21 de fevereiro de 2018

Post pré-aniversário

Daqui a dois dias, faço 35 anos. Este ano, não me sinto com vontade de fazer anos. Tudo o que passei (passámos) nos últimos seis meses foi mais que suficiente para pedir um pouquinho de misericórdia ao Deus do Tempo.

Não é segredo para ninguém que tenho andado muito longe do meu humor habitual, da minha forma habitual... recuperar de uma perda leva tempo e paciência. Mas quando dei por mim, estávamos no início do ano, voltei a pestanejar e já estamos quase a terminar o mês de fevereiro.

Hoje é dia 21 de fevereiro. Nestes 52 dias desde o início de 2018, já morreram pessoas que me eram relativamente próximas... já nasceu uma... está outra no "forno"... a vida é assim: feita de fins e de começos.

Ando cansada. Mas se páro, penso. Se penso, entristeço. Se entristeço, aterro de "cabeça" no sofá... e isso é tudo aquilo que não quero. E este ano, pensar no meu aniversário, entristece-me. Não podemos carregar no botão do "fast forward" e avançar até meio de março?! Depois, voltava a carregar no mesmo botão e despachava o resto do ano até ao Natal, só por causa das tosses...

Tenho saudades da minha mãe. Eu era uma menina da mamã, confesso - e, para a semana, passam seis meses desde que a perdi. Fico zonza só de pensar que já passou meio ano. É um marco poderoso, caramba! Seis meses!!! Não houve um dia em que não chorasse nestes seis meses. Não houve um dia em que não pensasse nela. Mas, pelo menos, já perdi o reflexo de lhe telefonar...

E tudo isto começou com um post sobre o meu aniversário, lembram-se?!

(estou há 20 minutos à frente do computador... já escrevi e apaguei coisas, já reescrevi frases... até o exercício de escrever "à primeira" foi afetado: demoro o dobro do tempo a completar coisas simples. Preciso de me concentrar realmente, para conseguir soar coerente - estou a conseguir?)

The Dead Mother and Her Child (1901),Edvard Munch



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