7 de abril de 2016

E se fosse eu...?

A Plataforma de Apoio aos Refugiados desafiou os alunos a porem-se no papel de um refugiado, e a fazerem as suas mochilas como se tivessem de fugir.

Isto deixou-me atormentada. Vejo as imagens na televisão, de pais, crianças, jovens... não consigo sequer conceber os sacrifícios que terão feito para se colocarem a salvo. Mas, nunca pensei muito no que levaria comigo, se a isso fosse obrigada.

E acho que muitos de nós, simplesmente, não o fazem. 

Fi-lo esta manhã. 

Reuni uma série de coisas que levaria comigo. Essencialmente, são coisas para o Henrique, como é óbvio: 
- uma manta;
- um gorro;
- uma muda de roupa e um par de meias secas;
- benuron;
- fraldas (cerca de 20);
-escova e pasta de dentes;
- a identificação dele e cartão de saúde.

Para mim, levava:
- uma muda de roupa;
- carteira com dinheiro e identificação;
- telemóvel e carregador;
- escova e pasta de dentes.

Coisas gerais:
- bolachas;
- água (cerca de 500 ml)
- 4 latas de atum;
- uma embalagem de toalhitas.

Pesei isto tudo: quase 5 quilos. Talvez as fraldas fossem "dispensáveis", mas tendo em conta que, agora, neste momento, ele ainda as usa, teriam de ir. Tentei enfiar tudo dentro da minha mochila do 10.º ano. Com muito custo, coube tudo - por pouco não rebentava os fechos - mas consegui enfiar todos os meus essenciais.

E se fossem vocês?


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