Quero com isto dizer que, se há 6/7 meses, me pedissem para espremer as mamas sob a ameaça de perder um direito que me assistia, não havia leite para esguichar.
Sem estimulação frequente do bebé, as minhas mamocas estavam mais sequitas que um deserto. Até porque a mama de gaja não é um reservatório de leite. Não é coisa para ter ali um stock de leite. Mas, se o metesse na mama, o rapaz mamava até se fartar.
Para quem não sabe, a produção de leite dá-se durante o acto da amamentação.
A polémica que se instalou não deriva mais do que da ignorância das pessoas que estão à frente dos organismos em questão. E o que mais me choca, é que esses organismos são hospitais, que mais do que ninguém deviam conhecer a biologia humana, ou a biologia da mama. E o que me choca aindaaa maaaiiisss, é saber que isto era, apenas e tão só, um processo para descobrir licenças fraudulentas. O chico-espertismo dos gestores no seu mais alto nível...
Além de ofensivo e "pidesco", usando a expressão que um conhecido meu utilizou no Facebook, este acto de obrigar uma mulher a "espremer a mama" para provar a amamentação é estúpido, só por si. É prova, não de amamentação, mas de ignorância e estupidez.
Mas isto, vai dar pano para mangas. Diz até que a polémica já chegou a Bruxelas (aqui). E diz também que a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego já está metida ao barulho, e que "salienta que nenhuma mulher é obrigada a fazer prova de evidência de leite".
O que vos digo é que, tivesse eu leite para espremer, esguichava-lho directamente na tromba para não se armarem em espertos.
O que vos digo é que, tivesse eu leite para espremer, esguichava-lho directamente na tromba para não se armarem em espertos.