5 de dezembro de 2016

O Pai Natal, é? Giro...

Fui buscar o pequeno à creche.

Minutos antes tinha confirmado: o Pai Natal ia estar no Fórum, a partir das 16h00. Hora perfeita.

Eu - Amor, queres ir ver se o Pai Natal está no centro comercial?
Kiko - VAMOOOOSSSS

E lá fomos. Fácil estacionar.

Chegados ao pé do Pai Natal, desce sobre a cabeça da minha criança, uma timidez inexplicável. Esconde-se atrás das minhas pernas. Balbucia um "olá" ao Pai Natal - que é bastante convincente, diga-se de passagem! - e vai acenando com a cabeça a tudo o que ele lhe disse: que não pode fazer birras, que tem de comer a sopa toda, para arrumar os brinquedos...

Em defesa do senhor: ele foi muito competente e fez o possível para animar o Kiko, mas o estafermozito já tinha a cena dele debaixo de olho: o comboio.
Lá se desembaraçou do Pai Natal, aceitou o livro que ele lhe deu com um "obrigado" meio-sumido e vá de correr para o comboio.

Uma elfa, muito simpática, pediu-nos para esperar, porque uma menina tinha começado naquele instante as suas voltinhas. O Henrique ficou de fora a contar as voltas. Sim... a rapariga tinha dito que eram 3 voltas e o anão esteve a contá-las.

Sim. Eu mereço.

3 de dezembro de 2016

O blogue e a vida real

Quando criei este blogue, a ideia era, simplesmente, escrever. Tratar este espaço como se fosse um diário onde registava momentos, situações, ideias, etc etc etc
Este blogue assistiu a namoros e a términos; assistiu a mudanças de emprego, e até de distrito de residência. Assistiu à minha gravidez, ao nascimento e ao crescimento do Kiko. Continuo a ser eu, aqui deste lado do ecrã. Com mais anos, com mais quilos e ainda sem cabelos brancos ou rugas, porque a Mãe Natureza, até este momento, tem sido simpática. 

E, ao olhar para outros blogues, não deixo de reparar como estes espaços tão pessoais se tornaram vendáveis. Produtos aos pontapés, lookbooks com as marcas escarrapachadas, os "preferidos" do mês... e penso: mas quem raio tem tempo para isto?! 

Durante a semana, é levantar, preparar o garoto e pôr mãos ao trabalho. Enquanto tomo o pequeno-almoço, vejo um episódio de uma sériezinha... vá... ainda dou essa de barato!
Ao fim-de-semana, sou acordada (cedo, claro...), e enquanto ainda estou meio-comatosa no sofá, o pequeno vê bonecos. 

Ou seja, não tenho cabeça, nem "alembradura" para tirar fotos quas'idílicas dos nossos momentos, do nosso pequeno-almoço, dos looks ou dos cuidados matinais. Epahh, não dá. Uma pessoa "normal" não consegue... 
E aqueles brunches impossíveis?? Quando vou a um brunch, e são raras vezes, sublinho desde já, devo, provavelmente, ter umas quatro horas de acordada, e se estou à mesa, com comida à frente, como-a. Não lhe tiro fotos. Lamento!

Hoje, sábado, tinha uma montanha de loiça para lavar, roupa para pôr na máquina e um chão de casa que nem é bom pensar. Ainda pensei em fazer a árvore, mas depois das últimas mudanças feitas no mobiliário... não sei onde pus as decorações. Por isso ainda não foi hoje que nasceu a árvore de Natal no cantinho da sala. Nem sequer uma luzinha pisca-pisca...

(nota mental: se quiser ser uma pessoa influente na sociedade, acho que tenho de começar a organizar-me)


24 de novembro de 2016

Toys'r'us... Continente... Pingo Doce...? Alguém?

Chega o Natal e começa o frenesim com as compras de Natal. Cá em casa, todos os anos é a mesma história: prendas só para as crianças. Mas depois, a mãe pede para comprar uma lembrança para os sogros; depois "ah, só uma coisinha pequena para os pais"... e quando damos por nós, estamos a caminho da Consoada com três sacos cheios e uma travessa com comida.

E todos os anos, começo a pensar nisto com antecedência. A sério: todos os anos. E, por norma, ando eu, dois dias antes do Natal à procura "daquela" lembrancinha que ainda falta para sei-lá-quem... (atenção: as prendas das crianças são sempre as primeiras a serem compradas, e essas sim, com tempo e vagar!).

Este ano, para além de haver mais um bebé, tenho um filho que, TODOS OS DIAS, estuda cuidadosamente TODOS os catálogos de brinquedos das redondezas. E dou por mim, a ver algumas coisas e a pensar "hmmm, nem é assim tão caro! É uma boa hipótese!".

O meu problema? Não sei se é adequado, não consigo perceber os pormenores pelas fotografias minúsculas, não oiço os sons... se são demasiado altos ou assustadores, e mais uma série de dúvidas existenciais do que aos brinquedos diz respeito. Gostava de pegar nas coisas e testá-las eu mesma. Experimentar tocar nas bonecas que, no catálogo, parecem fofinhas, mas que depois vai-se a ver e são duras... (ai, como me enganaste, Masha!).

Gostava de brincar (sim, literalmente, brincar) com os tablets "educativos" do Panda, do Noddy e da Patrulha Pata. Gostava de ver se as Barriguitas têm muitas pecinhas pequenas que se desmontam e se perdem ou que eventualmente podem ir parar a algum estômago. Gostava de saber o que é feito das boas e velhas caixas de Legos... (agora é preciso ter um mestrado em Física Quântica para comprar uma caixa de Legos!). Gostava de ver a articulação das pernas do Batman ou do Super-Homem ou do Hulk e perceber se o Kiko não tem qualquer hipótese de vazar a vista de alguma das primas com estes brinquedos...
Gostava de ver o tamanho dos brinquedos, para não me decepcionar, como já tem acontecido.

Sim, first world problems! Se alguém tiver cunhas na Toys'r'us, no Pingo Doce, no Continente... ou em qualquer outra loja... que me deixe ir ao armazém abrir caixas e brincar, agradecia!


22 de novembro de 2016

Constatação: ele já não é bebé!

A escolinha corre bem. Já tem montanhas de amiguinhos, em especial, o Rodrigo e a Madalena. Gosta das aulas de ginástica. E a comida é invariavelmente boa.

Olho para ele e vejo que o meu bebé está enorme. O meu bebé já não é bebé.
Olho para ele e quando penso em comprar, nos saldos, coisas para o próximo ano, tenho de fazer uma ginástica mental brutal para me lembrar que tenho de procurar roupas para 4-5 anos.

Ainda mal largou as fraldas e já me pede se o "Rudigo pode vi bincar comigo, na minha caja". Convidar amiguinhos cá para casa... imagine-se!!!

Vejo-o, sentadinho no sofá, com os catálogos de brinquedos, a escolher prendas para ele e para as três primas (as gémeas e a prima bebé). O ar compenetrado dele é avassalador (odeio a palavra "avassalador"... prefiro o equivalente inglês "overwhelming").

E sinto que o meu coração pode, de repente, saltar-me do peito, tal é a comoção que trago em mim.

Claro que também me tira do sério, enerva-me, ralho com ele e ponho-o de castigo. Os brinquedos já foram parar à arrecadação por duas vezes, e não põe os olhos em cima da bicicleta há semanas... ultrapassa todos os limites possíveis e imaginários. Aquela coisa da parentalidade positiva? Sure (só que não!).

Às vezes, penso que ele tem um diabinho e um anjinho por cima de cada ombro que lhe vão dando indicações. De quando em quando, um deles está de folga, certamente, e o outro fica a tomar conta do estaminé.

Estou a escrever este texto e a pensar em quanto ele é esperto, giro... usa a lógica de forma irrepreensível... e as birras... pufff... acontece-lhes o mesmo que ao Chocapic.

Há uns dias, fui buscá-lo à escola, e só quando estava no carro é que me apercebi que estava sem meias. Contou-me uma história estranha. Voltámos atrás, claro. A auxiliar lá me contou que depois da aula de dança mandou os meninos tirarem as meias antiderrapantes que usam, para calçarem as "normais". O Kiko, nesse dia, leva apenas e tão somente as antiderrapantes.
"Como ele é tão obediente, tirou as dele também, e nem me apercebi. Desculpe, mãe!", explicou ela.

Oi? Desculpe? Obediente? Ele? Quem és tu e o que fizeste ao meu filho?! São estas pequenas coisas...
Não devo estar a fazer sentido algum, mas, para mim, resulta...



1 de novembro de 2016

Estreia nas gastroenterites

Há semanas que não conseguia aqui vir. Tivemos a nossa primeira gastroenterite... e a segunda também.

Depois de um mês cheio de tosse, e já tendo esgotado todos os tratamentos domésticos possíveis, marcámos consulta na pediatra. Na véspera da consulta, o Kiko decidiu que ter diarreia e vómitos era uma excelente ideia. Se estávamos com dúvidas acerca de ir ou não à consulta, dissiparam-se por completo.

Viemos de lá com a recomendação de fazer refeições "dieta", e tomar um suplemento alimentar para reidratar o moço. Foi um "31" convencê-lo a tomar o bendito soro, mas lá tomou.
Foram umas belíssimas noites em que corríamos para a casa-de-banho a meio da noite... ou que temíamos um banho de vómito, cada vez que o petiz tossia.

E aos poucos lá ficou restabelecido.

Menos de duas semanas depois, lá ouvimos o temido "dói-me a barriga". Sabemos que não é treta quando a criança tem 3 anos e tal e já havia jantado - teve, portanto, início o "Calvário 2.0: o regresso da gastro". Mais vómitos, mais diarreia, mais noites mal dormidas... ai que saudades (só que não!)!!!

E cá estamos de novo: arroz branco cozido, carnes brancas e peixinho, por causa das tosses.
O que me custa mesmo é ver o bichinho, cheio de fome, e a não conseguir aguentar nada no estômago. Mas... já está a melhorar.

Às vezes, pergunto-me: como é que aquelas mães fashionistas e XPTO ao quadrado conseguem manter-se sãs, giras e frescas quando a filharada anda nestes preparos?!
Andava com olheiras até ao umbigo ainda da primeira semana mal dormida, quando "levei" com a segunda réplica... entre pôr o puto na casa-de-banho, lavar as roupas sujas, pôr a secar, tentar organizar a casa que, às tantas, já parece um cenário de guerra... tem de haver um qualquer segredo por aí algures que não conheço...

29 de setembro de 2016

Latosa em estado puro

O Henrique é um miúdo com a maior lata que, alguma vez, vi na vida. Tem resposta para tudo. Absolutamente.

Há uns dias, falava com o meu irmão ao telefone. "Que'o falá com o tio"... ora, pois com certeza, e passei-lhe o telefone para a mão.
"Olá tio"
"Olá, Henrique. Estás bom?"
"Sim. Já tomaste banho?"
"Ainda não. Vou jantar e depois vou tomar banho"
"Ahhh, parecia que me estava a cheirar mal..."

E devolve-me o telefone! Really?!

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Depois da primeira semana de escola, já ficou em casa dois dias, e tivemos de o ir buscar outros dois dias, porque sua excelência estava com febre. Entretanto, também já percebeu que a escola é coisa para ter de ir todos os dias. Então, todos os dias, TENTA, inventar desculpas para não levarmos.

"Tratam-me mal na escola..."
"A sério?! Mas eu já lá estive muitas vezes e nunca vi ninguém a tratar mal os meninos. Como é que te tratam mal?"
"Dão-me almoço... e lanche!"

NÃOOOOO... as auxiliares dão-lhe comida?! Que ultraje!! Estou chocadíssima com as condições desta instituição. Onde é que já se viu darem almoço (e lanche) às crianças?!

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Vou buscá-lo, todos os dias, depois da hora do lanche, até para ele ter mais um bocadinho de tempo para brincar com os outros miúdos. Depois, quando estamos no carro, tudo depende se dormiu bem a sesta ou não. Às vezes, desbobina tudo o que fez. Outras vezes, é preciso arrancar.

Cenário 1 - dias em que nem sequer consigo que me diga o que almoçou.
"O que fizeram hoje? Colagens ou pinturas?"
"Nada."
"Estiveste o dia todo na escola e não fizeram nada?"
"Não me apetece dizer-te."

Cenário 2: o tagarela em ação
"O que fizeram hoje? Colagens ou pinturas?"
"A professora cortou ovelhas e colámos ao pé dos puquinhos"
"Boa... e quais foram as cores que usaram?"
"Ó mãe... as ovelhas são bancas, e os puquinhos são rosa... não podiam ser verdes, não achas? E depois, fomos almoçar, e depois fomos brincar mais um bocadinho, e depois fomos dormir. Acordaram-nos e fomos lanchar e depois tu foste me buscar."

Assim, tudo muito explicadinho e com muitos "depois... e depois... e depois".

Ultimamente, ir para a escola tem sido "um bocadinhoooo mais divertido". É amigo da Madalena, da Estrelinha (?? foi o que percebi) e do Salvador. E já não usa tantas desculpas. Se bem, que, de quando em quando, lá vem um "o bibe aperta-me".

16 de setembro de 2016

Crónica "Aqueles dias"

Tenho andado com a sensação que me falta alguma coisa. Não é "sentir falta"... e mais um achar que me esqueci de alguma coisa importante. Parece que a minha mente ainda está em modo "agosto" ligado e que, hoje, dia 16 de setembro, ainda está a pensar em bebidas frescas, jantares descontraídos, e em apanhar sol.

Hoje, percebi o que era quando estava a vestir o pequeno para a pré. É tão fácil vesti-lo. Uma roupa, o bibe e está feito. Eis então que me apercebi que ele tem tão pouca roupa. Tenho andado a alternar entre três pares de calças... e dois deles são, literalmente, iguais (um tem botão, e o outro uma mola, mas, de resto, iguais).

Estava a apressar-me para conseguir, ainda de manhã, ir ao Fórum, no mínimo, comprar mais um par de calças. Entretanto, decidi, que devia pôr de lado a roupa que já não lhe serve, numa onda de "vamos cá arranjar espaço". E vá de abrir gavetas. O que descubro? Não um, não dois... mas três pares de calças NOVAS, ainda com etiquetas penduradas, imagine-se!

Pronto, problema das calças resolvido! Mas coloquei, num saco, "n" camisolas de manga, mais finas, para as manhãs... novo problema ativo! E ele agora anda na fase "super-heróis", por isso, não podem ser umas camisolas quaisquer.




Aparte: numa destas manhãs, estava frio para xuxu, vesti-lhe uma camisola com manga comprida, com heróis. De tarde, o tempo abriu, e fazia calor... tantooooo calor. Não quis tirar a camisola. Suou o dia todo, porque queria ser um dos super-heróis. 


Agora tenho calças novinhas em folha, dois casacos novos (comprados no Inverno passado, nos saldos), e mais camisolas no monte do "para ver se ainda servem". 

Porque é que estas criaturas têm de crescer?! Que gastação de dinheiro, senhores... que gastação de dinheiro!!! 

5 de setembro de 2016

Pré-escola: o primeiro dia

São 10h15. Deixámos o pequeno na pré há cerca de uma hora e meia. E foi tão tranquilo... para ele.

O fulano, enquanto íamos no carro, ia dizendo que eram "as regras" que "os grandes" não iam para a escola. À chegada, a diretora pergunta-lhe se quer ir ter com os outros meninos. Disse que sim, imediatamente, sem sequer olhar para mim.
Alguns dos outros miúdos estavam no refeitório a ver bonecos. O Henrique abancou logo.

Enquanto o pai e eu íamos espreitar a sala, ver onde estava o cabide, e falar com a educadora, o fulano enturmou-se num abrir e fechar de olhos. E eu fiquei ali, a choramingar, feita tonta, ao vê-lo tão bem e tão desenrascado...

Passado uns instantes, ele vê-nos (eu já estava de olhos secos...), vem até à porta, diz-nos adeus, dá-me um beijo e volta para a brincadeira.

Tão simples como isto.

31 de agosto de 2016

Embrulho no estômago

Estou, literalmente, com o estômago virado do avesso.

O Henrique vai para a pré... para a semana! (GRITOOOOO)

Eu sei, eu sei... há mães que não se podem dar ao luxo de estar três anos com os filhos, acompanhar cada centímetro de crescimento, como foi o meu caso, e que são obrigadas a deixá-los no berçário ainda com meses de idade... 

Eu sei disso tudo e sinto que deve ser horrível. 

Eu estarei a deixar uma pequena pessoa, com uma personalidade dos diabos, e com um feitiozinho que não lembra ao próprio Demo. 
Vou deixar uma pessoinha com um metro de altura que fala que se desunha, mas que não sabe puxar o raio das calças para cima quando vai à casa de banho. 
Vou deixar uma pessoinha que diz que não gosta de sopa de espinafres, nabiça ou agrião, porque não quer ficar verde.
Vou deixar uma pessoinha que anda a passar por uma crise de personalidade e todos os dias é um super-herói diferente. E que fica irritado quando nos "enganamos". 
Vou deixar uma pessoa pequenina que, às vezes, é um menino crescido, e noutras, é um bebé. 
Vou deixar uma pessoinha que tem uma ânsia, uma febre tremenda de ter amigos, mas que não é muito boa na diplomacia de os fazer. 
Vou deixar uma pessoinha que é um tremendo maluquinho a brincar. 

São estas as diferenças entre deixar um bebé no berçário, ou um bebé crescido na creche, e deixar uma pessoa pequena na pré-escola.

A cinco dias do "Dia D", começo a olhar para ele, tão crescido e dou por mim a pensar: será que vai ser fácil entrar na rotina? será que se vai adaptar a um montão de regras? será que vai gostar? será que os outros miúdos vão gostar dele? como vai ser a relação dele com as educadoras? e doenças? e piolhos? 

Tantas dúvidas e tão pouco tempo. Eu é que devia ter-me preparado primeiro, creio. 

29 de agosto de 2016

As férias de Verão

Nada pede mais férias do que o tempinho quente que se sente no Verão. Ao contrário de outros anos, em Sintra, este sentiu-se bem, este ano. Temperaturas altas, Sol bem alto...

O volume de trabalho das semanas que antecederam as nossas férias era tal, que todos nós, cá em casa, pedíamos por férias, alto e bom som. Começámos por ir a casa da avó do Picoto. Estivemos lá num fim-de-semana, e experimentámos a piscininha que se comprou. Voltámos a casa, porque tínhamos compromissos.

Depois, estivemos em Almeirim. Os avó paternos têm lá uma casinha, que visitamos sempre. Passámos lá 3 dias a torrar, a ler, a brincar... no fundo, a aproveitar os primeiros dias de paz e sossego.
Tanto que o Kiko e eu inventámos um lema: "estas férias vai ser só comer, descansar e beber água!"

Entretanto, tínhamos agendado algumas noites para os arredores de Évora. Uma herdade alentejana, adquirida por um casal holandês e tornada em estância de agroturismo, era o nosso destino. Paz e sossego.
O calor. À noite, ouvíamos grilos e cigarras. Jantávamos por debaixo das estrelas. Durante o dia, o céu de um azul tão azul que nos poderíamos perder nele...
(e o Kiko a ficar farto de andar de um lado para o outro. E a queixar-se!)

Visitámos Évora... que se revelou uma enorme surpresa! Percorremos a cidade debaixo de um sol escaldante (as médias rondavam os 40 graus... coisa pouca!), comemos pastéis de nata conventuais. E tarte de requeijão. E Pão de Rala. Comemos cabrito. E pão alentejano, com queijo e chouriço, acompanhados de um vinhinho (o Kiko ficou-se pela água, claro!).

Quando estávamos na piscina, rodeada por figueiras, o cheiro adocicado dos frutos espalhava-se a todo o redor. 

E depois estávamo-nos a habituar. 

E as quatro noites esgotaram-se num estalar de dedos. 

E voltámos para casa. Aos 25 graus (17, à noite...). Fomos a Cascais e ao Santini. Comemos gelado de nata e maracujá e meloa... os sabores do Verão que ainda nos sabem às férias. 

Hoje, o pai já acordou cedo para ir trabalhar. O Henrique perguntou onde ele estava, quando acordou. Já estávamos habituados a estar os três juntos os dias inteiros. 







18 de agosto de 2016

Update em tempo de férias

A vida tem sido uma correria.

Praticamente há dois meses que não escrevo. Penso "logo à noite", mas a noite chega e com ela o cansaço. "Amanhã, também é dia", e esqueço-me ou outras atividades transformam-se em prioridades. E depois, passo horas da minha vida a escrever, e aquilo que supostamente é um gozo, deixa de o ser.

Os últimos dois meses em tópicos:

- o Henrique está cada vez mais fresco e fofo;

- deixámos as fraldas - dia e noite - com acidentes mínimos, e até já aprendeu a dominar o cocó;

- adora bebés, e é um óptimo babysitter;

- vai para a creche daqui a uns dias;

- aproveita cada segundo das férias (ahhh, é verdade: estamos de férias desde 2.ª feira);

- já chegaram os móveis para o quarto dele;

- durante estas férias, já dormiu duas noites num quarto que não o nosso, na caminha de viagem. Dormiu grande parte dessas noites, mas em ambas acabei a noite numa cama maior com ele, porque ele teve sonhos;

- faz sempre fita para jantar, sozinho. Se formos a dar-lhe à boca, é na boa. Sozinho é uma tragédia!;

- anda impossível. Tem um feitio que Deus me livre... faz birras por tudo e por nada. Literalmente. Se tem almofada na cama, não quer; se não tem, quer. Se está calor... se está vento... se está frio... birras cada vez que não fazemos o que quer... cruzes!;

- canta, dança, inventa músicas, brinca sozinho, faz desenhos, fala que se desunha... está cada vez mais independente e autónomo. Fico parva de cada vez que ele diz uma palavra "difícil" ou o tento ajudar a fazer determinada tarefa e ele diz que faz sozinho.

E eu, fico assim: maravilhada a olhar para ele...! (e a zangar-me também, mas isso é assunto para outro dia... prometo!)

20 de junho de 2016

Desfralde - o update mais esperado

Há semanas que tenho este texto nos rascunhos, sem o conseguir editar.

Estamos quase com 3 semanas de desfralde. E, contra as minhas expetativas, tem sido um sucesso. Começámos a 27 de maio. Hoje, é 20 de junho... quase-quase um mês.

O Kiko decidiu que já não é bebé. E só os bebés usam fralda, no seu entendimento.

Já conquistámos a fase de já não existir fralda para nada - nem sequer à noite. Nas sestas da tarde, os avós insistiam na colocação da fralda, até ele se insurgir! E, à noite, depois de uma semana de fraldas secas de manhã, fiz a experiência de tirar. E, em duas semanas, houve zero acidentes noturnos.

Nem em viagens grandes houve qualquer acidente. Fomos e viemos a casa dos meus pais; ele fez o seu xixi antes de entrar no carro e correu lindamente.

Estou muito orgulhosa dele, a sério.

O meu "problema" tem sido os cocós. Ainda não consegue controlar o "número dois", a ponto de avisar a sua chegada eminente.

Outras mães: como foi a vossa experiência neste campo?

A coisa boa é que agora vou começar a poupar nas fraldas como não o fazia há 3 anos e 3 meses...

Logotipo do site Tchau Fraldas
(http://tchaufraldas.com.br/)

30 de maio de 2016

O desfralde - update!

Estamos a iniciar o 6.º dia de desfralde. E, posso afirmar - mais uma vez - que me está a surpreender. Positivamente, entenda-se. Apesar do Kiko não ter demonstrado os sinais "clássicos" que estava pronto para desfraldar, não tem havido acidentes. 
Em cinco dias, houve UM acidente. Apenas unzinho!

Tenho-o posto no bacio, mais ou menos de duas em duas horas, apesar dele dizer que não tem xixi. E acaba sempre por fazer, por pouquinho que seja. Elogio-o sempre que faz no bacio. Ao fim do dia, digo-lhe sempre que estou orgulhosa dele. 

E ele diz que já não é bebé. E que está a crescer. E tem toda a razão: já não é mesmo bebé!

A partir de que altura é que se pode considerar desfraldado? E quando começar a tirar à noite? Dúvidas, dúvidas... 

Roubada por aí

27 de maio de 2016

Bye bye, diapers!!

Acho que estamos a conseguir deixar as fraldas. Vamos para o terceiro dia sem usar a amiga-fralda, e em que ele anuncia a urgência do bacio, com a expressão "emergência do xixi".

Vou ser sincera: isto andava a encanitar-me como nada me encanitou. Um miúdo tão espertalhão e nada de desfraldar... na creche, perguntaram-nos como estávamos de fraldas, e que na sala para onde ele vai, já não usam. A minha meta era desfraldar até lá.
Mas estava a ver as semanas a passar e o mini-fulaninho nada de dar sinais.

Até que se fez luz.

Esta semana, arriscámos usar cueca. Primeiro, só em casa. Durante a sesta. Fomos à rua e viemos e nada de acidentes. Fizemos passeios de carro "até mais longe" e não houve acidentes. Estou agora a ver a coisa com um olhar mais positivo.

Bye-bye, diapers!!!

23 de maio de 2016

Brincar aos "méquidos", mas só a fingir!

A fingir que era o Zorro
O Henrique está ali a dormir no sofá, enquanto rascunho estas linhas. Nem sempre consigo arranjar forças para atualizar este espaço as vezes que gostaria.
Passamos por momentos, por situações em que penso "isto daria um excelente post", mas depois acabo por me embrenhar na vivência desse momento que acabo por me esquecer.

Creio que essa é a parte mais importante de mim, como mãe: esquecer-me do acessório e focalizar o mais importante que é o meu filho.

Tinha preparado mentalmente posts indignados sobre os pais que acorrentaram o filho, sobre o absurdo que foi ler que, em 2015, se gastaram 5 milhões em calmantes para crianças... mas depois tudo se evaporou. Comprei uma espada de plástico e um conjunto de médico para o meu pequeno que queria ser um "pirata-méquido" e passei o resto do tempo a ser consultada, com o meu "especialista" a dizer que tinha o coração bom e a pôr-me pensos rápidos, a fingir.

Quando me diziam que o tempo passa a correr - já aqui o disse - pensava que era um exagerozinho, de nada, dos pais que passavam o dia a trabalhar. Mas a verdade é que o tempo passa mesmo a correr.

Velo-lhe o sono, com uma enorme vontade de me ir enroscar nele e senti-lo a dormir, sentir-lhe a respiração de quem dorme um sono profundo e tranquilo...
Prometi-lhe que se dormisse a sesta, depois íamos continuar a brincar aos "méquidos" e que eu ia ser a paciente. Mas que tinha de descansar um bocadinho que fosse, para ficar com mais energia. Reclamou; até que acabou por adormecer... o meu gato-bravo!

2 de maio de 2016

Dia da Mãe

Celebro dias da mãe desde 2013. O Kiko tinha cerca de 3 semanas no nosso 1.º Dia da Mãe. 2014 passou. 2015 passou. Chega-se 2016. O meu 4.º Dia da Mãe, como mãe, porque nisto de ser filha já levo uns anitos de experiência.

Começámos com a selfie obrigatória do dia. 

Seguiu-se o pequeno-almoço em Sintra, com o miúdo a pedir a cada 20 segundos para ir ao "paque infintiu". Fomos ao parque infantil. 
Almoço nos sogros e café na Sacolinha. 

Aproveitámos que o meu cunhado estava com a agenda livre e fomos - eu, maridão, cunhado e os três miúdos - à Praia das Maçãs. 

Chegados, toca a descalçar, porque o areal pedia, encarecidamente, para ser pisado. Levámos, os seis, um banho de ondas que nos encharcou até aos joelhos. 

Os 3 miúdos a rir que nem uns perdidos, a lançar areia ao ar, a correrem e a desfrutarem ao máximo. Seguiu-se um lanche improvisado a olhar para o mar. 

Estoirado, o Kiko adormeceu no carro. Chegados a casa, acorda, e já não quer dormir mais, diz o pequeno que os pés já descansaram e que adorou "a aventua compida" e que as primas são as suas "maioes amigas". 

Banho. Jantar. História para dormir. Cama e até amanhã!
A selfie... ainda de pijama vestido


O meu é maior do que o teu... 

Se isto não é felicidade... não sei então o que será.

29 de abril de 2016

A simpatia das pessoas

Hoje, tinha um trabalho às 10 da manhã. Mas ainda tinha de passar pelo supermercado e comprar pilhas para a máquina fotográfica. Podia ter feito isto ontem? Podia, mas não me ocorreu.

Assim, seriam 9 e qualquer coisa, passei pelo hipermercado, peguei numa embalagem de pilhas no valor 0,99€ e fui para a caixa. Estava lá uma senhora com as suas compras. Educadamente, pedi para passar à frente, porque só tinha uma embalagem de pilhas.
Olhou para mim como se eu fosse uma pessoinha e disse que não. Que tinha de ir para Lisboa, e que ia apanhar a greve dos taxistas, e o IC19 e não-sei-o-quê-mais...

Sorri e acenei.

Depois, esperei que ela passasse as compras e pagasse, fiz a minha compra e paguei. No meu processo de compra, demorei menos de 1 minuto. A espera que tive de enfrentar com as compras dela, foi de cinco minutos, sensivelmente.
Esses cinco minutos não me fizeram falta. A estrada estava pouco movimentada e, em 15 minutos, pus-me no meu destino, mas a ação foi estúpida. Até porque depois acabámos por sair do estacionamento ao mesmo tempo.

Filho, se um dia, leres os devaneios da tua mãe neste blogue, toma nota de uma coisa muito importante: nunca ninguém perdeu nenhum braço, nenhum rim, nem nenhum outro órgão vital do seu corpo por ser bem educado e gentil.
Se, mais tarde, um dia, te encontrares numa fila de supermercado, e se a pessoa atrás de ti, educadamente, pedir a vez por só ter uma coisinha nas mãos, cede. A pessoa agradecer-te-á e vais-te sentir melhor contigo mesmo.



28 de abril de 2016

20 dias e uma inscrição depois

Vinte dias desde a última publicação.

Tanto tempo, Cristo.

Nestes 20 dias, escrevi tantos caracteres que até me dói a cabeça só de pensar.

E também inscrevemos o Kiko no jardim-de-infância.

Mais do que as tiradas dele, este foi aquele momento em que, olhei para o meu filho, e o vi como ele realmente é: um menino de 3 anos, que até já vai à escolinha.

Conhecemos o espaço. Não havia muito para ver, até porque era ali que, desde a primeira vez que se falou no assunto, o queríamos inscrever. Conhecíamos a reputação da qualidade de serviço dos colaboradores, do local, da direção... e nunca tivemos dúvidas.

Comprámos o bibe. O bibe!!! Imagine-se.

Assistimos a alguns momentos de uma aula de ginástica. Sabemos que, ali, ele vai aprender a ver as horas, a desenhar as primeiras letras, vai brincar e fazer os primeiros amiguinhos.

Em Setembro, vai começar uma nova rotina. Para todos nós. Para ele, que nunca conheceu outro local que não o colo da mãe e a casa dos avós. Para os avós que vão ficar privados deste tagarela, na maior parte do dia. E para mim, que o vou entregar a "estranhos" pela primeira vez.

Tento estar animada. Tento mostrar-lhe que a escola "vai ser um máximo!". Mas, aqui para nós, que ninguém nos ouve, estou com o coração do tamanho de uma ervilha-bebé.

O meu bebé já é um menino crescido de 3 anos.

7 de abril de 2016

E se fosse eu...?

A Plataforma de Apoio aos Refugiados desafiou os alunos a porem-se no papel de um refugiado, e a fazerem as suas mochilas como se tivessem de fugir.

Isto deixou-me atormentada. Vejo as imagens na televisão, de pais, crianças, jovens... não consigo sequer conceber os sacrifícios que terão feito para se colocarem a salvo. Mas, nunca pensei muito no que levaria comigo, se a isso fosse obrigada.

E acho que muitos de nós, simplesmente, não o fazem. 

Fi-lo esta manhã. 

Reuni uma série de coisas que levaria comigo. Essencialmente, são coisas para o Henrique, como é óbvio: 
- uma manta;
- um gorro;
- uma muda de roupa e um par de meias secas;
- benuron;
- fraldas (cerca de 20);
-escova e pasta de dentes;
- a identificação dele e cartão de saúde.

Para mim, levava:
- uma muda de roupa;
- carteira com dinheiro e identificação;
- telemóvel e carregador;
- escova e pasta de dentes.

Coisas gerais:
- bolachas;
- água (cerca de 500 ml)
- 4 latas de atum;
- uma embalagem de toalhitas.

Pesei isto tudo: quase 5 quilos. Talvez as fraldas fossem "dispensáveis", mas tendo em conta que, agora, neste momento, ele ainda as usa, teriam de ir. Tentei enfiar tudo dentro da minha mochila do 10.º ano. Com muito custo, coube tudo - por pouco não rebentava os fechos - mas consegui enfiar todos os meus essenciais.

E se fossem vocês?


24 de março de 2016

Mimobox - a experiência!

As redes sociais entupiam-me de publicidade à Mimobox - a empresa que, mensalmente, envia aos seus subscritores uma caixa com "gifts" para mães e filhos.

Como o Kiko estava a fazer os 3 anos, decidi subscrever durante um mês para ver que tipo de prendinhas recebíamos. 

Recebemos hoje a caixa: 

- uma embalagem com cubos "MegaBlocks";
- duas revistas: Saber Viver e Prevenir;
- uma embalagem de Fruut;
- uma caixa Blédina com 4 embalagem de fruta 100%;
- uma embalagem de Lyomer C - água do mar;
- um creme hidratante Mixa;
- um shampô/gel banho Mixa para o pequeno;
- amostra de BB Cream da Garnier;
- um vale de uma mensalidade grátis num centro Helen Doron;
- um voucher para tratamento de sobrancelhas, num espaço Wink;
- uma embalagem de toalhetes desmaquilhantes Comodynes;
- um catálogo da Zippy;
- um livrinho infantil em inglês.

Uffffaaaaa... consegui descrever tudo. 

Mas mais do que os produtos, é a emoção de receber uma caixa tão grande com miminhos. Não sei, sinceramente, quem estava mais entusiasmado: eu ou o Kiko.

Mal pôs os olhos nos bloco, tipo lego, não se calou mais... e o mesmo para a fruta bebível da Blédina. Lá o convenci que aquilo calhava bem era com o almoço.

Enfim, no geral, gostei. O valor da subscrição (recorde-se que só assinei um mês - existem outros planos, adaptados a cada carteira!) foi de 22€ e só os dois produtos da Mixa, comprados num supermercado custam mais de 14€. Foi um preço irrisório para a quantidade (e qualidade!) dos produtos. 



23 de março de 2016

3.º aniversário vezes dois

Ele fez anos. Três. A conta que Deus fez.

E fizemos duas festas. A primeira, com a família paterna que estava "à mão de semear" num dia de semana, como era o caso. Os avós, os tios e as primas. Houve confusão, houve muita comida espalhada pelo chão, houve caos, choros, mas gargalhadas, beijos e abraços.

É tão fácil vê-lo feliz!

Houve um bolo de anos mal-amanhado, com uma vela "3", com confettis coloridos; houve os "Parabéns a Você", houve uns pulmões bem cheios de ar a soprarem, e apagarem, facilmente, e sozinho, pela primeira vez, a vela do aniversário.

A segunda festa foi com a família materna. Avós e tios - que deste lado ainda não há primos para se juntarem ao maralhal.

Um almoço de família, feito a quatro mãos. O bolo do Donald por que tanto ele ansiava. A felicidade em ver os avós e os tios que vê menos vezes do que as queria.

Tão fácil. Tã
Festa 1 - Foto pelo tio Pedro Vilela
Bolo 2 - Foto by mum

9 de março de 2016

O dia em que achámos boa ideia levar o Kiko ao IKEA

Decidimos alterar a disposição da nossa casa de forma a fazermos um quarto para o Kiko. Pesados prós e contras, optámos pela solução mais segura, e assim, fazemos também uma pequena remodelação a certos itens.

No fim-de-semana último, fomos ao IKEA. Eu tinha onde estar da parte da tarde, por isso, depois do pequeno-almoço lá fomos. O Henrique estava connosco, obviamente. Pensámos que íamos conseguir dar conta. Somos tãooooo ingénuos.
Para começar, estava um autêntico oceano de crianças no parquinho infantil que existe lá; por isso, deixar o miúdo lá não pareceu muito boa ideia.

Depois, o problema foi... resumindo, todo o espaço IKEA. Sofás, camas, quartos, cadeiras... todo o espaço para correr, mexer, sentar-se, abancar, literalmente.

"Anda, Kiko"

"Não mexas"

"Já te avisei"

"Fogo, Henrique, vamos. Sai daí"

"Não largues a mão dos pais"

Posteriormente, cometemos o erro de dizer que íamos à procura de uma cama para ele. Esteve o tempo todo a perguntar pela cama dele. O tempo todo. T-O-D-O!

Um miúdo passou com uma pequena mota de brincar. Começou a massacrar-nos que queria uma mota. Lá o convencemos a procurar connosco uma mota igual! Quando vínhamos para casa, chorou porque não queria ir embora.

A parte positiva é que, pelo menos, saímos de lá com ideias alinhavadas quanto ao que queremos!

4 de março de 2016

Henrique, o argumentador

Ainda não tem 3 anos, e nem sequer um metro, mas... já tenta arranjar argumentos para entrar em discussão.

Gosto particularmente que ele seja aguerrido; sei que, dele, não fazem farinha. 

As últimas dele:

De manhã, começa a dançar uma música qualquer do Panda. A letra diz qualquer coisa como "é um urso não-sei-o-quê". O pai diz-lhe "O Panda não é um urso".
O Kiko diz que sim. O pai diz que não. O Kiko diz que sim. Às duas por três, vira-se para o pai e responde "Não é um gato, pois não?"

Foi a gargalhada. Ele riu-se também, por nos ver a rir. E repete a gracinha, mesmo que não tenha percebido muito bem porque nos rimos.

****

Decidiu não quer jantar. É frango no forno, com batatinhas, e uns bróculos cozidinhos - até é algo que ele gosta. Todos comemos o mesmo, mas o Henrique vira a cabeça, fecha a boca... um pandemónio. Digo-lhe: "Estou farta. Vai ser o pai da dar-te o jantar".
Ele, com o ar mais "blazé" do mundo, desvia o olhar de mim, olha para o pai e depois responde-me "Ele não pode. Está a ver televisão!" - assim como quem diz "aguenta-te à bomboca, porque o pai está ocupado!"

Ele observa, raciocina e responde. É o meu puto. Não é melhor do que os outros, mas é o meu puto. 


12 de fevereiro de 2016

Campanha Youzz.net: Revitalift Laser X3

Chegam-se os 30 e o rosto acusa a passagem do tempo. Uma ruguita que ontem não estava ali, agora faz-se acompanhar de mais três, ao pé dos olhos.

Fui seleccionada pela Youzz.net para a campanha de experimentação do creme reparador diurno  Revitalift Laser X3, da LÓréal Paris.

Reza a lenda que Revitalift Laser X3 possui alta concentração de ativos e tripla ação anti-idade.
1. Corrige as rugas: sua fórmula rica em Ácido Hialurônico fragmentado penetra rapidamente para reparar* e corrigir minunsiosamente as rugas.
2. Redensifica a pele: Um tratamento rico em Pro-Xylane, reforça as fibras que sustentam a pele para redensificá-la plenamente*.
3: Remodela o rosto: Pela primeira vez, uma concentração de 3% de Pro-Xylane foi integrado a um tratamento Revitalift para estimular a produção dos componentes naturais da pele, preenchendo seu interior e remodelando o rosto.
(*teste in vitro)

E a verdade é que, sempre que o aplico (e não é todos os dias, confesso!), sinto o rosto imediatamente hidratado. Não sei dizer com as palavras bonitas que as bloggers fashion-coisas costumam usar, mas sinto a pele mais lisa e hidratada. E, julgo, que isso é das coisas mais importantes para (pelo menos) nos deixar a impressão de bem-estar.

Ainda tenho amostras e vales de desconto (o preço é cerca de 29,99€). Por isso, amiguinhas, se alguém quiser experimentar, just tell me! ;)

5 de fevereiro de 2016

A saga da máscara de Carnaval

O meu piratinha de pantufas! 
Nunca fui uma moça de grandes folias carnavalescas. Reza a lenda que chorei desalmadamente na primeira vez que me mascararam, a ponto de terem de me tirar toda a indumentária.

Agora, sou mãe... e estive naquela se iria comprar ou não máscara de Carnaval para o meia-leca. E se ele não gostar? E se estiver frio para xuxu? E se ele gostar num dia e no outro me mandar à fava? E se...? E se...? E se...?

Perguntámos se ele queria uma máscara. Disse que sim. Aliás, já me tinha pedido uma para o Dia das Bruxas... - a meio de Novembro!
Queria ser polícia. De certeza? Sim.

Passada uma semana... queria ser bombeiro! De certeza? Sim.

Passados 3 dias... queria ser pirata? De certeza? Sim.

Hoje, decidi. Que se lixe. Vou ver o que ainda há e seja o que os deuses do Carnaval quiserem.

Só encontrei - dentro das escolhas dele - o fato de pirata. Completei com um chapéu e um binóculo. Ficou DE-LI-RAN-TE!

Adorou a ideia de ser pirata. Diz que parece o Jake e grita "ahoy" a todos os instante!

Estou feliz feliz feliz por o meu piratinha ter ficado assim com a escolha apressada da mãe! Sou oficialmente mãe de um pirata - sem olhos de vidro, nem pernas de pau - mas com um olhar de malandrice ternurenta!

11 de janeiro de 2016

Kiko vai à Biblioteca Municipal

Para quê uma "Anita", quando temos um "Kiko"?

O Kiko adora livros. Tem um orgulho gigante na sua "'eca" (biblioteca) que já conta com alguns volumes e títulos que ele nos obriga a ler até à exaustão. Hoje, fomos a Sintra. Íamos sem pressas, e o tempo está melhor do que nos dias anteriores.

Perguntei-lhe se queria ir à Biblioteca. Ao ouvir esta palavra, os olhos arregalaram-se e disse-me logo que sim. Que queria ir. Queria um livro. Disse-lhe que lá havia muitos. Perguntou-me se podia trazer para casa. "Não sei, filho, temos de perguntar". Acedeu, e lá fomos.

Foi como entrar no paraíso. A secção infanto-juvenil da Biblioteca Municipal de Sintra é bastante convidativa a que se entre, nos sentemos e percamos horas de volta de todos aqueles livros. Está decorada de forma a que as crianças queiram mesmo lá estar: vários puffs e colchões coloridos estão dispostos a que os mais pequenos possam deitar-se a estar confortáveis. Pequenos brinquedos espalhados pelo espaço. Uma grande variedade de livros para todas as idades e todos os tamanhos de mãos.

Os livros... nota-se... já foram bastante manuseados, lidos e relidos. Muitos deles já não são novos. Livros que peguei e pensei "eu tinha um destes!".

Cadeiras pequeninas, mesas pequeninas, copos repletos de lápis de cor... um pequeno paraíso para gente com menos de um metro.




A Biblioteca Municipal de Sintra tem em vigor a campanha Bebé Leitor, para o pequenitates até 3 anos. Infelizmente, não tinha comigo alguns documentos necessários para tornar o Kiko um orgulhoso portador do cartão  Bebé Leitor, mas farei isso, certamente.

4 de janeiro de 2016

2016 chegou e não defini absolutamente nada

Quando se aproxima o final de cada ano, as hormonas pululam feitas loucas nos corpos humanos. Ele é ensaiar desejos para o ano vindouro, definir metas a concretizar, etc etc etc

Eu já me deixei disso. Não vale a pena. Chegamos a um terço do ano e tudo o que havíamos formulado entre um copo de vinho, uma garfada no arroz de marisco e uma dentada na lagosta com molho de manteiga de alho já foi à vida...

No ano de 2015, queria perder peso. E comecei. Durou uns 10 dias.

Em 2016, preciso perder peso. E trabalhar mais. E mudar de casa. E pôr o miúdo na creche. E trabalhar mais. E sair mais. E ler mais. E continuar a fazer coisas para pôr o miúdo a rir a gargalhada, como fazer a brincadeira "O que é que os ornitomimos comem?" (nota da autora: ornitomimo é uma espécie de dinossauro, por quem o Kiko nutre especial simpatia desde que começou a ver "O Comboio dos Dinossauros"). E ir mais à praia. E trabalhar mais, não sei se já tinha referido esta parte.

Isto são coisas que preciso fazer. Têm de ser concretizadas. A bem ou a mal. Preferia que fosse a bem: não sou, especialmente, apegada a confrontos.

Agora, se vão ser feitas na primeira ou segunda metade do ano... não sei!

Para já, o meu plano é este: deixar passar esta constipação. Depois, começar a mexer o rabo. Há umas aplicações de treinos, muito jeitosinhas, para telemóvel e tablet, e em vez de esperar pelo fim do Inverno para começar a correr, vou iniciar por aqui.

Depois... uma coisa de cada vez! Mas, a começar agora: em Janeiro!
 

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