia - são sufocantes e, ao mesmo tempo, libertadoras. Não sei mais o que dizer... amanhã veremos!
12 de outubro de 2010
A arte de ajudar quem precisa de ser ajudado
O meu irmão sempre foi boa pessoa. Não é por ser meu irmão que o digo, mas porque é, efectivamente, boa pessoa. Atravessou a "idade do armário" e desde então tem feito sempre aquilo que a consciência lhe manda e que o faz dormir tranquilo. O meu irmão é daquelas pessoas que - apesar de ter desvarios que me irritam, mas que são próprios dos 22 anos - é capaz de esvaziar o armário se vir alguém a passar frio.
O meu irmão foi um privilegiado. Não digo que sempre teve aquilo que quis, mas nunca lhe faltou comida, roupa, educação e ajuda monetária quando foi preciso.
Posto isto, sublinho: o meu irmão é boa pessoa. Porquê?
Conheceu uma pessoa. Vamos chamar-lhe B. A pessoa B. precisava de ajuda. Saiu de casa com problemas familiares e económicos. A pessoa B. não tinha ninguém que lhe estendesse uma mão. Até conhecer o senhor meu irmão. O meu irmão comprou-lhe roupa, comida e deu-lhe um tecto. O meu irmão falou com conhecidos que lhe arranjaram trabalho. O meu irmão falou com outros conhecidos que arranjaram mais roupa, porque a pessoa B. "só tinha 5 cabides de roupa", alguma dela de Verão. E apenas um par de sapatilhas.
O meu irmão ultrapassou-me na questão de ser boa pessoa. E eu estou orgulhosa!
O meu irmão foi um privilegiado. Não digo que sempre teve aquilo que quis, mas nunca lhe faltou comida, roupa, educação e ajuda monetária quando foi preciso.
Posto isto, sublinho: o meu irmão é boa pessoa. Porquê?
Conheceu uma pessoa. Vamos chamar-lhe B. A pessoa B. precisava de ajuda. Saiu de casa com problemas familiares e económicos. A pessoa B. não tinha ninguém que lhe estendesse uma mão. Até conhecer o senhor meu irmão. O meu irmão comprou-lhe roupa, comida e deu-lhe um tecto. O meu irmão falou com conhecidos que lhe arranjaram trabalho. O meu irmão falou com outros conhecidos que arranjaram mais roupa, porque a pessoa B. "só tinha 5 cabides de roupa", alguma dela de Verão. E apenas um par de sapatilhas.
O meu irmão ultrapassou-me na questão de ser boa pessoa. E eu estou orgulhosa!
11 de outubro de 2010
9 de outubro de 2010
Marques Mendes blacklist
Num texto escrito há dois dias por Luciano Alvarez para o Público, vêm enumerados por Marques Mendes dezenas de institutos, fundações e conselhos nacionais que simplesmente podiam desaparecer que ninguém ia sentir falta.
(texto aqui)
Entre fusões (por sobreposição de competências) e puras extinções, Marques Mendes justifica o "destino" que seria aconselhável a cada um deles. Confesso que, ao ler a lista, só consegui identificar meia dúzia desses institutos e que sobre os outros nunca ouvi falar. É impressionante o número de pequenos cargos que não servem para nada ou cujas competências podiam simplesmente passar para outras pessoas.
Se fossem extintos, poupava-se uma bela maquia e o aperto do cinto (pessoalmente, já não tenho mais por onde apertar - posso tentar deixar de comer, mas isso não é uma opção válida) não seria tão doloroso.
Muitos virão dizer que Marques Mendes está a falar de fora, ou que quando lá esteve também não fez nada... Concordo, mas também não posso deixar de considerar esta "Marques Mendes blacklist" um acto de coragem. Coragem só por trazer à tona, à opinião pública, ao povinho a barbaridade de coisas inúteis que se fazem em Portugal. Mas por isto, só por isto... não culpemos o Sócrates. A culpa não é só dele.
(texto aqui)
Entre fusões (por sobreposição de competências) e puras extinções, Marques Mendes justifica o "destino" que seria aconselhável a cada um deles. Confesso que, ao ler a lista, só consegui identificar meia dúzia desses institutos e que sobre os outros nunca ouvi falar. É impressionante o número de pequenos cargos que não servem para nada ou cujas competências podiam simplesmente passar para outras pessoas.
Se fossem extintos, poupava-se uma bela maquia e o aperto do cinto (pessoalmente, já não tenho mais por onde apertar - posso tentar deixar de comer, mas isso não é uma opção válida) não seria tão doloroso.
Muitos virão dizer que Marques Mendes está a falar de fora, ou que quando lá esteve também não fez nada... Concordo, mas também não posso deixar de considerar esta "Marques Mendes blacklist" um acto de coragem. Coragem só por trazer à tona, à opinião pública, ao povinho a barbaridade de coisas inúteis que se fazem em Portugal. Mas por isto, só por isto... não culpemos o Sócrates. A culpa não é só dele.
7 de outubro de 2010
Mario Vargas Llosa - Nobel da Literatura 2010
Vou confessar: secretamente, esperava que fosse o meu "amigo" Haruki Murakami ou Phillip Roth a vencerem o Nobel da Literatura, mas acho que este também não está nada mal.