21 de abril de 2015

Espremer mamas, ou o fado da ignorância


Amamentei o Henrique, até aos 21 meses, sensivelmente... ele tem agora 25 meses e uns trocos, portanto, até Janeiro, volta e meia, lá estava eu com a mamoca de fora. Ele tinha fome especialmente à noite - nem era bem fome, era uma laricazita, um ratito no estômago... durante o dia, nem se lembrava que a mãe tinha mamas.

Quero com isto dizer que, se há 6/7 meses, me pedissem para espremer as mamas sob a ameaça de perder um direito que me assistia, não havia leite para esguichar. 
Sem estimulação frequente do bebé, as minhas mamocas estavam mais sequitas que um deserto. Até porque a mama de gaja não é um reservatório de leite. Não é coisa para ter ali um stock de leite. Mas, se o metesse na mama, o rapaz mamava até se fartar. 

Para quem não sabe, a produção de leite dá-se durante o acto da amamentação. 

A polémica que se instalou não deriva mais do que da ignorância das pessoas que estão à frente dos organismos em questão. E o que mais me choca, é que esses organismos são hospitais, que mais do que ninguém deviam conhecer a biologia humana, ou a biologia da mama. E o que me choca aindaaa maaaiiisss, é saber que isto era, apenas e tão só, um processo para descobrir licenças fraudulentas. O chico-espertismo dos gestores no seu mais alto nível... 

Além de ofensivo e "pidesco", usando a expressão que um conhecido meu utilizou no Facebook, este acto de obrigar uma mulher a "espremer a mama" para provar a amamentação é estúpido, só por si. É prova, não de amamentação, mas de ignorância e estupidez. 

Mas isto, vai dar pano para mangas. Diz até que a polémica já chegou a Bruxelas (aqui). E diz também que a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego já está metida ao barulho, e que "salienta que nenhuma mulher é obrigada a fazer prova de evidência de leite".

O que vos digo é que, tivesse eu leite para espremer, esguichava-lho directamente na tromba para não se armarem em espertos. 

14 de abril de 2015

Quero voltar prá ilha!!!!

Este era o bordão de um sketch dos "Malucos do Riso", ou algo que o valha! Mas define o meu estado de espírito.

A verdade é que estando desempregada há quase 2 anos, e já tendo:

- enviado CV's para este Mundo e o próximo;
- ido a mais entrevistas do que aquelas que me consigo recordar - até para balconista;
- frequentado dois cursos do IEFP;
- cumprido, escrupulosamente, os meus deveres enquanto subsidiária do IEFP, durante um ano e tal;
- tentado lançar as bases para um negócio na área da comunicação;
- tentado ser consultora da Mary Kay;
- visto todos os anúncio do dia, do dia anterior, da semana anterior, do mês anterior, para ter a certeza que não "escapou" nenhuma oportunidade;
- feito registos em todos os sites de emprego e de trabalho temporário;
- tentado e retentado ser jornalista...

... and so on...

... a verdade é que, torno a ver-me sem chão. Há luzes ao fundo do túnel que nos dão ânimo para avançar, que depois, quando lá chegamos revelam ser uma velitas manhosas que se apagam à mínima brisa da nossa chegada. É esgotante! É frustrante! É lamentável chegar a este ponto!

Estou triste, sim! Por mais que me digam para levantar a cabeça e seguir em frente. Mas chega aquele dia, aquela hora em que questionamos tudo: a nossa competência, o nosso profissionalismo, a nossa capacidade para resolver situações complicadas, a nossa experiência...

Hoje, mas só hoje, por favor, deixem-me estar cansada de ser eu! Amanhã, voltamos à programação habitual.

This is me, only for today!!!




8 de abril de 2015

Dieta líquida

Batido de banana, laranja e aveia e a
gelatina caseira de sumo de laranja
Disse-me o médico que, na véspera do internamento para a cirurgia, teria de fazer uma dieta líquida. Ou seja: nada de refeições com sólidos. Água, sumos naturais, sopa, e blábláblá pardais ao ninho.

Ontem, apercebi-me que o tal dia distante que seria a "véspera do internamento" é hoje. Ao pequeno-almoço, deslizei um bocadinho e, além da caneca com leite, comi duas bolachinhas maria embebidas no leite... estavam tão molecas, que contam como líquido, de certeza.

Ao almoço, creme de nabiças e água.

O meu estômago clama por comida!

Pensei que agora ao lanche poderia fazer uma refeição mais completa. Vou beber um iogurte líquido e um batido de banana, laranja e aveia (sempre é mais consistentezinho!).
(receita: juntei uma banana, meia laranja, um pouco de flocos de aveia e um bocadinho de leite... passei a varinha mágica et voilà!)

Para sobremesa, fiz uma saudável gelatina de sumo de laranja. Um miminho que também mereço.
(receita: quatro folhas de gelatina sem sabor já hidratadas, o sumo de 3 laranjas... tudo mexidinho em água a ferver, e depois, frigorífico com esta misturada!)

Conclusão: dietas não fazem o meu género! Sou, definitivamente, mais gaja de pão com manteiga, feijoada de chocos e iogurte de pedaços.

Mãe fora, dia santo na loja?!

Nestes (quase) 25 meses de maternidade, nunca estive afastada do Henrique mais de 10 horas. A isso se deve o facto de estar desempregada e o facto de puder realizar alguns trabalhos a partir de casa, por telefone (senhor Alexander Graham Bell, I love you!).

Amanhã, vou sair de casa bem cedo, estar o dia todo fora e a noite também... e, no dia seguinte, sabe Deus a que horas regresso (espero estar em casa pela hora do jantar!). Já ensinei ao pequeno uma cantilena em que ele promete portar-se "bem" e tomar conta da "caca" (casa) e do "papai".  Expliquei que não vou dormir com ele, e que ele tem de ser bonzinho com o papá... mas não estou muito convencida que ele tenha entendido!

Vai ser uma coisa esperta, vai!
 

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