A noção de amor, para o meu filho, ainda é algo meio nublado: a mãe e o pai amam-no, mas de forma diferente de como se amam. Os avós, os tios e as primas também o amam. Mas de outra forma também diferente.
Desde o ano letivo passado, o Henrique tem uma namorada. A Joana. Quando lhe perguntei o que é que ele e a "namorada" fazem, ele respondeu que brincam. Ou seja, a Joana é a menina que mais brinca com ele; tal como o melhor amigo é aquele menino que brinca, todos os dias, com ele - se há um dia que falha, já me chega a casa tristinho a dizer que o outro já não é amigo dele, porque não quis brincar com ele. Mas, no outro dia, já está tudo bem.
Sobre a Joana. Brincam juntos na sala, partilham os lápis de cor, e, julgo, estão na mesma mesa no refeitório.
Na escola, não há a celebração do Dia dos Namorados; há sim, o Dia dos Amigos. Mas, ele não é tonto, nem surdo e já percebeu que isto do Dia dos Amigos não é assim tão linear, por isso, ontem, a meia voz, pediu se eu comprava uma prenda para ele dar à Joana.
"Pode ser um chupa-chupa de morango, filho?", perguntei, já a pensar naqueles que tenho guardados para uma qualquer eventualidade.
Que sim, que podia ser. E o meio sorriso tímido de antes abriu-se, de alívio.
Hoje, com o chupa-chupa de morango no bolso do bibe, foi feliz para a escola. Que seja sempre tudo assim: simples como um chupa-chupa de morango.
14 de fevereiro de 2019
4 de fevereiro de 2019
Henrique e a escrita
Desde que me lembro que conto histórias ao Henrique, ao deitar. Quando ele se porta mal, um dos castigos é ficar sem história e aquilo mexe mesmo com ele.
Ainda não teria 3 anos, quando me disse, pela primeira vez, que gostava de saber ler para ler os seus livros quando lhe apetecesse.
Já não me lembro quando me pediu para lhe ensinar a escrever o nome. Quando, na escola, a educadora lhes pediu para escreverem os seus nomes (a copiar), já ele sabia de olhos fechados.
Ontem, insistiu para lhe ensinar o alfabeto, e esteve a treinar durante uma hora, o nome em manuscrito.
Onde é que isto vai parar?!
Ainda não teria 3 anos, quando me disse, pela primeira vez, que gostava de saber ler para ler os seus livros quando lhe apetecesse.
Já não me lembro quando me pediu para lhe ensinar a escrever o nome. Quando, na escola, a educadora lhes pediu para escreverem os seus nomes (a copiar), já ele sabia de olhos fechados.
Ontem, insistiu para lhe ensinar o alfabeto, e esteve a treinar durante uma hora, o nome em manuscrito.
Onde é que isto vai parar?!
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