Há que esmiuçar cada declaração, cada vídeo, cada gravação... há que encher jornais e minutos em televisão e rádio... há que esquecer que existe mais Mundo para além de Olivença... há que apanhar, custe o que custar, o 1.º Ministro ou o Ministro das Finanças a contradizerem-se.
Por favor, voltem a falar sobre a crise!! Estão perdoados!
22 de julho de 2011
7 de julho de 2011
Jornalismo Farinha Amparo?
Ainda sou do tempo (como eu adoro esta frase) em que ensinavam na escola a dizer sempre a verdade. Lembro-me de um episódio passado quando ainda estava na primária. A D.Raquel - a professora, entenda-se - perguntou-me quem tinha copiado num certo trabalho, se eu ou se fora a Sandra. Muito envergonhada, respondi apontando para mim própria. A D. Raquel olhou para mim, riu-se e disse que copiar não se fazia, mas como eu tinha dito a verdade não ia acontecer nada.
Eu tinha uns 6 ou 7 anos e ainda me lembro.
Esta semana vi notícias que me deixaram chocada, porque o conceito que eu conheço de verdade foi completamente abalado, porque mexe com os sentimentos de pessoas. E mais ainda quando se trata de um jornal.
O tablóide britânico "News of the World" utilizou abusivamente escutas telefónicas para a obtenção de informações para as suas notícias, nomeadamente em casos que envolviam familiares de militares desaparecidos ou mortos, familiares e vítimas do atentado terrorista de 2005 ou o desaparecimento de menores (que mais tarde foram encontradas mortas).
Além de colocar em risco o trabalho de investigação policial, o jornal faltou com a verdade aos seus leitores. Tablóide ou de referência, o jornalismo deve viver da verdade. E foi isso que sempre amei nesta arte: a capacidade de transmitir informação às pessoas que nos lêem.
Não existe nada de mais compensador receber uma chamada, um telefonema, um e-mail de um leitor. Mesmo que seja com uma crítica negativa. Porque é com os erros que aprendemos, porque é uma prova que somos lidos, porque estamos lá e escrevemos aquilo que 1, 10 ou 100 ou 1000 pessoas lêem.
O que o 'News of the World' fez não é nada. É anti-ético, é vergonhoso, é criminoso. Não é jornalismo. Pode parecer-se, mas as semelhanças são mera coincidência.
Eu tinha uns 6 ou 7 anos e ainda me lembro.
Esta semana vi notícias que me deixaram chocada, porque o conceito que eu conheço de verdade foi completamente abalado, porque mexe com os sentimentos de pessoas. E mais ainda quando se trata de um jornal.
O tablóide britânico "News of the World" utilizou abusivamente escutas telefónicas para a obtenção de informações para as suas notícias, nomeadamente em casos que envolviam familiares de militares desaparecidos ou mortos, familiares e vítimas do atentado terrorista de 2005 ou o desaparecimento de menores (que mais tarde foram encontradas mortas).
Além de colocar em risco o trabalho de investigação policial, o jornal faltou com a verdade aos seus leitores. Tablóide ou de referência, o jornalismo deve viver da verdade. E foi isso que sempre amei nesta arte: a capacidade de transmitir informação às pessoas que nos lêem.
Não existe nada de mais compensador receber uma chamada, um telefonema, um e-mail de um leitor. Mesmo que seja com uma crítica negativa. Porque é com os erros que aprendemos, porque é uma prova que somos lidos, porque estamos lá e escrevemos aquilo que 1, 10 ou 100 ou 1000 pessoas lêem.
O que o 'News of the World' fez não é nada. É anti-ético, é vergonhoso, é criminoso. Não é jornalismo. Pode parecer-se, mas as semelhanças são mera coincidência.
4 de julho de 2011
É Nobre, mas só de nome
Achei bem que Fernando Nobre se tivesse candidatado à Presidência da República. Mais não fosse como candidato das consciências e dos bons valores. Achei que o senhor esteve muito bem durante a campanha - fora uma ou outra posta mais ao lado - e "aplaudi" o discurso da meia-vitória.
Contudo... torci o nariz na altura da campanha para as legislativas. O senhor apresentava-se com a intenção de ser Presidente da AR, e eu disse cá para comigo "Cristina Maria, se isto não é uma banhada das antigas, não sei o que será!". O Pedrito Passos Coelho tinha, literalmente, colocado a pata na poça e o futuro deu-me razão.
Hoje, dia 4 de Julho de 2011, o Dr. Fernando Nobre renunciou ao cargo de deputado, depois de duas votações 'pralá' de falhadas para um dos cargos mais importantes da República Portuguesa. Teve, até ao momento, a única posição coerente que lhe conheço da sua (breve) passagem pela vida política. Mas mais nobre seria manter-se como deputado, mesmo que isso lhe custasse alguma liberdade, decorrente das tretas do "sentido de voto da bancada". Talvez chegasse mesmo a secretário de Estado, onde eventualmente poderia mesmo ter algum poder. Escolhas!
Era previsível este desfecho, sabendo de antemão que, por duas ocasiões, Fernando Nobre não apareceu na AR, justificando com "doença" (o que só por si me parece irónico). Parece-me uma daquelas saídas à criança que não quer ir à escola...
Enfim... a ver vamos - já dizia o cego!
Contudo... torci o nariz na altura da campanha para as legislativas. O senhor apresentava-se com a intenção de ser Presidente da AR, e eu disse cá para comigo "Cristina Maria, se isto não é uma banhada das antigas, não sei o que será!". O Pedrito Passos Coelho tinha, literalmente, colocado a pata na poça e o futuro deu-me razão.
Hoje, dia 4 de Julho de 2011, o Dr. Fernando Nobre renunciou ao cargo de deputado, depois de duas votações 'pralá' de falhadas para um dos cargos mais importantes da República Portuguesa. Teve, até ao momento, a única posição coerente que lhe conheço da sua (breve) passagem pela vida política. Mas mais nobre seria manter-se como deputado, mesmo que isso lhe custasse alguma liberdade, decorrente das tretas do "sentido de voto da bancada". Talvez chegasse mesmo a secretário de Estado, onde eventualmente poderia mesmo ter algum poder. Escolhas!
Era previsível este desfecho, sabendo de antemão que, por duas ocasiões, Fernando Nobre não apareceu na AR, justificando com "doença" (o que só por si me parece irónico). Parece-me uma daquelas saídas à criança que não quer ir à escola...
Enfim... a ver vamos - já dizia o cego!