O Henrique já tenta comunicar. É giro giro vê-lo a esforçar-se para interagir. Abre muito os olhos, fixa na pessoa que está a falar com ele e é vê-lo a fazer caretas e a soltas uns "hannn", "áu" e outras "palavras" dentro do mesmo género lexical.
Quando acaba de mamar, já de estômago cheio, a felicidade apodera-se dele. Olha para mim e "fala" à maneira que só nós percebemos. "Fala" com felicidade no olhar, sabedor que já alcançou o que queria: fazer-se "entender", comunicar com a mãe (ou com o pai, após o biberão!)
E fica chateado se não respondemos. Por isso, sozinha em casa com ele, são horas de diversão a "conversarmos" com "palavras" que não dizem nada, com um sorriso desdentado maior do que a largura do Mundo, com beijos e miminhos. Eu e o Henrique.
Ainda não "fala" muito e nem sempre tem vontade, mas quando está para aí virado, "deslarguem-nos". Deixem-nos ser assim, só os dois. Adoro ter tempo para ele. Adoro "brincar" às mamãs e bebés com o meu filhote lindo, que já começa a fazer as suas gracinhas.
E falando nos olhos do Henrique: são claramente o ponto forte dele. Muito grandes, muito atentos, muito chamativos e alegres... "ó pra estes olhos!!!" é a frase que mais ouço. Pessoas que passam por nós e voltam atrás ou abrandam o passo só para admirar o olhão aberto do Kiko, que mantém a compostura (salvo quando tem fome, destaque-se!).
É um orgulho ser mãe deste miúdo!!!
25 de maio de 2013
20 de maio de 2013
Vacinas para que vos quero...
O Henrique começava a uniformizar horários; já tínhamos autorização para começar a alargar horários nocturnos das refeições e eis que ele leva as vacinas dos dois meses.
"Ah, pode dar febre!"
"Ah e tal, o sítio onde foi picado pode inchar! Meta gelo!"
"Vou receitar Ben-u-ron em supositório para tratar em caso de febre e dores!"
Esqueceram-se de avisar que ele podia ficar intratável e inconsolável. No dia em que as levou, a coisa até correu bem: comia e dormia, como se quer num bebé; até que chegou o início da noite. Choro desalmado, acordava de hora a hora, não comia bem, chorava ainda mais... em resumo: uma noite para esquecer.
O dia seguinte foi igual.
O que fazer nestes casos quando, até os miminhos, não são suficientes para acalmar as dores de um bebé?
O supositório seria uma boa ideia, caso o bebé não esteja com prisão de ventre, caso contrário só o vai estimular a fazer o cocó que tanto o atormenta. Ou seja, efeito zero, já que é expulso daquele pequeno corpo em menos de nada.
Voltar a sujeitar o bebé a novo supositório quando ele está claramente enervado com toda a situação? No way!!!
Resta-nos aguentar como gente grande!
Mas, fosse o cansaço acumulado, fosse o stress, fosse uma enormidade de factores, desabei em lágrimas! Sentia dentro de mim que era uma mãe horrível por não conseguir acalmá-lo, ajudá-lo a combater as dores... sentia que devia ser capaz de fazer mais e melhor... sentia que devia estar presente para o bem e para o mal, a toda a hora... não é fácil lidar com a nossa mente quando o corpo não aguenta nem mais um segundo, ainda para mais quando uma das "técnicas" para o acalmar era pô-lo à mama. Estava dorida, exaurida de cansaço, com a cabeça a latejar... apetecia-me fugir para um sítio sossegado, para acalmar, descansar um bocado e voltar cheia de vigor!
Hoje, é 2.ª feira. O Henrique já voltou ao ponto em que tinha ficado antes: passou lindamente a noite e está a dormir tranquilamente enquanto escrevo e faço uma panela de sopa. E aproveito uns minutinhos de calmaria! Porque sou capaz de muita coisa, mas não sou duas...
"Ah, pode dar febre!"
"Ah e tal, o sítio onde foi picado pode inchar! Meta gelo!"
"Vou receitar Ben-u-ron em supositório para tratar em caso de febre e dores!"
Esqueceram-se de avisar que ele podia ficar intratável e inconsolável. No dia em que as levou, a coisa até correu bem: comia e dormia, como se quer num bebé; até que chegou o início da noite. Choro desalmado, acordava de hora a hora, não comia bem, chorava ainda mais... em resumo: uma noite para esquecer.
O dia seguinte foi igual.
O que fazer nestes casos quando, até os miminhos, não são suficientes para acalmar as dores de um bebé?
O supositório seria uma boa ideia, caso o bebé não esteja com prisão de ventre, caso contrário só o vai estimular a fazer o cocó que tanto o atormenta. Ou seja, efeito zero, já que é expulso daquele pequeno corpo em menos de nada.
Voltar a sujeitar o bebé a novo supositório quando ele está claramente enervado com toda a situação? No way!!!
Resta-nos aguentar como gente grande!
Mas, fosse o cansaço acumulado, fosse o stress, fosse uma enormidade de factores, desabei em lágrimas! Sentia dentro de mim que era uma mãe horrível por não conseguir acalmá-lo, ajudá-lo a combater as dores... sentia que devia ser capaz de fazer mais e melhor... sentia que devia estar presente para o bem e para o mal, a toda a hora... não é fácil lidar com a nossa mente quando o corpo não aguenta nem mais um segundo, ainda para mais quando uma das "técnicas" para o acalmar era pô-lo à mama. Estava dorida, exaurida de cansaço, com a cabeça a latejar... apetecia-me fugir para um sítio sossegado, para acalmar, descansar um bocado e voltar cheia de vigor!
Hoje, é 2.ª feira. O Henrique já voltou ao ponto em que tinha ficado antes: passou lindamente a noite e está a dormir tranquilamente enquanto escrevo e faço uma panela de sopa. E aproveito uns minutinhos de calmaria! Porque sou capaz de muita coisa, mas não sou duas...
(e no próximo mês temos as não obrigatórias... 'tadinho do meu macaquinho!)
Etiquetas:
mãe,
maternidade,
vacinação
16 de maio de 2013
Amamentação
Já escrevi aqui que optei por dar mama ao Henrique. Mal me perguntaram - ainda na sala de parto - se queria amamentar, o meu instinto disse "sim", sem que a minha boca sequer se apercebesse do que acabava de dizer.
Sempre tive medo que a genética falasse mais alto e me visse impossibilitada de amamentar. A minha mãe contava que o leite dela era fraco, e que secou rapidamente, e que o meu irmão passou fome nas primeiras semanas de vida e etc, etc, etc... já me via a protagonizar o mesmo filme e a gastar rios de dinheiro em latas de Aptamil (nome escolhido ao acaso... julgo que era o leite que o meu irmão bebia!).
No curso de preparação, disseram que estas questões eram mitos. Que os médicos "do antigamente" não promoviam a amamentação e que seguiam o caminho mais simples para não se chatearem com mães a chorarem-se por causa dos problemas de mamas.
(um aparte: acho que nunca se "disse" tantas vezes a palavra "mamas" como agora neste blog!)
Tive o Henrique a uma 6.ª feira e no sábado tinha as mamas em pedra. O bichinho não pegou bem e além da subida repentina do leite, fiquei com um dos mamilos gretados. À distância de 2 meses, sei que é normal, mas na altura foi HORRÍVEL. O Henrique chorava, eu chorava... as enfermeiras ensinaram-me a tirar o excesso de leite e a massajar o peito para desfazer os nós que se formavam. Sobrevivi.
Em casa, continuei durante uns dias a fazer massagem até que deixou de ser necessário. O Henrique continuava a mamar, mas chorava muito e o peso não aumentava por aí além.
Nas visitas semanais ao centro de saúde, chegámos à conclusão que eu produzia bem, mas tinha o "problema" de ter leite da categoria "magro". Toca de tentar engrossar a coisa. Comer muito fast-food, frutos secos, beber muita água...
O Henrique mamava, mas continuava a choradeira, e o aumento de peso era residual. Toca a introduzir leite artificial. Confesso que fiquei frustrada: queria amamentar, mas o meu corpo insistia que ele é que manda. Enfim, mas desde que vi que o Henrique fica muito satisfeito em mamar e depois beber do biberão, lixei um bocado na minha insistência e dou-lhe o que o meu corpo mandar. Por pouco que seja, quero é o meu filho feliz e a crescer.
Não sou fundamentalista da amamentação. Tentei e não resultou em pleno. Que se lixe. Haja dinheiro para comprar leite artificial. Mas, ainda assim, ninguém me tira o prazer e o gozo de amamentar o meu ratito, mesmo que seja apenas meia horinha de 3 em 3 horas (agora um bocadinho mais alargado!).
Entretanto, SE houver algum/a novo/a visitante, o site SOS Amamentação é muito bom a esclarecer dúvidas que surjam, e saber que há alguém - à distância de um telefonema - que ajuda neste campo, é tranquilizante.
Sempre tive medo que a genética falasse mais alto e me visse impossibilitada de amamentar. A minha mãe contava que o leite dela era fraco, e que secou rapidamente, e que o meu irmão passou fome nas primeiras semanas de vida e etc, etc, etc... já me via a protagonizar o mesmo filme e a gastar rios de dinheiro em latas de Aptamil (nome escolhido ao acaso... julgo que era o leite que o meu irmão bebia!).
No curso de preparação, disseram que estas questões eram mitos. Que os médicos "do antigamente" não promoviam a amamentação e que seguiam o caminho mais simples para não se chatearem com mães a chorarem-se por causa dos problemas de mamas.
(um aparte: acho que nunca se "disse" tantas vezes a palavra "mamas" como agora neste blog!)
Tive o Henrique a uma 6.ª feira e no sábado tinha as mamas em pedra. O bichinho não pegou bem e além da subida repentina do leite, fiquei com um dos mamilos gretados. À distância de 2 meses, sei que é normal, mas na altura foi HORRÍVEL. O Henrique chorava, eu chorava... as enfermeiras ensinaram-me a tirar o excesso de leite e a massajar o peito para desfazer os nós que se formavam. Sobrevivi.
Em casa, continuei durante uns dias a fazer massagem até que deixou de ser necessário. O Henrique continuava a mamar, mas chorava muito e o peso não aumentava por aí além.
Nas visitas semanais ao centro de saúde, chegámos à conclusão que eu produzia bem, mas tinha o "problema" de ter leite da categoria "magro". Toca de tentar engrossar a coisa. Comer muito fast-food, frutos secos, beber muita água...
O Henrique mamava, mas continuava a choradeira, e o aumento de peso era residual. Toca a introduzir leite artificial. Confesso que fiquei frustrada: queria amamentar, mas o meu corpo insistia que ele é que manda. Enfim, mas desde que vi que o Henrique fica muito satisfeito em mamar e depois beber do biberão, lixei um bocado na minha insistência e dou-lhe o que o meu corpo mandar. Por pouco que seja, quero é o meu filho feliz e a crescer.
Não sou fundamentalista da amamentação. Tentei e não resultou em pleno. Que se lixe. Haja dinheiro para comprar leite artificial. Mas, ainda assim, ninguém me tira o prazer e o gozo de amamentar o meu ratito, mesmo que seja apenas meia horinha de 3 em 3 horas (agora um bocadinho mais alargado!).
Entretanto, SE houver algum/a novo/a visitante, o site SOS Amamentação é muito bom a esclarecer dúvidas que surjam, e saber que há alguém - à distância de um telefonema - que ajuda neste campo, é tranquilizante.
Etiquetas:
amamentação,
maternidade
15 de maio de 2013
A propósito do Dia da Família: home, sweet home!
Diz que hoje é o Dia da Família e esta é a minha: com altos e baixos, com vozes várias oitavas acima do limite legal, com amizades profundas e com um amor que ultrapassa a velocidade de rotação da Terra...
O meu irmão que é a minha pessoa... (muita Anatomia de Grey dá nisto);
Os meus tios que, à falta de melhor descrição, são a Céuzita, o Nunito e o Nandito;
Os meus primos que me ajudaram a crescer mais feliz;
Os meus avós que sempre foram o grande exemplo;
O meu excelso homem que me faz feliz desde o 1.º dia já lá vão 5 anos;
O meu filho que, sem mais delongas, fez de mim uma mulher realizada e completa!
Com a minha família, meio maluquete, sinto-me em casa, quentinha e aconchegada.
Etiquetas:
família
Dois meses de Henrique
O Henrique faz hoje dois meses e já é impressionante ver as diferenças. Finalmente, começou a sorrir e começa a perceber que há um canal de televisão onde passam coisas que lhe chamam a atenção, com cores vibrantes e músicas.
Não é um rapaz de muitas sestas - aliás, recebi uma newsletter onde diz que eles, nesta altura, dormem cerca de 20 horas... pois sim! - não é um rapaz de chuchas, nem de mudar de fralda (pode estar com cocó até à sua 5.ª essência, mas não se queixa).
O que gosta mesmo é de colo, andar em grandes passeatas e de um boneco de corda que dá música com 30 anos (era meu!).
O Kiko é chorãozeco e resmungão, mas quando abre aquele sorriso, esquecemos tudo.
O meu tempo agora é contado em Henrique. Tenho 2 meses de Henrique na minha vida. E nunca foram meses tão compensadores. O Henrique era tudo o que me faltava para ser um pouco mais feliz, mais realizada...
Ser mãe do Henrique é o meu melhor momento. E não queria fazer mais nada, apenas isto: ser a mãe do Henrique!
Não é um rapaz de muitas sestas - aliás, recebi uma newsletter onde diz que eles, nesta altura, dormem cerca de 20 horas... pois sim! - não é um rapaz de chuchas, nem de mudar de fralda (pode estar com cocó até à sua 5.ª essência, mas não se queixa).
O que gosta mesmo é de colo, andar em grandes passeatas e de um boneco de corda que dá música com 30 anos (era meu!).
O Kiko é chorãozeco e resmungão, mas quando abre aquele sorriso, esquecemos tudo.
O meu tempo agora é contado em Henrique. Tenho 2 meses de Henrique na minha vida. E nunca foram meses tão compensadores. O Henrique era tudo o que me faltava para ser um pouco mais feliz, mais realizada...
Ser mãe do Henrique é o meu melhor momento. E não queria fazer mais nada, apenas isto: ser a mãe do Henrique!
Etiquetas:
mãe,
maternidade
11 de maio de 2013
Criei um monstro?
Facto 1 - o Henrique não adormece na caminha dele;
Facto 2 - o Henrique não gosta de chucha;
Facto 3 - o Henrique adormece que é uma categoria no meu colo, com o meu dedo mindinho a fazer de chucha.
Pergunta de 1 milhão de euros: criei um pequeno monstro ou estes maus hábitos acabam por ir desaparecendo?
Tento - ao máximo - que ele não chuche no meu dedo, mas o sacaninha já aprendeu a procurar a minha mão e logo que a encontra agarra nos meus dedos e encaminha-os logo para a boca.
Tento - ao máximo - introduzir-lhe a chucha: com aero-om, sem aero-om, quando ele está adormecido, quando está hiper-desperto, mas ele dá-lhe 3 chupadelas e manda-a fora com o maior dos descaramentos. Olha para mim com cara de "vá, dá-me mas é o teu dedo e deixa-te de tretas..." ou a fazer beicinho e, em desespero de causa, acabo por lhe meter o dedo na boca.
Quanto ao colo, dizem os especialistas que se deve dar mimo aos bebés quando eles choram, e é também um facto que o Henrique larga um berreiro se está sozinho na cama. A opção? Adormeço-o ao colo e depois deposito-o na cama dele... e assim vai resultando.
A "cena" foi termos começado. Ao mínimo choro, lá íamos a correr dar colo ao bebé "que ele é tão pequenino e quer miminho dos pais". E como pais de 1.ª viagem não podíamos estar mais babados com a nossa criação. Logicamente que dar colo constante é um dos nossos primeiros mandamentos.
Os primeiros filhos são uma constante sucessão de erros e de maus hábitos. E contra mim falo... raios, porque é que tenho um filho tão fofinho?!
Facto 2 - o Henrique não gosta de chucha;
Facto 3 - o Henrique adormece que é uma categoria no meu colo, com o meu dedo mindinho a fazer de chucha.
Pergunta de 1 milhão de euros: criei um pequeno monstro ou estes maus hábitos acabam por ir desaparecendo?
Tento - ao máximo - que ele não chuche no meu dedo, mas o sacaninha já aprendeu a procurar a minha mão e logo que a encontra agarra nos meus dedos e encaminha-os logo para a boca.
Tento - ao máximo - introduzir-lhe a chucha: com aero-om, sem aero-om, quando ele está adormecido, quando está hiper-desperto, mas ele dá-lhe 3 chupadelas e manda-a fora com o maior dos descaramentos. Olha para mim com cara de "vá, dá-me mas é o teu dedo e deixa-te de tretas..." ou a fazer beicinho e, em desespero de causa, acabo por lhe meter o dedo na boca.
Quanto ao colo, dizem os especialistas que se deve dar mimo aos bebés quando eles choram, e é também um facto que o Henrique larga um berreiro se está sozinho na cama. A opção? Adormeço-o ao colo e depois deposito-o na cama dele... e assim vai resultando.
A "cena" foi termos começado. Ao mínimo choro, lá íamos a correr dar colo ao bebé "que ele é tão pequenino e quer miminho dos pais". E como pais de 1.ª viagem não podíamos estar mais babados com a nossa criação. Logicamente que dar colo constante é um dos nossos primeiros mandamentos.
Os primeiros filhos são uma constante sucessão de erros e de maus hábitos. E contra mim falo... raios, porque é que tenho um filho tão fofinho?!
Etiquetas:
mãe,
maternidade
Nova vida, novo design
"Agora que sou Mãe, o Estrelices reflecte a minha viagem por este novo mundo... são pormenores, momentos, retalhos da vida de uma new mum!"
É esta a minha nova introdução. Passei (abruptamente) de Cristina do Estrelices a mãe do Henrique. E sinto-me bem nessa nova condição.
Logo, era urgente tornar este blog mais mummy-friendly (pode ser que assim haja um caçador de talentos e me torne blogger profissional e ganhe rios de dinheiro... MUAHAHAH... ou então não!) e com ele relatar ao mundo e arredores como é ser a Cristina-mãe: as alegrias, as dúvidas, as certezas, os desesperos (que também os há!)...
Nova vida, novo design ("roubadíssimo" deste site)!
Etiquetas:
maternidade
5 de maio de 2013
4 de maio de 2013
Retalhos da vida de uma mãe - LM vs LA
Definitivamente, o meu leite (leite materno daqui em diante tratado por LM) vai entrar na categoria de "leite magro - especial dieta". Um dos grandes culpados do Henrique chorar como um desesperado era o meu leite: pouco gordo, pouco satisfatório, pouco alimentício...
Mais uma semana em que o meu bichinho engordou o mínimo para satisfazer as pretensões da pediatra e da enfermeira do posto médico. Chorei - mais uma vez como uma perdida - queria, porque queria que o LM fosse mais do que suficiente para o alimentar e pensar que a minha mini-dose andou a passar momentos de fome, tortura-me!
"A Natureza, por um desígnio estranho, não permite que o teu leite seja gordo suficiente; às vezes, sou eu que saio daqui a chorar porque há mães que simplesmente se recusam a amamentar. Tu fizeste tudo o que podias. Fica de consciência tranquila. Não deixas de ser boa mãe por causa disto", foi isto que ouvi da enfermeira Cláudia, que tem sido um dos meus grandes pilares.
Amamentar não é fácil. Requer disponibilidade, paciência, resistência... amamentar dói. Causa dores no peito, encaroçamento, fissuras, mamas duras...
Optar pela amamentação foi a melhor decisão que tomei. Superei as fissuras com Purelan. Superei o encaroçamento e a dureza com toalhas encharcadas em água quente. Superei as dores com o deleite do Henrique a mamar. Optei por amamentar sem pestanejar. Fá-lo-ia outra vez. Queria que o meu macaquinho tivesse a hipótese de, literalmente, sugar todos os anti-corpos e nutrientes que eu lhe pudesse proporcionar.
Não deixo de amamentar. Mais uma vez, optei por continuar a amamentar, porque, apesar de tudo, quaisquer nutrientes, quaisquer anti-corpos, por mais diluídos que sejam, deixam-me tranquila. Prefiro assim. Tenho de complementar cada refeição dele com um biberão de leite artificial (LA). Após cada sessão, faz-se um biberão, e fico com a plena certeza que a mini-dose de gente fica de estômago forrado, bem alimentado e com maiores probabilidades de começar a aumentar de peso como gente grande.
A 1.ª noite, após a introdução do novo regime alimentar, foi das melhores noites que tive desde que o Henrique nasceu. Mamava, dava-lhe o biberão e adormecia em 3 tempos, e permitia que também eu tivesse tempo para descansar. E já fez sestas - o que NUNCA acontecia! Estamos os dois mais felizes. E o meu filho feliz é a melhor prenda do Dia da Mãe que posso desejar.
Etiquetas:
mãe,
maternidade